Apologia de Sócrates

Apologia de Sócrates Platão
Platão




Resenhas - Apologia de Sócrates


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TiagoHelmer 08/05/2019

Um livrinho curto, mas com um oceano de ensinamentos. No livro Sócrates é acusado por “corromper os jovens” com ideias contrárias a cultura ateniense e assim enfrenta um júri. Ele começa sua defesa mostrando as débeis acusações contraditórias contra ele e explica que os motivos que os acusadores têm ao acusá-lo são de interesse próprio e não do bem comum como afirmam. O que irritou os acusadores foi principalmente o fato de Sócrates dizer que ele é mais sábio do que eles, e tantos outros, por estar ciente de não saber nada. O réu afirma que essa “sabedoria” da própria ignorância é o que torna o sábio de verdade. Além disso, ele afirma que o uso da razão, da filosofia e os dos seus ensinamentos possuem caráter divino, uma vez que os deuses falaram com ele através de um oráculo. Esse fato também mostra a incoerência das acusações, que afirmam que ele ou é ateu ou venera deuses estrangeiros.

Uma das partes mais interessantes é quando Sócrates é condenado a morte e fala sobre ela. Para ele após a morte só existe dois caminhos: ou você volta para o sono da inexistência, onde a vida não passou de uma noite de sonho ou então a alma sobrevive e ele seria capaz de se fortalecer e conhecer seus familiares, ídolos e heróis. Os dois caminhos são felizes e fazem com que ele trate a morte como algo bom.

No momento final do livro seu amigo Críton tenta persuadi-lo a fugir, porém Sócrates se recusa. Nesses diálogos finais o condenado convence Críton que se ele fugisse ele estaria agindo contra sua obediência as leis da cidade, contra seu compromisso com a verdade (uma vez que ele disse aos juris que é melhor morrer do que o exílio da verdade) contra a razão (ele já estava com idade avançada, ou seja, já estava perto da morte) e contra o que as divindades esperavam dele.

Sobre os ensinamentos que selecionei do livrinho. Primeiro nos ensina sobre moralidade, Sócrates em todo momento se mostra íntegro com a cidade, com as leis, com a democracia e com as divindades. Segundo sobre a humildade, o oráculo informou que ele era sábio por reconhecer a ignorância. Terceiro sobre a importância de usar a razão em todas as questões, com exemplo da incoerência da acusação. Por último que a inevitabilidade da morte não é ruim. Por se tratar de um texto antigo é também uma fonte histórica da sociedade ateniense, com destaque para a religiosidade politeísta e a inferioridade das mulheres na camada social.
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Rhuan Maciel 19/04/2019

"Só sei que nada sei"
É esplêndido que há 2500 anos atrás tenha existido uma figura tão importante para a filosofia como Sócrates. Sentenciado a morte pelo "corrompimento" de jovens, Sócrates tinha uma busca pelo conhecimento e procurava sempre gerar duvida sobre o que conhecemos. A Maiêutica Socrática leva o ser a duvidar de suas certezas e questionar o que realmente conhece.
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Anne.Paim 07/04/2019

As dimensões exercidas por Sócrates
''[...] como qualquer outro que deseja, [o indivíduo] deseja o que não está a mão nem
consigo, o que não tem, o que não é ele próprio e o de que é carente; tais são mais ou menos as coisas de que há desejo e amor, não é?'', questionou Sócrates à Agáton no repasto onde mais cidadãos atenienses faziam-se presentes. A obra O Banquete aborda as diversas visões a respeito de Eros; a reflexão acima, citada acerca do mestre de Platão, expõe a eterna insatisfação e a busca no que tentam compreender a ser o amor, que, ao meu ver se aproxima ao que (ainda) caracteriza-se hodiernamente, o que coopera para que eu reflita melhor sobre tais aspectos dos sentimentos mundanos aos quais possuo dificuldades a aceitar suas resultâncias e decorrências. No entanto, a outra produção filosófica exposta (Apologia de Sócrates), demonstra, (assim como no elogio feito por Alcibíades no Banquete): a humildade filosófica defendida no modo de vida de nosso pensador e seu julgamento (tanto a respeito da vida como aquele em que expuseram-no ao um tribunal e o condenaram a morte). Livro prático, porém, diz jus ao seu período e está repleto de conceitos da mitologia grega, o que pode ser, assim como foi a mim, um pouco confuso para aqueles que são mais leigos nesse assunto, ainda sim, recomendo muito.
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Cássio 22/02/2019

A analogia feita a Jesus é justa: um homem que defendia o livre pensamento e criticava a malevolência da humanidade o condenou à morte. O que para muitos parecem obviedades, na verdade, a apologia foi uma das precursoras da defesa do livre-arbítrio dentro dos parâmetros da moralidade e ressoa indiretamente em nossa atual sociedade, nesta obra redigida por Platão (o que implica em algumas eloquências, mas mesmo assim,) eternizada pela filosofia.
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(@jr__barboza) 28/12/2018

25.Apologia de Sócrates - Platão (399 A.C.)
Aqui contém o julgamento de Sócrates que segundo os imputadores ele retirava o chão que sustentava todas as crenças do povo de Athenas, o método de Sócrates era oposto à narrativa épica de Homero, e como sabemos muito bem o ego dos poderosos não aceita desaforos.
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Kleber Rafael 04/01/2020

Mas já é hora de irmos: eu para a morte, e vós para a vida
Em "Apologia de Sócrates" Platão descreve o julgamento do povo de Atenas contra seu mestre Sócrates que foi acusado de corromper os jovens e ir contra seus deuses. Em sua própria defesa, Sócrates fala apenas a verdade em sua retórica contra seus principais acusadores Anito, Meleto e Licon, defendendo seus ideais. Mas foi em vão, no final sua condenação foi à morte por envenenamento. O livro é pequeno e de fácil leitura e recomendo a todos. "Mas já é hora de irmos: eu para a morte, e vós para a vida. Mas quem vai para melhor sorte, isso é segredo, exceto para os Deuses.
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Luciano.Costa 06/03/2018

Resenha descritiva Apologia de Sócrates
INTRODUÇÃO

Apologia de Sócrates é uma obra escrita pelo filósofo Platão que conta a história do julgamento do filósofo Sócrates. A obra é escrita em forma de diálogo dividida em três partes, na primeira parte Sócrates apresenta a sua defesa baseada nas acusações de Meleto, na segunda parte Sócrates é condenado e sugere a sua sentença e na terceira parte Sócrates se despede do tribunal, onde faz uma reflexão sobre as suas convicções de vida e morte, e a relação com os deuses.

PRIMEIRA PARTE

Na primeira parte Sócrates apresenta a sua defesa baseada nas acusações movida pelo processo de Meleto:
“ora bem, o que diziam os caluniadores ao caluniar-me? É necessário ler a ata da acusação jurada por esses acusadores: Sócrates comete crime e perde a sua obra, investigando as coisas terrenas e as celestes, e tornando mais forte a razão mais débil, e ensinando isso aos outros” (p. 05);
“Sócrates comete crime corrompendo os jovens e não considerando como Deuses os Deuses que a cidade considera, porém outras divindades novas” (p. 11);

Em sua defesa Sócrates argumenta que, tudo começou quando, indo a Delfo perguntou ao oráculo se havia algum homem mais sábio que ele? Disse o oráculo, que, Sócrates era o homem mais sábio de toda Grécia.
Sócrates não acreditando no que Deus afirmou, foi procurar saber se realmente era o homem mais sábio, foi então que decidiu ir aos detentores da sabedoria para mostrar para o oráculo que eles possuíam a sabedoria.
Analisando um Político ateniense um desses homens que parecia ser o possuidor da sabedoria Sócrates percebeu que na verdade ele não sabia o que dizia saber, apesar de parecer que sabia, não sabia. Sócrates, portanto, concluiu, que era mais sábio que o político que não sabia nada e dizia que sabia, ao contrário de Sócrates que sabia que não sabia. Depois desse, Sócrates não conformando e não acreditando ser o homem mais sábio de toda Grécia foi até os poetas, e depois aos artífices, e todos os homens que pareciam ser inteligentes. Sócrates concluiu, que pela mesma razão que superava os políticos também superava os outros homens que dizia ser sábios.
Por tanto, foi dessa investigação que sugiram muitas inimizades tão odiosas e graves, que delas se derivaram outras tantas calúnias a que foram atribuídas a Sócrates pelo fato do oráculo ter afirmado que ele era sábio. Os jovens vendo que Sócrates mostrava para os ditos sábios que nada sabia, começaram a segui-lo e imita-lo por conta própria. Assim Sócrates é visto como o homem que corrompe os jovens. Sócrates e odiado pelos ditos sábios por mostrar que não são sábios. Sócrates afirma que:
“entre esses, arremessaram-se contra mim Meleto, Anito e Licon: Meleto pelos poetas, Anito pelos artífices, Licon pelos oradores. De modo que, como eu dizia no princípio, ficaria maravilhado se conseguisse, em tão breve tempo, tirar do vosso ânimo a força dessa calúnia, tornada tão grande” (p. 10);
Sócrates chega à conclusão que sua defesa aos primeiros acusadores é o suficiente, agora vai tratar apenas de defender-se das acusações feitas por Meleto, sendo um dos últimos acusadores. Meleto diz que Sócrates comete crime corrompendo os jovens e não considerando como Deuses os Deuses que a cidade considera, porém outras divindades novas.
A parti da acusação Sócrates faz diversas indagações cheias de ironia e sarcasmos a Meleto, de uma maneira que o deixa sem palavras, e quando tenta refutar Sócrates, as refutações não são convincentes. Em dado momento da discursão, Sócrates diz o seguinte sobre acusação de corromper os jovens:
“[...] se os corrompo, é involuntariamente, e em ambos os casos mentiste. E, se os corrompo involuntariamente, não há leis que mandem trazer aqui alguém, por tais fatos involuntários, mas há as que mandam conduzi-lo em particular, instruindo-o, advertindo-o; é claro que se me convencer, cessarei de fazer o que estava fazendo sem querer. Tu, ao contrário, evitaste encontrar-me e instruir-me, não o quiseste; e me conduzes aqui, onde a lei ordena citar aqueles que tem necessidade de pena e não de instrução” (p. 13);
Sobre a segunda parte da acusação que diz que Sócrates não acredita nos Deuses, Sócrates afirma que:
“[...] a coisa está bem longe de ser assim; porquanto, cidadãos atenienses, creio neles, como nenhum dos meus acusadores, e encarrego a vós e ao Deus de julgar a mim, do modo que puder ser o melhor para mim e para vós” (p. 24)

SEGUNDA PARTE

Sócrates é condenado por 280 votos a favor e 220 contra dos 501 juízes. E ainda comenta que, se Anito e Licon não tivesse acusado, Meleto teria sido multado em mil dracmas, não tendo obtido o quinto dos votos.
Sócrates e condenado e passa a refletir sobre as possíveis penas dentre elas o cárcere que para Sócrates seria como viver como um escravo, ou uma multa que seria como viver amarado, ou exilio que para ele seria impossível pois estava com idade avançada, ser exilado para outra pátria não adiantaria, pois, os jovens ainda iria ouvir seus discursos.
“[...] onde quer que eu vá, os jovens ouvirão os meus discursos como aqui: se eu os repelir, eles mesmos me mandarão embora, convencendo os velhos a fazê-lo; e se não os repelir, os seus pais e parentes me mandarão embora igualmente, sob qualquer pretexto” (p. 26)
Para Sócrates se aceitasse o exilio seria como não acreditar nos Deuses, e todas as suas virtudes e ensinamentos seria entendida como mentiras. Sócrates acreditava que não era digno de nem um mal, mais se multasse ele em uma quantidade que ele pudesse pagar, pagaria, mais o fato é que ele não tinha a quantidade eles requeriam.

TERCEIRA PARTE

Sócrates diz ter sido condenado pela ausência de pudor, e não por falta de argumentos, e declarou não estar arrependido de sua defesa, pois os que o condenam hoje, serão condenados amanhã. Aqueles que votaram favoráveis à condenação, por sua vez continuaram declarando-se como justos.
Antes de tomar o veneno Sócrates expõe sua reflexão sobre as suas convicções de vida e morte, e a relação com os deuses. Sócrates foi morto injustamente pelo fato de ser sábio, buscar a verdade e não abandonar suas convicções e também por provar para que os ditos sábios que nada sabiam. Antes de morrer Sócrates diz suas últimas palavras:
“É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas vidas; quem terá a melhor sorte? Só os Deuses sabem” (p. 30);
Será que Sócrates disse tudo isso? Platão escreveu os fatos como realmente aconteceu? Ou será que Platão usou da licença poética para mostrar sua indignação com a política da época? Não sei, o fato de nada saber faz de mim um sábio? Segundo Sócrates sim.

REFERENCIAS
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Disponível em PDF no site: (http://www.revistaliteraria.com.br/plataoapologia.pdf)
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Kleber Rafael 26/02/2018

Gostei muito do livro. Em "Apologia de Sócrates" a forma como Platão descreve a retórica de Sócrates em sua própria defesa é simplesmente fantástica... E, em "Banquete", a oratória dos participantes sobre o "amor" é magnifica. Obras recomendadíssimas para quem está começando a estudar filosofia, ou quer saber um pouco mais sobre o "berço" da filosofia ocidental.
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Mr. Jonas 27/01/2018

Apologia de Sócrates
Sócrates, de certa forma, estava em Guerra com a tradiçao poética grega. O método de Sócrates era o oposto dà narrativa épica de Homero. Sua dialética não tinha nada de semideuses com superpoderes e história de incrivél coragem. Ao contrário, Sócrates questionava os métodos, as virtudes e as ideias dos poetas, ele defendia novas virtudes. Ao invés do combate físico, Sócrates queria o combate retórico, no qual o melhor argumento filosófico era sempre o vencedor.
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Abimael 25/01/2018

Destaque para Críton
Na segunda parte do livro há o texto 'Críton' que fala sobre Sócrates na prisão aguardando a pena capital enquanto seu amigo Críton tenta convencê-lo a fugir.

IMPERDÍVEL, AGRADÁVEL, FÁCIL COMPREENSÃO.
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Guilherme Amaro 10/08/2017

Apologia de Sócrates
Livro escrito por Platão, editora L&PM, 2008 contém 144 páginas.

Sócrates foi ao oráculo de Delfos, e perguntou sobre o homem mais sábio da terra, ao que ouviu ser Sócrates .Mas o Oráculo de Delfos costumava falar em enigmas. Era preciso tentar entender o que o oráculo quis dizer. Então ele passou a procurar as pessoas tidas por sábias para, ao dialogar com elas, pudesse apresentar ao Oráculo um exemplo de alguém que era mais sábio que nosso famoso filósofo ateniense. Foi aos políticos e poetas, e a todos mais que julgavam-se sábios que ele encontrasse por ali.

É por isso, pois, que insistia em manter suas atividades filosóficas. Além da voz divina que lhe mostrava os seus deveres vocacionais, ele estava instigado para resolver o enigma do Oráculo.

Acusado e levado a julgamento Sócrates não aceitou renunciar tudo o que já ensinou e deixando claro o quanto seus interlocutores estão equivocados, aceita a morte no lugar de desvirtuar seus conceitos e viver conforme as leis corrompidas que insistem em o punir. No seu julgamento foi pautado em cima dessas questões e a sentença foi a de beber cicuta.

"Talvez, senhores, o difícil não seja fugir da morte. Bem mais difícil é fugir da maldade, que corre mais veloz que a morte."

"Mas já é hora de irmos: eu para a morte, e vós para viverdes . Mas quem vai para melhor sorte, isso é segredo; exceto Deus."

"Conhece-re a ti mesmo".....
Sócrates
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Volnei 12/03/2017

Apologia de Sócrates
Esta obra nos traz uma parcela da filosofia de Sócrates e sua infinita batalha para a aquisição do conhecimento. O filosofo buscava o combate muito mais intelectual do que físico, sendo a maiêutica sua principal arma.De acordo com que ele defendia nenhum Estado sobrevive sem regras. Quando afirmaram que ele seria um sábio ele recusa tal afirmação buscando provas que haveriam pessoas muito mais sabias que ele. . Mesmo sabendo que seria condenado a morte, Sócrates afirma que a morte é o bem maior do homem e que aqueles que a temem acham que ela é o maior dos males . Alem de não temer a morte o filosofo aparenta ter uma ótima sintonia com seu mentor espiritual que o inspira constantemente e mesmo tendo a oportunidade de fugir da morte ele opta por ficar pois havia sido reconfortado por seu mentor em sua cela algumas horas antes de sua hora final.

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br
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