O Compromisso

O Compromisso Herta Müller




Resenhas - O Compromisso


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Silvana (@delivroemlivro) 10/10/2020

Essa não é uma resenha
Comentário:

Muito bom! Definitivamente não é uma leitura que vá agradar a todo leitor mas que escrita potente, seca, direta e, por vezes, lírica: há inclusive algumas passagens que lembram o estilo de Clarice Lispector e o de Virginia Woolf, que também mereceriam um Nobel.
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Marcele 09/10/2020

Vai e volta
Este livro é interessante, tem alguma coisa que me lembra Clarice Lispector, mas com mais humor. A protagonista reconhece suas desgraças sem se deixar ficar melancólica, porém a história se desenrola em meio aos devaneios e lembranças da personagem. Não sei como funciona a cabeça do homens, mas essa narrativa com certeza reflete como é a cabeça de uma mulher, pensando em várias coisas ao mesmo tempo.
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Taki 22/09/2020

O compromisso
Passado e presente (e talvez futuro?) de misturam na narrativa, fazendo o leitor mergulhar nas lembranças e pensamentos que a protagonista vive. Confesso que foi um pouco difícil de ler por conta das mudanças bruscas de cenários e o estilo de escrita da autora.
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Mariana Knorst 17/09/2020

O Compromisso, de Herta Müller
Para entender o universo de Herta Müller é necessário repassar alguns pontos do contexto histórico da Europa e da Romênia, país de nascimento da escritora.

Sabemos que entre 1939 e 1945 o mundo foi assolado por um dos piores e maiores conflitos armados, que dizimou entre 50 e 70 milhões de pessoas.

Herta Müller nasceu em 1953 e cresceu enxergando ao seu redor os reflexos da guerra. Seu pai foi membro da SS (Schutzstaffel), grupo paramilitar nazista, e sua mãe, ao término da guerra, foi deportada para um campo de trabalhos forçados na União Soviética.

Com o término da guerra, a Romênia foi submetida à ocupação soviética, período que perdurou de 1944 à 1958. Contudo, a influência soviética se manteve ativa no país pelo menos até o término da guerra fria.

Todo o período em que a Romênia esteve sob a sombra soviética foi de instabilidade e terror para grande parte da população. Houve a diminuição das liberdades políticas, o governo organizou campanhas de expurgos, a economia entrou em colapso, as opções de emprego eram precárias e a qualidade de vida extremamente baixa.

E é justamente esse o sentimento que permeia O Compromisso, publicado em 1997 e que chegou ao Brasil apenas em 2004, com a tradução de Lya Luft.

Na história, acompanhamos uma jovem operária que regularmente é convocada a prestar depoimentos. Nossa protagonista, que representa a sociedade e não possui nome, está sob a suspeita de traição: bilhetes foram encontrados em peças de roupas enviadas à Itália.

Apesar de negar veementemente, sabemos que a operária é a responsável pelo envio de um dos bilhetes, em que desesperadamente e utopicamente pede em casamento um desconhecido, na esperança de se ver resgatada do regime opressor.

Enquanto observamos as convocações da protagonista, conhecemos aspectos de seu passado, ponto fundamental para a compreensão da narrativa. Descobrimos que seus avós perderam o patrimônio, foram enviados para campos de trabalho forçado e seus pais viveram um relacionamento permeado pela moral hipócrita.

O resultado de todo esse cenário caótico é a operária, cuja personalidade é diretamente moldada pelo descaso, pelas frágeis relações interpessoais, pela falta de empatia, pela opressão, a fome e o medo. Ou seja, um reflexo nu e cru da sociedade da Romênia durante as décadas de 70 e 80.

Apesar de ser um livro relativamente curto, sua história é densa e rica em cores, sentimentos e cheiros, o que transmite ao leitor o ambiente carregado e instável do período. Meu primeiro contato com Herta Müller foi bastante positivo, rendendo vários momento de reflexão sobre as diversas camadas da história.

site: https://www.instagram.com/p/CFLMUq1l7ba/
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Quase Tudo de Medicina 07/07/2016

Tive uma péssima impressão...fiquei perdida e confusa...jamais abandonei um livro e fiquei muito frustrada em ter que tomar essa atitude com um livro tão premiado...tentei novamente voltar e não consegui...não gosto de repudiar livros porque por mais desinteressante que seja sempre há algo bom para reter....talvez a culpa tenha sido minha e eu não estivesse preparada como leitora para ler esse livro....
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Rafael 18/07/2020

“’É fácil falar de anos ruins quando eles já passaram”
O Compromisso da escritora romeno-alemã Hertha Muller é o primeiro livro ao qual dedico um tempo resenhando e que não tenha atribuído nota máxima no Skoob. Ainda que não tenha avaliado o livro com a nota máxima, confesso que, o mesmo é na minha opinião a melhor obra narrada em fluxo de consciência que já li. Minhas experiências com “O livro dos prazeres” de Clarice Lispector e “Mrs. Dalloway” de Virginia Woolf não foram tão prazerosas como nessa leitura. Enfim, pode ser apenas uma questão de preferências. Outro fato que contribui para que eu tenha me surpreendido com o texto, foram minhas expectativas inicias. Muitas das resenhas e comentários que havia lido menosprezavam a obra premiada com um Nobel de Literatura e alguns até mencionavam que o livro era cansativo. Não tive essa impressão. Gostei da forma como a autora escreve, penso que os personagens são muito interessantes e bem construídos e apesar da vida pesada e de certa forma infeliz que vivem, a narrativa me prendeu e as mudanças repentinas de cenário ajudavam a deixar a leitura mais atrativa e menos cansativa. Acrescento ainda que o livro agregou novos conhecimentos históricos, principalmente por ter como pano de fundo a Romênia comunista de Nicolae Ceaușescu e me despertou o interesse em ler outras obras como “O Arquipélago Gulag” do autor russo Soljenítsyn. Isso depois de reflexões acerca de como governos autoritários e ditatoriais são perversos e danosos e como podem causar imensa infelicidade e pânico em seu povo, independentemente de sua ideologia inclinada mais para esquerda ou para direita. A história mostra que soluções extremistas nunca foram uma solução para nenhum país. Questões políticas a parte, também foi possível aprender um pouco da geografia e cultura romena. A região dos Cárpatos e a costa ocidental do Mar Negro parecem ser lugares interessantes a se explorar. Enfim, a vida da personagem a qual não conhecemos o nome é desdobrada através de diversas lembranças, embaralhadas cronologicamente, enquanto ela se encaminha ao frequente martírio (o compromisso) em uma viagem de bonde que dura menos de duas horas. Recomendo a leitura do livro, alertando que não se trata de uma leitura leve (no sentido que a alegria e a felicidade permeiam o livro) e que o final na minha opinião deixa muito a desejar. Motivo principal para não avaliar o livro com nota máxima. Inclusive se alguém puder ajudar a entender melhor o final, me interesso pela discussão nos comentários.
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VG 31/08/2019

Convocada, convocada, convocada
Andando por Porto Alegre, meses atrás, fui atraída por um sebo, no qual encontrei (e comprei) o livro O Compromisso, de Herta Muller, ganhadora do Nobel de 2009. Nele a autora narra a história de uma operária de uma fábrica de roupas durante o período comunista na Romênia.
A protagonista, cujo nome não aprendemos ao longo do livro, tem sua vida regida e organizada em torno de um importante compromisso que se repete diversas vezes por semana, sempre às 10h: ela é convocada e interrogada pelo serviço secreto romeno.
Os interrogatórios são fruto de bilhetes que a personagem coloca nos ternos masculinos que costurava e que a fabricava e exportava para a Itália. Nesses bilhetes, perguntava a alguém – a qualquer um – se desejava se casar com ela, deixando seu nome e endereço como forma de contato. O chefe dela, ao descobrir os bilhetes, faz uma denúncia ao serviço secreto romeno.

“Meus bilhetes foram julgados prostituição em local de trabalho, numa reunião da qual eu não pude participar.”

O caminho entre sua casa e o local do interrogatório é percorrido de bonde e leva em torno de uma hora e meia, e é neste percurso que a acompanhamos. Paralelamente às situações que ela vê e ouve neste trajeto, somos levados a seguir a protagonista em sua jornada interior. Seguimos pelos meandros de suas memórias, passando pela infância, seu primeiro casamento, sua amizade com Lili, seu segundo casamento e os motivos que levaram à sua denúncia ao serviço secreto.
O pensamento da personagem vagueia, tateia, mistura eventos distantes e próximos temporalmente e aponta para uma desagregação cada vez maior do sentido. O compromisso é o referencial a partir do qual sua vida se o agora. O resto todo é secundário, é passageiro, é um emaranhado de fatos pouco concretos.

“Há muito que dizer sobre a vida, mas essencialmente nada sobre a felicidade, porque assim que a gente abre a boca, ela some. Nem mesmo a felicidade perdida suporta ser falada. As coisas a que me habituei têm a ver com a passagem de um dia a outro, não com felicidade.”

A protagonista vive com seu atual companheiro em uma torre inclinada, assim como a sua vida para ser inclinada, desviante. Ela foge à retidão demandas pela vida (tenta escapar do regime comunista, quer ser livre das obrigações que lhe são impostas), seu parceiro vende antenas de televisão ilegais num mercado de pulgas. Temos a sensação de que ambos – por seu caráter desviante, estão apartados de todos à sua volta, de sua rigidez e retidão.
No caminho para o interrogatório, a protagonista observa cenas simples, e estranho – a mulher que come cerejas e cospe os caroços na mão, o bêbado que tem entrar no bonde e que é deixado para trás pelo motorista. Cenas que dão um ar de concretude e surrealidade a um cotidiano em que o sentido parece se desintegrar: a narradora precisa responder a perguntas que se repetem, e repetem e repetem, sem sentido aparente – a não ser, talvez, uma forma de tortura sutil.
Eu estava ansiosa para ler Herta Müller e não me decepcionei com este livro, nem um pouquinho.

site: https://umapormes.home.blog/2019/08/31/convocada-convocada-convocada/
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kelly 09/05/2015

Minha opinião
Apesar de ser um livro de poucas páginas, vc tem a impressão de q a leitura vai fluir mas, infelizmente n flui. Tive que recomeçar 2 vezes pra terminar. Em suma, o livro é chato, entendiante e cansativo. Muito a desejar pra uma escritora premiada.
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Sanoli 20/10/2018

https://surteipostei.blogspot.com/2018/10/o-compromisso.html
https://surteipostei.blogspot.com/2018/10/o-compromisso.html

site: https://surteipostei.blogspot.com/2018/10/o-compromisso.html
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Kleber Rafael 09/05/2017

Uma experiencia diferente...
O Compromisso, livro da escritora que recebeu o titulo máximo da literatura: o Nobel. O Livro em si não é ruim, é muito bem escrito, mas não me encantou... O vai e vem das memórias é muito constante e deixa a leitura muito sem sentido. não foi de todo ruim, o tema do livro é fantástico... foi uma experiência diferente.
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Ricardo Rocha 20/01/2017

com O compromisso fiquei imaginando qual seria meu lugar no mundo. nao eh entre os mais vendidos mas tampouco entre os cultuados. alguem diz, nas resenhas, que ficou perdida, confusa, e sapecou duas estrelas. como assim? eu tb me senti assim e daria cinco. na verdade soh gdes obras nos fazem isso. e nao estou falando fe resenhas de leitores de gosto duvidoso.pelo cpntrahrio. ad estantes estao cheias de livros bons
- mas todos com isso em comum: a leitura flui e jamais cansa e jamais deixa nguem perdido. vez em qdo explode uma trilogia, quadrilogia e podemos estar certos: sao livros faceis de ler. nao exigem nada. soh oferecem e cabe a vc aceitar. Tanto faz se eh crepusculo ou tons de cinza ou essa napolitana. Vamos tranquilos. Nao haverah dificuldade na leitura. Pra mim nao funciona. Nao quero. Se mta gente ao mesmo tempo comeca a louvar um livro, passo longe: serah uma leitura tranquila. A vida nao eh tranquila. A mim, ninguem dah nada - pq um autor deveria? O compromisso eh uma leitura nem diria dificil mas incomoda. Logo no inicio pelo velho que nao senta e o outro que beija a mao tem-se o tom opressor, assediador, para o qual ou estamos preparados ou tudo serah fahcil e pequeno em nossa vida
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Carol 06/11/2016

O Compromisso
Já há algum tempo, Herta Müller figurava na minha lista de "Autores premiados que ainda não li". O Compromisso, volume 14 da Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura, veio sanar essa pendência. Agora, a autora figura em outra lista, a de "Autores cuja obra necessito ler por completo."

O livro é um testemunho da era Ceausescu, na Romênia, com alguns traços autobiográficos. Herta Müller faz parte de uma minoria romena falante do alemão, e, em 1987, conseguiu emigrar para a Alemanha. Onde se estabiliza, tem suas obras traduzidas mundialmente e, em 2006, vence o Nobel de Literatura.

Não temos aqui um enredo propriamente dito. A personagem principal tem um compromisso marcado para as dez horas de uma quinta-feira. Ela pega o bonde às oito e, nesse intervalo de tempo, irá tecer reminiscências sobre sua vida.

Através do fluxo de consciência, o leitor, lentamente, é transportado para um mundo de interrogatórios secretos, medo, ansiedade e traições. Como viver sendo monitorado a todo instante?

O alemão é uma língua mais direta que a nossa. Elogio Lya Luft pela tradução, pois a escrita elegante e seca de Müller se mantém no português. As descrições da realidade romena são aterrorizantes - a cena em um banheiro público no mercado de pulgas é um exemplar disto.

Não é um livro fácil de se digerir, apesar da escrita fluida. Recomendo a leitores que se interessem por histórias não lineares. Fãs de Joyce, Virgínia Woolf e Kafka.

Quero pesquisar mais sobre a Romênia de Ceausescu. Quero ler todos os outros livros da autora.
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Meu perfil literário @reclivros 27/09/2016

Um bom e seco livro
Um livro sem divisões de capítulos, que causa uma certa estranheza no início, mas quando você percebe que todas as partes contam a mesma história, a leitura flui.
Recomendo!
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Mariana.Fernandes 20/09/2016

Esperava mais...
Ganhei o livro de presente, e quando li a sinopse fiquei animada e acabei puxando ele pro começo da lista e lendo de cara.
Estranhei a falta de capítulos, mas gostei do fluxo de consciência. O problema é que a autora se prende demais à eles, e o livro acaba ficando cansativo. Achei interessante a forma como ela ia e voltava nas memórias, só que algumas eram bem cansativas ou sem muita importância para o livro em geral.
Não diria que é um livro ruim, até porque Müller escreve bem, e a leitura fluiu, não demorei muito para ler, acho que no máximo umas cinco sentadas, porém eu esperava mais...
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