Resenhas - Dragões de Éter: Corações de Neve

Leandro Radrak 07/02/2010

Tocando o Éter...
Saudações amigos,

Faz cerca de 1 ano que resenhei o primeiro livro deste mundo criado por Raphael Draccon: Dragões de Éter Caçadores de Bruxas. Lembro bem do sentimento da época. Eu o havia considerado um livro interessante por reciclar velhos contos de fada, com história e personagens cativantes, além de um narrador que ora era engraçado e cativante, ora era chato. Um livro que eu gostei.

Pois bem, acabei de terminar o Dragões de Éter Corações de Neve e existe uma diferença muito grande entre os dois livros. Enquanto eu gostei de um, deste segundo, eu realmente adorei. Vi-me na pele de um semi-deus, observando, quase acreditando que influenciaria aquela história que me fez prisioneiro do seu meio para o fim, libertando-me somente ao virar a última página. Foram, sem dúvida, horas de leitura que senti gosto em gastar.

A trama está mais instigante. Os personagens mais maduros e interessantes. O ritmo mais alucinante. E o narrador encontrou seu equilíbrio, tornando-se imparcial, cativante e, as vezes, engraçado, mas chato, este defeito ele abandonou por inteiro.

A obra segue com os mesmos personagens de Caçadores de Bruxas, acrescentando à trama ainda mais daquelas referencias guardadas em nossas mentes. Foi no começo do livro, em meio às diversas citações aos semi-deuses que fiz uma associação ao licro "A História Sem Fim", de Michael Ended, livro que venero: Dragões de Éter traz a idéia de que os personagens estão ali no livro realmente, vivendo aquilo tudo naquele instante, onde o combustível de suas vidas e aventuras é gerado por você, leitor. Você, como o Raphael não cansa de repetir, é o semi-deus que os alimenta e os guia.

Ao entender sua premissa é impossível que o leitor não mergulhe na história e se envolva com os personagens que ali vivem, e essa, meus amigos, é a mágica do livro. Uma mágica orquestrada com habilidade, capítulo após capítulo, de um campeonato de pugilismo à derradeira sequência final, que não nos deixa piscar.

Com ação, suspense e romance, este é um livro completo, que dificilmente decepcionará.

Devo avisar, porém, os mais tradicionalistas, que o livro trás um excesso de referências, o que pode irritar alguns leitores.
Por outro lado, quem encará-las como homenagens à mente coletiva, ou simplesmente como um acesso à egrégora formada por toda a fantasia que ousamos imaginar, não se decepcionará ao se deparar com as participações, sutis ou não, da Feiticeira do He-man, Robin Hood, Athos e tantos outros ilustres personagens, juntos, em um livro.
Outra parte que pode atazanar os mais impacientes (ou quem não goste de boxe) é o grande campeonato de pugilismo, pois ele ocupa boa parte do livro. Já para os fãs de Rocky é diversão garantida.

Mais uma vez, indico a leitura por dois motivos:
- O André Vianco disse: Raphael Draccon escreve muito, muito bem, e ele está certo, Raphael tem frases que realmente inspiram e merecem ser lidas;
- Você tocará o Éter e retornará a ver João, Maria e Ariane Narin, e sua visão sobre eles será alterada. Mais uma vez;

Vee_1008 24/09/2022

"Quantas guerras serão necessárias para que tenhamos paz?"
Eu sinceramente não sei por que acabei dando nota 4 pra esse livro da primeira vez que li, ele é com certeza é um 5 - e favoritado -.

Mesmo seguindo uma forma comum para sequências de saga, ela foi muito bem executada. Aqui tem um dos torneios mais emocionantes que eu já li, fazia tempo que eu não vibrava tanto por um acontecimento quanto houve por aqui.

A história é cativante e os personagens apresentados aqui foram bem trabalhados, o que rendeu uma das melhores pessoas desse livro - Ruggiero -, consegui ficar obcecada por esse homem das duas vezes que eu li.

Um ponto muito alto é com certeza as evoluções que os personagens tem, fico chocada no quanto foi bem construído e no quão bem feita as relações foram, ver como tudo se conecta é realmente incrível.

Cada vez mais essa história me cativa e me faz querer ler tudo de uma vez, tô ansiosa pelo terceiro.

Rebeka 31/01/2012

Fanfic
E dos ruins. A ideia tinha tudo pra tornar o livro interessante. Mas a forma com que o autor a desenvolveu, já vi fanfics com mais qualidade e conteúdo.

Erros de português irritantes, diálogos com gírias demais (em livros, o autor sempre precisa estabelecer um equilíbrio entre a linguagem real e a literária) e os nomes das personagens... Toda vez que eu lia Hector Farmer, Prince - a estrela do Príncipe e outras coisas neste estilo, eu tinha vontade de jogar o livro longe. E quase aconteceu quando li a menção a He-Man.

Metade do livro é uma descrição de-ta-lha-da dos socos de boxe. Sério, Draccon? Acho que deu pra perceber que você ama o esporte, mas menos, viu?

E pelo amor de Deus, da próxima vez que for escrever um livro/fanfic em cima de histórias que JÁ existem, pense que seus leitores são inteligentes. Você pode dar nomes brasileiros ou estrangeiros diferentes, mas mantenha a porcaria da linha, não misture. Bastava a personagem se chamar Ariane e sabermos que ela viu sua avó ser morta por um lobo e um lenhador a salvou. Viu? Já entendemos que ela é baseada na Chapeuzinho Vermelho.

Samara321 03/02/2022

Sério,eu amo demais essa trilogia, mas fiquei com raiva de uns personagens!
Não vou dar o spoiler do motivo né, mas fiquei tão chateada que chorei com o final kkkk
No primeiro também chorei no final,mas foi por outro motivo sksks

Marcus 13/03/2020

Segundo livro da saga Dragões de Éter. Só tenho uma coisa a dizer, a história continua fantástica. Fico ainda impressionado como o autor consegue trabalhar as histórias clássicas dos contos de fada em um mesmo universo. Menção honrosa ao Anão Dunga com seu poder fodástico de transformar mortos em zumbis para lutar.

Diego 10/01/2023

A beleza de uma fantasia bem escrita.
Não tem como negar, a escrita de Draccon é muito maravilhosa. Teve uma evolução enorme do primeiro livro da saga e estou super empolgado pra ver o que os demais me reservam.

Aninha 02/05/2021

Bem meh
Achei esse livro bem meh que nem o outro, mas parece que esse ainda foi mais lento que o outro. Eu nunca entendo a linha lógica temporal desse livro. Ele fica páginas e páginas falando de coisas muito maçantes e gasta poucas pra falar sobre os pontos importantes. A maioria dos personagens parece que é forçado demais pra poder representar aquele esteriótipo ali, a construção é péssima(salvo a personagem de Ariane, que é a única que eu amo). O uso das personagens femininas também não é lá essas coisas, até quando o autor tenta fazer as personagens feminas mais "empoderadas" dentro do contexto. Ele não sabe trazer uma dinamicidade muito boa numa história que tem muitos personagens. E ele aimda por cima fica forçando plot twist, colocando "olha, esse personagem ta fazendo isso aqui nesse lugar, mas quem sabe só no futuro descobriremos" e quando chega no futuro, enquanto ele ta contando ele vai e fica picotando partes de diálogos antigos parecendo dizer "lembra desse diálogo aqui, então é por causa desse plot twist uauuu" affs me poupe. Não gostei desse jeito dele contar a história não. Mas ao menos eu fiquei interessada em saber como essa confusão ia terminar, achei a conclusão muito rápida, embolada e sem sentido e tirando a parte de ter que aturar o fato de eu ler e ler e ler e não acabar nunca, terminei enfim.

Pefico 09/02/2010

Dragões (?) de Éter
Adoro apostar em autores brasileiros e Raphael Draccon parece ser alguém com talento. Seu estilo é muito envolvente e até mesmo poético em algumas situações André Vianco na contra capa do livro, Ele realmente escreve muito, muito bem.

No entanto, eu simplesmente não consigo resumir pra vocês do que a história se trata. Pelo título, eu achava obviamente que ela se trataria de dragões, mas eles são mencionados duas ou três vezes no texto. Os dragões são na verdade, soldados caçadores de bruxas. Confesso que me decepcionei terrivelmente pela ausência de dragões de verdade, mas o autor já tinha me conquistado pela narrativa, e continuei lendo.

Pois bem, eu terminei o livro e até agora não sei do que ele se trata. A narrativa se divide em uns cinco ou seis núcleos de personagens diferentes, cada um correndo pra um lado, como se alguém tivesse dado um tiro pra cima. O pano de fundo é o mundo de Nova Ether, que parece ser uma mistura de todos os contos de fadas, mais algumas coisinhas, o que por sinal ficou bem interessante. No entanto, eu sinto que faltou plot, e a cada virada de página eu ficava esperando que acontecesse algo significativo.

Os personagens são interessantes e são um dos pontos fortes do livro. Apesar de eu não ter gostado muito dos vilões, por que acho que ninguém é mau por que é mau e pronto, todo mundo tem uma motivação e se acha certo. Então todo vilão acha que na verdade, o mocinho que é mau. Mas como lógica nunca fez parte dos contos de fada, onde grande parte da história se baseou, a gente dá um desconto.

Ge 13/02/2022

AMEI!!
Nesse livro eu já estava preparada para ficar mudando entre os núcleos, então não tive dificuldade de me adaptar como tinha acontecido ao primeiro.

Eu adorei o torneio de pugilismo e o restante da história que foi desenvolvendo, o final foi incrível! Até o momento esse é o meu favorito!! Já estou querendo reler kkk

Fábio 21/07/2010

Uma viagem ainda mais fantástica que em "Caçadores de Bruxas", com mais personagens expetaculares, surpresas impagáveis, e uma reflexão extraordinária do desenvolvimento humano. De derreter o coração.

Cassia 19/10/2015

Encheção de linguiça enfadonha
E eis que chegamos ao segundo volume dessa "calhamaçuda" trilogia, e que pode ser classificada como um teste de paciência.

Vários dos defeitos presentes no primeiro volume estão aqui, com força total: erros gramaticais grosseiros, inconsistências narrativas gritantes, uma narrativa que se alterna entre ser irritantemente pomposa (tentando passar certa grandiloquência) ou "modernosa" (tentado criar um efeito 'dinâmico', 'engraçadinho').

Agora, para mim, o pior de tudo foram várias partes com cara de pura encheção de linguiça. Pelo amor dos céus, gastar mais da metade do livro com uma luta de boxe?!?!? A introdução de personagens de clássicos da literatura, em versão "revisitada", engajados em uma suposta rebelião mas, na verdade, servindo de pano de fundo para a emissão de todo tipo de clichê raso?!?!? Ora, me poupe!

Sinceramente, três quartos deste livro podem ser descartados, pois pouco acrescentam à história, e não ajudam a sanar várias inconsistências e pontas soltas, que abundam na narrativa.

Reza a lenda que o terceiro volume é o melhor da série. Espero sinceramente que isso seja verdade pois, pelo que vi até agora, esse é um livro ruim, fraco, super estimado, mais parecendo uma fanfic mal turbinada do que qualquer outra coisa.

Maíse 27/08/2010

Como eu disse na resenha do primeiro livro (Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas), o narrativa de Raphael Draccon é indescritível.

Esse livro me fez chorar como nunca, me emocionar loucamente e aguardar ansiosamente pela hora de ler o próximo. O mais incrível de tudo eram as minhas reações ao perceber as sutis - ou não - referências a cultura mais nerd que pop durante o livro.
Meu coração quase pulou de alegria ao ver Robin Hood, ou Oliver Twist, ou, bom, qualquer outra referência. Se eu falar as que encontrei, e foram dezenas, não terá graça na nenhuma para o novo leitor. Foi realmente emocionante.

Os personagens estão mais desenvolvidos - quase enfartava toda vez que João Hanson 'mudava de personalidade'; o que foi aquele discurso pro pai dele, meu Deus? -, as tramas mais sombrias e complexas e a narrativa mais bela.
O texto é lindo, incrível e admirável.

Para mim, que estou acostumada a ler livros estrangeiros e nutrir um preconceito quanto a literatura nacional, foi tão surpreendente quanto prazeroso descobrir em Raphael Draccon uma inspiração.


CONTUDO, não cometa o crime, a heresia de ler Corações de Neve sem ter lido o Caçadores de Bruxa. Não terá o mesmo impacto, e talvez não consiga enxergar o brilhantismo da obra sem ter os mesmos laços emocionais criados com os personagens no primeiro volume.

Anne 18/10/2022

Chorei muito, não tenho palavras, o que mais dizer? Esse livro me rasgou em pedacinhos e me reconstruiu tantas vezes.

barbsm 04/10/2011

Achei a narrativa do autor um tanto quanto incerta, variando entre estilos diferentes, sem haver necessidade disso. As cenas sofrem muito cortes, fazendo com que as subtramas se intercalem muito; as cenas demoram muito a ser concluídas, o que faz com que o leitor perca o interesse na história em vez de ficar curioso. Me incomoda muito o uso das gírias que, acho, não condizem com o universo fantástico criado. A impressão é de que o autor quer abraçar tudo, todas as fábulas e lendas do mundo, numa única história. E falha, pois deixa de ser natural e fica forçado.

Sindi.Balliego 04/02/2022

Me surpreendi
Já tinha começado o livro e acabei abandonando a um tempo atrás, esse ano inclui na lista de leitura e me arrependi de não ter lido antes, Raphael Draccon me surpreendeu de novo ??