Luhran 04/05/2023Quando a Água decide salvar uma garota de uma morte por afogamento, ela certamente está recrutando a mesma para ser sua sereia durante cem anos. Com uma segunda chance de viver palpitando em seu corpo, Kahlen recebe a dádiva da sobrevivência após um naufrágio por volta dos anos trinta.
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Com o intuito de cantar para outros humanos durante os anos de aprisionamento na vida de sereia, Kahlen e suas irmãs vivem para agradar a mãe Água e alimentá-la com novas vítimas boiando no mar. Mas é enquanto seus cem anos não passam, que a garota começa a se perguntar o que fará após sua libertação.
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Oitenta anos já se passaram e Kahlen nunca havia saído da linha, sempre foi a sereia com uma conduta incrível e diplomática. Embora suas irmãs ainda possuem pensamentos mais afrontosos e desafiadores em relação a Água, é a protagonista que finca os alicerces da obediência.
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O que ela realmente nunca esperava, é que após anos e anos de uma vida amarga retirando o fôlego de vida de outras pessoas, ela conheceria Akinli, um garoto humano que lhe tiraria o ar. E mesmo sem poder conversar com o mesmo por sua voz ser fatal, suas almas se conectam de uma forma singela e pura.
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Num destino quase findado e com a ira de uma mãe imperdoável em seu caminho, Kahlen precisará lidar com todos seus questionamentos internos e decidir como lidar com a paixão por Akinli já que o mesmo envelhecerá e ela ainda possui vinte anos de sentença num corpo encantado.
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A sereia é um livro adolescente sem muitas expectativas mas que também não lhe torna algo totalmente desagradável. Creio que jovens leitores possam se apaixonar pela narrativa e por Kahlen devido a luta da garota por uma paixão inalcançável, mas que para mim não funcionou por ser bestinha demais. O romance é raso, muito rápido, os personagens são cativantes mas não houve tempo de solidificar uma paixão pela história.
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