spoiler visualizarGuii 18/08/2013
Blog | Literatura: Um Mundo Para Poucos
Um pouquinho sobre a autora: Constance Briscoe nasceu na Inglaterra, tem 56 anos e ficou conhecida a ser tornar uma das primeiras mulheres negras a presidir uma sessão de um tribunal do Reino Unido.
Então vamos lá, o livro Feia na infância e adolescência de sua autora, Constance Briscoe, principalmente no relacionamento conturbado que ela tinha com a sua mãe Carmen Constance, uma imigrante jamaicana que foi para a Inglaterra nos anos 50; se bem que “relacionamento” não é a palavra correta para definir o que elas duas tinham.
Durante boa parte de sua infância, adolescência e início da vida adulta, Clare (ou Constance, vocês vão entender) foi violentada, humilhada, machucada pela sua mãe de formas que nenhum ser humano pensa que uma mãe tem coragem de fazer com a filha; algo totalmente irreal, sem lógica e sem provocação.
“Escolhi a marca Domestos porque ela mata todos os germes conhecidos e a minha mãe vivia dizendo que eu era um germe.”
Enfrentando a humilhação de ser menosprezada pela mãe, subjugada pelos irmãos, ignorada pelo pai e maltratada pelo padrasto, Clare tenta viver sua vida da melhor maneira possível, sem entender o porquê sua mãe lhe odeia tanto e se agarrando ao seu maior sonho: cursar a tão desejada faculdade de direito.
Bem, como eu descobrir esse livro? Isso aconteceu no meu 3º ano do ensino médio, através da minha melhor amiga, uma fanática por livros e que não parava de ler. É óbvio que eu vivia zoando com ela e tirando dela o celular em que ela lia seus pdfs; sério, eu acho que por pouco eu não perdi meu braço numa dessas vezes, rsrs... Pois bem Valdeniza Vasques, se eu sou a leitora doida que sou agora, devo boa parte a você! Espero que esteja feliz! Rsrsrs...
“Obrigada traça de livros, sem você minha estante não seria tão grande!”
Então, esse era mais um dos livros que tinha na biblioteca e, como sempre, Val o emprestou e começou a lê-lo, eu me interessei pela capa e pelo título, mas, quando ela me contou sobre o que se tratava eu desisti de ler. Passado alguns meses, eu comecei a querer ler esse livro, mas todas as minhas iniciativas de emprestá-lo foram frustradas. Até que esse ano eu finalmente o encontrei, não resisti em comprá-lo!
Não foi uma leitura simples e normal, a história acaba mexendo com você. Assim como eu escrevi na minha última resenha, precisa ser muito insensível para não se compadecer de uma história assim. Enquanto muitas pessoas em condições de vida melhores que a de Clare resolvem desistir de tudo e de si mesmas, ela simplesmente continuou em frente, em busca de um futuro que fosse muito melhor que o seu passado.
SPOILER: Não estou dizendo que ela não tentou desistir e acabar com tudo, só que, quando pessoas tem que viver, elas simplesmente têm que viver...
“E, quando a felicidade chegar, eu vou fazer minhas malas e vou com ela.”
Uma história linda, tocante e entristecedora... Há muito escondido por trás de um simples livro, a história de Constance, ou Clare, é maior do que se pode supor. O final do livro pode não ser tão bom, as se tem uma coisa que eu aprendi com os livros é que “Se você não gostou da história, sinto muito, mas ela não foi escrita pra você!”... E histórias assim acabam sendo as melhores...
Espero que gostem, boa leitura!
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