O pomar das almas perdidas

O pomar das almas perdidas Nadifa Mohamed




Resenhas - O Pomar das Almas Perdidas


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Kelly Albuquerque 14/08/2020

Narra os efeitos da guerra civil na Soma?lia, que coloca no poder uma ditadura militar, sobre a vida de tre?s mulheres: Deqo, Filsan e Kawsar, uma crianc?a de 9 anos, uma mulher adulta e uma idosa, respectivamente. Mulheres que desde muito cedo sa?o tomadas como objetos de abuso de toda um Estado que encontra sua coragem no medo que causa nas pessoas. De ac?o?es truculentas que privam, extorquem e mutilam existe?ncias.
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LER ETERNO PRAZER 16/05/2020

O pomar das almas perdidas-Nadifa Mohamed.
Nadifa Mohamed nasceu na Somália e criança ainda vai mora no Reino Unido com a família que fugia da guerra civil em seu país. Para retornar apenas décadas depois, já com um projeto de ficção e uma carreira como escritora.A guerra civil somali estende-se há décadas no que parece ser um conflito eterno. Hoje, grupos conhecidos do Ocidente, como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, juntam armas contra o governo nas fileiras do território fragmentado. Centenas de milhares de pessoas já perderam a vida nas diversas fases da guerra. O pomar das almas perdidas vai traçar a tragetoria de 3 mulheres que levam uma vida de perdas e dores em meio a essa guerra. Kalsar, Filsan e Deqo são essas três mulheres, suas vidas iram se cruzar, se separar e depois se reencontrar passando por todo tipo de situações e sofrimentos que um regime milatar e altamente autoritário pode lhes afetar. Contado com uma prosa nua e crua e muitas vezes poética e bastante objetiva, encontramos aqui algumas situações de pura abuso de poder e maldade. Mas a forma como Nadifa vai desenvolvendo seu enredo nos vai dando uma levesa para que consigamos ir adiante na leitura. O pomar das almas perdidas resulta em uma trama familiar, da experiência coletiva da dor de um povo e do trabalho cuidadoso de pesquisa de sua autora. Não é uma obra extraordinária, mas é importante na medida em que mostra ao mundo um capítulo recente da história do autoritarismo, dessa vez praticado na Somália(acredito até os dias de hoje). Uma ótima leitura!
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

O pomar das almas perdidas, Nadifa Mohamed - Nota 8,5/10
A história é triste, bem triste, mas mostra a força do ser humano ao lidar com situações degradantes. Não tenho dúvidas de que acompanhar a simples rotina de três mulheres - uma criança, uma jovem e uma senhora - cercadas pela pobreza e violência no meio da revolução na Somália, durante a ditadura de 1987, foi muito enriquecedor. Essa é daquelas histórias que nos faz lembrar sobre a triste realidade de muitos, da qual, às vezes acabamos nos tornando indiferentes.
Confesso que em alguns pontos achei que a leitura fica um pouco enrolada, mas a autora logo consegue voltar com o bom ritmo que predomina no livro.

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Prof. Angélica Zanin 16/12/2019

Três mulheres cujos destinos se cruzam.Cada uma com sua história, mas todas irremediavelmente afetadas pela crise na Somália dos anos 80. Dego, uma refugiada que sofre com a violência policial. kawsar, uma viúva que tem sua vida destruída pela morte da filha e por não ser refratária a uma injustiça. E Filsan, uma soldado do exército somali, capaz de qualquer violência para honrar as vontades e anseios paternos. Triste, mas lindo! Como? Tocando nossos corações com histórias de mulheres diferentes, no entanto com ambições bem comuns a muitas de nós. Cuidar de quem amamos, honrar a quem amamos e ter o amor de alguém.
Bruna Belchior 26/07/2020minha estante
olá, eu conheci esse livro através de uma lista sobre os livros mais lidos/amados de cada país, e me interessei muito, mas eu gostaria de saber se nele tem gatilho de pedofilia? vc poderia me informar?


Prof. Angélica Zanin 26/07/2020minha estante
Não, Bruna, o livro aborda muitas violências, especialmente contra a mulher, mas pedofilia não é uma delas. Vale a pena, é um história forte e real.


Bruna Belchior 26/07/2020minha estante
muito obrigada, está na minha wish list agora




karinna adad 17/09/2019

Encontro, desencontro e reencontro
Livro com uma escrita bastante peculiar mostrando o encontro de três figuras femininas, seu desencontro e depois o reencontro num ambiente de guerra e violência. A construção textual feita por Nadifa é extremamente envolvente e bem costura, só achei desnecessária às últimas linhas do último parágrafo. Parece que a autora queria se certificar que a leitora ou leitor entendeu o tema central da história e acrescentou uma explicação sobre o significado do reencontro das três personagens principais. Além disso, o livro mostra os caminhos que a vida toma e que muitas vezes escapam completamente à nossa vontade.
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Lusia.Nicolino 02/08/2019

Homens sem adjetivos
Ah não é preciso um Pomar para reunir Almas Perdidas. Mas, é preciso ter uma alma forte para acompanhar a história que Nadifa nos narra.
Amarrando com fios de sisal que podem esgarçar, machucar as mãos ou dar nós que não se desfazem, vamos descobrindo e acompanhando as três personagens principais de uma Somália empobrecida em quase todos os sentidos. Menos na essência da vida e na busca por um futuro de sonhos.
Mulheres mais fortes do que se sabem enredadas em uma realidade construída por homens. Homens sem adjetivos que os socorram.
De leitura fácil, com parágrafos curtos e um estilo cinematográfico de descrever, é possível até achar graça em algumas “cenas”.
Visite essa Somália pelos olhos de Nadifa, você só tem a ganhar!

“As sandálias não casam, uma é maior que a outra, mas ficam em seus pés. Ela tomou todas as suas roupas do vento: uma camisa branca presa em uma árvore com espinhos, um vestido vermelho que rolava, abandonado, à beira da estrada, uma calça de algodão jogada sobre um fio de eletricidade. Veste peças que fantasmas deixaram para trás e se torna, ela própria, um fantasma ainda maior, invisível aos passantes, que tropeçam ou pisam nela.”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Rafaela Marchesam Bronca 21/03/2019

De abrir os olhos
A história de três mulheres que se entrelaçam enquanto acontece uma guerra na Somália, é pesada. É linda, é admirável, mas dói, mexe com a gente, nos tira da nossa bolha da realidade.
Um livro muito importante pra nos fazer pensar o que estamos fazendo com o mundo, como aceitamos esse tipo de repressão do governo, em como as pessoas não se importam com países subdesenvolvidos até que os países de primeiro mundo demonstre "atenção" a questão. O quanto grandes potencias continuam acabando com a vida dos países colonizados e o quanto as pessoas ainda conseguem acreditar na "boa vontade" dessas potencias.

Esse livro me abriu os olhos pra como sou racista, pra como eu somente consigo imaginar as personagens como brancas/mulatas, e é importante reconhecer isso.

Enfim, este livro me trouxe muito conhecimento, me abriu os olhos para muitas situações que deixamos acontecer e como preciso/precisamos muito evoluir como pessoas e cidadãos.
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Deghety 20/03/2019

O Pomar das Almas Perdidas
.
A história se passa na guerra civil da Somália e tem como protagonistas 3 mulheres de classes sociais e faixas etárias distintas.
A mais nova, Deqo, é uma criança abandonada em um campo de refugiados que desde o berço segue em luta constante pela sobrevivência. Filsan é uma soldado de meia idade que teve uma vida técnica, sob a sombra e autoridade do pai, também militar. E Kawsar é uma idosa com uma certa estrutura financeira que alterna lembranças de alegrias e tragédias.
O destino faz com que essas figuras se cruzem em meio ao caos da guerra. Kawsar que tem em seu horizonte à espera da morte e as boas lembranças que se tornaram cicatrizes eternas, Filsan não possui horizonte algum, vê o fim da vida se aproximar e não sabe o que é realmente viver e a pequena Deqo não sabe sequer que existe um horizonte, pra ela a vida é agora, lutando um dia por vez.
Todas as 3 tem seus espíritos quebrados, sem muita esperança , são frutos do pomar das almas perdidas.
Algo que me chamou bastante atenção, além da história das personagens, a carnificina e os horrores do guerra, foi como as pessoas são naturalmente hostis num ambiente hostil, tanto é que as boas ações são vistas com desconfiança e surpresa.
O cenário mostra algo que é sabido por todas as gerações: ninguém sai vencedor na guerra, e os mais atingidos são os menos envolvidos.
Enfim, o livro é muito bom mesmo, em todos aspectos .
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Pudima 24/09/2018

Sobre "O pomar das almas perdidas".
O Universo age de modo incompreensível, e por vezes faz parecer que está nos pregando peças. Esse livro nos mostra um pouco disso.
Para quê existimos? Qual nosso objetivo no mundo? Somos o que queremos ser ou o que fomos criados para ser?
Essa história narra a vida de três mulheres que mostram que "força" é um termo possível de conceituar de tantas formas quanto os caminhos do destino são insondáveis. Todos somos igualmente inocentes e culpados pelo que nos acontece, e cabe a nós decidir o que fazer com o que nos foi dado.
"O pomar das almas perdidas" surpreende pela intensidade dos sentimentos que ocasiona. Ele horroriza, amedronta, faz sentir nojo de humanos. Mas mostra que há amor em meio ao caos, e ensina um novo conceito de gratidão, também por humanos.
Afinal: "pessoas - tanto o perigo quanto o refúgio podem ser encontrados entre as pessoas". Que imensidão de possibilidades nós somos, hein? Cabe a nós decidir que rumo seguir.
Paz, amor e bem.
(PS: Que final bem lindo!!)
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Gisele @li_trelando 20/08/2018

Um livro importante
Acredito que poucas pessoas já leram livros que falem da Somália e principalmente da guerra civil ocorrida lá. Esse livro é importante por nos dar a oportunidade de conhecer esse mundo distante, que parece diferentes mas nem tanto.
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suellem 17/08/2018

O pomar das almas perdidas
O livro se passa em Somália na década de 80 em meio aos caos da ditadura militar.
Temos 3 personagens principais que de formas diferentes são afetadas pela ditadura.
Deqo de 09 anos, Kawsar uma senhora de meia idade e Filsan uma jovem soldado .
Incrível como a historia dessas 03 personagens se entrelaçam e se completam.
A historia é crua, forte e marcante. Porém , tem uma leitura fluída e poético que nos faz refletir sobre muitas coisas. Recomendo fortemente a leitura .
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San... 30/12/2017

Africa de contrastes, onde pequenos sonhos se enveredam por entre o caos de realidades inóspitas e a força da vida empurra os cidadãos, os força a permanecer num mundo de carências, fomes, ausências. Três vidas que se entrelaçam, três mulheres que enveredam por caminhos diferentes para encontrarem o mesmo final. Fica, ao final da leitura, um medo de que hora dessas acabemos conhecendo uma realidade similar, onde corrupçã o, fanatismo e caos predominem. Gostei do livro, mormente o trágico gritante a cada página.
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Luísa 20/06/2016

A Somália da escritora Nadifa Mohamed
Pouco ouvimos falar sobre a Somália, um dos países mais corruptos do mundo e que enfrenta uma guerra civil intermitente. A África, como um todo, aparece através da mídia de maneira estereotipada, como se fosse um grande bloco homogêneo de miséria e doenças.

Felizmente, a multiplicidade étnica e cultural dos países africanos tem ganhado visibilidade internacional com a nova leva de escritores e escritoras oriundos de lá: o sul-africano ganhador do prêmio Nobel J. M. Coetzee, o moçambicano Mia Couto, os angolanos Agualusa e Ondjaki, as nigerianas Chimamanda Adichie e Nnedi Okorafor e, mais recentemente, a escritora britânica de origem somali Nadifa Mohamed.

Nadifa Mohamed nasceu em Hargeisa, capital da Somália, em 1981, mas mora na Inglaterra desde os cinco anos de idade. Estreou na literatura com o romance Black Mamba Boy (sem tradução para o português) em 2010, baseado na história do seu próprio pai nas décadas de 1930 e 1940 no Iêmen, durante o período colonial.

Leia mais em:

site: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-somalia-da-escritora-nadifa-mohamed-por-luisa-gadelha/
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May 16/06/2016

Narrativa de impacto
O Pomar da Almas Perdidas é um livro forte. Essa é a sensação que eu tive ao terminar de lê-lo, um certo ofegar, quase como chegar ao final de uma montanha-russa em que ninguém gritou. As histórias de Kawsar, Filsan e Deqo são fortes, mesmo sendo perfeitamente verossímeis. Aliás, exatamente por serem tão verossímeis é que suas histórias têm tanta potência: ao se dar conta de que tudo descrito ali é perfeitamente plausível, você sente a falta de ar que vem ao ter acesso a essas obras tão críticas. Uma porrada.

Kawsar já é idosa e, apesar de um dia não ter sido, é sozinha. Suas ações têm uma certa inconsequência que só chega pra quem já perdeu tudo e não vai ganhar mais nada. É sábia ao ligar seu “f***-se”.

Filsan é jovem, ambiciosa e pensa sempre antes de agir. Por pensar, por não quebrar as regras que tem em si (e acabar quebrando outras, do mundo em que vive), nem sempre tem o que quer: assim como Kawsar, sua solidão é palpável.

Deqo é criança, pensa como criança, sente como criança, sonha como criança: é impossível não rir dos pensamentos dela, tão familiares a qualquer uma que tenha sido criança e curiosa e viva um dia. Órfã e refugiada, ela também é dolorosamente sozinha.

E a história acaba sendo um tratado sobre a solidão e sobre a violência que acometem as mulheres. Passa-se na Somália, mas não seria inverossímil nem mesmo no interior de São Paulo: nenhuma mulher vai deixar de reconhecer cada mal que atinge as personagens, guardadas as proporções políticas e culturais — a Somália do fim da década de 80 passava por um período particularmente difícil, o que é mostrado com maestria no livro.

O estilo de escrita é atencioso aos detalhes, sem ser descritivo demais, e é fácil visualizar o que está acontecendo; autora não te conta, mas mostra, mesmo ao investigar os sentimentos das personagens. Falando em personagens, o livro seria retumbantemente reprovado num teste de Bechdel às avessas: não se vê, em nenhum momento, dois personagens homens, com nome, conversando entre si sobre um assunto que não seja uma das personagens femininas. Não que os homens ao redor das três protagonistas não o façam, mas essas conversas, quando muito, viram barulho de fundo pros acontecimentos principais. Nessa história profundamente feminina, o que os homens falam, pensam ou sentem não é tão importante assim.

E, sendo uma história feminina, sobre mulheres, meninas e senhoras, a busca do amor de um homem (que normalmente é tão confundida com o que seria uma história feminina em si) fica em segundo plano. As paixões, dores e preocupações das personagens são, na gloriosa maior parte do tempo, outras. Mesmo o advento do amor romântico não vem para amolecer ninguém, e não há espaço para donzelas em perigo aqui. Veja bem, em perigo, elas estão o tempo todo. É que nenhum cavaleiro vem para salvá-las.

O livro é uma ótima pedida pra quem quer uma aventura que não envolva criaturas mágicas, para quem quer viajar para um mundo diferente do seu, embora semelhante, porém real, e pra qualquer pessoa que esteja procurando boa literatura.
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