Nathaly 19/08/2014
Desafio Skoob 2014, mês de Julho, atrasado*
E se você fosse um rei e tivesse que presentear um arquiduque, que presente daria? Obvio que não poderia ser um presentinho qualquer, teria que ser algo grande, glamouroso e intrigante como um elefante. É justamente essa a ideia do rei da estória desse livro.
Enquanto o animal viaja com destino a sua nova moradia, vamos conhecendo os demais personagens e entre eles está o conarca, indiano domador do animal e que para mim é o personagem mais sábio do enredo inteiro. Apesar de não possuir acesso aos livros e conhecimentos escolares, é o conarca, através da sabedorias das lendas de sua terra natal, que doma não somente o elefante, mas toda a tropa encarregada de proteger e garantir a chegado do presente do arquiduque. É aí que vemos o elefante não somente como um presente, mas como o Estado em si, o Estado domado por uma política que se preocupa muito mais com sua ornamentação, com enfeites para embelezamento do que com sua utilidade em si, situação esta metaforizada na forma de "roupas lindas e limpas para conarca e elefante" invés de preocupar-se com o andamento da tropa.
Confesso que não tinha interesse no autor e muito menos no livro, não achei o título interessante, e sim, sou daquelas que escolhe pelo titulo superficial, mas que a obra é um todo e que o título já faz parte, e uma das partes fundamentais, principalmente em A viagem do elefante, cujo título resumo o enredo.
No fim, até que gostei do livro, porém não consegui me apaixonar por ele, infelizmente.