Resenhas - A Viagem do Elefante

Hello5ouza 07/02/2024

"A má vista não lhe permitia distinguir os fardos de forragens lá ao longe, mas na imensa caverna do seu estômago ecoavam os protestos de que eram mais do que horas de comer. Isto não significa que os elefantes devam alimentar-se a horas certas como aos seres humanos se diz que lhes convém pelo bem que faz à saúde. Por assombroso que pareça, um elefante necessita diariamente cerca de duzentos litros de água e entre cento e cinquenta e trezentos quilos de vegetais. Não podemos portanto imaginá-lo de guardanapo ao pescoço, sentado à mesa, fazendo as suas três refeições diárias, um elefante come o que pode, quanto pode e onde pode, e o seu princípio é não deixar nada para trás que possa vir a fazer-lhe falta depois"

Embora a história seja interessante, foi insuportável fazer a leitura desse livro, o autor não distingue as falas dos personagens com traço ou aspas, ele usa só vírgulas, e chega a ser chato pra quem quer continuar a leitura.

yuri thome 07/07/2009

Um fato historico que virou um romance ficcional com uma leitura hipnótica. É quase impossível deixar para o outro dia a leitura do próximo capítulo. Enfim é um livro do José Saramago.

Andréia Sk 02/07/2009

Uma obra de arte inspira Saramago a imaginar como teria sido acompanhar um elefante em uma viagem de Portugal a Áustria. Com humor, maestria e muita ironia, que lhe é peculiar, acompanhamos essa jornada de Salomão, também com o cornaca Subhro (ou Fritz?) e demais componentes da caravana. Não faltam aqui pitacos à influência da Igreja, relações sociais, hierarquia... Mas trata também do companheirismo, da amizade, e demais sentimentos que envolvem todo tipo de empreendimento, principalmente em se tratando de uma viagem tão peculiar. Ótima leitura, mas prefiro desconsiderar o último capítulo.

Campelo 23/06/2009

Saramago Ligth
O livro difere bastante tanto na temática quanto no tipo de narrativa das demais obras do Saramago. É extremamente divertido e engraçado com passagens que são verdadeiros diamantes da fina ironia (como quando o elefante dá um coice no padre da vila). No final perde um pouco de rítmo, mas eu recomendo firmemente.

Bruno 30/11/2009

Um dos melhores livros do autor
Humor e informações dosados na medida certa. Destaques para a linguagem deliciosamente elaborada e a lucidez impecável de Saramago, mesmo depois de passar por problemas de saúde tão graves. Um de seus melhores livros.

Paulinha 26/02/2010

Acredito que Saramago tenha se divertido bastante escrevendo este livro. É uma leitura despretensiosa, leve, com um humor irônico e boas tiradas, o que é particularmente incomum em se tratando deste autor, com livros de temáticas profundas e praticamente ininteligíveis.

Mel 03/02/2014

Saramago conta aqui a trajetória feita por uma caravana para levar o elefante Salomão de Lisboa a Viena. Dado de presente do rei de Lisboa ao arquiduque de Viena, Salomão é guiado por seu cornaca Subhro, com quem veio da Índia, e acompanhado por toda uma tropa. A narrativa é focada nos comportamentos dos humanos e do elefante durante a viagem, abordando assuntos diversos, como política e religião.

evenancio 11/07/2010

A Viagem do Elefante
Finalmente temos mais uma obra-prima nas prateleiras de nossas livrarias para nos encantarmos e, como era de esperar, o português José Saramago faz bonito uma vez mais. Desde já, o livro é mais um clássico da literatura mundial, leitura mais do que recomendada para os apreciadores de uma história bem contada - que é o maior trunfo deste estupendo escritor. Antes que alguém se espante, irei elucidar os motivos pelos quais considero "A Viagem do Elefante" um dos clássicos:

Primeiro que Saramago faz parte de um seleto grupo de escritores que por mais que queiram não conseguem escrever má literatura. Ao lado dele temos Dostoiévski e Tolstói, somente para ilustrar (afinal, alguém já leu alguma coisa ruim destes escritores?). Segundo, Saramago tem a habilidade de transformar uma história simples, daquelas que poderiam ser contadas em não mais do que quinze minutos, em uma história rica em detalhes, que lhe prende a atenção por força da irônia em uma linguagem própria, que é a marca registrada deste autor.

Continua em:
http://www.evenancio.com/2008/12/viagem-do-elefante.html

R 14/11/2012

Solimão

Subhro é um conarca encarregado de levar um elefante indiano chamado Salomão até a Áustria a mando de Do João III Rei de Portugal que presenteia o animal ao Arquiduque Maximiliano II genro do imperador Carlos V, cruzando a metade da Europa de Lisboa Até Viena Subro , Salomão e as tropas que asseguram a saúde do elefante passam por poucas e boas numa Europa repleta de paisagens exuberantes e cidades cheias de pessoas curiosas a respeito do misterioso animal.

Jose me cativou com esse livro de modo a colocar suas ideias em relação ao ser humano mostrando como pano de fundo essa incrível historia de Subhro e Salomão na caminhada, com um fim que me deixou abalado por uns dias, A Viajem do Elefante tem uma característica tênue de avaliar o caráter do ser humano quando este cabe em suas mãos o poder de controlar as coisas e quando é a “bola da vez” a exemplo ,como em certa parte do livro o elefante e Subhro frente a uma população crédula usa o paquiderme para forjar um milagre em função de obter lucros.
Ao longo da historia o elefante é visto de uma maneira singular como se fosse dotado de alma humana ou mais que isso, não simplesmente um animal qualquer, isso não tem duvida, o Conarca trata-o como se fosse seu filho que aos pouco descobre do que o Salomão é capaz, até a tropa de soldados toda também se familiariza com o Elefante que quase é exorcizado por um padre e dobra o joelho a mando de seu dono que entoa como um milagre. A Politica de modo não tão superficial é apresentada entre reinos e reis soberanos.

A analise na relação de empregado e seu patrão e bem notória nesse livro, a submissão, o poder, o humor e ironia em relação as questões da vida, a valorização do animal , a política entre os países. Tudo muito explorada nessa história que é o primeiro livro que leio desse autor ganhador do Premio Nobel Jose Saramago

O que gostei: O envolvente laço entre O Conarca e seu elefante, e a ironia observada nas fases da viajem

O que não gostei: A narração sem pontuação mais como Saramago é Saramago pode né? Afinal tenho que me acostumar se quiser ler mais livros dele e com certeza vou!

Rafael 05/04/2012

Mais um livro incrível do mestre Saramago!
Muito além do que eu esperava. Entrou fácil pros meus favoritos.

Uma estória que me cativou, que fez eu me sentir um dos participantes da caravana do elefante salomão/solimão.

Adorei os diálogos, os personagens, e o jeito que a estória foi contada. Saramago é mesmo um gênio, e esse é mais um dos seus livros que não me deixa mentir.

KÁTIA 04/01/2012

A saga do Elefante
O herói dessa história é um elefante, Salomão.
Dom João III e sua mulher, Cartarina de d'Áustria, resolveram presentear o arquiduque austríaco, Maximiliano II. O Elefante foi um presente de casamento.

Nosso herói seguiu meses a fio em caravana, percorrendo caminhos de Portugal, Espanha e Itália,passando por caminhos tortuosos com...o os Alpes, em plena tempestade de neve.

A viagem chegou ao fim no dia 06 de janeiro de 1552, Em Viena. Também merece destaque o conarca, Subhro, um indiano, que cuidava do elefante.

Muito interessante o livro, embora exija do leitor um tempo, para que se acostume com a narrativa de Saramago, que é um tanto complexa, pois ele "subverte" todas as regras de pontuação, dando à narrativa uma dinâmica diferente, que exige do leitor uma participação mais ativa, uma atenção redobrada. O autor, nesse livro, é bastante detalhista e é preciso perseverar na leitura. Gosto muito do tom irônico e do humor expressado em algumas passagens. O interessante é que há uma crítica à nobreza, que para satisfazer seus caprichos mobiliza céus e mares... e quem paga é o povo e nesse caso, um pobre, mas forte elefante. Recomendo.

raissa 21/06/2012

Li esse livro a uns 2 anos atrás e agora me encontro tendo de reler obrigatoriamente para o vestibular. Confesso que na primeira vez, só li até o final porque não tinha "mais nada pra fazer". Quando soube que precisaria dele para o vestibular, armei a cara feia e jurei que só ia ler o resumo, e ainda divulguei para todos que ainda não haviam lido o quanto era "chato". Mas a minha insegurança... resolvi reler.E não me arrependo! É uma leitura um tanto cansativa mesmo, principalmente para quem está acostumado com pontos, travessões e aspas e não somente com virgulas, mas vale a pena. A história é realmente cativante, as clássicas criticas a elite sutilmente bem feitas. E ah, me apeguei tanto àquele elefante...

Francieli 03/10/2012

Eu qualificaria o livro como: “Um baita livro”. Não só pela história que se conta, mas pela inteligência e poesia com que o autor expressa os acontecimentos, os pensamentos e os desejos dos personagens. Ele torna cada fato novo um emaranhado de colocações, nos levando a muitos pensamentos de diferentes ordens que no final fazem todo o sentido.
Acho que nenhuma obra do Saramago é só uma história, o quem tem por traz cada leitor desvenda a seu modo. Impossível mesmo é não refletir.

Lenise 05/12/2013

Ganhei este livro de aniversário dos queridos amigos, professor Olivier e sua esposa Ju. (Obrigada!)

No livro José Saramago conta a história de um elefante e seu cornarca. Os dois enfrentam uma grande viagem de Lisboa a Viena para satisfazer os caprichos de um rei. A leitura é pesada, quem não tem paciência desiste. Saramago escreve de maneira diferente, não só no linguajar refinado, mas também na pontuação. Dai vem a paciência que o leitor deve ter, para se acostumar com a maneira de escrever do autor e sentir a historia, que é linda por sinal. O livro fala de amizade, respeito, subordinação, saudade, supremacia, luxos, política...etc.

Gostei muito da historia, rica nos detalhes. O que me deixou um pouco frustrada foi o final, não pelo desfecho, mas pelos critérios literários que o autor usou em todo o livro e deixou a desejar na última pagina, como uma redação que a gente quer acabar logo, vai ver que era esta a intenção dele, sei lá...! Talvez eu não tenha captado Saramago, como disse meu marido "era só o que faltava agora, uma loira criticando o prêmio Nobel da literatura"...hauhauauhauhauhauha, fazer o que?!? não captei! rs


site: http://leniseleu.blogspot.com.br/2009/08/viagem-do-elefante.html