Resenhas -

Mila 20/01/2022

Doloroso, mas necessário
É uma obra que me obrigou a ler devagar. É um choque de realidade que muitas vezes nos forçamos a não ter.
Que vida sofrida, Carolina! E quão poética foi sua existência!

Jacqueline169 16/01/2022

Esse é um livro da realidade crua e ao mesmo tempo poética de Carolina Maria de Jesus. A leitura é, no mínimo, incomoda. Incomoda ao pensar que apesar de anos de separação, o país continua repetindo a mesmas linhas e como há diversas Carolinas espalhadas e invisíveis por aí. Como na apresentação, Audalio Dantas ressalta: "quarto de despejo não é um livro de ontem, é de hoje. Os quartos de despejo, multiplicados, estão transbordando."
A obra é uma denúncia da situação das pessoas faveladas, da pobreza que vivem e como a fome é uma problemática diária a ser enfrentada, é uma obra, sem dúvidas, política e visceral.

Lucas 07/01/2022

O Brasil que ninguém vê
Quarto de despejo é aquele livro que descreve uma realidade ainda muito presente no cenário brasileiro, e que infelizmente não tem previsão para deixar de existir. Sob o olhar de Carolina Maria, temos descrito sua vivência como moradora de uma favela e o cotidiano que a rodeia, com violência, miséria e fome. Muita fome...

É o tipo de livro que é necessário para todo cidadão Brasileiro ler.

lifeofbeu 02/01/2022

Um livro incrível que retrata a vida de uma mãe que vive na periferia e todos os dias sobrevive nessa sociedade, mas não deixa de escrever e relatar o seu dia a dia em meio a cadernos e folhas usados e muitas vezes escrevendo por cima das palavras.
Tive a honra de ver de perto na Bienal de São Paulo os livros originais que ela escreveu e me emocionei hahs

Vanessa.Coimbra 28/12/2021

Uma leitura muito boa e necessária, emocionante e triste ao mesmo tempo, especialmente por ser Fatos reais e que acontece ainda hoje, li bem devagar

Yandara 28/12/2021

Um soco no estômago
Não tem como não se sensibilizar pelos relatos de Carolina Maria de Jesus; a fome e a miséria são constantes na obra.

É o retrato de milhares de mães brasileiras, que batalham dia após dia para garantir o mínimo de dignidade aos filhos.

Karla Borba 27/12/2021

Livro essencial para TODO brasileiro
Toda a homenagem, elogio ou premiação que Carolina Maria de Jesus receber vai ser pouco para o que representa seu legado. Essa mulher que ousou ser mais do que disseram que ela poderia ser se manteve firme em seu propósito de escrever e sonhar.
Além do realismo característico de sua narrativa quando retrata o cotidiano dos trabalhadores entre suas dificuldades e felicidades, ela nos traz imensas lições sobre amor, prioridades, honra e valores.
Obviamente nos leva a refletir sobre as desigualdades e problemas sociais do Brasil, mas é importante que se reforce e se lembre a todo instante que Carolina é mais do que um relato de pobreza, é literatura forte e potente de uma mulher negra e é por isso que ela deve ser lembrada! Por trazer o Brasil verdadeiro para os holofotes e não as alegorias de brasilidade que tentam nos vestir.

Ana Alice 09/12/2021

Esse livro de Carolina Maria de Jesus deveria ser considerado patrimônio cultural brasileiro, a narrativa da vida da autora nos permite conhecer a fundo o dia a dia de uma comunidade e como é difícil ser preto e pobre nesse país. Todo mundo deveria ler Quarto de Despejo.

Denny 27/11/2021

Comovente
Perceber que estamos mais de 60 anos depois tendo a fome e a miséria sendo companheiras do povo é tão doloroso que em diversos momentos me vi obrigado a interromper a leitura e chorar.
É duro perceber o quão privilegiados somos pelo simples fato de ter o alimento, o teto.
Carolina escreveu em seu diário em 10 de maio de 1958
?O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome.?
É bom lembrar disso, sempre!

Anna Araújo 24/11/2021

Repetitivo
Repetitivo mas como diz o jornalista que editou os diários de Carolina, " a fome aparece no texto com frequência irritante. Personagem trágica, inarredavel."
Como o subtítulo já diz é um diário, então conta a rotina de Carolina por ela mesma, uma rotina de sofrimentos e lutas para superar o mal irremediável da sociedade, a desigualdade.

Wesley Vinicius 20/11/2021

"Não há coisa pior na vida do que a própria vida". Esse provérbio que a Carolina cita no final do livro representa o sentimento que tive em ler essa obra. Muito triste ver o relato de toda a miséria e fome que ela passou. E mais revoltante ainda saber que essa realidade só tem aumentado no país. A autora narra sua luta diária contra a fome através de um linguagem simples, sem preocupações com ortografia e gramática, o que nos aproxima mais da rotina sofrida dela. Recomendo que todos leiam esse livro, uma obra extremamente necessária que faz a gente olhar além do nosso próprio umbigo.

Fernanda L. 08/11/2021

Impactante
Acredito que esse seja um dos livros mais impactantes que eu já tenha lido. É bastante chocante como a autora descreve de forma crua e ao mesmo tempo poética seu dia a dia. A mistura da linguagem erudita com erros gramaticais é uma das características mais marcantes da obra. Concede uma solenidade única ao relato no qual a fome é presença constante. É impossível não se emocionar em algumas passagens com a descrição da miséria e o desespero humano os quais privam do mínimo existencial a autora do livro.
O livro é um soco no estômago, um choque de realidade necessário. Também é marcante o paralelo que pode ser feito com o Brasil descrito por Carolina Maria de Jesus em 1955 e 1956 com o Brasil da atualidade diante de notícias diárias sobre o aumento da fome e da miséria que tem levado cada vez mais pessoas a buscarem alimento no descarte e no lixo de outros.
Leitura recomendadíssima!

@andressamreis 26/10/2021

Acho que não sou mais a mesma depois de Carolina
Um dos meus livros favoritos da vida!

Algum livro já te curou de algo?
Este me curou de uma ansiedade terrível que eu tinha com relação à maternidade. É sobre nunca perder a fé, sempre há um jeito, uma maneira pela qual lutar todos os dias.

Finalmente, no começo deste ano conheci Carolina e ela me curou!
Favelada na década de 50, mãe solo de 3 filhos, sobrevivendo da venda de sucata mostrou-me o que é dignidade, luta e esperança.

Carolina mesmo em seus dias mais sombrios mantinha o hábito da escrita, todos os dias registrava suas angústias, medos, observações, opiniões. Entre tanta escassez e aridez a sua volta ela encontra um meio de manifestar sua criatividade, reflexões e depositar de forma concreta seus votos de um futuro melhor.
Você consegue entender a beleza disto? Mesmo diante do pior da sociedade, ela não deixou de fazer algo que lhe garantisse um mínimo de sanidade mental, ela não se entregou ao "perdido por perdido, truco". Não! Ela nunca deixou de acreditar em si, na força de sua história, ela sabia que seu dia a dia tocaria a alma de milhares de pessoas um dia.

Ela nunca se entregou! Teve desespero? Sim, mas nunca entrega.
Todo dia ela levantava-se, fazia seus percursos, recolhia sucata, vendia nos ferros velhos e tentava comprar o pão, café, leite, arroz, farinha, fubá (mesmo que a caçula não gostasse!)

Carolina era critica dos comportamentos de vício de seus vizinhos, por perceber que eles se afastavam da solução das más condições de vida e aproximava-os da polícia, da fome, da morte e principalmente de algo que ela abominava: a educação precária para as crianças.

A todo momento Carolina valorizava os pequenos, criticava as agressões sofridas pelas crianças, esforçava-se para que elas tivessem acesso à Educação formal e mesmo quando ela e os filhos são alvo das "maldades dos filhos dos vizinhos", sempre culpava os adultos.

Uma leitura que dialogou demais comigo e que é muito maior do que tudo isso que escrevi. Eu poderia escrever 10 textos e não esgotaria todos os temas que há em Quarto de Despejo! Leiam! 200 páginas de bate papo com uma das grandes mentes deste país!

Aninha 16/10/2021

Admito que durante a leitura fiquei confusa com o jeito que ela descreveu algumas coisas mas não me atrapalhou muito.
Foi um livro pesado, que me deixou triste e sem esperanças pela humanidade em vários momentos mas me fez ter uma visão diferente sobre a vida.

letis 13/10/2021

ô sofrimento
descrição perfeita da vida de uma favelada. Uma mulher que deu tudo de si para seus filhos, uma escritora, mesmo com diversas críticas, porém tendo como pior inimiga a fome.