O Mito de Sísifo

O Mito de Sísifo Albert Camus




Resenhas - O Mito de Sísifo


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Sikewiecz 05/02/2009

Leitura dificil
Um livro com conteudo muito denso e de leitura bastante dificil. No entanto, uma obra sensacional de Camus.
almeidarenato91 26/07/2011minha estante
Eu li O Estrangeiro antes. Ajuda.




Lin 12/09/2022

É um ensaio, o autor não esgota o tema
Precisaria de mais uma leitura para compreender melhor esse livro. Não é daqueles que a leitura flui se a pessoa não tiver antes uma bagagem sobre os outros livros que o autor escreveu a respeito do assunto, até pq é um ensaio e o autor não esgota o tema de forma a explicar com detalhes as teorias as quais ele se contrapõe, o que acaba por tornar a leitura dificultosa, mas se fizer uma análise de capítulo a capítulo, é possível perceber o quão construtivo é este livro. Tem um foco existencialista e se baseia no mito de Sisifo para expor a teoria do absurdo, a escolha de ser o homem absurdo como um caminho para se alcançar a felicidade. Aborda não ser saudável ao ser humano se questionar sobre o porquê deste mundo, ou de seu papel, na expectativa de encontrar repostas racionais sobre a questão, pois somos seres racionais vivendo num mundo irracional. Sisifo foi punido pelos deuses a um trabalho "inútil e insignificante", empurrar uma grande pedra até o pico de uma montanha e, de lá, quando ela caía, retornava para repitir o mesmo trajeto de empurar a pedra novamente, num labor sem fim, até a eternidade. O autor diz que é preciso enxergar "Sisifo feliz". A teoria do absurdo pauta-se no controle racional do homem em se manter vinvendo. Mesmo que não exista uma vontade emocional, o racional deve falar mais alto a fim de que não se busque entender o porquê o mundo é mundo, ou o porquê o ser humano existe, ou o porquê as coisas são assim, e etc.. é preciso buscar motivos para se viver e aproveitar a oportunidade que foi dada de se viver experiências, paixões, descobertas... que a vida se resume ao que se foi vivido porque o fim de todos é certo e esse fim é a morte que leva todos os sonhos, metas, planos que às vezes não realizamos por medo de punições divinas, pressões morais, sociais e etc.. o homem absurdo é aquele que mesmo sabendo que nada faz sentido, ainda assim busca sentido, mesmo sabendo que o destino é a morte e a perda de tudo, ainda assim sonha, constrói, faz planos e é isso que dá sede à vida.. porque desistir não é o caminho, mas sim persistir. Nessa linha, o autor aborda o suicídio, considerando como a principal preocupação filosófica, pois o por que se vive é o questionamento mais importante para o ser humano.
Alan kleber 12/09/2022minha estante
Essa resenha traz um maior entendimento a obra.




Isis.Borges 10/06/2022

Aceitação do absurdo
Camus diz que passamos por rotinas massacrantes, entediantes e repetitivas e que com o tempo essa rotina nos torna conscientes de algumas coisas, como por exemplo de que estamos envelhecendo, de que o tempo está passando e nessa ansiedade buscamos um sentido pra vida e descobrimos que a vida não tem sentido. Diante disso ele vê três opções: o suicídio físico (já que não há razão não tenho porque continuar vivendo) , o suicídio filosófico (nos agarrar a algo que anule o esclarecimento e raciocínio - como recorrer a Deus, ou a religião) ou a aceitação, e ele chama essa opção de o Homem Absurdo, que é o cara consciente de que a vida não faz o menor sentido mas que julga que vale a jornada. Que não se mata e não se entrega ao irracional, ele é dono de seu destino.
"Sim, o homem é seu próprio fim. E é seu único fim. Se quer ser alguma coisa, é nesta vida."

Camus só conta sobre o Mito do Sísifo ao final, sem dar spoiler, joguei no google o que significa SÍsifo: "Pessoa que tem tarefa ou trabalho que implica um esforço rotineiro e interminável, não sendo produtivo". É sobre isso, nossa condição humana.
Minha experiência de leitura foi quase deprimente, achei pesado e complexo.

"Quero que tudo me seja explicado, ou nada. E a razão é impotente diante do grito do coração. O espírito incitado por essa exigência procura e só encontra contradições ou despropósitos. O que não compreendo não tem razão."
Alê | @alexandrejjr 15/06/2022minha estante
Camus era um cara complexo... mas o livro parece muito interessante.




Alpinista Niilista 28/10/2021

Livro que ampliou infinitamente minha concepção de realidade. Leitura essencial pra quem curte filosofia °-°
JurúMontalvao 28/10/2021minha estante
vlw a dica?




Nyco 21/11/2023

Esse livro me salvou.
Esse foi um livro que me tirou da mente muitas incertezas diante da vida. É o que precisava ler nessa fase que me encontro, sempre pensando no dia de amanhã, me preocupando com coisas banais e milhares de outras coisas que a gente tem de lidar no nosso cotidiano e nesse mundo. Foi um livro muito indicado à mim no passado e finalmente pude ter o prazer de conhecer Camus. Certamente temos muitas ideias em comum e com "O mito de Sísifo" pude enxergar com clareza o que eu tentava negar antes mas sabia e sentia que as coisas não são de fato assim.... Obrigada por isso, Camus.
Mais um livro que levarei no meu coração até meu último dia de vida e indicarei à pessoas que também se encontram perdidas como eu estava em relação à isso tudo. Viva o absurdo.
Shakal 23/12/2023minha estante
??




Luigi 26/01/2010

Um grande erro foi ler este livro antes do querido Lobo do Hesse. Encontrar uma saída com o salto para o suicídio ou para o divino, surge como algo inalcançável para Camus. O impossível da busca absurda, apesar de que esse impossível parece ser muito mais tocável e acaba se tornando a felicidade do viver, mesmo infeliz. Faz dessas idéias absurdas, dentro de sua subjetividade, um caminho muito interessante onde, na leitura, de cada um, é possível atiçar essa busca(do indivíduo pelo inalcançável).

O grande erro, depois observado ao ler Hesse, foi que Camus consegue dar uma saída sem precisar ser socorrido do problema do Lobo. Apesar do lobo ser complexo personagem e que se desenrola muito bem e muito mais acessível que todo o ensaio ilustrado de Camus, este consegue fazer com que a sua idéia seja absorvida, abstraída, num nível impossível para quem lê Hesse. Todo esse "viver" acaba ficando impregnado na alma de quem lê, profundamente instalado.


Surge, para mim, que esse passeio com Sísifo um momento muito divertido, irônico e por que não... (in)feliz?
Amadeu.Paes 14/06/2013minha estante
Eu também cometi um erro: Ainda não li o Processo do Kafta, vou corrigir este erro em breve.

Gostei da sua opinião.




Tata 19/02/2022

Deprimida
Eu entendi a mensagem e a ideia do Camus. Entendi tão bem que fiquei mal.
Sabe quando você é criança e não sabe o que é mal e bem exatamente; acaba descobrindo com o tempo que a vida está cheia de mal; que ele não está em vilões, mas em pessoas que amamos também? Uma sensação de peso. Um peso novo, que você não faz odeia de como carregar? Então, foi isso.
Pensar na vida como um eterno suplício me deixou mal e depois me confortou. Porque o que me deprimiu não era descobrir que a vida é sem sentido, mas de ter que aceitar isso como verdade de uma vez por todas. Fazia um tempo, tinha pensamentos, que analisando hoje, poderiam se encaixar no existencialismo, mas nunca quis aceitar.
Quando estamos formando um caráter e uma idéia própria sobre a vida (o que é meu caso), temos muitas opções para acreditar, aceitar, ou não. A ideia de ver Sísifo feliz fez-me total sentido, mas tive dificuldade de aceitá-la.
Isso resume bem a minha experiência de leitura.

Sobre a escrita, é um pouco mais difícil do que está em meu costume, mas não é algo complicado demais, só é preciso se concentrar na leitura para não perder o raciocínio narrado.

Foi o primeiro livro que li do Albert Camus, e gostei muito da sua narrativa e de sua maturidade. Eu indico muito. Embora tenha-me sido uma experiência meio triste - não acho uma palavra mais adequada ao sentimento, embora não seja exatamente isto - foi uma experiência enriquecedora.
Bruno Oliveira 21/02/2022minha estante
Disse tudo e muito bem! Acho q o sorriso em Sísifo é pelo fato de fazer algo; se ele é a pedra, como bem disse Camus ali numa página, então, Sísifo faz o q faz por ele mesmo, certo? Assim, nem o inútil é tão inútil assim. Hehe Filosofia é bom por isso: cada um vê uma coisa e, quando se junta essas coisas, outra coisa surge! Hehe :)




Pedro Nabuco 17/10/2015

O absurdo não liberta, amarra.
Ao termino da leitura desta obra de Camus me senti deslocado. A proposta apresentada pelo autor é tão clara e tão paradoxal (já vai aqui mais um paradoxo) que o assombro é inevitável. Se desprezo a eternidade, se não creio que haja nenhum saída para o absurdo da condição humana, por que continuar a viver? O suicídio seria a saída clara para este dilema. Camus alega que não, o suicídio consistiria na aceitação ao absurdo, então, para ele, é preciso revoltar-se, ou seja, se manter consciente do absurdo do mundo e da condição humana, ou seja, se esforçar ao máximo para viver uma vida na qual todo o esforço é inútil ante as "sangrentas matemáticas da nossa condição"(a morte).
Nesse ponto a leitura de Camus me remete à de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" quando Machado escreveu a frase mais emblemática que já li em minha vida "Grande lascivo, espera-te a voluptuosidade do nada." Creio que a obra de Machado, em certos aspectos, reflita bem a absurdidade que Camus nos apresenta: somos lascivos com um vasto mundo para devorar, outrossim o destino inexorável de todos nós não é o outro, senão, a voluptuosidade do nada.

Camus rejeita qualquer tipo de subterfúgio ou escape à condição humana, para ele o homem é o senhor de si, isto no sentido mais amplo possível. Nesse ponto eu me identifiquei bastante com o pensamento de Camus, contudo foi também nesse ponto que mais me senti amedrontado por ele. É extremamente assombroso tomar as rédeas de sua vida, manter-se consciente que tudo se resume a um intervalo de tempo no qual se existe, e independente de como se dê essa existência, ela não passará disso, mas pior do que a consciência da efemeridade e insignificância de nossa vida, é a continuação desse raciocínio, que leva a negação de qualquer esperança, e a conclusão, de uma vez por todas, que "Sim, o homem é seu próprio fim. E é seu único fim".

Camus exalta a revolta como uma maneira que o homem tem de manter a dignidade numa luta que está fadado a perder. "essa revolta é apenas a certeza de um destino esmagador, sem a resignação que deveria acompanhá-la." Esse trecho me lembra o trecho de uma música do grande Humberto Gessinger "Na falta do que fazer, inventei a minha liberdade!".

A impressão que me fica de "O Mito de Sísifo" é essa, diante do absurdo Camus inventa sua liberdade e nos incita a fazer o mesmo. Talvez por falta de vivência, por falta de melhor assimilação, ou mais provavelmente, por falta de coragem, não consigo absorver ao todo a filosofia de Camus. O gosto que fica da leitura é, sobretudo, amargo, o que não quer dizer que é ruim, em certo ponto, Camus no diz:
"Hoje, na boca dessa mulher, ele reencontra o gosto amargo e reconfortante da única ciência. Amargo? Se tanto: essa necessária imperfeição que torna possível a felicidade!"
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Adriano 12/09/2015

Definitivamente não é um livro para passar o tempo ou para esperar o sono vir. Você vai ficar desperto. Aliais, não se deve perder a concentração ou vai perder o fio da meada. Como que é? Não é possível! Essa foi minha tônica nesse livro, a pergunta e a expressão recorrente durante minha leitura. Enfim, se até Sísifo pode ser feliz, porque não eu? De lambuja ainda ganhamos uma interpretação de Kafka.
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Yussif 17/05/2012

Um ensaio sobre o absurdo - recorre à mitologia clássica para defender que todo o esforço humano é inútil, chamando a atenção para a insuficiência dos processos da razão na compreensão do problema do sentido. Nesse livro escreve logo no início: “Julgar se a vida merece ou não ser vivida equivale a responder à questão fundamental da filosofia.”
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Thay 14/04/2019

O absurdo e o suicídio:

"Começar a pensar é começar a ser minado. A sociedade não tem muito a ver com esses começos. O verme se acha no coração do homem."

"Matar-se é de certo modo, como no melodrama, confessar. Confessar que se foi ultrapassado pela vida ou que não se tem como compreendê-la."

Os muros absurdos:

"O cansaço está no final dos atos de uma vida mecânica, mas inaugura ao mesmo tempo o movimento da consciência. Ele a desperta e desafia a continuação. A continuação é o retorno inconsciente à mesma trama ou o despertar definitivo. No extremo do despertar vem, com o tempo, a consequência: suicídio ou restabelecimento."

"De quem e de que, de fato, posso dizer "conheço isso"? Este coração, em mim, posso experimentá-lo e julgo que ele existe. Este mundo, posso tocá-lo e julgo ainda que ele existe. Para aí toda a minha ciência, o resto é construção. Porque, se tento agarrar este eu de que me apodero, se tento defini-lo e sintetizá-lo, ele não é mais do que uma água que corre entre meus dedos. Posso desenhar um por um todos os rostos que ele sabe usar, todos aqueles também que lhe foram dados, essa educação, essa origem, esse ardor ou esses silêncios, essa grandeza ou essa mesquinhez. Mas não se adicionam rostos. Até esse coração que é o meu continuará sendo sempre, para mim, indefinível. Entre a certeza que tenho da minha existência e o conteúdo que tento dar a essa segurança, o fosso jamais será preenchido. Serei para sempre um estranho diante de mim mesmo."

"Compreendo que se posso, com a ciência, me apoderar dos fenômenos e enumerá-los, não posso da mesma forma apreender o mundo."

"Querer é suscitar os paradoxos. Tudo é organizado para que comece a existir essa paz envenenada que nos dão a negligência, o sono do coração ou as renúncias mortais."

"O absurdo nasce desse confronto entre o apelo humano e o silêncio despropositado do mundo."

O suicídio filosófico:

"O absurdo essencialmente é um divórcio. Não está nem num nem noutro dos elementos comparados: nasce de sua confrontação."

"Existe um fato que parece inteiramente moral: é que um homem é sempre a presa de suas verdades. Uma vez reconhecidas, ele não saberia se desligar delas."

"A única saída verdadeira está precisamente ali onde não há saída conforme o julgamento humano. Do contrário, para que teríamos nós necessidade de Deus? As pessoas só recorrem a Deus para obter o impossível. Para o possível, os homens se bastam."

"Procurar o que é verdadeiro não é procurar o que é desejável."

"Pensar é reaprender a ver, dirigir a consciência, fazer de cada imagem um lugar privilegiado."

"Para o homem absurdo, havia ao mesmo tempo uma verdade e uma amargura nessa opinião puramente psicológica de que todos os aspectos do mundo são privilegiados. Que tudo seja privilegiado redunda em se dizer que tudo é equivalente."

A liberdade absurda:

"O homem reencontrará aí, enfim, o vinho do absurdo e o pão da indiferença com que alimenta sua grandeza."

"Viver uma experiência, um destino, é aceitá-la plenamente."

"Para um homem sem antolhos, não existe espetáculo mais belo que o da inteligência lutando contra uma realidade que o ultrapassa."

"Conhecemos a alternativa: ou nós não somos livres, e Deus todo-poderoso é responsável pelo mal, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é todo-poderoso."

"Não posso compreender o que pode ser uma liberdade que me seria dada por um ser superior. Perdi o sentido da hierarquia. Só posso ter, da liberdade, a concepção do prisioneiro ou do indivíduo moderno submetido ao Estado. A única que conheço é a liberdade de espírito e de ação."

"O absurdo me esclarece sobre esse ponto: não há o dia de amanhã."

"Tudo é permitido não significa que nada é proibido."

"Para um homem consciente, a velhice e o que ela pressagia não são uma surpresa. Ele justamente só é consciente à medida que não se oculta o horror."

"O fim definitivo, esperado mas nunca desejado, o fim definitivo é desprezível."

"De todas as glórias, a menos enganosa é a que se vive."

"Um homem é um homem mais pelas coisas que cala do que pelas que diz."

"Todo pensamento que renuncia à unidade exalta a diversidade."

"O operário de hoje trabalha todos os dias de sua vida nas mesmas tarefas e esse destino não é menos absurdo. Mas ele só é trágico nos raros momentos em que se torna consciente."

"Quanto mais apaixonante é a vida, mais absurda é a ideia de perdê-la."
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none 10/05/2019

Pensei que fosse melhor
E o artigo sobre Dostoiévski que foi substituído pelo ensaio sobre Kafka? Onde foi publicado? A editora Record parece estar mais preocupada em encaixar Camus numa briguinha ideológica que outra coisa melhor. Por que dois tradutores? A tradução ficou soando francês a maior parte do tempo. Camus não é um autor fácil e esses ensaios são complexos. Discutem o absurdo. Nada mais propício para o momento em que vivemos. O homem revoltado teve melhor edição que esse clássico. Uma pena.
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GabRM 06/06/2019

O mito de Sísifo
Um ensaio bem atordoante. Muitas ideias/linhas de pensamento que devem ser refletivas com profundidade.
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