Aline Maziero 06/02/2021Los Angeles é um livro que eu comecei a ler muitooos anos atrás, e sei lá porque, parei justo no momento em que a história começa: com a partida de Maggie de Dublin para Cidade dos Anjos.
Como eu preciso por um pouco de ordem na minha estante, eu li, agora, em dois dias.
È um dos livros mais lindos da Marian Keyes, mas se você espera risada, talvez se frustre. È um drama, beeeem do drampatico ainda por cima.
Maggie Walsh (a terceira das irmãs irlandesas) é casada com Paul Garvan há 9 anos e nunca fez nada de errado na sua vidinha pacata. Casou jovem, foi morar no exterior, o marido e ela têm boas carreiras e ela é vista pela família como a mais "certinha", numa família cheia de gente desajustada... kkkk
Só que.... o marido dá um fora terrível quando vê uma caixa de trufa, Maggie perde o emprego, e bem... decide dar um tempo do casamento. Depois de dias na casa dos pais, ela decide visitar a amiga Emily, do outro lado do oceano, em Los Angeles, pra depois voltar e se divorciar. (Nessa hora, euzinha pensei comigo "filha, faz uma terapia"). Mas como essas soluções pragmáticas nunca dão bons romances, a Maggie viaja mesmo.
Em Los Angeles ela conhece o grupo de amigos de Emily - uma roteirista com potencial, mas que ainda não alcançou sucesso em Hollywood - e passa a reavaliar os motivos que a levaram a largar o Garv. (ou, se a gente for explicar direito, como o casamento dela chegou na encruzilhada que chegou).
Nessa busca auto-reflexiva Maggie sofre uns baques pesados, alguns questionamentos são bastante sérios e eu não acredito que essa seja uma leitura "leve", como muitas vezes eu vejo em comentários sobre a autora.
Ainda que os personagens de L.A tenham me parecido caricaturas, que a Maggie sofra de um caso grave de "parece que a grama do vizinho é mais verde que a minha" e que eu tenha achado alguns personagens bem desnecessários, (Troy - miga sua louca, vc não percebeu? e Lara - mulherzinha chata da pega),. além do apelo e da necessidade de se sentir sexualmente desejável e tal, o livro é uma dessas leituras que eu vou lembrar por um bom tempo ainda, nem que seja em um sonho recorrente de dar umas sacudidas na Maggie.