spoiler visualizarMarcos 14/07/2011
Um caminho em busca da reconciliação pessoal
A morte não é o fim de tudo, mas pode ser o inicio de um cainho de descoberta pessoal. Esse é o mote principal do livro “A atriz”, psicografado por Mônica de Castro, por inspiração do espírito Leonel.
A atriz conta uma história de busca pelo autoconhecimento, que se desenvolve em dois tempos, distantes na passagem dos anos dos personagens principais. O livro começa apresentado aos leitores duas indagações, que acompanharão pelas suas 514 páginas. “O que leva uma atriz sensual e famosa a abandonar uma vida de luxo e brilho para morrer na solidão? E, por que um jovem, rico e bem sucedido se distância da família e se entrega, impassível, a obsessão do passado? Dessas duas questões surgi outra que não deixa o leitor soltar o livro antes do fim por nada.” Que elo poderoso pode unir essas duas pessoas que aparentemente não tem nada em comum?
Quando ganhei esse livro fiquei um pouco receoso em começar a ler, pois livros com temáticas espíritas não me agradam muito, uma vez que a maioria dos romances desse tipo dão mais importância ao catecismo da doutrina do que a qualidade do enredo. Isso não acontece em “A atriz”, pelo menos não tão apelativamente. As coisas doutrinarias aparecem, mas se constituem num elemento de apoio a história, dando algumas vezes uma caráter de fantástico ao livro.
Quando comecei a ler ‘A atriz’, logo me arrependi do tempo que passei com ele parado na estante, ainda lacrado no plástico. A autora ( ou autores) usam muito bem os flashbacks, que da um tom meio cinematográfico ao livro e isso é muito bacana, pois deixa a leitura dinâmica e bem fluida. Outra coisa que facilita muito a leitura é a encadernação, pois as letras são grandes, com uma tipologia muito bonita e agradável de ler.
A editora Vida e Consciência dá sempre um belo acabamento gráfico aos seus livros e, embora não devamos julgar um livro pela capa, “ A atriz” é um daqueles livros que deixam bem mais bonita e não pode faltar na biblioteca. Confesse se não tivesse ganhado de presente, não pensaria duas vezes em comprá-lo.