Para Poder Viver

Para Poder Viver Yeonmi Park




Resenhas - Para Poder Viver


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Amanda Campelo | @booksdaamanda 08/05/2018

Resenha para o blog Anne & Cia
O clube do livro Infinistante do mês de Maio trouxe duas opções de livros, e um deles foi o Para poder viver, e eu não tive dúvidas de que queria ler essa história. Já adianto que o livro entrou para a minha lista de favoritos do ano.

“Um de meus grandes temores sempre foi perder o controle de minhas emoções. Às vezes eu sentia que a raiva era uma bola muito densa dentro de mim, e sabia que se alguma vez a deixasse sair, ela poderia explodir e eu não conseguiria contê-la. Tenho medo de começar a chorar e nunca mais conseguir parar. Assim, eu sempre preciso manter esses sentimentos bem fundo dentro de mim. Quem me conhece pensa que sou a pessoa mais para cima e positiva que já conheceu. Minhas feridas estão bem ocultas.”

Para poder viver é uma autobiografia de uma norte-coreana que desde criança lutou pela sua vida em um país opressor. Yeonmi Park nasceu em Hyesan e lá vivia com seus pais e sua irmã mais velha, a Eunmi. Em seu relato conta como ela viveu e como os norte-coreanos vivem sob a ditadura de um “Líder Supremo”.

É difícil imaginar que enquanto muitos estavam tendo momentos felizes, acesso a água, energia, comida, diversão e outras coisas, do outro lado do mundo pessoas estavam passando fome, chegando a ter que comer insetos apenas para encher a barriga, vivendo em condições desumanas.

A autora nos mostra a realidade cruel da vida dos norte coreanos, o tráfego de mulheres na China, e como foi a luta pela sua liberdade. A história se divide em três partes, Coreia do Norte, China e Coreia do Sul. É uma história intensa e emocionante. Eu lia e não conseguia acreditar que mesmo em um ano não tão distante, pois Yeonmi nasceu em 1993, parecia que Yeonmi estava vivendo na época que se quer existia uma televisão. Os norte coreanos não podem assistir a filmes estrangeiros, quando eles conseguiam assistir era por contrabando que vinha da China, mas tudo tinha que ser muito bem escondido, pois se a polícia encontrasse algo indevido, as pessoas eram enviadas para campos de reeducação ou ainda pior, dependendo do crime, por mais simples que fosse, a morte era certa por fuzilamento.

“Não tinha ideia do que era um “hobby”. Quando me explicaram que era alguma coisa que eu ficava feliz ao fazer, não pude imaginar tal coisa. Supunha-se que meu único objetivo era
fazer o regime feliz. E por que alguém iria se importar com o que eu queria ser
quando crescesse? Na Coreia do Norte não havia eu - somente nós.”

Depois de conseguir fugir da Coreia do Norte, aos 13 anos, Yeonmi tinha esperança de encontrar a liberdade na China, mas nada disso aconteceu, estava começando mais uma batalha pela sua sobrevivência. É nesse momento da história que sabemos como ela e sua mãe foi traficada para ser vendida.

Eu poderia abordar muitos assuntos importantes sobre o livro, mas a resenha teria que se estender bastante, e é por isso que eu indico que você leia este livro para saber mais sobre a história de uma mulher que não desistiu da sua vida e sempre buscou a sua liberdade, mesmo diante de todas as lutas que passou. Foi um livro que me fez sair da minha zona de conforto e ainda me despertou para um novo olhar sobre a realidade do mundo. É uma história inspiradora e que me deixou emocionada.

“Aprendi outra coisa naquele dia: todos temos nossos próprios desertos. Podem não ser iguais ao meu deserto, mas sempre teremos de atravessá-los para encontrar um propósito na vida e para sermos livres.”
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Paloma 06/05/2018

Tocante sem ser piegas
Para poder viver acompanha a história de Yeonmi Park em sua infância na Coréia do Norte, sua fuga pelo submundo chinês de traficantes e contrabandistas de pessoas e sua aguardada chegada na Coréia do Sul.
Ficamos conhecendo um pouco sobre o funcionamento da vida na Coréia do Norte, um país ainda extremamente fechado e opressor.
Uma ideia interessante que a autora nos apresenta sobre seu país natal é que seu povo tem duas histórias correndo em suas cabeças o tempo todo. Uma é aquilo que ensinam você a acreditar e a outra a que você vê com os próprios olhos. Que resume bem o conceito do duplipensar do livro 1984 de George Orwell. Achei extremamente desconcertante saber que esse livro de ficção escrito em 1949 soube retratar um conceito ainda existente no mundo atual.
Outro ponto que achei curioso no livro foi ver o choque das culturas que ela enfrentou. Como uma simples pergunta do nosso ponto de vista da cultura ocidental como "Qual é a sua cor favorita?", para ela causava extrema ansiedade. Porque para a autora ninguém se importava com o que ela pensava e no seu país o que era esperado era dar a resposta que eles haviam ensinado.
Acho que ela soube contar sua história de uma maneira bem expressiva e tocante. Você acaba por sentir o sofrimento dela e dos outros nas diversas situações retratadas sem ser piegas.
"Todos temos nossos próprios desertos. Podem não ser iguais ao meu deserto, mas sempre teremos de atravessá-los para encontrar um propósito na vida e para sermos livres."
Vale a pena ler e conhecer um pouco mais sobre a realidade desse país e da luta pela sobrevivência de seu povo.
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Jéssica 29/04/2018

Forte e inspirador
A história de vida da Yoemin é muito intensa e forte, te faz parar e pensar nos seus privilégios e também no exercício de gratidão por tudo o que se tem, enquanto outras pessoas no planeta não tem nada. Achei muito inspirador.
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Manu 14/01/2018

Uma inspiração do começo ao fim, uma grande história que nos tira da nossa zona de conforto!
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Cris 13/01/2018

Livro tocante
que jornada de vida ! choca vermos como a vida neste mundo pode ser tão cruel e difícil.
ela saiu de um livro de Orwell , literalmente.
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Fernanda.Maria 04/12/2017

Inesquecível!
Tipo de livro que te transforma! Impossível não refletir sobre as condições vividas na Coreia do Norte, sofrer muito com a autora e se emocionar! De leitura fácil, eu não queria que acabasse! Daria muito mais que 5 estrelas! Leiam!
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Núbia Esther 04/10/2017

“Ao longo de minha jornada, vi os horrores que seres humanos podem infligir uns aos outros, mas também testemunhei atos de ternura e bondade e sacrifício nas piores circunstâncias imagináveis. Sei que é possível perder parte de sua humanidade para sobreviver. Mas também sei que a centelha de dignidade humana nunca se extingue por completo e que, se lhe forem dados o oxigênio da liberdade e o poder do amor, poderá voltar a crescer.

Esta é a história das escolhas que fiz para poder viver. ” (Página 18)
Para Poder Viver é o livro autobiográfico da norte-coreana Yeonmi Park. Nascida em uma família que caiu em desgraça perante o governo, de uma vida confortável (na medida do possível) acabou na miséria. O desespero provocado pela fome, pelas condições insalubres de moradia e pelo regime ditatorial norte-coreano, levou primeiro a sua irmã mais velha, e depois ela e sua mãe, a fazerem a arriscada travessia do Rio Yalu, que separa Hyesan (sua cidade natal) de Chaingbai, e se aventurarem na China. Uma jornada que começa perigosa e se torna desesperadora. É aqui que Yeonmi descobre o poder da resiliência e encontra dentro de si a força necessária para enfrentar as dificuldades. Da Coreia do Norte até a chegada e o asilo político na Coreia do Sul, houveram o desapontamento com os líderes de sua nação, o terror de ter tido o pai preso e enviado para um dos piores campos de trabalho forçado, a esperança do retorno dele para casa, o desalento da situação familiar cada vez mais crítica perante a sociedade, o anseio por algo que não se sabe bem o que é, o terror de ter a liberdade (tão próxima) retirada de suas mãos e um novo tipo de encarceramento, a fuga (quase suicida) pelo deserto e o reencontro com a esperança.

 O livro está dividido em três partes: Coreia do Norte, China e Coreia do Sul. É na primeira parte que podemos saber mais sobre como é a vida do povo norte-coreano. A ingerência do governo na vida do povo. A derrocada da prosperidade do governo norte-coreano após a derrota do bloco socialista na Guerra Fria. A estruturação das classes sociais e como você pode subitamente cair do topo ao rés-do-chão. No início a narrativa é como uma colcha de retalhos, vários anos estão representados em um mesmo capítulo e Yeonmi vai e volta no tempo constantemente. Inicialmente pode parecer confuso, mas conforme os retalhos vão se acumulando, o retrato da vida na Coreia do Norte vai tomando forma. É uma verdadeira aula de história, geografia, sociologia e política na ótica e memórias de uma jovem garota. Findada a primeira parte e, com a fuga concretizada, adentramos em um momento da história de Yeonmi tão angustiante quanto àqueles vividos em seu país natal. Sonhando com a liberdade, acabaram reféns do tráfico humano, e, se o regime ditatorial maculou a infância de Yeonmi, a experiência na China roubou sua adolescência e sua inocência. Enfrentar o Deserto de Gobi, mais do que um ato de desespero, expressou o último anseio, a última busca por um futuro digno. Com a chegada à Coreia do Sul, veio o treinamento para viver no século XXI, mas também houve o preconceito daqueles que só enxergam os norte-coreanos como estrangeiros e o preconceito daqueles que tentaram minar o futuro acadêmico de Yeonmi. Contudo, também houve a força de vontade da garota para mostrar seu potencial, seu engajamento político contra a situação do seu país, o ativismo do qual passou a ser protagonista e que a transformou em inimiga do estado norte-coreano, e o restabelecimento, na medida do possível, de seu núcleo familiar.

Em termos de narrativa, eu gostei da forma como Yeonmi estruturou sua história. A narrativa não linear realmente transpareceu que ela está puxando aquilo da memória para nos contar e como frequentemente acontece, depois de estarmos lá na frente, lembramos de algo que deixamos para trás, mas sem problemas, nada que uma pequena retomada não resolva. Algumas informações são meio desencontradas e Yeonmi mesmo fala que no início, quando começou a conceder entrevistas falando sobre sua vida, ela omitiu e alterou detalhes para manter escondido parte do seu passado. Será que não advém daí as inconstâncias nos discursos sugeridas por muitos como sendo provas do embuste representado por Yeonmi? Não é fácil colocar a cara à tapa e rasgar o verbo sobre algo que se quer esquecer. No fim das contas pode haver inconstâncias e pode haver coisa inventada, mas não há de se negar que o passado de Yeonmi foi trágico, que a separação de Chosun nas duas Coreias é uma ferida ainda latejante e que assim será ainda por muito tempo, e que uma vida com direitos civis básicos e dignidade é o que todo mundo merece, e sim, isso é humanamente impossível de ser concebido em um regime totalitarista com tanta ingerência do governo na vida do povo. Mas, mais do que colocar em discussão o regime norte-coreano, Para Poder Viver traz a lição de como podemos ser fortes, de como a vida pode nos envergar continuadamente (sabe a lição do bambu?), mas que é preciso resiliência e flexibilidade para manter nosso cerne intacto, ainda que rachaduras venham a ser colecionadas pelo caminho. Nesse ponto, a história de Yeonmi é inspiradora, e se serve de incentivo para que mais pessoas possam ser resgatadas das situações inumanas a que estão submetidas, seja aonde for, é tudo o que importa.

“Eu amava minha pequena avó Hwang com sua perna de madeira. (...) Sempre sorria para mim e era uma maravilhosa contadora de histórias. (...)

A maior parte de suas histórias eram do tempo de Chosun, quando não havia Coreia do Norte e do Sul, e sim um só país, um só povo. (...) Ela me disse: ‘Venha um dia à minha sepultura e diga-me que o Norte e o Sul estão de novo unidos”. ” (Páginas 73 e 74)

[Blablabla Aleatório]

site: https://blablablaaleatorio.com/2017/09/07/para-poder-viver-yeonmi-park/
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Patrícia Belmonte 20/09/2017

"PARA PODER VIVER", YEONNI PARK - EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS
Leitura que recomendo muitíssimo, uma biografia de grande sensibilidade e com grandiosas lições de vida, de força e de amadurecimento.

Em narrativa memorável, uma jovem norte-coreana conta como escapou de uma das mais sanguinárias ditaduras do planeta.

Yeonmi Park não sonhava com a liberdade quando abandonou a Coreia do Norte. Mas sabia que fugir era a única maneira de sobreviver à fome, às doenças e ao governo repressor. Este livro é a história da luta de Park pela vida. O leitor acompanha sua infância no país mais sombrio do mundo. Em seguida, testemunha sua fuga, aos treze anos, pelo submundo chinês de traficantes e contrabandistas.

Emociona-se com seu périplo pela China através do deserto de Gobi até a Mongólia, guiada pelas estrelas, em direção à Coreia do Sul. Vibra com seu papel como ativista pelos direitos humanos. Antes dos 21 anos, Yeonmi acumulou experiência suficiente para encantar todas as gerações de leitores neste livro memorável.



site: http://atualizandolivros.blogspot.com.br/2017/09/para-poder-viver-yeonni-park-editora.html
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steph (@devaneiosdepapel) 31/08/2017

Para Poder Viver
[Resenha postada originalmente no blog Devaneios de Papel]

Se você acompanha as notícias, mesmo que com pouca frequência, já deve ter ouvido falar na política da Coreia do Norte. Pouco se sabe através de provas concretas, mas vez ou outra aparecem indícios de que campos de concentração são uma realidade para o povo norte coreano, além da existência de bases nucleares. Isso sem falar no total controle aparente que a população vive, incapaz sequer de deixar o país por conta própria.

Em Para Poder Viver, conhecemos a história de Yeonmi Park, uma jovem norte coreana que conseguiu escapar das garras do governo totalitarista da dinastia Kim, governo este que já dura décadas. Yeonmi nos conta com detalhes como foi sua infância na CN e sua fuga, já na adolescência. Já adianto que é uma história extremamente dolorosa e triste, que vai falar ainda mais profundamente com as mulheres devido aos horrores que Yeonmi e sua mãe tiveram de enfrentar. Mas todo o sofrimento é necessário para que possamos sentir empatia e compreender o quão séria é a situação deste país terrível.

A narrativa de Yeonmi é simples e possui tom de conversa. Apesar de ter amadurecido muito durante sua jornada, ela mostra em sua escrita um quê de ingenuidade ainda presente ao descrever as situações mais difíceis. Estupro, tráfico humano, violência e temas semelhantes são tratados com tanta sutileza que às vezes deixamos de perceber a crueldade por trás dos acontecimentos. Mesmo assim, em diversos momentos tive dificuldade de ler, tamanho o impacto das palavras de Yeonmi.

O desenvolvimento da história de Yeonmi é quase ficcional; tem momentos de aventura, romance e suspense. Todos os acontecimentos ocorridos em solo norte coreano soaram para mim extremamente parecidos com livros de distopia que já li. É inacreditável pensar que tudo isso esteja tão perto de nós, acontecendo neste exato momento, mesmo em um mundo com tanta tecnologia e (em sua maioria) liberdade.

Por muitas vezes refleti sobre os problemas que já tive na vida. Reconheço, após ler Para Poder Viver, o quão privilegiada posso me considerar por viver em um país democrático e livre (na medida do possível). Não consigo nem imaginar como é ser privado de todo e qualquer direito de escolher ou pensar por conta própria. E além disso, ter sua mente dominada por mentiras e sem a possibilidade de conhecer o mínimo do mundo exterior. É uma situação revoltante, e que só me trouxe um sentimento de impotência constante, por não saber como poderia ajudar mesmo que de forma ínfima.

Yeonmi é um exemplo de força e coragem, mas mais do que isso, é uma garota com suas inseguranças e seus defeitos, que foi obrigada a amadurecer de maneira bruta e cruel sem quase ter chance de dar a volta por cima. E é inspirador ver que mesmo com todas as circunstâncias apontando para o fracasso, essa menina conseguiu superar todo o inferno que passou e hoje luta para que seu povo um dia não pereça mais.

Não tem como não recomendar Para Poder Viver. É um livro para qualquer pessoa, pois todos precisam ter consciência do que se passa na Coreia do Norte, para que pelo menos possam ser gratos pelo que possuem.

E eu espero um dia poder ver a libertação deste povo.

site: http://www.devaneiosdepapel.com.br/2017/08/resenha-para-poder-viver.html
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Mila F. @delivroemlivro_ 24/08/2017

Um dos melhores livro que já li.
In Order to Live: A North Korean Girl's Journey to Freedon é um livro autobiográfico escrito pela Norte Coreana Yeonmi Park (Park Yeon-mi) uma ativista dos direitos humanos norte coreana nascida em 1993 e que conseguiu escapar para a China em 2007 e depois para ser conhecida no mundo contando sua história de vida.

Esse é um dos livros que só tenho elogios, pois foi muito emocionante lê-lo, considero-o também um dos melhores livros que li este ano, no entanto, sinto-me chateada por tê-lo deixado passar despercebido no ano de publicação aqui no Brasil (ano passado), mas acredito que pelo fato de que somente este ano tenho me interessado cada vez mais pela cultura asiática, sobretudo a sul coreana (com k-dramas e k-pop).

Para Poder Viver mexeu com minhas emoções e eu chorei com essa história, consegui sentir o que Yeonmi escreveu, foi uma história emocionante, triste por diversos motivos, mas fantasticamente inspiradora, mostra a superação dessa garota que teve que passar por tudo isso até se tornar a mulher forte que é.

Para Poder Viver mostra bem o que um ser humano é capaz de fazer para conseguir viver e tudo o que ele pode se submeter, mesmo assim Yeonmi Park diz que teve muita sorte, pois existem mulheres e pessoas que passam por situações bem piores.

Chorei em diversos momentos enquanto lia a autobiografia, sobretudo nas partes em que Yeonmi sentia tanta fome, quando viu sua mãe ser estuprada, quando ela mesma foi estuprada e o quanto ela aprendeu na marra a sobreviver e apenas quando ela conseguiu aceitar quem ela é: incluindo seu passado ela conseguiu deixar de sobreviver e passou a viver.

Yeonmi mostra e denuncia os inúmeros problemas sociais do regime fechado Norte Coreano e o que o ditador submete a população a viver de forma tão submissa, levando-os a trabalhos quase escravocratas e ainda deixando a população morrer por inanição. É triste saber que existe no mundo um regime desse jeito e o quanto as pessoas que vivem neles estão alheias a real situação de seu país e do mundo. O quanto são influenciados e o quanto seus pensamentos e ideias são submetidas a "lavagem cerebral".

Yeonmi Park também foi bem dinâmica ao dividir Para Poder Viver em três partes: Coreia do Norte, China e Coreia do Sul, pois assim ela conseguiu repassar bem os acontecimentos que aconteceram em cada um dos países e mostrar um pouco de sua história e cultura.

Sendo absolutamente sincera, este livro se tornou um dos meus favoritos e já o indiquei para vários amigos, aliás, quero até conseguir um exemplar físico já que fiz toda a minha leitura em e-book, pelo Kindle, quero o livro para guardar e reler. Uma ótima opção de leitura e uma leitura instrutiva e inspiradora.

site: www.delivroemlivro.com.br
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Bianca 27/07/2017

Leitura que te prende, que te choca. Impossível pensar no sofrimento que esta garota, como milhares de pessoas, passam para sobreviver.
Uma lição pra nós que reclamamos de coisas tão pequenas e não temos a mínima noção do que é lutar para sobreviver. Já li vários livros relatando sobrevivência e fuga de um país opressor, mas este me tocou de um modo que não consigo descrever.
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Biahhy 19/07/2017

Uma enorme luta em busca da liberdade
Amo livros de não-ficção mas não são todos que conseguem me conquistar, me fazer entrar na historia e ao mesmo tempo gostar, mas com o Para poder viver aconteceu tudo isso e muito mais, demorei para ler ele mas agora que terminei todos os dias que se passaram e os poucos que li a cada dia da historia valeram a pena, consegui me aprofundar mais na historia, ler com mais calma entender os detalhes e me conectar com todo o enredo, pesquisar algumas palavras que ela colocou e eu não sabia o significado e toda essa conexão me fez adorar o livro, me emocionar em muitas partes, sorrir de alegria em outras, entender muitas coisas e descobrir outras a respeito da Coreia do Norte e da própria China que eu não imaginava, um livro dolorido, sofrido mas ao mesmo tempo lindo.

site: https://biahhysilva.wordpress.com/2017/07/23/para-poder-viver-yeonmi-park/
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Gabriela 19/06/2017

Dos desertos que atravessamos...
Porque quando você pensa que conhece a miséria, vem alguém e te mostra que você não sabe nada da vida. Quando você acha que seu país está afundado em problemas, percebe que existem lugares infinitamente piores.
A mensagem que Yeonmi passa é de força e valorização pelo que se tem. Que o sentimento de amor ao próximo e perseverança que experimentei durante a leitura nunca saiam do meu coração.
Valério 11/07/2017minha estante
Gabriela, se gostou desse, vai gostar muito também de "Cisnes Selvagens" (China de Mao Tse Tung), que estou lendo. Nesse estilo, há ainda vários outros, como "Meu querido líder"(Coreia do Norte novamente) e "Trilogia suja de Havana"




Maria Fernanda 08/04/2017

Quem tem medo da Coreia do Norte?
​Coreia do Norte. O que vem à cabeça ao ler este nome? Kim Jong-un. Ditadura. Socialismo. Segredos. Medo. Mas quem é Kim Jong-un? O socialismo é ruim? Por que tudo é tão secreto? E, medo de quê? Para responder tudo isso, eu precisaria de muito, mas muito mais espaço do que o Instagram, a ferramenta que uso para divulgar minhas resenhas, me dá. O que me resta, então, é tentar ser sucinta.

Bom, Kim Jong-un é o atual "líder supremo" da Coreia do Norte, e sua família está no poder há 69 anos, desde que a Coreia foi dividida. Mas esta é uma história complicada — e teve um dedo dos EUA (que surpresa) e outro da finada União Soviética. O importante é que, em 1948, foi estabelecido na Coreia do Norte um governo supostamente socialista justificado pela chamada ideologia Juche, baseada no culto à personalidade. (Digo supostamente pois o que se tem lá é um Estado forte com uma elite militar e uma sociedade desigual, o que nem em um milhão de anos vai de encontro ao socialismo pensado por Marx.) Ou seja, os norte-coreanos são ensinados a literalmente adorar seus ditadores.

É nesse contexto que se passa a história de Yeonmi Park, autora de Para Poder Viver. No livro, Yeonmi nos conta cada pequeno detalhe de como é a vida de quem não pertence aos círculos privilegiados da Coreia do Norte. Ela faz um panorama minucioso de como foi crescer com fome e frio, sem ter conhecimento do mundo fora das fronteiras e acreditando que morava no maior e mais próspero país do planeta. Isto porque a ditadura dos Kim, antes de política, é psicológica: não basta ao governo controlar aonde você vai e o que diz, eles precisam controlar você e as suas emoções. Acontece que Yeonmi conseguiu fugir.

Em uma narrativa triste e impressionante, a jovem, agora com 23 anos, descreve o
horror que foi ser“contrabandeada” para fora da Coreia do Norte há dez anos atrás, para poder ir em busca de sua irmã mais velha, e ter que testemunhar a sua mãe implorando para ser estuprada em seu lugar assim que colocaram os pés em território chinês. E o que se seguiu a partir daí foi uma sucessão de situações desesperadoras: Yeonmi e sua mãe foram vendidas, revendidas, separadas e estupradas. Violadas de todas as formas possíveis. Enquanto isso, ainda existia o tormento da constante lembrança da outra garota, que continuava perdida, e do pai, que fora deixado na Coreia do Norte sem sobreaviso.

De onde essas mulheres tiraram tanta força para continuar lutando por sua humanidade e pelo direito a uma vida digna e "normal", só elas sabem. (Até porque, educadas numa cultura ateia, não possuíam nem ao menos uma boia religiosa ou uma crença de um poder superior a qual se agarrarem.) Sinceramente, eu não consigo nem imaginar. Só de pensar em tudo o que Yeonmi foi forçada a ver e a fazer, e tão nova, fico sem ar. Só de saber que existem milhares de Yeonmi, atravessando suas próprias fronteiras em vários lugares do globo neste exato momento, me sinto ridiculamente pequena e impotente.

Para Poder Viver é um relato poderoso, que dá voz a uma parcela daquelas pessoas tão ignoradas (e pouco compreendidas) pelo nosso mundo ocidental. Porém, ao mesmo tempo, também é um relato perigoso. Pois abre passagem para que mentes menos informadas caiam na falácia do inimigo comunista — outra cortesia dos EUA — e do capitalismo messiânico. O problema da Coreia do Norte não é ter um sistema dito socialista, mas, sim, estar nas mãos de indivíduos que enxergam na doutrinação pela desinformação uma maravilhosa ferramenta do poder; e que não veem problema em deixar um país e um povo inteiro em ruínas.

E não se enganem: nós aqui desse lado do planeta também fomos e somos vítimas de constantes lavagens cerebrais transmitidas culturalmente ao longo dos séculos. Não é porque você não vê que não existe.

site: http://instagram.com/_bookhunter
Jordana M. C. 27/12/2019minha estante
Ah, sei... não é por causa do "comunismo/socialismo", mas por causa de um ditador aleatório? Me desculpe, mas passar pano para o comunismo não dá pé.
Falam mal do capitalismo, porém não podem apontar UM SÓ PAÍS CAPITALISTA que tenha cometido tantas atrocidades quanto os socialistas/comunistas.
Sim, a Coréia do Norte é um inferno, sim, a China comunista é um inferno, sim, Cuba comunista é um inferno (todos querem fugir de lá para o 'malvadão' EUA), e sim, Venezuela, México, Bolívia... tudo o que o comunismo toca, vira caca.




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