Rafa 05/06/2018PinCarina Rissi é especialista em nos trazer diversas emoções em suas histórias.
Com uma premissa simples, personagens adoráveis e uma mentira perfeita, vamos ser conduzidos pela história de Marcus e Júlia, ou simplesmente a Pin (e que apelido fofo).
Júlia é marcada por uma história triste e sempre quer ser aceita pelas pessoas, com uma tia/mãe Berenice doidinha por filmes e por romances em si, ela se vê na maior prova de sua vida, quando o diagnostico mostra que essa Tia tão amada, precisa de um coração novo, e tem pouco tempo.
Já com Marcus, o irmão mais novo de Max, o jovem que teve seus sonhos interrompidos por um terrível acidente, deixando-o paralítico. Mesmo com uma beleza ímpar, seu sarcasmo e frieza afastam as pessoas. Agora ele quer sua independência, chega de ser vigiado pelos pais, irmão e cunhada. Porém não será nada fácil conseguir isso.
E como o caminho de ambos vão se cruzar? Simples: Júlia acaba mentindo para a tia dizendo que conheceu um homem maravilhoso, tipo um dos mocinhos dos filmes românticos que Dona Berê assiste, e com isso sua mentira cresce, pois agora sua tia tem uma súbita melhora e planeja um casamento dos sonhos.
Marcus finalmente vai ter sua casa, mas terá que contratar alguém para ser sua cuidadora.
E quando eles se encontrarem, um precisando do outro, a mentira perfeita poderá salvá-los.
É claro que amei a história, rever personagens anteriores, e novos que aprendemos a amar. E principalmente a temática, a autora trouxe uma realidade difícil, de um paraplégico e de pessoas com necessidades especiais.
O livro é narrado intercalando os pontos de vistas dos personagens principais, e estar dentro da cabeça de Marcus, vendo suas angustias em talvez jamais ser o que Júlia precise foi um baque.
Marcus foi um personagem que aprendi a amar. Todas as inseguranças, esperanças e suas atitudes são compreensíveis para alguém que está na sua situação, foi impossível não me emocionar em algumas cenas.
Júlia, tem uma inocência que não curti muito, mas que aceitei, assim como gostei de ver o quanto ela jamais era obvia com as questões de Marcus, quando a gente sempre partia para o que todos sentem e pensam de um cadeirante, ela partia para um lado meigo e até cómico.
O romance cresce como um inicio de namoro, com amizade, conquista, desejo, e apelidos.
Enfim, é um livro gostosinho de ler, com romance, sensualidade, amizade, redescobertas e muitas risadas. Te ensina muito sobre se perdoar e se permitir amar, pessoas e sonhos, mesmo com todas as cicatrizes que carregamos.