O papel de parede amarelo

O papel de parede amarelo Charlotte Perkins Gilman




Resenhas - O Papel De Parede Amarelo


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Fabio 24/01/2024

" A Loucura da Fragilidade"
O conto "O Papel de Parede Amarelo", escrito pela novelista, poetiza e ativista feminista, Charlotte Perkins Gilman, foi publicado pela primeira vez em 1892, é considerado um dos precursores da literatura feminista Norte Americana, e figura na lista de contos mais influentes da história.

Escrito em primeira pessoa em forma de diário, Perkins, nos entrega um conto lacônico de terror psicológico com evidentes tons biográficos, que transmitem indignação e angustias, e evidencia o papel feminino dentro de uma relação matrimonial repleta de abusos e intensos conflitos, além dos conceitos sociais visivelmente retrógrados, inaugurados no fim do século XIX início do século XX.

"Papel de Parede Amarelo", nos conta as inquietudes de uma mulher com a saúde mental debilitada, diagnosticada com depressão nervosa, que, na época era amplamente tratada como "histeria" feminina, e que, forçada pelo marido, (que também era seu médico) a se isolar em uma casa no campo, limita as atividades físicas e intelectuais da conjugue, privando-a até mesmo da rotina doméstica.

Durante a "reclusão" em um quarto que possui um papel de parede que dá o título a obra, a mulher em visível estado confusional, escreve escondido do marido, um diário, e anota em suas folhas, todos seus devaneios e delírios, e principalmente sua obsessão pelo papel de parede infantil de cor amarela, o qual enxerga alucinações de todos os tipos, que a atormentam durante toda a narrativa.

Repleto de simbolismos e ambiguidades, "O Papel de Parede Amarelo", é uma obra de cunho extremamente proselitista, que foi elaborado para colidir com as convenções sociais da época que impunham à mulher a submissão, e claro, a conduzir o leitor e a uma reflexão sobre as mazelas sociais, e também sobre a pouca atenção dedicada a saúde mental feminina no início do século no qual fora composto.

"O Papel de Parede Amarelo" é uma prosa sociológica, de caráter feminista, repleto de sutilezas, onde a autora, com sucesso aborda o tema proposto, utilizando de subterfúgios que não deformam a estética ou o argumento, mas, que, em perfeita consonância, resultam em um texto de alta qualidade literária, sob medida, que chega a evocar em muitos momentos a escrita do mestre Edgar Allan Poe.

Em suma, "O Papel de Parede Amarelo" é um texto sinestésico e sensorial, que brinca com o humor sarcástico, e que nos conduz a um mundo "cinza" repleto de delírios, e ilusões, e nos obriga a pensar, sobretudo a tentar enxergar o interior daqueles que sofrem e que são acometidos pelas privações da alegria e do prazer, que irremediavelmente leva até os mais sãos à loucura.

Obs. Tenho obrigação de alertar que, o conto é repleto de gatilhos e aborda temas sensíveis, mas que estão em perfeita harmonia com aproposita da autora em conduzir o leitor a um labirinto insultuoso e a um final surpreendente.
Nath 24/01/2024minha estante
Li esse conto há anos nessa mesma edição, e é maravilhosa! Tanto que depois dei de presente essa mesma edução a um amigo e ele também leu e adorou! ?(Lembro que comprei para mim numa das últimas queimas de estoque da livraria cultura de Recife, pouco antes de falir.. aliás, saudades dessa época quando a Cultura e a Saraiva ainda dominavam o Brasil e eu vivia enfurnada lá ?) Enfim! Quem não leu tem q ler ! Massa a resenha Fábio ??


Mariana 24/01/2024minha estante
Que resenha incrível!!! Fiquei tocada pela situação dela e achei interessante o diário, uma rota de fuga diante de tanto sofrimento e privação! Parabéns pela sensibilidade na sua descrição Fábio ????????


@Francielly 24/01/2024minha estante
Fabio, amigo, resenha incrível como sempre! Parabéns ????


AndrAa58 24/01/2024minha estante
Que resenha maravilhosa, Fábio ???? te acompanhar está aumentando significativamente minha listinha dos que tenho que ler ??


alice 24/01/2024minha estante
Colocando o livro na minha lista depois dessa resenha maravilhosa! Parabéns, Fábio ??


Carolina165 24/01/2024minha estante
Resenha primorosa como sempre Fábio!! ?????????
Com certeza vou ler esse conto!! ? Te azucrinei pra fazer resenha mas valeu mto a pena!! Cada resenha sua é sucesso garantido, meu amigo!! ?????


Fabio 24/01/2024minha estante
Nath, muito obrigado pelo comentário!?
Eu ganhei essa edição de presente, e foi uma maravilhosa surpresa. Confesso, que não conhecia o conto, e só tinha viso uma coisa ou outra da autora, mas nunca tinha lido nada dela, e me surpreendi com a escrita e o estilo, já que lembrou muito, o estilo de escrita do Poe, então me ganhou de primeira.?
Sobre as livrarias, eu não saia delas kkkkk
Lembro que às vezes saia para almoçar, passava antes na livraria, e acabava não almoçando kkk
Concordo, quem não leu, tem que ler!!!!!


Fabio 24/01/2024minha estante
Muito obrigado, Mari, minha querida!
Lisonjeado com suas palavras!
Obrigado pelo carinho de sempre!???
O diário era mesmo um escape, era essencial para ela, que a deixava as margens da lucidez!


Fabio 24/01/2024minha estante
Fran, minha querida, muitíssimo obrigado pelo carinho e presença de sempre!??
Muito bom receber elogios na resenha de uma escritora desse calibre!??


Fabio 24/01/2024minha estante
Andréa minha querida, muito obrigado pelas palavras. Lisonjeado com seu comentário!???
Fico feliz de saber que estou ajudando a aumentar sua lista de leitura, e isso é a maior gratificação!!!
Gratidão!????


Fabio 24/01/2024minha estante
Aaaa Alice, muto obrigado pela belíssimas palavras!?
Obrigado mesmo, por tirar um tempo para ler a resenha!?
Feliz de ajudar a aumentar sua lista de leituras!!! kkkk é a melhor parte de se resenhar livros!


Fabio 24/01/2024minha estante
Carolzinha, minha querida, essa resenha foi para ti!?
Muito obrigado pelo carinho, presença e força de sempre, e muito obrigado por essas palavras belíssimas!?
E o que você chama de "azucrinação", eu chamo de incentivo, minha querida!
Gratidão! ????


Fabio 24/01/2024minha estante
Carolzinha, minha querida, essa resenha foi para ti,e você sabe disso!?
Não iria escreve-la por ser um conto bem sucinto, mas você me incentivou demais!
Muito obrigado pelo carinho, presença e força de sempre, e muito obrigado por essas palavras belíssimas!?
E o que você chama de "azucrinação", eu chamo de incentivo, minha querida!
Gratidão! ????


Carolina165 24/01/2024minha estante
Que honra Fábio!! ???
Vc sabe que eu amos suas resenhas, sempre mto bem escritas! ?


Fabio 24/01/2024minha estante
Muito obrigado, minha querida!???
Muito bom saber disso!


Duda.bae 24/01/2024minha estante
Resenha incrível como sempre, Fabio! ????
E o conto parece interessante realmente ?


Fabio 24/01/2024minha estante
Muito obrigado Dudinha, minha querida, pelo carinho!???
É um daqueles textos que devemos ler, pela experiencia e pela reflexão que nos remete. Leia, e depois me diga o que achou!?


-Rachel 24/01/2024minha estante
Uma resenha super bem escrita e instigante. Nunca vou me cansar de te elogiar, Fabio! Você escreve absurdamente bem. Te admiro muito ??


Mary Baratela 24/01/2024minha estante
Excelente resenha, parabéns Fábio ??????
Arrasando como sempre ??


Fabio 24/01/2024minha estante
Muito obrigado, Rachel, minha querida, pelo imenso carinho de sempre!?
Eu que sou seu fã, meu anjo!
Fã da sua escrita e da pessoa que você é!??


Fabio 24/01/2024minha estante
Mary, minha querida, muito obrigada pelo carinho e presença de sempre, e por sempre ter paciência de ler esses textoes, meio que prolixos! Kkkk


Lorenna 24/01/2024minha estante
eu amooo esse conto, é de muita qualidade! que bom que gostou ???????


Fabio 24/01/2024minha estante
Lorena, eu gostei demais, inclusive estava pesquisando mais sobre os contos da Perkins para poder colocá-los na lista de leitura


elisa :) 25/01/2024minha estante
Ótima resenha! Lembro que quando li fiquei um pouco perturbada com algumas coisas.


Fabio 25/01/2024minha estante
Elisa, muito obrigado!?
E realmente dá um certo desconforto em alguns momentos do conto


Marcelly.Foureaux 25/01/2024minha estante
Fabio, que resenha incrível! Parabéns! ??????


Fabio 25/01/2024minha estante
Marcelly, muito obrigado pelo carinho!???
Sou fã das suas resenhas também!!!


Mel 25/01/2024minha estante
Li há alguns anos e achei incrível. Ler sua resenha me trouxe uma certa nostalgia!
Parabéns pela resenha, querido! ?


Ivone. 26/01/2024minha estante
Parabéns Fabio, escrita perfeita ??
Suas resenhas sempre instigam muito minha curiosidade sobre o livro!!


Fabio 26/01/2024minha estante
Obrigado, Mel por esse carinho enorme!??????
Fico feliz que tenha gostado da resenha, e que, ela tenha despertado esse sentimento sentimento de nostalgia em ti!
Obrigado, querida!?


Fabio 26/01/2024minha estante
Aaa Ivone, muito obrigado!
Estou lisonjeado com suas palavras, ainda mais, vindo de uma resenhista como vocês!
Faço das suas palavras as minhas!?




Tainateixeira92 04/06/2023

Atemporal e necessário
Este livro tem um relato angustiante e intenso de uma mulher forçada a suportar um tratamento médico questionável e machista para uma doença mental. A narrativa é contada sob a perspectiva da protagonista, uma mulher trancada em um quarto com papel de parede amarelo desbotado, sem estímulos e com nenhuma saída. Lentamente, a personagem começa a mergulhar na loucura, sendo consumida pelo papel de parede que começa a tomar formas sinistras e distorcidas em sua mente.

A escrita apesar de breve é perturbadora, pois o leitor imerge na opressão e nos abusos, que as mulheres enfrentavam na época em que foi escrito. A protagonista é subjugada e silenciada pelos homens em sua vida, principalmente pelo seu marido, que acredita que ela precisa de um “descanso” para se curar de sua suposta doença mental.

Essa obra é um testemunho de resistência, já que a personagem não se deixa levar completamente pela loucura e encontra um meio de escapar de seu encarceramento. Para quem se interessa por literatura feminista e psicológica, essa leitura é obrigatória, assim como, para aqueles que buscam uma compreensão mais profunda dos efeitos da opressão e do patriarcado sobre a saúde mental das mulheres.
dafsss 05/06/2023minha estante
eu amooo ?


Ana Júlia 10/06/2023minha estante
Mas gente... Agora eu quero ler, vou colocar na minha lista




Joh 03/02/2021

"Há coisas neste papel de parede que ninguém sabe e ninguém jamais saberá, somente eu."
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helmalu 13/04/2016

Perturbador e maravilhoso
Por muito tempo considerado como literatura de terror, O papel de parede amarelo nos apresenta uma mulher que é levada pelo seu marido para passar um período em uma casa de campo, devido a um problema de saúde, uma "depressão nervosa passageira - uma ligeira propensão à histeria". Lá, ela é acomodada em um quarto com um horrendo papel de parede amarelo, que desde o início a perturba intensamente:

"Nunca vi tanta expressão em uma coisa inanimada, e todos sabemos quanta expressão essas coisas têm."

De todo modo, por mais que a narradora tente descrever os padrões e características do papel de parede, ao final da leitura, ele ainda estava completamente indescritível para mim.
Ao longo da narrativa, que é narrada em primeira pessoa pela protagonista em forma de um diário, vamos acompanhando a relação dela com seu marido e o modo como ele ignora totalmente a real situação psicológica - ou psíquica - da esposa, afinal, ele é médico:

"Disse que eu era sua amada, seu consolo e tudo que ele tinha, e que devo cuidar de mim mesma por amor a ele e manter-me saudável.
Ele diz que ninguém além de mim pode me ajudar a sair deste estado; que devo usar minha força de vontade e meu autocontrole e não me entregar a fantasias tolas."

Percebe-se que, embora ela discorde do marido, ela não ousa desafiá-lo, mas não por medo, e sim porque ela acredita que ele está certo e o problema é ela. Contudo, é o papel de parede que de certa forma a alerta da situação em que ela está. O papel é uma metáfora, pois, ao cismar com suas cores e padrões, e com o próprio quarto em que ela é obrigada a permanecer contra a vontade, ela começa a enxergar nele uma mulher presa, ela mesma:

"Nos pontos mais iluminados ela se mantém quieta, e nos pontos mais sombrios segura as grades e as sacode com força.
E o tempo todo tenta escapar. Mas não há quem consiga atravessar esse padrão - ele é asfixiante; [...]"

Esses pontos mais claros, pode se dizer que são os momentos em que ela está sendo observada, vigiada, e que precisa esconder o que está sentindo e pensando, por isso, quieta. Os pontos mais sombrios são os momentos em que ela não aguenta mais a solidão e o tédio e tenta se libertar da condição de isolamento a que foi obrigada a ficar.
Ela tenta arrancar o papel numa tentativa de se libertar, mas não se libertar do papel, e sim das amarras de seu marido e da sociedade.
***
Privada de fazer o que gosta, pois seu marido a impede de se esforçar, a protagonista não pode escrever, que era a atividade que mais lhe dava prazer, assim, ela escreve este diário escondida. E é perceptível que ela está se sentindo pressionada e ansiosa pelo modo como escreve: frases curtas, entrecortadas, parágrafos curtos e objetivos, muitas vezes ela precisa interromper a escrita pois alguém está chegando, e isso faz da leitura uma experiência de agonia e suspense.
Não preciso nem dizer que o conto faz uma crítica à relação de alienação entre marido e mulher - e não um conto somente de terror -, de modo que o desfecho da narrativa deixa bem claro os prejuízos que tal relação causou a nossa protagonista. E o interessante é que o conto tem traços muito pessoais da própria autora, Charlotte, os quais podemos saber ao final da edição, que vem com uma apresentação de Marcia Tiburi, intitulada A política sexual da casa e um posfácio que apresenta muito da biografia da autora, escrito por Elaine R. Hedges. Uma edição completíssima de um conto indescritível, O papel de parede amarelo foi uma leitura que jamais esquecerei e que com certeza revisitarei, dada a brevidade do texto mas que é tão grande nas reflexões e questionamentos que provoca.

site: http://leiturasegatices.blogspot.com.br/2016/04/o-papel-de-parede-amarelo-charlotte.html
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diennifercb 27/07/2022

Choque
Uau, estou em choque e sem reação. Ouvi o audiobook desse livro, e assim... sem palavras. Retrata muito bem o sofrimento psíquico de uma mulher em depressão pós parto, considerada totalmente histérica por um marido extremamente machista. O mais surpreendente é que esse conto é de 1892, completamente revolucionário pra época de publicação. Incrível e, ao mesmo tempo, triste como ele ainda se encaixa muito nos dias de hoje. As pessoas tem uma grande dificuldade de entenderem o processo de alguém que está em sofrimento, fora toda a questão com a figura da mulher, é assustador e desconfortável estar dentro da cabeça dela. Eu 100% entendo as pessoas que não gostaram desse livro, realmente não é fácil, mas pra mim foi um prato cheio, incrível do início ao fim, leria mais 200 ou 300 páginas dessa história.

"É esmaecido o bastante para confundir o olho que segue, intenso o bastante para o tempo todo irritar e incitar seu exame, e, quando seguimos por um tempo suas curvas imperfeitas e duvidosas, elas de súbito cometem suicídio -- afundam-se em contradições inconcebíveis". Mulheres que fogem aos padrões sociais impostos e as doutrinações de gênero são vistas assim: imperfeitas, histéricas, de caráter duvidoso, constantemente suscitadas ao suicídio social.
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RobertaToussaint 05/05/2021

Não é fácil ser mulher.
Este livro é uma literaria-denúncia que incomoda, deprime e revela o que esta dentro de muitas mulheres: o sofrimento pela desconfiança, maus tratos e falta de apoio de outras pessoas.
Sensacional. Nunca vou esquece-lo, ele fico sob minha pele.
Pereira.0 06/05/2021minha estante
Adoro este livro


RobertaToussaint 06/05/2021minha estante
Ele é incrivel!


Adriano 07/05/2021minha estante
Não consigo dissociar esse livro e A redoma de vidro da Sylvia Plath.


RobertaToussaint 07/05/2021minha estante
Morro de medo de ler a redoma de vidro, mas coloquei na minha TBR. O interessante dos dois livros é que eles tem um toque autobiográfico.


Adriano 11/05/2021minha estante
Colocaria A vegetariana junto aos 2. Só que é uma ficção coreana




Cinara... 09/04/2021

Claustrofóbico
"Não quero sequer olhar pelas janelas - há tantas mulheres rastejando, e elas rastejam tão depressa!
Fico imaginando: e se todas saírem do papel de parede como eu saí?
Mas agora estou bem atada à minha corda bem escondida - não serei eu a parar na estrada lá embaixo!"

Sempre ouvi resenhas falando que era um conto de terror. Não do meu ponto de vista.
Falando além das questões feministas, que várias pessoas podem explicar bem melhor do que eu... Como a Marcia Tiburi faz brilhantemente no prefácio do livro. E sem falar das questões psicológicas.
Achei extremamente claustrofóbico, e trancada naquele quarto e naquela casa, longe de tudo. Acho que tal sensação várias pessoas também tem passado nesta pandemia.
O não permitido de se movimentar é terrível!
O acatar ordens é terrível!
Tô com vontade de sair, correr e também não posso.
A época em que lemos um livro influencia muito nossa interpretação, refletimos nossas vidas em cada linha.

A escrita é simples, rápida quando você menos espera acaba. Menos a sensação de estar preso em algo. E eu amo livros assim! ?
Elisabete 09/04/2021minha estante
Essa pandemia está acabando com a gente. Parece que não temos mais vida.


Cinara... 09/04/2021minha estante
Sim Elisabete ?


Angélica 09/04/2021minha estante
Gostei muito desse livro. Quero reler.


Cinara... 09/04/2021minha estante
O bom de reler é que muda nossa perspectiva sempre né Angélica? Um livro nunca é o mesmo?


Angélica 11/04/2021minha estante
Sim, verdade. Acredito que vou gostar ainda mais.




Aelita Lear 27/09/2020

Simples, mas sublime.
Não há muito para falar sobre esse livro, pois ele é curto, mas trás uma mensagem linda e importante sobre depressão pós parto. É de leitura leve, mas encantadora. Recomendo demais a leitura, e sugiro a edição da Balão, pois além de barata, é muito bem feita (e eu sou fã número um do Guilherme Kroll)
Rodrigo 28/09/2020minha estante
Já tem um tempo q está na minha lista de desejos


Aelita Lear 30/09/2020minha estante
É bem legal, e é baratinho o e-book ^^




Maria4556 13/10/2021

.
Nossa fala sério esse livro é genial, mas muito denso. Gostaria muito de fazer uma análise psicológica mais profunda dele, mas preciso estudar mais pra isso
Janaina Edwiges 13/10/2021minha estante
Este livro é incrível mesmo!




Alberto 07/07/2021

Depressão antigamente
O texto é autobiográfico e fica até mais interessante por isso. A autora teve depressão pós-parto, mas na época não conheciam esse diagnóstico e a trataram erroneamente, o que levou à piora da condição, que ela relata diariamente.
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Janaina Edwiges 18/01/2021

"Ninguém acreditaria no esforço que é para fazer o mínimo que consigo"
O papel de parede amarelo é uma história que gera muita angústia a medida que vamos mergulhando na leitura e acompanhando o agravamento do estado mental da protagonista. Uma das questões que mais me afligiu e gerou desconforto foi a falta de entendimento dos outros, especialmente do marido, com relação ao sofrimento da jovem mulher. Os tratamentos que foram impostos para curá-la deterioraram ainda mais a sua condição, intensificando os delírios, paranoias e alucinações.

Ter um transtorno de saúde mental no final do século XIX, data em que o conto foi publicado e mesmo ainda nos dias atuais, apesar de já termos grandes avanços médicos na área, é um sofrimento duplo. Além dos problemas gerados pela doença em si, é preciso lidar com a falta de percepção e compreensão das outras pessoas, o que gera muita dor e um desgaste enorme para quem é acometido por quaisquer doenças e distúrbios psiquiátricos.

"John não sabe o quanto eu realmente sofro. Ele sabe que não há razão para eu sofrer e isto o satisfaz"
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Juliete Marçal 12/04/2020

O amarelo é a cor da loucura?
"Nunca na minha vida vi um papel mais horrível."

O conto "O Papel de Parede Amarelo" que foi publicado no final do século dezenove, é narrado em primeira pessoa na forma de diário.

A narradora e protagonista é uma mulher que sofre de algum distúrbio ou problema psicológico, - o que não é muito esclarecido, já que naquela época a medicina não tratava com seriedade esse tipo de diagnóstico -, é levada pelo marido e médico a passar uma temporada em uma casa de campo com o objetivo de descansar e se recuperar do "cansaço dos nervos".

Ela permanece muito tempo sozinha em casa, principalmente no quarto, cujo o papel de parede amarelo com suas sobreposições, desenhos e manchas causam repulsa, horror e fascínio, demonstrando um estado de confusão mental que pode trazer diversos significados. É a partir daí, que a narrativa gira em torno do papel de parede amarelo e da mente pertubada, solitária e oprimida da personagem. Então, nota-se, como a personagem vai se deteriorando mentalmente no âmbito literal do conto. Ao mesmo tempo, também, que é tratada como incapaz e, não é ouvida.

"Este papel olha para mim como se soubesse da terrível influência que exerce!"

Na época em que o conto foi publicado, ele não foi interpretado como um conto feminista, mas sim, um conto de caráter de terror pelas mudanças psicológicas evidenciadas na história.

"Há coisas nesse papel que ninguém, senão eu, sabe ou virá a saber."

O conto é uma crítica aos diagnósticos da época em relação aos problemas mentais. A autora faz crítica ao encarceramento feminino, à submissão das mulheres não apenas aos diagnósticos médicos, mas aos homens e às imposições de padrões que as mesmas eram obrigadas à atender. Ela mostra que essas imposições eram prejudiciais à saúde física e mental da mulher, interferindo na sua personalidade e, no destino da sua própria família. Também vemos um retrato da relação entre marido e mulher e a maneira como as mulheres ficavam impotentes diante da autoridade dos seus maridos, que agiam como seus donos.

"Ninguém acreditaria quanto me custa fazer o pouco que consigo - vestir-me, receber as visitas e governar a casa."

É um conto curtinho, uma história rápida, tensa e angustiante, ao mesmo tempo, em que tem tanta simbologia e metáforas interessantes. O livro conta ainda, com uma análise mais longa que o próprio conto que é indispensável para entender a importância dele no feminismo.

Realmente, vale muito à pena a leitura!

^^
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@estantenuminosa 26/07/2021

Em o papel de parede amarelo, Charlotte Perkins explora a questão da tutela de mulheres no século XIX e quais as consequências da infantilização delas na perspectiva da sanidade mental. Nesse conto, a personagem principal é obrigada a se mudar para uma casa afastada junto do marido para cuidar de sua saúde que está fragilizada. Tendo que se hospedar em uma residência desconhecida, acaba ficando obcecada com o papel de parede do quarto em que passa boa parte dos dias. Seu equilíbrio psicológico é testado quando é impedida até mesmo de escrever com a desculpa que faria mal aos seus nervos. Com um ar de thriller, o conto explora bastante a questão do machismo e do conceito da histeria feminina bem comum no imaginário da época. Leitura bem rápida e fluída.
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Camijuv 27/01/2021

Um ótimo conto.
Sobre uma depressão pós parto que aos poucos vai aumentando, e vira uma esquizofrenia?
Ao todo o livro aborda doenças mentais, negligência médica e outras coisas.
Ótima leitura para ter um vislumbre como as mulheres eram tratadas antigamente.
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Lara Aimee 10/04/2021

Viceral e Angustiante
Que livro difícil de ler, extremamente angustiante, principalmente se você é uma mulher, esse livro te causa mais pânico do que bons livros de terror. Pela minha pouca idade, tive uma certa dificuldade na interpretação do texto, o que deixou a leitura um pouco maçante, mas acho uma leitura obrigatória para homens e principalmente mulheres.
Tive várias teorias em evidências, ja que a história tem um mistério de várias interpretações, resolvi pontuar dois pilates principais sobre o livro na minha visão, primeiro sobre as minhas teorias e segundo sobre as figuras masculinas apresentadas, nesse grande clássico feminista.
1- Acredito que a personagem estava sofrendo de depressão pós parto, agravada pelo marido e por outras pessoas, e a papel de parede amarelo apresentado no livro, seja uma metáfora sobre a construção da indentidade.
2- A figura masculina apresentada do livro é extremamente opressora, e extremamente reflexiva, nós faz enxergar de forma crua, como as mulheres eram comandadas pelos homens, de forma cega, como se nós fôssemos propriedades.
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