Fora de Série - Outliers

Fora de Série - Outliers Malcolm Gladwell




Resenhas - Fora de Série - Outliers


215 encontrados | exibindo 181 a 196
1 | 2 | 3 | 4 | 13 | 14 | 15


eriksonsr 15/11/2016

Um livro para entender o que está por trás do "sucesso"
Estava cheio de expectativas para esse livro, li várias resenhas muito elogiosas, vi algumas referências bem positivas, enfim, só coisas boas sobre. E depois de ler só posso dizer que tudo que se fala de bom a respeito do livro é verdade! Expectativas 1000% atendidas!

No livro o autor tenta nos mostrar como talento e sucesso são muito mais uma questão de muita prática, de ter oportunidades e agarrar as mesmas do que genialidade ou qualquer outra coisas inata. O autor também nos apresenta a famosa fórmula das 10.000 horas, segundo esta fórmula, qualquer pessoa que pratique algo durante dez mil horas se torna suficientemente bom naquilo que praticou.

Durante o livro é mostrado como vários casos de sucesso tem por trás além de muita prática (as 10.000 horas), uma oportunidade, oportunidade esta que pode ser ter nascido na época certa, estar no lugar certo, numa "família certa", ter tido contato com uma tecnologia ou um grupo de pessoas, etc, o que importa é que se teve uma oportunidade.

Outro ponto interessante é a questão de como a cultura também influencia no sucesso, no livro se alguns bons exemplos de como culturas que tiveram e tem como base trabalho árduo e duro obtém mais sucesso, nesse caso um dos fatores para tal sucesso não é nenhuma característica inata, mas sim a cultura em que se está inserido e como ela ajuda.


Alguns pontos e trechos que achei interessante:
"Sucesso é uma combinação de talento e preparação. O problema com essa forma de pensar é que, quanto mais a fundo os psicólogos analisam as carreiras dos talentosos, menos parece o papel desempenhado pelo talento e maior se mostra a importância da preparação";

"A ideia de que a excelência em uma tarefa complexa requer um nível de prática mínimo está sempre ressurgindo em estudos de expertise. Na realidade, os pesquisadores chegaram ao que acreditam ser o número mágico para a verdadeira excelência: 10 mil hora. Essas pesquisas indicam que são necessárias 10 mil horas de prática para se atingir o grau de destreza pertinente a um expert de nível internacional, em qualquer atividade";

"Em um estudo após o outro, de compositores, jogadores de basquete, escritores de ficção, esquiadores, pianistas, jogadores de xadrez, mestres do crime, seja o que for, esse número sempre ressurge. Dez mil horas equivalem a cerca de três horas por dia, ou 20 horas por semana, de treinamento durante 10 anos. É claro que isso não explica por que alguns indivíduos se beneficiam de suas sessões de preparação mais do que outros. Mas ninguém encontrou ainda um caso em que a excelência de nível internacional tenha sido alcançada em um prazo menor. Parece que o cérebro precisa desse tempo para assimilar tudo o que é necessário para atingir a verdadeira destreza";

"Mesmo Mozart, o maior prodígio musical de todos os tempos, só conseguir atingir a plena forma com 10 mil horas. A prática não é aquilo que uma pessoa az quando se torna boa em algo, mas aquilo que ela faz para se tornar boa em algo";

"Veja só com quantas oportunidades Bill Joy se deparou no caminho. Por ter ingressado numa universidade avançada como Michigan, obteve a chance de praticar num sistema de tempo compartilhado, e não com cartões perfurados; graças a um bug no sistema, podia ficar programando pelo tempo que desejasse; e, como a universidade estava disposta a gastar dinheiro para manter o Centro de Computação aberto 24 horas, tinha até a liberdade de virar a noite ali";

"Ele parou por um momento para calcular de cabeça, o que, para Bill Joy, não leva muito tempo. Michigan em 1971. Programação para valer no segundo ano. Acrescente os verões, depois os dias e as noites do primeiro ano de Berkeley. 'Foram cinco anos', ele enfim disse. 'E não comecei no dia em que ingressei em Michigan. Então foram mais ou menos umas 10 mil horas'";

"Mas o que de fato distingue as histórias dessas pessoas não é seu talento fantástico, e sim as oportunidades extraordináris que tiveram. Os Beatles, pela mais aleatória das razões, receberam convites para tocar em Hamburgo. Sem essa experiência, a banda poderia perfeitamente ter tomado outro rumo. 'Tive muita sorte', Bill Gates admitiu no início da nossa entrevista. Isso não quer dizer que ele não seja brilhante nem um empresário extraordinário. Significa apenas que entende a sorte que teve por estar em Lakesido em 1968. Todos os outliers que analisamos até agora foram favorecidos por alguma oportunidade incomum";

"Sabe o que é interessante na lista? Dos 75 nomes, nada menos do que 14 são de americanos nascidos num período de nove anos em meados do século XIX. Pense nisso por um momento. Os historiadores começam com Cleópatra e os faraós e varrem cada ano da história humana desde então, procurando por exemplos de extraordinária riqueza em todos os cantos do mundo. No resultado, constatam que quase 20% dos nomes compilados vêm de uma só geração em um único país";

"Fingimos que o sucesso é uma questão de mérito individual, porém nada nas trajetórias que analisamos sugere que os fatos sejam tão simples. Essas são histórias de pessoas que receberam uma oportunidade especial de trabalahr muito e a agarraram e que, por acaso, estavam entrando na maioridade numa época em que aquele esforço extraordinário era recompensando pela sociedade. Seu sucesso não foi criado só por elas. Foi o produto do mundo onde cresceram";

"Voltando a Bill Joy. Se ele fosse um pouquinho mais velho naquela época e tivesse precisando enfrentar a chatice de programar com cartões, teria preferido estudar ciências, é o que ele mesmo diz. Bill Joy, o grande nome do universo dos computadores, teria sido Bill Joy, o biólogo. E, caso tivesse chegado alguns anos mais tarde, a pequena janela que lhe deu a chance de escrever o código de suporte à internet teria se fechado";

"A relação entre sucesso e QI só funciona até certo ponto. Depois que alguém alcança um QI em torno de 120, quaisquer pontos adicionais não parecem se converter em vantagem mensurável no mundo real";

"Um cientista experiente com um QI de 130 tem tantas chances de ganhar um Prémio Nobel quanto um QI 180";

"Um jogador de basquete precisa apenas ser alto o suficiente, e o mesmo se dá com a inteligência, ela também possui um limite";

"Se a inteligência só importa até certo ponto, então a partir desse patamar outros fatores, que não têm nada a ver com a inteligência, devem começar a pesar mais. Novamente, é como o basquete: uma vez que a pessoa tenha altura suficiente, elementos diferentes passam a ser considerados, como a velocidade, o posicionamento na quadra, a agilidade, o domínio e o toque de bola. Portanto, quais poderiam ser alguns desses outros elementos? Suponhamos que, em vez de medir seu QI, eu o sumeta a um teste diferente. Escreva o máximo de aplicações diferentes que você consegue imaginar para os seguintes objetos: 1. um tijolo, 2. um cobertor. Esse é um exemplo do que se denomina de 'teste de divergência'. Um teste dessa natureza não possui, obviamente, uma única resposta certa. O que ele busca é o número e a originalidade das respostas. E o que ele mede não é a inteligência analítica, mas um traço bem distinto: algo bem mais próximo da criatividade";

"Esse é o segundo motivo por que os ganhadores de prêmios Nobel vêm de Holy"

"A história da nomeação de Oppenheimer como diretor científico do Projeto Manhattan, 20 anos depois, talvez seja um exemplo ainda melhor dessa diferença. Ogeneral incumbido desse programa era Leslie Groves, e ele esquadrinhou o país tentando encontrar a pessoa certa liderar o esforço da bomba atômica. Pela lógica, Oppenheimer tinha poucas chances. Com apenas 38 anos, era mais jovem do que muitas das pessoas que teria de dirigir. Era um teórico, e aquele cargo exigia engenheiros e especialistas em experimentos. Suas afiliações políticas eram duvidosas, possuía vários amigos comunistas. Talvez mais importantes, nunca tivera nenhuma experiẽncia administrativa. Ah, e, por acaso, tentou matar seu professor no curso de pós-graduação";

"A habilidade específica que permite a alguém se desvencilhar de uma acusação de assassinato ou convencer seu proessor a passá-lo do perído da manhã para o da tarde é aquilo que o psicólogo Robert Sterberg chama de 'inteligência prática'. Para Sterberg, a inteligência prática inclui elementos como 'saber o que dizer e para quem, saber quando dizê-lo e saber como dizê-lo para obter o máximo de efeito'";

"Conhecemos a origem da inteligência analítica. É algo que, ao menos em parte, está nos genes. Chris Langan começou a falar aos seis meses. Com três anos, aprendeu a ler. Ele nasceu inteligente. O QI é um indicador, em grande medida, de habilidade inata. Mas a destreza social é construída por conhecimento. É um conjunto de capacidades que precisam ser aprendidas. Elas têm origem em algum lugar, e é no ambiente familiar que parecemos desenvolver essas atitudes e aptidões";

"Qual foi a diferença entre os membros dos grupos A e C? Terman averiguou todas as explicações possíveis. Examinou sua saúde física e mental, seus 'graus de masculina/feminilidade', seus hobbies e interesses vocacionais. Comparou as idades em que começaram a andar e falar. Investigou quais havim sido precisamente seus QIs no ensino fundamental e no nível médio. No fim, só um fator importou: o ambiente familiar";

"A verdade nua e crua do estudo de Terman, porém, é que, no fim das contas, quase nenhuma das crianças geniais das crianças geniais da classe social e econômica mais baixa conseguiu se destacar. O que faltou àquelas pessoas? Não foi nada dispendioso nem impossível de encontrar; não foi uma característica codificada no DNA nem programada nos circuitos do cérebro. O que elas não tiveram foi algo que poderiam ter recebido, se soubessem que era daquilo que necessitavam: uma comunidade ao redor que as preparasse para o mundo. Os componentes do grupo C foram talentos desperdiçados";

"A maioria das estimativas é de que cerca de 50% do QI seja hereditário";

"Os imigrantes judeus, como os Flom, os Borgenicht e os Janklow, não eram como os demais estrangeiros que chegaram aos Estados Unidos no século XIX e no início do século XX. Os irlandeses e italianos eram camponeses, arrendatários de terras do interior pobres da Europa. Os judeus eram diferentes. Durante séculos no Velho Mundo, haviam sido proibidos de possuir terras, de modo que se concentraram em cidade e vilas, trabalhando no comércio e execendo outras profissões urbanas. Setenta por cento dos judeus europeus orientais que desembarcaram em Nova York nos 30 anos que precederam a Primeira Guerra Mundial tinham algum tipo de habilidade profissional. Eles havim sido encardenadores, relojeiros ou proprietários de pequenas mercearias ou joalherias. Mas sua maior experiência era no ramo do vestuário. Eram alfaiates e costureiras, chapeleiros, barreteiros, peleteiros e curtidores de couro.

Os imigrantes irlandeses e italianos que chegaram a Nova York naquele período não contavam com essa vantagem. Eles não possuiam um tipo de habilidade que fosse específico da economia urbana. Foram trabalhar como empregadas domésticas, diaristas e operários da construção civil. Esses eram serviços que uma pessoa podia realizar todos os dias por 30 anos e nunca aprender a fazer pesquisa de mercado, a fabricar, a conhecer a cultura popular e a negociar com iangues arrogantes";

"... não teremos dificuldade em descobrir a procedência do advogado perfeito. Ele terá nascido num 'vale demográfico', portanto obteve o melha das escolas públicas de Nova York e viveu o período mais fácil em termos de mercado de trabalho. Será judeu, é claro, de modo que contou com a grande sorte de não ter sido aceito pelos escritórios de advocacia tradicionais por causa dos seus 'antecedentes'. Terá pais que realizaram um trabalho significativo na insdústria de confecções e que transmitiram aos filhos o sentido de autonomia, de complexidade e de ligação entre esforço e recompensa";

"Os advogados judeus foram sortudos e se dedicaram. Essa é a melhor maneira de explicar o que houve. Eles souberam tirar proveito das circunstâncias que surgiram em seus caminho. A parte da sorte foi a recusa por parte das firmas tradicionais de lidar com as leis relativas a tomadas de controle acionário. Mas a palavra sorte não relfete o trabalho, os esforços, a imaginação e o aproveitamente de oportunidades que podiam estar ocultas e não ser tão óbvias assim";

"A explicação convencional para o sucesso dos judeus é que eles vêm de uma cultura letrada, intelectual. São conhecidos como 'o povo do livro'. Há un fundo de verdade nisso. Mas não foram apenas os filhos de rabinos que ingressaram em faculdades de Direito. Os filhos dos trabalhadores da indústria de confecções também conseguiram isso. E sua vantagem crucial na ascenção profissional não foi o rigor intelectual alcançado com o estudo do Talmude, e sim a inteligẽncia prática e a destreza que se obtém vendo o pai vender aventais em Hester Stree";

"Será possível aprendermos algo sobre o motivo do sucesso das pessoas e como melhorar nosso desempenho levando a sério os legados culturais? Acredito que sim";

"Num acidente aéreo típico, por exemplo, o tempo costuma estar ruim, não necessariamente horrível, porém feio o suficiente para que o piloto sob uma pressão um pouco maior do que a usual. As aeronaves envolvidas na maioria dos desastres estão atrasadas, por isso os pilotos estão com pressa. Em 52% dos acidentes, o piloto, no momento da tragédia, está acordado há 12 hora ou mais; portanto, sente-se cansado e sem agilidade mental. Em 44% desses casos, é a primeira vez que os dois pilotos voam juntos e ainda não se sententem à vontade um com o outro. Assim os erros começam, e não se trata de apenas um. O acidente típico envolve sete erros humanos consecutivos";

"Antes, porém precisaremos ser francos sobre um tema que preferimos ignorar. Quando, em 1994, a Boeing publicou pela primeira vez dados de segurança mostrando uma clara correlação entre os desastres aéreos de um país e sua posição nas dimensões de Hofstede, os pesquisadores da empresa ficaram cheios de dedos para não ofender ninguém";

"O sistema asiático é transparente, diz Karen Fuson, psicóloga da Northwesterna University que realizou um grande número de pesquisas sobre as diferenças entre os asiáticos e os ocidentes. 'Ele modifica a atitude em relação a matemática. Em vez de um apredizado mecânico, existe um padrão que a pessoa consegue identificar. Há uma expectativa de que ela é capaz de fazer aquilo e de que existe uma lógica no processo. No caso das frações, dizemos três quintos. Em chinês, é, literalmente, de cinco partes, pegue três. Isso é definir uma fração de modo conceitual. É distinguis o denominador do numerador";

"As crianças asiáticas, ao contrário, não têm a mesma sensação de confusão. Elas conseguem memorizar mais números e fazer cálculos com mais rapidez. Além disso, a maneira como as frações são expressas em sua língua corresponde exatamente ao que uma fração é de verdade, e talvez isso as torne mais propensas a gostar de matemática. E, quem sabe, por apreciarem essa disciplina um pouco mais, façam um esforço um pouco maior e assistam a mais aulas e estejam mais dispostas a fazer os deveres de casa, e assim por diante, numa espécie de círculo virtuoso";

"O argumento de Boe é que poderíamos prever exatamente a classificação final de cada país na competição sem que os alunos respondessem a nenhuma pergunta de matemática. Para isso, bastaria que estabelecêssemos uma tarefa destinada a medir o esforço que os estudantes estariam dipostos a fazer. Na verdade, nem mesmo isso seria necessário. Conseguiríamos indentificar quias países são melhores em matemática apenas examinando quais culturas nacionais dão mais ênfase ao esforço e ao trabalho duro. Assim, que países lideram as duas listas? A resposta não irá surpreendê-lo: Cingapura, Coreia do Sul, China (Taiwan), Hong Kong e Japão. O que eles têm em comum, é claro, é o fato de serem culturas moldadas pela tradição da rizicultura irrigada e do trabalho significativo. Trata-se do tipo de lugar onde, por centenas de anos, componeses paupérrimos, labutando em seus arrozais mil horas por ano, diziam uns aos outros coisas como: 'Ninguém que em 360 dias do ano acorde antes do amanhecer deixa de enriquecer a família'";

"Assim, as causas da superioridade dos asiáticos em matemática se mostram ainda mais óbvias. As férias dos alunos das escolas asiáticas não longas. Por que haveriam de ser? Culturas que acreditam que o caminha para o sucesso está em acordar antes do amahecer, 360 dias por ano, dificilmente concederão às suas crianças três meses de férias no verão. Nos EUA, o ano escolar dura, em média, 180 dias; na Coreia do Sul, 220 dias; no Japão, 243 dias";
comentários(0)comente



Carol 01/04/2016

Um ponto de interrogação para o 'selfmade man'
Conversando em um jantar com um amigo sobre meu projeto As 20 primeiras horas, descobri que a tal teoria das 10 mil horas de dedicação para se tornar um expert em uma área foi primeiramente abordada neste livro do Malcom Gladwell entitulado Outliers (em português Fora de Série). É claro que fiquei bastante curiosa para ler o texto na íntegra e saber dessa história direto na fonte, e tive a grata surpresa ao ver que Outliers vai muito além das 10 mil horas.

Outlier é o que podemos chamar de ponto fora da curva. Algo de destaque tão grande que foge a todos os padrões e nesse caso, Gladwell pegou o conceito emprestado da estatística para falar de pessoas de maior destaque em suas áreas. Para o autor, os grandes nomes do esporte, da música, da química, das artes, etc se dedicaram por, no mínimo 10 mil horas a seu ofício. Gladwell lança mão de diversos exemplos para provar que a intensa dedicação e um quê de aptidão natural podem fazer do homem esforçado, uma referência na área.

Selfmade man?

Essa não é uma ideia muito difícil de vender, certo? Todos o livros e filmes hollywoodianos de histórias de sucesso nos mostram que o intenso esforço individual é força motriz suficiente para o selfmade man chegar ao topo, não é mesmo?
E é aí que entra a grande sacada do livro: o autor se utliza de dados estatísticos e históricos para desconstruir esse mito.

outliersSim, é claro que dedicação e
aptidão são essenciais, mas através de diversas análises ele consegue nos mostrar como nascer em um tal período do ano, ou em tal cidade, ou ter uma bagagem cultural diferente podem ser mais relevantes do que ter um QI de 200 na conquista de prêmio Nobel.

Com a permissão do spoiler, digo que descobrir que jogadores de Hockey nascidos em janeiro tem mais chance de virarem profissionais e que grandes desastres aéreos foram causados pela subserviência de algumas culturas foi das coisas mais curiosas que li ultimamente. Além disso, a ligação da facilidade dos orientais com a matemática com a cultura dos arrozais foi uma descoberta que me fez xingar alguns palavrões em voz alta. (sim, sou uma leitora catártica que mal-educada)

Um livro de curiosidades ou de auto-ajuda?

Pelo que pude notar,há um consenso em classificar os livros de Gladwell como auto-ajuda, mas esse em especial eu não entendi o porquê. Este livro não te ensina nada, não te motiva a nada e, não vou dizer que ele atrapalha, mas AJUDAR também não ajuda!
Ao final da leitura, fiquei bem mais confusa se a meritocracia existe ou se é mais um conceito inventado por quem está no topo e não consegue olhar para nada além de seu umbigo.

Ninguém se faz sozinho, somos frutos do meio e contamos com nossa história, cultura e um bocado de sorte. Então vale a pena se dedicar 10 mil horas ou mais para atingir a excelência? E se eu não estiver no local certo na hora certa e cercada das pessoas certas, conseguirei me tornar fora de série? Confesso que essas questões me incomodaram bastante e me fizeram pensar. E que MARAVILHA isso, não? Um livro que TE FAZ PENSAR, veja só!

Terminei a leitura com mais perguntas do que respostas e um bônus de fatos curiosos para temperar mais conversas em jantares com amigos.

Toda vez que a sorte bateu em minha porta, me encontrou trabalhando.
(frase atribuída a uns 40 pensadores diferentes na internet)



No geral, gostei bastante do livro. Fácil leitura e o texto flui que é uma beleza!
Dei nota 4,5.
Li no kindle e tem no LeLivros pra baixar de graça.

site: https://sanduichedepapel.com/2016/04/01/outliers-fora-de-serie-resenha/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Su 28/01/2016

Depois de ler O ponto da virada e Davi e Golias eu precisava ler Fora de série.
Nesse livro, Malcolm nos mostra que é uma mentira pensar que as pessoas alcançam o sucesso unicamente pelos seus esforços individuais. Todos dependemos de uma série de fatores, entre eles, o país em que nascemos, nossa família e a escola em que estudamos.
Na introdução, vemos o exemplo de uma pequena cidade dos Estados Unidos, cujo nome é Roseto. Ela foi tema de pesquisa para o médico Stewart Wolf. Ele percebeu que as pessoas daquele lugar raramente adoeciam, isso na década de 1950.
O autor continua nos dando exemplos de pessoas excepcionais que receberam o apoio necessário para chegar aonde chegaram, entre eles Bill Gates e a banda Beatles. O livro é composto por nove capítulos. São eles: O efeito Mateus, A regra das dez mil horas, O problema com os gênios parte 1 e 2, As três lições de Joe Flom, Harlam – Kentucky, A teoria étnica dos acidentes de avião, Arrozais e testes de matemática e A barganha de Marita. Além do epilogo, Uma história jamaicana.
Esse livro me fez ver que dependemos muito mais dos outros do que queremos acreditar. Até mesmo o ano em que nascemos influencia decisivamente em nossa vida.
“Ninguém surge do nada. Devemos alguma coisa à família e a protetores. Aqueles que são recebidos por reis podem dar a impressão de que fizeram tudo sozinhos. Na verdade, porém, eles são, invariavelmente, os beneficiários de vantagens ocultas, oportunidades extraordinárias e legados culturais que lhes permitiram aprender, trabalhar duro e entender o mundo de uma forma que os outros não conseguem. O lugar e a época em que crescemos fazem diferença. A cultura a que pertencemos e os legados transmitidos por nossos ancestrais moldam os padrões de nossas realizações de formas inimagináveis. Em outras palavras, não basta querer saber como são as pessoas de sucesso. Somente perguntando de onde elas são poderemos deslindar a lógica por trás de quem é ou não bem-sucedido.”
“Mas a crença no trabalho é, na verdade, algo belo. Quase todas as histórias de sucesso que vimos neste livro até agora envolvem alguém ou algum grupo que se esforçou mais do que seus pares. Bill Gates era viciado em computador desde os tempos da escola. Bill Joy também foi assim. Os Beatles praticaram por milhares de horas em Hamburgo. Joe Flom trabalhou muito durante anos, aperfeiçoando a arte da operação de aquisição hostil, antes de obter sua chance. Dar duro é o que as pessoas bem sucedidas fazem, e a virtude da cultura formada pela labuta nos arrozais foi proporcionar aos camponeses uma forma de encontrar significado em meio a toda aquela adversidade e pobreza. Essa lição serviu aos asiáticos em muitos empreendimentos, porém raramente com tanta perfeição quanto no caso da matemática.”

site: http://detudoumpouquino.blogspot.com
comentários(0)comente



Carmem 06/10/2015

O sucesso é um tripé: talento, sorte e ajuda de terceiros
É uma visão que contradiz o atual conceito de sucesso. Segundo o autor e as pesquisas que apresenta, o sucesso é um tripé pois conta com talento, sorte (estar no local certo na hora certa), e a ajuda de terceiros. Isso mesmo, para o autor é uma invencionice romântica a idéia de que alguém chegou lá devido ao esforço pessoal. Todos nós precisamos de esforço (mais até que de QI), de gente que nos apóie e pasme: de sorte! Leitura ótima!!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Raquel 27/08/2015

Sempre pensamos que os outliers são gênios em algum aspecto da vida. Neste livro, o autor mostra como essas pessoas atingiram tamanho sucesso: muito esforço e sorte. Sim, sorte. Ao terminar de ler tive a impressão que, por mais que você atinja as 10 mil horas de prática, é preciso estar no lugar certo na hora certa. Me lembrou um pouco o Andar do Bêbado, pois fala como o aleatório influencia nossas vidas.

Mas vale a leitura. Recomendo.
comentários(0)comente



Elisa.Plus 28/06/2015

Quem são as pessoas consideradas "Outliers"?
O autor do livro narra de forma analítica a trajetória de inúmeras pessoas consideradas "fora de série". São fatos desconhecidos pela maioria, porém revelados com a finalidade de explicar o motivo do sucesso de alguns e fracassos de outros. Segue um breve resumo dos aspectos mais relevantes capítulo a capítulo. Mas, se você quiser saber dos detalhes, deverá ler o livro... Vale a pena!
"Os valores do mundo que habitamos e as pessoas que nos cercam exercem um grande efeito sobre quem nós somos". Capítulo 1 - Ouliers - São pessoas que fazem coisas fora do comum. Existem os capazes, os talentosos e os determinados. SUCESSO - Ninguém surge do nada! "... é preciso ser beneficiário de vantagens ocultas, oportunidades extraordinárias e legados culturais que lhes permitam aprender, trabalhar duro e entender o mundo de uma forma que os outros não conseguem". As pessoas bem-sucedidas se originam de sementes resistentes. E os ingredientes para o SUCESSO são: Paixão. Talento e Esforço Capítulo 2 - Os OUTLIERS atingem um status elevado por meio da combinação de: capacidade, oportunidade e vantagem totalmente arbitrária. Existe TALENTO inato??? SIM! Sucesso combina talento e preparação. Porém, ninguém chega ao topo sem esforço, sem prática e sem treinamento. Quem está no alto não apenas se dedica mais do que os outros. Dedica-se MUITO MAIS! Além disso, a excelência requer 10 mil horas de prática, ou seja, 3h por dia / 20h por semana - durante 10 anos no mínimo. Esse é o tempo para assimilar o que é necessário para atingir a verdadeira destreza. Foi assim com Mozart, os Beatles, Bill Gates, Bill Joy, entre outros. Para um jovem atingir 10 mil horas de prática ele precisará de apoio. Portanto é importante que os pais o incentive e também ter a oportunidade de ingressar em programas especiais que lhe dê a chance de cumprir todas essas horas. Na verdade, os outliers foram favorecidos por alguma oportunidade incomum (golpe de sorte). Capíltulo 3 - As pessoas brilhantes são capazes de decifrar enigmas... O sucesso tem relação com o QI? A inteligência importa até certo ponto, não sendo a chave para o sucesso. Capítulo 4 - A destreza social é construída por conhecimento e precisa ser aprendida. Chamamos de "inteligência prática" = saber o que dizer, para quem dizer, quando dizer e como dizer - para obter o máximo de efeito. É o conhecimento que ajuda a interpretar as situações de modo correto e obter aquilo que se deseja. Em pesquisa realizada com pais pertencentes a diferentes classes sociais, constatou-se que a cultura em que a pessoa está inserida determina se ela obterá sucesso ou não. Pais ricos (ou classe média) promovem e avaliam os talentos, as opiniões e as habilidades do filho e pais (de baixa renda) cuidam dos filhos, deixando-os crescer e se desenvolver por conta própria. O fato é que pais com melhores condições de vida ensinam seus filhos a questionar e ainda direcionam os talentos dos filhos. Outra pesquisa realizada com 730 homens (todos portadores de uma inteligência extraordinária), os separou em 3 grupos: Grupo A - Histórias de Sucesso; Grupo B - Pessoas consideradas "satisfatórias" e Grupo C - Pessoas que "não deram certo". A pesquisa investigou inúmeros itens (saúde física/mental; grau de masculinidade/feminilidade; hobbies/interesses/ idades que começaram a falar/andar; QIs no Ensino Fundamental e Ensino Médio ...) E a conclusão foi que apenas um fator foi importante para determinar o grau de sucesso de cada um deles: o AMBIENTE FAMILIAR! Então o que faltou aquelas pessoas com inteligência extraordinária e que não conseguiram se destacar? Faltou uma COMUNIDADE AO REDOR QUE AS PREPARASSE PARA O MUNDO. Foram talentos desperdiçados! Capítulo 5 - A conclusão é que as pessoas bem -sucedidas tem ajuda, sua origem importa e são produtos de lugares e ambientes específicos. Capítulo 6 - Os Legados Culturais estão relacionados a maneira como fomos criados. Possuem raízes profundas, persistem de geração a geração e desempenham papel importante no direcionamento de atitudes e condutas. A nossa procedência importa muito! Sendo assim, o sucesso também depende do acúmulo constante de vantagens, de quando e onde nascemos, da profissão de nossos pais, das circunstâncias de nossa criação.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



MauricioTiso 05/07/2014

O Livro aborda como a disciplina e a dedicação podem transformar os resultados em todos os campos da vida.
Como hoje tudo é rápido e descartável, avalio como muito importante para ajudar a dar uma outra visão sobre comprometimento e persistência.
Cid Espínola 04/01/2018minha estante
A melhor resenha! Direto ao ponto.

Essa obra tá na fila com outros dois: Maestria (Robert Greene) e Onde Nascem os Gênios (Eric Weiner).

Curto muito esse tema de desenvolvimento pessoal, tem mais sugestões?




Niasi 10/09/2013

Outliers
O Livro é bem interessante e de agradável leitura embora em algumas passagens seja um pouco maçante.

A ideia de que pessoas "Fora de Série" (no original Outliers) não devem seus sucessos apenas a eles mesmos e seus próprios esforços, parece um tanto polemica, mas vista sob uma analise mais profunda, completamente plausível.

Fatores como legado histórico da pessoa e oportunidades adquiridas pela geografia, etnia, condição financeira, época e outros, são muitas vezes condições essenciais para que determinado indivíduo se torne um Outliers enquanto outros sejam impedidos de tal desenvolvimento.

É obvio que o autor nos leva a aceitar sua tese, através de estudos que a apoiam, mas a conclusão não foge do racional: Um indivíduo que tenha força de vontade suficiente e oportunidades ao seu alcance que o ajude em sua busca pela realização (seja qual for), terá sempre vantagem em favor aos demais sem as mesmas condições.

Outros pontos interessantes do livro são: o conceito das 10.000 horas, que reforça a importância do empenho e dedicação para a busca do aperfeiçoamento e o trabalho significativo, mostrando como é importante ter uma realização e identificar o empenho vs benefício em suas atividades.

Recomendo a leitura, especialmente a quem é pai, para reforçar o conceito de que os maiores presentes que podem dar a seus filhos são as oportunidades e a consciência de seu legado.
comentários(0)comente



Lígia Mussi 26/05/2013

Outlier: algo que está afastado ou é classificado diferentemente de m corpo principal relacionado
"Porque a todo aquele que tem será dado e terá em abundância; mas, daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado."
(Efeito Matheus - Ouliers, Fora de Série).

O que torna algumas pessoas capazes de atingir um sucesso tão extraordinário e peculiar a ponto de serem chamadas 'fora de série'?

Brilhante, inteligente, intrigante e bastante sutil.

Dentre tantas conclusões realísticas e consistentes trazidas pelo autor, uma delas é, justamente, o fato de que absolutamente ninguém se faz sozinho.
comentários(0)comente



Leandro 18/05/2013

Má o meno
Acho que o livro é sobre o que o cara pensa, difícil ter uma exatidão sobre o assunto, muito complexo!
comentários(0)comente



Márcio.Santos 11/03/2013

Explica muita coisa
Esse livro é para aqueles que acham que sucesso na vida é somente resultado do acaso; é necessário também se esforçar para que as coincidências sejam totalmente exploradas.
comentários(0)comente



215 encontrados | exibindo 181 a 196
1 | 2 | 3 | 4 | 13 | 14 | 15


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR