A arte de produzir efeito sem causa

A arte de produzir efeito sem causa Lourenço Mutarelli




Resenhas - A Arte de Produzir Efeito sem Causa


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Ana Ramos 08/12/2015

VIsceral
Eu entendo os 8 abandonos que constam aqui. Eu mesma passei por momentos de muita angustia ao ler o livro, parecia ate que a perturbada era eu.
O livro nos faz sentir nas entranhas o desgosto de Jr , o avanço da "doença", o mal estar.
Achei visceral!! Acaba meio assim, te deixando no ar, precisava de mais? Ou nao? Deixa pro mundo das ideias.... Segundo livro dele q eu li, so tenho vontade de ler mais.
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Erich 21/05/2015

Narrativa sensacional, enredo perturbador.
Mais um excelente livro de Lourenço Mutarelli. O formato do texto difere razoavelmente do que escutamos em O Cheiro do Ralo, O Natimorto e Nada me Faltará - sim, o texto musical fica de lado neste título. Ou seja, a linguagem e humor característicos de Mutarelli agora nos são apresentados de forma mais tradicional, matendo-se os excelentes diálogos e uma construção de frases muito bem colocadas, montando a poética obscura do autor - não ha uma só linha "dispensável" à experiencia do leitor com este livro.

A história que Mutarelli nos conta aqui é também de perversão, as personagens também obcecadas, os "finalmente" também insubstituivelmente abertos. Júnior, o protagonista, parte de uma situação de vida real e até bem comum - traição, divórcio, desemprego - e caminha pela obscuridade sua própria rumo ao limite da razão, à perda completa de comunicação com o mundo e consigo mesmo, como disse o próprio autor em entrevista.

Um livro que toca profundamente o leitor, o leva a refletir sobre sua própria condição racional e sobre as possibilidades de loucura e perversão nada glamourosas ou elitistas ou épicas com as quais Mutarelli gosta de trabalhar. Mais uma vez, aqui as personagens são sujeitos comuns, num cotidiano facilmente inteligível e partindo de relações tão normais quanto qualquer cidadão médio brasileiro possa experimentar.

Leitura incrível e clímax - que ocorre no desfecho do livro (não necessariamente o da historia de Júnior e de seus próximos) - aficcionante!
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Mlimafox 12/03/2015

A fina barreira entre a sanidade e a loucura.
Logo após terminar de ler "A Arte de Produzir Efeito Sem Causa" do Lourenço Mutarelli, não pude evitar de traçar um paralelo imediato com outra obra que sempre permeou minhas leituras, a clássica história em quadrinhos "A Piada Mortal" escrita pelo Alan Moore e ilustrada magistralmente pelo Brian Bolland. Como não associar essa história de mergulho na insanidade com a teoria do Coringa sobre a fina barreira que separa os pessoas ditas sãs dos loucos. Não querendo estragar a história pra quem não leu, a teoria do Coringa é simples, ele diz que a única diferenca entre uma pessoa sã e uma pessoa louca é um "dia ruim" e essa obra mostra como isso pode ser verdade, ou não.

Em sua escrita crua, simples e direta, Mutarelli te leva a uma viagem a psiquê de Júnior e como ele rompe essa fina barreira da sanidade. Quem é louco? Quem é são? O sobrenatural existe? ou não? Acreditar em algo, faz isso se tornar real? Uma palavra pode enlouquecer? Loucura pega? Leia e descubra.

site: https://www.facebook.com/mlimafox/posts/10203465641512999?pnref=story
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@varaomichel 03/02/2015

O livro e inquietante e denso. Apesar de algumas partes soarem um pouco ingênuas, como a cena na casa de praia que mais parece que foi tirada de conto erótico barato, o livro em sua maior parte consegue maravilhar com o poder descritivo e te leva facilmente para o universo instável e totalmente conturbado da personagem. Vale a pena.
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Paulo de Sá 25/08/2014

A leitura faz você enlouquecer junto com o personagem.
Em meio a acontecimentos banais e outros nem tanto, o autor faz você, aos poucos e sem perceber, entrar na loucura do personagem. Um livro cheio de significado e interpretações. A leitura prende você até o fim, que também surpreende. Vale muito a pena.
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Autora Nadja Moreno 04/02/2014

A mente humana nua e crua.
A Arte de Produzir Efeito sem Causa é um livro embrenhado na mente humana. Retrata, através de Júnior, a sequência de acontecimentos que podem levar um homem à bancarrota, sejam estes acontecimentos de origem natural ou casual ou acidental ou individual. Sejam estes acontecimentos produzidos por desconhecidos, por nós mesmos, pelas pessoas em quem confiávamos ou ainda por causa dos microrganismos que vivem por aí.

Através das páginas vamos nos embrenhando na mente perturbada de Júnior. A cada página vamos descendo as escadas da consciência junto com ele, e aqueles leitores mais aficionados e que incorporam o personagem podem ter a necessidade repentina de um cigarro, um café ou até de um bom médico. Tudo vai se desfazendo e se consumindo de forma a não reconhecermos mais o Júnior da primeira página, ainda que ele já esteja, logo ali, perdido e desestabilizado.

O livro é quase todo escrito por pequenas frases. Penso que esta narrativa contribui ainda mais para a sensação que ele passa de estarmos lendo a mente de Júnior, mesmo que não seja narrado em primeira pessoa Uma mente cheia de nada e de tudo, tende mesmo a pensar muito e em muitas coisas ao mesmo tempo, o que torna a sequencia curta, quase como que um soluço.

A construção dos personagens é fabulosa. Além de gostosos figurantes como os porteiros do prédio, somos apresentados a algumas figuras muito marcantes.

Sr.José (Seu Zé) é o absorto embora preocupado pai de Júnior. É em sua casa que o filho busca refúgio quando se vê perdido. Durante o tempo em que Júnior vive com ele, vamos percebendo que o Sr. Zé vai se tornando o companheiro e preocupado pai dos filhos insanos. Não entende o que acontece, mas está lá

Bruna é a universitária hóspede de Sr. Zé. Uma luz no fim do túnel. Uma mente sã e equilibrada neste meio de instabilidade. Quando Bruna aparecia, o livro se tornava normal e sereno. Válvula de escape de primeira linha.

Júnior. Bom, Júnior é o retrato do medo de todos nós. Ou melhor, o assombro de todos os que temem perder a normalidade da vida de uma hora para a outra, de forma sequencial e sem volta.

A diagramação do livro é incrível. A capa, as páginas azuis que o apresentam, os diagramas desenhados a cada início de capítulo Tudo, exatamente tudo está ligado ao enredo todo. À medida que lemos, vamos percebendo que tudo isso é um retrato. Os riscos, as marcas, os rabiscos, tudo faz parte da história. As páginas rabiscadas no meio do livro são um presente à parte. É como estar sentado na mesa de café do pequeno apartamento de Sr. Zé. Além disso tem as bordas externas arredondadas, o que dá um aspecto de agenda, de diário, de algo mais pessoal do que as linhas retas das edições comuns de livros. Não se podia esperar coisa diferente do artista multifacetado Lourenço Mutarelli.

Se você quer um livro intenso e que ataca sua mente, leia A Arte de Produzir Efeito sem Causa. Não espere por fios soltos que se amarram majestosamente no final. Não, quem dá as amarras em alguns pontos é você, leitor. Leia e tire suas próprias conclusões. Não é um livro comum nem básico. Há que se ter uma mente astuta e até um pouco doida para desmascará-lo.

Ao longo da história Mutarelli insere alguns elementos sombrios que perpassam sutilmente as páginas. Nesta resenha eu abordo pouco este lado, porém o filme Quando eu era Vivo, baseado nesta obra e lançado no último 31 de janeiro, retrata o lado mais fantasioso e assustador do enredo.

site: http://escrev-arte.blogspot.com.br/2014/02/resenha-arte-de-produzir-efeito-sem.html
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Barone 28/08/2012

Sensacional
É extremamente traduzir em palavras as ideias e sentimentos que os livros de Lourenço Mutarelli evocam. A habilidade do autor de subverter comportamentos rotineiros e reações padronizadas da vida em sociedade em situações aflitivas e claustrofóbicas é ímpar.

Mutarelli também consegue fazer muito bem outra coisa: colocar qualquer tipo de informação que considera relevante para o desenvolvimento da narrativa e fazer com que o leitor fique completamente obcecado com fatos, textos e personalidades.

Não sei mais o que dizer a não ser "leia". Este livro é daqueles que te faz parar para pensar - se você quiser.
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leandro_sa 29/04/2012

"Assim é a vida, né? Uma hora a gente deixa de acreditar que ela pode ser boa"
"A Arte de Produzir Efeito Sem Causa" nada mais é do que uma reflexão sobre a incontrolabilidade do destino. O livro questiona o fato de que tudo o que sofremos é consequência dos nossos atos.

Júnior é um homem psicologicamente fraco que se vê sem reação perante a perda de sua rotina considerada perfeita: esposa, filho e um trabalho burocrático. Quando sua realidade muda por fatores alheios à sua vontade ele não sabe como tomar de volta o controle de suas ações. A resolução disso ocorre da única, e trágica, maneira possível.

Os demais personagens que convivem com o protagonista, seu pai chamado durante o livro, brilhantemente, de Sênior e a estudante Bruna ajudam a conduzir a narrativa que nos faz refletir até que ponto somos responsáveis pelo que acontece conosco.
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LiviaAlcantara 01/06/2010

nussa! acabei de ler o livro e estou como louca procurando referências das coisas q citam no livro. todos os relatos q li falam que a leitura foi muito rápida, a minha também! eu n tinha entendido os nº serem das peças q o Jr. vendia! vi neste blog http://doublestandards.wordpress.com/2008/07/31/a-arte-de-produzir-efeito-sem-causa/#comment-158
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gfelitti 01/12/2009

o texto mais perturbador que li em 2009. de longe.
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Leo Villa-Forte 01/10/2009

A arte de produzir a boa bagunça
Peguei o livro de Lourenço Mutarelli prevendo uma experiência nova. Lourenço e seus backgrounds: quadrinista, roteirista, ator, não escritor-escritor. O livro e suas impressões: desenhos, gráficos, palavras, letras coloridas e misturadas, textos , frases curtas, pontuação onipresente.
Chico Buarque gostou. Algo tem.
"Será que é bom?", minhas mão transmitiam caladas enquanto se demoravam no pegar daquele livro. Bom ou não, sabia que tinha que testar. Se não gostasse, pelo menos saberia não gostar daquilo direito. E nesse caso, o livro em si é bem bonito, cairia bem na estante. E nesse caso, de eu não gostar, pelo menos teria contato com um modo incomum de escrever e de editar: textos com intervenções, rabiscos de canetas reproduzidos no papel, as páginas do livro feito páginas de caderno, o livro do personagem surgindo no livro do autor. Tudo isso já valeria a pena, caso eu não gostasse.
Não foi o caso.
"A arte de produzir efeito sem causa" é um quebra-cabeça dos bons.Quem tem a cabeça quebrada é Júnior (a do leitor, depois de algum tempo, o livro só ajuda a consertar). É dele a cabeça que Lourenço abre numa cirurgia delicada e e em nenhum momento rebuscada (como nos fazem acreditar os bons médicos). O leitor é levado a escorregar numa espiral de encontros e desencontros pensamentais, porém, não por isso sentimos um peso excessivo na carga de interioridade do personagem. Grande dialoguista que é, o jogo de Lourenço é com o modo como as palavras se relacionam com o mundo concreto que as dá suporte (ou é o contrário?). A crise de Júnior não é com ele mesmo, é com o que vem de fora, é com o que chega até ele, com o que lhe contam, com o que bate à sua porta. É com o efeito que o mundo pode provocar.
Júnior sofre uma bagunça das brabas, enquanto o leitor sofre uma das melhores.
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Leon' 07/05/2009

Seria fantástico não fosse a interferencia da 'cultura pop' invocando burroughs todo tempo, os personagens são excelentes. Junior, o pai, a estudante, a vizinha...
O trabalho gráfico é uma obra a parte, tambem creditado ao Mutarelli, garante a imersão na loucura do cara.
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Maeve 05/03/2009

Gostei da linguagem, das idéias, dos personagens, mas tuda fica muito em aberto. Penso que o objetivo do autor foi me fazer questionar minha própria (in)sanidade, algumas passagens me provocaram ao extremo. Ótimo, já tenho um pezinho na esquizofrenia mesmo, embarquei fácil, mas faltou aquele pedacinho de ordem no caos....é absolutamente pessoal, mas gosto quando os absurdos fazem sentido, melhor, gosto dos argumentos do absurdo para justificarem seu sentido!!
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Élida Lima 04/03/2009minha estante
quantas estrelas?




Janus 22/02/2009

Um dos principais motivos que me levou a ler esse livro, foi que o personagem principal traz o nome de Junior.
Homem que está saindo de um divorcio, e se preprar a voltar a vida morando junto com o pai.
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