Vozes de Tchernóbil

Vozes de Tchernóbil Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - Vozes de Chernobyl


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Tamara Mendes 23/05/2023

“Ele verá o mundo com olhos de criança”
Em 26 de abril de 1986, o reator número 4 da usina nuclear de Chernobyl explodiu, acontecia o pior acidente nuclear da humanidade. Após o desastre 30 bombeiros da cidade de Pripyat formam acionados para apagar o incêndio, sem nenhuma informação sobre o ocorrido, eles foram as primeiras vítimas da radiação direta e morreram de forma dolorida por causa do efeito agudo da radiação. A catástrofe aconteceu em uma central atômica não militar, mas o clima era de guerra e a população estava sem direcionamento do que fazer e com poucas informações do Regime.

Após se tornar párea da sociedade as “pessoas de Chernobyl”, inúmeras pessoas morreram pelos efeitos da radiação e pelos relatos dos sobreviventes no livro eles têm medo de como será a morte, as crianças não eram mais as mesmas, crianças de 7, 8, 9 anos falando e discutindo sobre a morte e o morrer. E os sobreviventes vive a sombra da síndrome de Chernobyl. É realmente muito triste.

Segundo a autora Svetlana: “Tchernóbil é um enigma que ainda tentamos decifrar. Um signo que não sabemos ler. Talvez um enigma para o século XXI. Um desafio para o nosso tempo. Tornou-se evidente que, além dos desafios religiosos, comunista e nacionalista em meio aos quais vivíamos e sobrevivíamos, nos aguardávamos novos desafios mais selvagens e totais, embora ainda ocultos aos nossos olhos”.

# Nota Pessoal - É uma leitura obrigatória, um desastre sem precedentes e que afetou milhares de pessoas, todos precisam conhecer os horrores que foi essa tragédia, o descaso e a omissão do Governo com os habitantes e como milhares de famílias foram afetados por várias gerações por causa de erros e da ganância da União Soviética.
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elfojonas 17/05/2023

Esteja bem para ler esse livro
Um livro pesado, que dói, mexe contigo de uma forma única e intensa. Por isso esteja bem consigo mesmo antes de iniciar essa leitura.

Não se trata de uma "jogada" da autora para provocar isso, se trata pura e simplesmente da realidade, e é isso que torna o livro tão difícil de engolir.

Esses choques de realidade são importantes para lembrar quem somos, e o que somos capazes de fazer - e o que somos capazes de não fazer. E embora isso incomode profundamente, também é necessário para nos alinhar.

Nunca me fez tanto sentido o ditado que diz que dentro de nós existem dois lobos famintos lutando constantemente entre si, um é o ódio e o outro é o amor. O vencedor é aquele que alimentamos mais.

Leia esse livro, conheça o ser humano e jamais se esqueça do poder - ou maldição - que o homem possui dentro de si.
Regis 18/05/2023minha estante
Que resenha linda, Jonas! Parabéns! ????




Beatriz2877 17/05/2023

Triste e necessário.
Não sei descreve o quanto esse livro me impactou.
O relato sofrido das pessoas que passaram por essa situação comovem e nos trazem muitos questionamento.
É revoltante, doloroso, diversas vezes não acreditei nas palavras que li.
Um povo machucado que sobreviveu a guerra contra outras nações e em seu momento de paz teve que lutar contra o próprio solo e até mesmo contra o ar que respirava.
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Degugelmin 13/05/2023

Neste livro a autora faz entrevistas com várias pessoas que tiveram suas vidas impactadas pelo desastre de Chernobyl. Achei excelente porque são vários pontos de vista, pessoas que apesar de compartilharem o mesmo destino, tem percepções e agem de forma bem diferente umas das outras. Alguns relatos falam do acidente em si e das ações realizadas para contenção, outros falam das doenças, das perdas e da vida que convive com a radioatividade. É muito esclarecedor, uma leitura que flui bem e que eu recomendo pra quem quer saber mais sobre o assunto. Mas é beeeem triste, angustiante, desolador. Foi difícil imaginar e assimilar tudo isso :(
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Monique355 12/05/2023

A proposta e o conteúdo do livro são incríveis. É muito sensível a história contada dessa forma. É o tipo de leitura que faz você imaginar uma vivência humana que parece surreal, no entanto não consegui me conectar a escrita da autora. Não sei exatamente o que me falta, mas senti a leitura um pouco maçante. A falta de uma linha cronológica nos relatos também me deixou um pouco perdida. Devo estar mal acostumada com Daniela Arbex e Drauzio Varela que pra mim são os mais incríveis pra esse tipo de escrita. Sendo assim, é um livro muito bom, só não consegui me conectar?
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Marina 07/05/2023

Interminável
Livro bem cansativo, não pela história pesada que foi a tragédia, mas por ter muitas partes pouco "informativas" ou até repetitivas. Parte do livro são de relatos sobre as ações tomadas, omissões e moradores e parte são sentimentos aleatórios das pessoas. Realmente percebe-se uma crítica da política russa de esconder muitos fatos, mas o livro "A guerra não tem rosto de mulher" foi muito mais interessante para mim do que este.
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Leandro506 02/05/2023

Vozes de Tchernóbil
Eis uma leitura impactante, forte e impressionante. Melhor livro que já li. Delicado e respeitoso como é tratado o caso das pessoas vítimas do maior acidente nuclear do mundo. A dúvida deles eram/são as minhas.
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Isabela Di Ãngelo 29/04/2023

Livro difícil emocionante
Um dos livros mais difíceis que já li, pois me deixava muito triste.Levei meses para ler,mas valeu a pena não desistir. Recomendo muito a leitura.
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Jessica Moraes 20/04/2023

A verdade pelos olhos de quem estava lá
é muito cruel ver como tudo aconteceu, a omissão do governo e o que toda a população passou; leitura importante para entender as consequências para que não se repita novamente; favoritado!!!
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Hitomy 19/04/2023

Vozes de Tchernóbil
Livro essencial para entender o que ocorreu na explosão do reator em Tchernóbil, na visão de quem mais sofreu com isso. É bem triste e comovente ver a luta deles contra um inimigo invisível, uma guerra invisível, ainda mais quando eles têm uma visão de como é a guerra muito cravada na mente.
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Bibliotecadabri 12/04/2023

Vozes de Tchernóbil
Vozes de Tchernóbil: A história oral do desastre nuclear, de Svetlana Alexijevich, é uma boa leitura para apaixonados por histórias e pela singularidade da oralidade. Pra quem não acompanhou a história: a explosão de Tchernóbil, na Ucrânia, em 1986, provocou uma catástrofe que repercute até os dias atuais. Pessoas comuns, com suas vidas medíocres e com uma confiança no governo soviético têm as suas vidas interrompidas e atravessadas, literalmente, pelas inúmeras partículas radioativas. E é exatamente esse olhar das pessoas comuns que torna o livro tão rico e tão doloroso. Trabalhadores, cientistas, soldados, mas, principalmente, pais, filhos, amantes e amigos, que pereceram dia após dia de uma forma violenta e horrível ou que viram o seu próximo ir morrendo aos poucos de maneira tão triste. Para os jornalistas e escritores, o livro é uma obra-prima, mas confesso que foi muito difícil ler os relatos de uma história tão recente.
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OgaiT 08/04/2023

A história omitida
"Nos anos da Segunda Guerra Mundial, os nazistas destruíram 619 aldeias nos país, com toda a sua população. Depois de Tchernóbil, o país perdeu 485 aldeias: setenta delas estão sepultadas sob a terra para sempre. A mortalidade na guerra foi de um para cada quatro bielorrussos; hoje, um em cada cinco vive em território contaminado. São 2,1 milhões de pessoas, dentre as quais 700 mil crianças. Dentre os fatores de descenso demográfico, a radiação ocupa o primeiro lugar. Nas regiões de Gómel e Moguilióv (as mais afetadas pelo acidente), a mortalidade superou a natalidade em 20%." (p. 10).
Assim são introduzidos os relatos colhidos pela bielorrussa Svetlana Aleksiévitch. Esses registros estão repletos de tristeza, luto, dor, mas não somente isso, há também vozes de coragem, de resiliência, de esperança e de muita força.
Svetlana se propôs a recolher registros orais de diferentes pessoas, classes sociais, profissões e ideais inclusive. Entre as histórias contadas pelos bielorrussos atingidos pelo desastre nuclear de Tchernóbil, uma da qual tenho a imagem muito clara em minha mente é a feita pelo coro de soldados:
"Na porta está escrito: "Caro passante, não procure objetos de valor. Eles não existem e nós nunca os tivemos. Use tudo, mas não destrua. Nós voltaremos". Em outras casas via a inscrições com pinturas de várias cores: "Perdoe-nos, casa querida!". Despediram-se das casas como de pessoas." (p. 104).
As histórias aqui registradas mostram o lado humano por trás dessa tragédia que é alvo de especulação turística, por exemplo. O que pode haver de divertido em um lugar onde as pessoas choram as suas dores? Como o pai que se sente culpado pelo diagnóstico de um tumor no cérebro do filho que brincava com sua ferramenta de trabalho? ou então pelos "animais que vagueiam tristes" e que "entram nos povoados e se aproximam carinhosamente das crianças"?
Aliás, a própria Svetlana afirma que este livro procura registrar as vozes das pessoas que ali vivem e que vivenciaram o desastre nuclear, não o contrário: " É tão fácil deslizar para banalidade. Para a banalidade do horror. Mas olho para Tchernóbil como para o início de uma nova história; Tchernóbil não significa apenas conhecimento, mas também pré-conhecimento, porque o homem pôs em discussão a sua concepção anterior de si mesmo e do mundo." (p. 39).
Por fim, a omissão do Estado é um ponto crucial para entender o desastre. Após o acidente na usina nuclear, a primeira medida que se espera é a evacuação de locais próximos ao desastre, mas na prática isso não ocorreu. E triste de quem vazasse a informação, nunca é de mais lembrar que a Ucrânia e a Bielorrussia estavam sob o regime soviético. Uma das principais medidas de negligência do Estado foi a falta de divulgação de informações essenciais aos civis, tais quais o resultado da aferição dos dosímetros, o acidente na usina nuclear, nem saber o que era radiação essas pessoas sabiam.
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DrK 25/03/2023

Essencial
Certos livros servem como uma aula, este é um desses. A autora reúne depoimentos extremamente emocionantes de um jeito que é impossível não se conectar com essas pessoas que vêm sofrendo a tanto tempo. Se você nunca estudou sobre Chernobil, leia esse livro, quase tudo que você precisa saber está aqui.
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Jardii 25/03/2023

Inimigo invisível.
Lutar nunca foi fácil, mas lutar contra um inimigo invisível é impossível. Ver os relatos das pessoas me deixou extremamente triste. É tão difícil acreditar que essas pessoas perderam absolutamente tudo por causa de erros humanos que poderiam ser evitados.

A parte "chata" do livro é algumas repetições, mas entendo porque a história é sobre algo real que aconteceu com aquelas pessoas, então óbvio que as histórias iriam/podiam se repetir.

Triste mas necessário.
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Alberto Pilati 24/03/2023

Vozes de sofrimento
Este é um livro muito impactante, retrato de um dos momentos mais dramáticos da história da humanidade. Uma coleção de relatos de partir o coração que vale a pena ler.
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