Arthur 21/05/2022
Perplexo
Falando tecnicamente, a obra é uma passagem inicialmente lenta e tediosa. Não costumo demorar um mês para ler um livro, mas a primeira parte e realmente desinteressante.
Precisamos realmente de 150 páginas para entendermos como um personagem narrado por PRIMEIRA PESSOA age?
Já no meio, é a melhor evolução. Cativante e profunda, quando você entra na história que você lê.
Já o final, errôneo. Decisões falhas e aprresadas. O que a primeira parte caminhava com lentidão, a última corria sem sentimento.
É, sem sombra de dúvida, o momento de emoção do enredo (como deve ser em todo conto); Mas exatamente por isso, que perde ponto: Um tema tão extravagante como esse visita tão rápido pelos momentos mais marcantes? Não tenha medo da intensidade das frases, Sarah, a partir do momento que você faz um menino de 4 anos tocar nos seios de prostitutas, já não é um livro infantil.
agora bora filosofar - vão ter spoilers sem contexto, leia se quiser
"Que facada profunda;
Como um tiro de um SS na cabeça de um judeu!
Como um "sexo" de um Ivã introduzindo na "fenda" de uma alemã;
Como uma jogada de terra sobre o corpo já falecido de um polonês, no último segundo da segunda guerra mundial.
"Max é o PROTÓTIPO de um personagem perfeito para impactar a vida do leitor, para LER a Guerra de outra maneira.
Não só em palavras, mas em sentimento.
Como se você, 100 anos depois voltasse na década de 40, e acompanhasse poloneses morrendo para alemães, judeus morrendo para nazistas e mulheres arianas assediadas por russos bêbados. Como se você fosse a vítima em todas as ocasiões.
Como se você conhecesse um amado, que morreria na sua frente.
Só que quem você ama, você odeia. E quem você odeia, você amava. Confusão. Caos.
Não há mais palavra que resume. Apenas emoções e reflexões de como a crueldade e a amargura impacta sobre vidas inocentes.
Não leia essa frase por ler, não leia esse livro por ler. Reflita. Reflita e reflita. A segunda guerra mundial é reflexão. Pense."