Samantha @degraudeletras 04/09/2018Leitura frenéticaA detetive Rizzoli precisa tomar a maior decisão da sua vida ao mesmo tempo em que tenta solucionar o assassinato da freira Camile, quem poderia querer a morte de uma jovem freira? O caso toma proporções maiores do que o esperado, tanto pelo assédio midiático quanto pelas novas pistas que surgem ao longo da investigação.
Ao mesmo tempo, Isles, a patologista do Instituto Médico Legal, enfrenta antigos temores com a volta de Victor à cidade. A médica é uma mulher destemida e forte que não exita tomar atitudes que vão ao encontro de seus princípios morais.
A personalidade das protagonistas da história são de duas mulheres independentes e fortes que lutaram para ser reconhecidas em seus ambientes de trabalho, que em geral são dominados pela presença masculina. Em alguns momentos do livro a autora até mesmo aborda essa questão de gênero.
A narrativa é construída aos poucos, com pistas sendo lançadas desde o comecinho da história, nada aqui é em vão, tudo é utilizado para refazer a cena do crime, Tess monta esse quebra cabeça com maestria. O embate filosófico entre religião e ciência é constante nessa obra, de um lado a crença dos integrantes do convento e do outro, os testes de laboratório de Isles. É sempre maravilhoso ler um trhiller da Tess Gerritsen e de todas as características de sua narrativa, uma que sempre chama a minha atenção é a riqueza de detalhes das autópsias, pois a autora é formada em medicina e ela faz questão de caprichar nessas cenas que envolvem o corpo humano.
Li O pecador de maneira frenética, pois além da curiosidade em saber quem matou Camile, as pistas revelavam cada vez mais uma trama de arquitetura em camadas e as cenas ação foram realmente alucinantes. Como um suspense médico, Tess desenvolveu sua obra de maneira ímpar.
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