Lina DC 12/10/2017CONTÊM SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES"Paixão Libertadora" é o segundo livro da trilogia Desejo Proibido e tem como protagonistas Max e Grace. Max é o melhor amigo de Carter (protagonista do primeiro livro) e Grace é uma mulher forte, que passou por um momento difícil e está recomeçando a vida.
Max é o dono da oficina mecânica em que Carter estava trabalhando antes de conhecer Kat e assumir o que era seu por direito. Após sair da prisão, Carter e Kat começaram a ter um relacionamento sério e isso começou a incomodar Max, que por conta de uma grande desilusão e seu uso de drogas, está passando por uma situação problemática. Após um evento em que Max colocou a vida de Carter em perigo, Max internou-se em uma clínica de reabilitação no centro oeste da Pensilvânia.
Narrado em terceira pessoa, o livro começa explicando os acontecimentos e as perdas que levaram Max a usar drogas e a sua recuperação na clínica. Na clínica, ele é incentivado pelo Dr. Elliot Watts, seu terapeuta e Tate Moore (irmão de Riley), médico residente e chefe do setor de arteterapia, a usar a arte como forma de expressar sua dor.
Porém, ao receber alta, Max se dá conta de que as dificuldades do mundo real são grandes e ele decide sair de Nova York para passar um tempo com o seu tio Vince Masen e família no condado de Yates, na Virgínia Ocidental.
Em Yates, Grace também está recomeçando sua vida. Ela compra uma casa e contrata a empresa do tio do Max para reformar. A história pessoal dessa personagem é triste e ao mesmo tempo emocionante. Grace é resiliente e tem uma alegria pela vida sem igual. A forma como ela enxerga o mundo é extraordinária e apaixonante.
Ambos os personagens precisam se libertar do passado e é através da atração mútua e dos novos sentimentos que vão surgindo que eles encontram a força necessária para conseguir a redenção.
Os personagens são frágeis e tem uma personalidade carismática, mas Max é caracterizado como uma vítima da vida, mas é necessário ressaltar sua parcela de responsabilidade nos acontecimentos. Sim, ele teve um evento devastador, mas suas ações também influenciaram o seu destino.
Um personagem em particular merece destaque: Tate Moore. Apesar de ser um personagem secundário, sua história pessoal, seu bom humor e suas camisetas engraçadas roubam as cenas quando ele aparece.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A capa é bonita e chama a atenção, mas não tem elementos que evocam o enredo, além de um casal.
"Max se conteve para não revirar os olhos. Claro, ele estava rodeado de pessoas que "só queriam o melhor para ele", se dispunham a "ajudá-lo a ficar limpo", que queriam "conversar sobre tudo" e pretendiam se certificar de que ele se sentia "confortável" e "tranquilo", e não louco para fugir da porcaria daquele lugar e encontrar a boca de fumo mais próxima. É, ele estava de fato rodeado por pessoas bem-intencionadas. E nunca se sentira tão sozinho." (p. 13)