Resenhas - Uma Vida Pequena

Felipe Santos 20/06/2024

Maravilhoso, incrível e "devotável"
De acordo com o Axioma da Igualdade, x=x; x sempre será igual a x. Jude St. Fancis sempre será Jude St. Fancis, o triste e sofrido Jude.

Esse livro é lindo, trágico e esplendoroso. A amizade verdadeira, que sempre vence os obstáculos. O lado horrendo das pessoas atrozes que sentem prazer em fazer as pessoas sofrerem. Tudo isso em conjunto contratem para que esse livro se consolide com único e perfeito.

O único capaz de me fazer chorar, soluçar de tanta tristeza. Como pode uma pessoa sofre tanto? Como pode existir pessoas tão cruéis, que fazem mal as pessoas por puro masoquismo? Essas foram perguntas que eu me fazia enquanto lia o livro.

Quando tudo parecia estar bem, tão de repente não estava. Quando a felicidade batia à porta, a tristeza já estava à espreita, pronta para aniquilá-la.

Esse livro me trouxe um misto de emoções, mas que no final acabaram na mais pura e impiedosa tristeza. Uma lição de vida.

Ao livro que dedico meu amor, e as sinceras lágrimas derramadas. Jude St. Francis, te amarei com devoção até o século vindouro. Você merecia o mundo!

Mah 20/06/2024

Agora consigo entender o que um crítico disse sobre esse livro: ?eu o adorei, mas não o recomendaria a ninguém?.

Primeiramente, caso você ainda não saiba, esse livro possui uma lista de gatilhos com mais páginas do que o livro em si, então se você for ler, tome cuidado.

Segundamente, minha opinião talvez seja um tanto quanto controversa, e talvez se eu tivesse lido esse livro em qualquer outro momento da vida, minha opinião fosse outra.

Uma Vida Pequena trata, principalmente, da amizade entre 4 jovens ao longo de suas vidas. Um deles, Jude, passou por experiências extremamente traumáticas que o deixaram com sequelas físicas e mentais para o resto da vida.

E é aqui que a minha opinião começa a ficar um pouco controversa comparada com algumas resenhas que já li: não, eu não acho que a autora exagerou no sofrimento do Jude. Não acho que ela forçou a barra para causar cada vez mais sofrimento até que Jude não aguentasse mais.

Talvez isso me torne cínica, mas eu me lembro de aprender muito cedo que a vida não era justa. E que, infelizmente, as pessoas ?ruins? não teriam o que mereciam. Desculpe se você acredita nisso, mas minhas experiências pessoais me levam a acreditar que isso são mentiras nas quais queremos acreditar pois elas nos confortam.

Não acho impossível que alguém passe por tudo o que Jude passou (ou algo semelhante, afinal, o livro não é baseado em uma história real), ou mesmo que os sofrimentos de seus amigos não sejam válidos ou verossímeis. A vida é cruel, e frequentemente vejo que ela atinge seus maiores níveis de crueldade com as pessoas mais gentis e puras (não confunda isso com inocência).

Assim, chegamos ao dilema que, acredito, faça com que esse livro seja tão polêmico: até que ponto uma pessoa pode continuar vivendo quando seu sofrimento atinge níveis tão elevados?

Não se trata de romantizar o suicídio, de forma alguma. Se trata de empatia. Se trata de amor. Se trata de egoísmo . Estou pedindo que a pessoa que amo viva pois ela merece continuar vivendo e ela tem condições de aproveitar a vida? Ou quero que ela viva pois eu não sei viver sem ela?

Sou da opinião que Jude não deveria ter se suicidado? A verdade é que não sei.

Meu pai está internado a 9 meses e 6 dias após uma cirurgia que deveria ter sido simples. Ele deveria ter voltado para casa após apenas 48h no hospital. Já são mais de 6.500 horas, 4 cirurgias, 3 intubações, 2 traqueostomias e inúmeros dias de UTI. Ele carregará sequelas para o resto da vida. E eu também. Assim como todos que o amam. É justo que eu queira que ele viva pelo ?simples? motivo de não saber viver sem ele?

Talvez essa seja a dúvida que a autora quis colocar na cabeça dos leitores. Ou talvez eu só tenha lido esse livro no momento certo da minha vida.

?O próprio medo era um vírus dormente que nunca conseguiriam afastar de vez. Alegria, tranquilidade: tiveram que as reaprender, que as reconquistar. Mas nunca teriam que reaprender a ter medo; aquilo estaria vivo dentro dos três, uma doença compartilhada, uma malha fina que se entrelaçara ao DNA deles.?

?Todos estamos morrendo. Ele apenas sabia que sua morte viria antes do que esperava. Mas isso não significa que não foram anos felizes, que não foi uma vida feliz.?

?Sei que minha vida fez diferença porque sou um bom amigo. Eu amo meus amigos, me importo com eles, e acho que os faço felizes.?

Lou14 20/06/2024

Se Beautiful Boy e Hey Jude escrevessem um livro
Como posso começar? O que dizer sobre esse livro?
Definitivamente o mais cruel que já li e, a partir de agora, meu favorito.
Nesse livro vemos alguém que nunca teve nada, mesmo que merecesse o mundo, de repente ter tudo. E a maior graça de sua vida é o amor, que vai conhecer já muito tarde para alguém tão bom quanto ele.
No meu ponto de vista, a história do terraço é contada no final para mostrar como, apesar de tudo que o Jude conquistou na vida, nada doeria mais do que perder a amizade daqueles três. Na história do terraço, nenhum dos quatro têm nada. Eles são jovens e têm a companhia um dos outros e muitos sonhos, isso basta.
Jude ? um gênio lindo. Sabia cantar, tocar piano, falar latim e alemão, era um ótimo advogado com pós em matemática pura, amado pelas melhores pessoas e mesmo assim, nunca acreditou ser merecedor de nada, nem de sua própria vida. Quando Willem morre, morre junto dele toda a esperança de Jude, uma vez que ele foi a primeira pessoa que o amou sem saber o que tinha passado e também a primeira que o amou depois de saber o que tinha passado. Willem é a representação de amor que Jude nunca achou capaz de ter por toda a vida. Quando ele morre, Jude encara aquilo como a risada da vida o confirmando o que ele ouviu a vida inteira.
A amizade representada no livro é tão linda e, a medida que a história dos personagens se entrelaça, mostrando seus pontos de vista da mesma lembrança, você se sente parte daquilo e entende porquê a amizade deles era tão invejável e se destacava em todos os lugares. Isso é notável quando observamos que, mesmo sem ter grandes momentos de destaque, quando Malcolm morre, sentimos uma falta absurda dele, porque sabemos que ele sempre esteve ali. JB acabara assim como Félix, sem nenhum amigo. Mas com a dor de saber exatamente o que é ter o amor bem na sua frente até que ele vá embora (três vezes).

Agora, só me resta tentar superar essa história insuperável, que me marcou nas costas, me fazendo lembrar de seu formato quando escuto uma música que me lembrem eles ou vejo algo sobre New York.

P.S: mais uma vez, muito obrigada por sempre escutar tudo o que tenho a dizer, o que te levou a comprar esse livro e a ouvir todas as minhas lamentações sobre ele. Te amo Amanda ?

Bella_figh 20/06/2024

Me desidratei inteira lendo isso?. ??CONTÉM GATILHOS??
"Uma Vida Pequena" de Hanya Yanagihara é, sem dúvida, uma das leituras mais emocionantes e impactantes que já tive. Sou a Bella, e preciso compartilhar como este livro me tocou de maneiras que nenhum outro conseguiu. Nunca chorei tanto na minha vida lendo um livro como chorei com este, e é exatamente por isso que dou nota 5.

A história segue a vida de quatro amigos - Jude, Willem, JB e Malcolm - que se conhecem na faculdade e mantêm um vínculo profundo ao longo dos anos. O foco principal está em Jude, cujo passado sombrio e traumático é revelado aos poucos. A maneira como a autora constrói a história de Jude é de partir o coração, mas também incrivelmente bela e envolvente.

Alguns tópicos importantes do livro incluem a amizade incondicional, a luta contra os traumas e as dificuldades de viver com cicatrizes emocionais e físicas. Yanagihara escreve com uma honestidade brutal, explorando temas difíceis como abuso, dor e a busca desesperada por amor e aceitação. Preciso avisar que o livro contém gatilhos fortes - abuso, automutilação e traumas profundos - então esteja preparado.

As cenas mais poderosas para mim foram as que mostraram a força e a vulnerabilidade de Jude. A autora não poupa detalhes, e isso faz com que a dor e a esperança dos personagens sejam sentidas de forma muito real. Em vários momentos, precisei parar para absorver a intensidade dos sentimentos que o livro provocava em mim.

"Uma Vida Pequena" é um livro longo e denso, mas cada página vale a pena. É uma leitura que te suga completamente, te faz refletir sobre a vida e a resiliência humana. Se você está procurando uma história que vai mexer profundamente com suas emoções e deixar uma marca duradoura, este é o livro.

Minha nota é 5/5 porque a profundidade, a escrita e a capacidade de me emocionar são incomparáveis. Este livro é uma experiência transformadora que recomendo a todos.

bri_vner23 20/06/2024

Hey Jude
Ao mesmo tempo que todos deveriam ler esse livro, acho também que ninguém deveria passar pela experiência e emoções que a obra traz.
Chorei que nem uma condenada.

Bells48 19/06/2024

Me sinto vazia x = x
Eu acho que foi a primeira vez que me senti extremamente cansada pra terminar um livro. Acho que nunca senti tanta vontade de proteger alguém ou algum personagem como sinto com o Jude, às vezes me via irritada e queria largar mas também sentia uma triste e uma dor enorme só de ler qualquer parte de abuso, a parte mais difícil era você ficar curiosa pra saber o que tinha acontecido pra ele ficar daquele jeito mas ao mesmo tempo você sabia que vinha algo bem difícil de digerir. Você ler o sufoco que o Jude passa por não conseguir falar ou se expressar sobre o que aconteceu e acontecia em sua vida era uma mistura de você também se sentir sufocado e ao mesmo tempo era como se sentir impotente e não conseguir ajudar alguém que você ama, era sentir um ódio por ele de se submeter a questões horríveis mas ao mesmo tempo era algo que você compreendia e tinha compaixão. Willem foi um amor verdadeiramente lindo de se ler, era algo reconfortante você saber que ele já imaginava que eles envelheceriam juntos independente de qualquer acontecimento ou briga que eles passariam juntos no relacionamento. A morte do Willem é um baque alto e difícil de aguentar, você sente toda a dor e o sofrimento que o Jude enfrenta durante o luto, o momento em que você entende que ele está à beira da morte por que não come nada só para delirar e assim poder ver o Willem é como se sentir surdo e louco, é doloroso ver o momento da intervenção e ele pedir para que deixem ele morrer e honestamente eu acho que ele aguentou bastante tempo para por um fim na sua vida. Harold é outro personagem que você sente um amor genuíno, ele é a maior demonstração de um pai de verdadeiro, eu me via chorando em partes que ele chamava o Jude de filho ou momentos que em ele ficava triste por não poder mais abraçar o mesmo depois do que o Caleb fez. Não recomendo esse livro pra ninguém!!!! não é fácil e nem agradável, você precisa ser forte para terminar, mas é importante para sentir uma experiência esmagadora de sentimentos sinceros.

Ps: JB é o personagem mas insuportável que existekkkkkkk

Ana Clara 18/06/2024

Uma Vida Pequena
Destruidor, devastador e impiedoso.

Leitura difícil e que fiquei aliviada em terminar. No entanto, se tornou um dos meus livros favoritos. É impossível não amar o Jude!
A leitura é de uma experiência única e não tem como descrever. Única certeza é de que a história será inesquecível!

Caroline.Brunoni 18/06/2024

Muito impactante
Jude, um adulto bem visto por seus amigos, vai revelando ao longo da trama, o peso de sua história. Uma infância e adolescência marcada pelo abuso, a crueldade e uma distorção brutal do significado de amor. Com isso, ele acredita, apesar de todo amor genuíno que passa a despertar nas pessoas, ser alguém desprezível, indigno, terrível...
O amor tem o poder de curar traumas tão pesados? Alguém que só se depara com afeto e acolhimento na vida adulta, consegue desenvolver um real entendimento e aceitação de bons sentimentos?
A história é destruidora, pesada e muito chocante.

bellwoodhouse 18/06/2024

Esperava mais
Tão bem falado e tão mal finalizado, acredito que a autora teve um ótimo esboço em sua mente sobre a história mas no papel não ficou tão legal assim, cheio de voltas ao mesmo ponto e falta de desenvolvimento em alguns personagens mesmo com os saltos temporais, possui contextos inacreditáveis onde não fazem sentido e conveniências mirabolantes para fazer uma personagem feminina sumir totalmente do livro.

achei a escrita muito boa apesar de tudo, a autora floreira bem e relata um fato pra poder nos mostrar o contexto por trás de uma forma interessante e instigante de ler, apesar das críticas, o livro se torna totalmente viciante depois de alcançar a carruagem em movimento e entender o contexto e a forma de escrita que nos é apresentada.

e claro, há certas crenças da autora que claramente refletem no livro seu ponto de vista de uma pessoa misógina e que não acredita em terapia, é estampado o quanto ela debruçou suas crenças na obra e demonstrou em forma escrita suas convicções altamente equivocadas.

capirota 17/06/2024

Incomparável
Esse livro foi uma das melhores histórias que eu li em toda em minha vida. Em muitos momentos me irritei com o Jude por não ver conseguir ver tudo ele tinha em torno dele, as pessoas que lhe amavam e tudo oq conquistou mas nao demorei e ver que somos todos assim.
Por mais estejamos rodeados de pessoas que nos amam e que tenhamos tudo oq um dia sempre sonhamos em ter, nossa memória é como uma uma criança teimosa que insiste em voltar nas coisas ruins. Eu queria que tanto Jude quanto Willen tivessem um desfecho melhor mas fico feliz por tudo oq puderam desfrutar.

Mara310 17/06/2024

Esse livro conseguiu destruir com o meu psicológico.

Ele é bastante pesado para pessoas que possam ter sofrido algum tipo de abuso, físico, psicológico e até mesmo sexual.

Mais também é um livro de fala de amor verdadeiro, de amizade, de companheirismo, de sentimento de merecimento.

Conta a história de 4 amigos que conheceram-se na universidade, da trajetória deles ao longos dos anos, a amizade, do respeito, do companheiros e fala sobre a infância dos mesmo, dos obstáculos que passaram, da superação de vida dos mesmos e muito mais.

Chorei horrores muitas vezes por alegria das histórias de superação e meio a uma infância complicada, mais também chorei de tristeza por situações que não conseguirá superar

Gisele.Santos 17/06/2024

Indescritível!
Eu poderia fazer um texto de 1000 linhas e ainda não conseguiria descrever tudo o que eu senti lendo esse livro!
Eu confesso que no inicio eu achei um pouco tedioso, porque é um livro muito detalhado, mas do meio ao fim é indescritível. É uma experiência que deveria ser obrigatória. Eu senti como se realmente conhecesse Jude, porque sinto uma saudade imensa dele. Eu ia dormir pensando nele, cheguei ate a sonhar e acordava pensando em ler de novo. Se tornou o meu livro favorito! E apesar da tristeza que senti
ao terminar, pretendo ler ele religiosamente todos anos.
Harold estava certo quando disse: "Por isso tento ser amável com tudo que vejo, e em tudo que vejo, eu vejo ele".

Luuizafkr 16/06/2024

O que dizer dessa história ?
Ao longo desse livro que senti raiva, tristeza, carinho, nojo, muitos sentimentos. Chorei muito e por muitos motivos diferentes.
Mas também fiquei frustrada e desapontada com a autora e tudo que ela teve que fazer o personagem principal sofre pra ter ?A História? que todos vão chorar e sofrer, precisava disso tudo mesmo? Na minha opinião não.

Brenda.Pita 16/06/2024

Uma Vida Pequena
(1,5) Uma Vida Pequena foi exatamente o que eu esperava, uma história sádica do 🤬 #$%!& com a única intenção de fazer o leitor ficar mal. A história gira em torno da vida de Jude St. Francis e basicamente é uma constante de "como eu posso torturar esse personagem novamente?". A autora é uma pessoa doentia que publicamente faz declarações contra terapia e cuidados com a saúde mental, ela acha que você tem que "respeitar" a vontade de pessoas suicidas e deixar que elas se matem, e a história de uma vida pequena é essa crença dela em formato de ficção. Eu acredito que contar histórias sobre personagens que passam por algum tipo de abuso é válido se tiver VALOR NARRATIVO por trás disso, uma razão plausível pra você estar contando essa história, mas é claro e cristalino que as intenções da Hanya com essa nojeira toda foi só chocar o público. A maioria dos relatos de pós leitura desse livro são pessoas contando o quanto elas choraram compulsivamente enquanto avançavam na história, eu sou a MAIOR chorona da face da terra e eu chorei uma única vez durante o livro. "Ai brendy, então as pessoas exageraram sobre o quão sofrível é esse livro?", não, meu problema aqui é que pra mim é tão ABSURDO e INCONCEBÍVEL uma única pessoa MUDAR TANTO de ciclos de vida, de ambientes, de grupos sociais e em TODOS eles essa pessoa é abusada novamente. Eu não duvido de uma pessoa passar a vida inteira sendo abusada vivendo no mesmo ambiente ou trocando de ambiente em X momento da vida e voltando a ser abusada, mas NÃO IMPORTA aonde o Jude vá, não importa se um dia ele tá na Inglaterra, no outro ele tá no Japão com pessoas totalmente novas e diferentes, ele SEMPRE acaba passando por um novo abuso. Eu também acharia mais plausível de acreditar se a autora explorasse abusos para além do físico, mas a única coisa que ela faz é retratar repetidamente cenas gráficas de estupro, tortura e espancamento, sempre um looping das mesmas coisas. Isso me desconectou COMPLETAMENTE da leitura, então quando ela apresentava o Jude sendo abusado por mais alguém, eu só ficava "ata é a hanya torturando ele de graça mais uma vez". O que fez com que essa leitura não fosse completamente insuportável pra mim foram os personagens, apesar desse plot nojento, a escrita dela é decente em alguns momentos e faz com que o público se apaixone pelos personagens que estão dispostos a proteger o Jude e também nos apaixonamos pelo Jude. Apesar disso, eu visualizo uma inconsistência no comportamento e nas personalidades dos personagens conforme ela quer fazer o Jude sofrer mais de alguma forma. Ele em si é completamente problemático, ela escreve ele de um jeito em que ele acredita que merece passar por tudo o que ele vive e ele sempre aceita cada abuso passivamente, ele não tem qualquer mecanismo de defesa, qualquer proteção. Eu conseguiria compreender melhor todo o autoódio do Jude se ela tivesse se dado ao trabalho de detalhar o que levou ele a se convencer de que merecia todo o sofrimento com a mesma empolgação que ela se dá ao trabalho de escrever cena de estupro. Ele recusa a ajuda dos amigos e é reativo com as pessoas que o amam quando elas tentam cuidar dele, ele explode com quem ama ele em diversos momentos, apesar de nunca demonstrar reação nenhuma contra seus abusadores. Ele se recusa a aceitar que é uma vítima, recusa a se cuidar, sempre está em negação constante. O Jude coloca as pessoas que amam ele em uma posição onde elas se sentem obrigadas a assistir ele se autossabotando sem poder mexer um dedo pra ajudar. Ele é autodestrutivo de uma forma tão egoísta que ele prefere sempre se convencer de que a vida dele não vale nada, então ele não tá prejudicando quem ele ama com suas atitudes. Quanto mais eu progredia no livro, eu sentia que ele é um grande "suicídio é a solução", a autora parece estar sempre dando a entender que não tem uma saída melhor, que os abusos que você sofreu são sua identidade eternamente e a única coisa que você pode fazer pra lidar com eles é se matar. Finalmente quando o Jude está vivendo genuinamente feliz pela primeira vez na vida dele, após embarcar em um relacionamento romântico com o melhor amigo dele, sabe o que a Hanya faz? ELA MATA O WILLEM! Ela mata o único personagem que conseguia acessar o Jude e fazer com que ele se abrisse, que dividisse os próprios traumas, a única pessoa que o Jude permitia na maior raridade que cuidasse dele, então ela faz com que ele viva mais um trauma lidando com essa morte repentina. Obviamente o resultado foi o Jude se MATANDO ne pq essa DESQUERIDA caminhou o livro todo pra ter esse desfecho de MERDA de que se você é traumatizado, sua vida não tem mais solução. Fora minhas enes questões com o conteúdo da história, eu também tive muitos problemas com a forma da autora de escrever. 🤬 #$%!& , cada capítulo tem papo de 1h30min com um monte de baboseira descritiva até chegar no que importa de fato, às vezes ela passava cerca de 10min descrevendo passantes na rua, descrevendo sacadas de janela, descrevendo pinturas aleatórias que não agregavam em nada no conteúdo, parece só uma grande encheção de linguiça para pagar de intelectual, adulto e cabeça. Essa história é um puta desserviço lotado de gatilhos e perigosíssimo pra vítimas reais, a pouquíssima parte boa não compensa a tragédia que é todo o resto.

emiigab 16/06/2024

Quando comprei este livro não sabia exatamente o que esperar dele, e tudo encontrei foi bem mais do que cheguei a imaginar. Não recomendaria pra ninguém que sensível aos assuntos trágicos da vida, eu mesma me senti tentada a cometer besteiras. Meu único arrependimento foi ter dado longas pausas entre a leitura isso com toda certeza prejudicou minha experiência. Do mais, livro perfeito.