Carla.Parreira 01/10/2023
Até que a vida os separe - por Mônica de Castro
Não sei dizer por que, mas a verdade é que agora dei para me emocionar com alguns livros e esse foi outro que tive de me conter em vários momentos, inclusive tendo de dar uma pausa na leitura para não deixar que os olhos rasos de lágrimas despertassem algum tipo de choro maior. Teve um momento que não consegui sufocar minha sensível emoção e dei vazão a algumas lágrimas: foi no trecho de reconciliação quando o pai morre para salvar a vida de seu filho adotivo, que até então nunca conseguira amar e aceitar como um filho. Eis o trecho tão simples e de poucas palavras que tanto me comoveu: ??
___ Paulo? ? balbuciou Fabrício. ? Pai?
___ Fabrício? ? tornou Paulo emocionado. ? Meu filho??
Teve muitas partes que muito me agradou, mas ficaria difícil copiar todas, portanto citarei aquelas que resguardam lições importantes, pelo menos para mim. Eis aqui: ??Confio em Deus o suficiente para saber que nada acontece se não for para nosso bem. Por mais difícil que seja a situação, há sempre um motivo, e esse motivo é sempre nosso crescimento? O amor não escolhe laços nem parentesco. Simplesmente acontece?
O primeiro passo para lidarmos bem com as emoções é o reconhecimento; em seguida, a aceitação. Por ultimo, a transformação, caso a emoção nos incomode?
Quando nos confrontamos com nossos semelhantes, exteriorizamos nossos sentimentos, eles se diluem e não nos consomem. Se, ao contrario, nós os guardamos, eles vão somatizando e transformando-se em problemas de saúde?
Nosso Pai colocou a felicidade no mundo para que a alcançássemos, sem medo ou culpas. Não é errado querer ser feliz. Errado é aceitar a tristeza como parte da vida?
Na vida, não se perde nada; trocam-se experiências. Quando alguma coisa vai, é porque não precisamos mais dela, e uma outra melhor irá aparecer?
Macumba é o nome de um instrumento de percussão. O povo é que, por associação, estendeu o nome aos cultos africanos, porque o instrumento também é de origem africana. É até parecido com um reco-reco?
Se ficamos tristes ou felizes com a atitude do outro, é porque essa atitude encontrou eco dentro de nós, foi ao encontro de nossos próprios pensamentos ou alegrias. O outro nada mais é do que um instrumento para que possamos experienciar nossos próprios sentimentos?
A justiça divina é perfeita, meu filho, porque fica a cargo de uma das perfeições de Deus, que é a nossa própria consciência. Por isso Ele não precisa nos castigar nem nos impingir nenhum sofrimento. Deus não quer a dor de Suas criaturas. Quer seu crescimento. Ninguém precisa sofrer para crescer. Sofremos porque ainda não conseguimos entender que a dor só é necessária quando não acreditamos que podemos aprender pela via do amor?
Ninguém possui bondade por dever. A bondade faz parte da evolução das criaturas?
O amor liberta, jamais aprisiona. Se você tenta aprisionar o ser amado, na verdade enclausura a si mesmo. Prende-se ao medo de perder, à insegurança, ao desespero?
Sua concepção de justiça que atraiu para você os acontecimentos de que foi alvo?
Nada no mundo é desperdiçado. Assim como a carne morta volta para o seio da terra, também nossas ações impensadas são reaproveitadas por nós mesmos, em forma de experiências. Nada no mundo acontece em vão?
Só quem ama é capaz de se sacrificar do jeito como você fez. Não por heroísmo, nem por culpa, nem por dever. Mas por amor. Pura e simplesmente, por amor? Só a verdadeira renuncia, aquela que é feita em nome do amor, traz o sentimento da felicidade. Quem se sacrificou por medo ou culpa, por exemplo, pode sentir alivio e satisfação do dever cumprido. Mas quando se segue o impulso do coração, apenas por acreditar que o que está fazendo é o certo, sem pesos, sem culpas, sem medos, sem obrigações, está-se agindo em nome do amor genuíno. O sacrifício não é nenhum fardo pesado para se carregar. Ao contrario, torna-se leve e livre de justificativas ou explicações. Você se sacrificou apenas porque, para você, era o mais certo a fazer naquele momento. Isso é muito importante. Quando fazemos um sacrifício por alguém, precisamos fazer porque é naquilo que acreditamos, não porque o outro ficará bem ou contente, mas porque nós é que nos sentiremos gratificados e felizes com nossa atitude. Aí, então, saberemos que fizemos por nós mesmos e que o bem-estar do próximo foi mera conseqüência??