Driely Meira 22/09/2016
Muito divertido!
Devo ter dançado funk aos pés da cruz, só pode! – página 10
Clara não tem sorte alguma para o amor. Ela parece ser um imã para caras errados, e, para confirmar essa teoria, Rogério, seu último namorado (o qual ela deu um pé na bunda, tarde demais, devo dizer), sumiu com todos os móveis do seu apartamento. Sendo assim, ela estava com o coração partido, o apartamento pelado, e a certeza de que seu carma era dos brabos, e de que precisava de novos ares.
E é aí que a aventura começa. Clara e sua melhor amiga (irmã de consideração), Patty, decidem fazer uma viagem (espiritual) para o Peru, onde passam por poucas e boas, além de tentarem reconstruir a auto estima de Clara, que ficou perdida em algum lugar da galáxia, além de sua sorte e todas as outras coisas boas que sumiram de sua vida. Mas, no meio de tanta coisa ruim, tem que sair alguma boa, né? Ou não...
Eu nunca vi pessoa tão azarada quanto a Clara, de verdade. Como ela mesmo dizia, a mulher devia ter sido o capeta em pessoa na última encarnação, porque não é possível! Cada hora uma coisa nova e ruim acontecia, e quando ela começava a acreditar em si mesma, tinha esperanças de encontrar o amor, a felicidade e etc, lá vinha mais uma bomba. E eu, assim como a Clara, fui feita de boba sempre que achava que as coisas estavam dando certo. Mas tais situações não deixavam de ser engraçadas.
E por falar em engraçado.... Eu ri horrores com este livro! Não só das situações hilárias em que Clara se metia, mas também da forma como ela e Patty falavam. Elas são hilárias, e eu não me aguentava de tanto rir, às vezes até relia a página algumas vezes só para rir de novo. E a autora ainda tem uma escrita leve que flui muito rápido, então a gente praticamente devora o livro, mal percebendo que já está acabando.
Eu fiquei doida com o final.... Adivinhem? VAI TER CONTINUAÇÃO! Comassim? Pois é..... Fiquei maluca quando virei a última página e dei de cara com essa notícia! Maaas, fazer o que, né? Isso significa que teremos mais Clara e Patty! E, quem sabe, o carma da Clara não dá uma aliviada por alguns minutos, né? A coitada bem que merece um descanso das tragédias amorosas.
Falando agora na Clara.... Eu juro que a odiei no início. Clara se vitimava demais, e eu não sei de quais profundezas a Patty tirou aquela paciência toda para aguentar os mimimis da amiga. Eu, em seu lugar, teria mandado Clara ir para um lugar muito quente e desagradável. Eita mulherzinha chata! E o pior é que ela ficava batendo na mesma tecla toda hora, e, quando recebia uma resposta realista e digna de aplausos de Patty, ficava toda triste e agia de forma infantil. Mas caaalma! Felizmente, a Clara amadurece ao longo da história (não totalmente, mas chega perto), e vai, aos poucos, deixando aquela Clara sem noção para trás, apesar de fazer algumas burradas aqui e ali.
“Patty, e se eu nunca mais encontrar alguém legal? ”, murmuro, inconsolável. “Gata, você nunca encontrou alguém legal. Qual a dificuldade? ” – página 35
Já Patty é o cúmulo da paciência e da sabedoria. Eu não sei de onde ela tirava tanta coisa profunda para responder as perguntas chatas de Clara, a mulher mais parecia um livro de autoajuda! Sem contar que ela é uma amiga incrível, e, assim como Clara, tinha muito azar para o amor…. Mas, diferente da amiga, seu carma não parecia ser assim tãão cruel.
Acho que, do livro todo, as únicas personagens que eu devo mencionar são essas duas doidas varridas, de restante, acho que seria spoiler.
Carmas não se apagam... se superam. – página 136
Então.... É isso. Eu gostei muito do livro, apesar de o início ter sido um pouco lento e a Clara ter torrado a minha paciência com suas crises de baixo-estima e falta de fé em tudo. Os momentos engraçados compensaram tudo isso, e, quando cheguei ao final da obra, até que torcia bastante para que ela finalmente encontrasse alguém que prestasse, e para que, finalmente, fosse feliz. Um dos melhores momentos da história é quando a dupla infalível acaba num navio dos Solteiros, e, como sempre, acabam passando por poucas e boas. Não é uma história espetacular que vai nos fazer agarrar o livro e nunca mais soltar, mas vale muito a pena conhecer, principalmente para quem gosta de personagens que só se dão mal (eita pessoa que gosta de rir da desgraça alheia) e cenas engraçadas à beça.
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