Moll Flanders

Moll Flanders Daniel Defoe




Resenhas - Moll Flanders


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Maria.Gabriella 24/06/2022

Se fosse possível eu dava mil estrelas para esse livro. Moll Flanders tem uma história cheia de trambicagem, mas com motivações, inteligência e redenção.
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Karen.L.P 07/12/2021minha estante
Estou lendo e sinto falta de mais diálogo. Já pensei em desistir algumas vezes. Estou na página 100


Aline 07/12/2021minha estante
Oi Karen,é meio complicado mesmo ler livros com poucos diálogos igual Moll Flanders,mais vai lendo aos poucos que logo logo você chega no fim,ele também foi um pouco difícil pra mim....


Karen.L.P 07/12/2021minha estante
Os clássicos são mais difíceis né. Tô insistindo. Obrigada




luizadespindola 08/03/2024

Ofendido vos tem minha maldade
"Para contar uma vida de pecado e arrependimento é absolutamente necessário contar a parte pecaminosa com toda a verdade possível, para realçar e embelezar a parte do arrependimento, que é, sem dúvida, a melhor e mais radiosa, se for contada com igual entusiasmo e realidade".

"Através da imensa variedade desse livro, apegamo-nos estritamente a uma ideia básica: não incluir, em nenhuma parte, alguma ação perversa que não dê origem a consequências infelizes; não pôr em cena um autêntico vilão sem que acabe mal ou seja levado a se arrepender; não mencionar qualquer ato criminoso sem condená-lo na própria narrativa, e nenhuma ação virtuosa e justa que deixe de receber seu louvor".

Esses foram dois comentários feitos pelo próprio autor a respeito do livro, e não penso que tenho muita a acrescentar além do que já foi dito. O propósito da narrativa é excepcional, se não for mal interpretado.

Meu Ser Evaporei na Lida Insana e A Nosso Senhor Jesus Cristo são dois poemas impossíveis de não serem recordados ao final da leitura. Creio que os frutos dessa leitura me serão muito importantes daqui em diante.
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Ana SPV 04/01/2023

Moll Flanders
O livro é contado pela própria protagonista, Moll Flanders.

No primeiro capítulo ela nos relata que na sua infância o seu desejo era ser uma dama da sociedade, mas no meu ponto de vista, ela não nasceu para ser uma dama da sociedade. A sua historia é uma grande aventura que envolve até mesmo roubos feitos por ela.
Ela irá nos contar suas conquistas, perdas, casamentos que foram 5, e seus filhos, meus Deus essa mulher teve muitos filhos.

É um livro interessante, a leitura é fluída e rápida.

Não gostei muito pois cada filho que ela teve ela dava aos cuidados de alguém, até mesmo no final do livro não fala de todos os filhos dela. Eu como mãe, não me imagino viver sem o meu filho, não importa a dificuldade que eu passar, prefiro passar com ele.

Gostei bastante.
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Lucas 17/06/2019

Intensidade e dinamismo numa obra que apenas entretém
Daniel Defoe (1660-1731) foi um escritor e jornalista inglês de não muitas obras literárias. A mais famosa e relevante delas foi Robinson Crusoé, de 1719, que não só o tornou famoso como o fez se tornar quase que um pioneiro em livros que retratam a solidão e que influenciaram muitas memórias de carcereiros ou náufragos no passar dos séculos desde então. Robinson Crusoé relata a experiência de um único indivíduo que, após um naufrágio, luta para sua sobrevivência em uma ilha deserta. Tal premissa se mostra em inúmeras obras posteriores, como o excelente A Ilha Misteriosa (1874) do francês Jules Verne (1828-1905), que faz uma referência direta a Robinson Crusoé.

Em Moll Flanders (1722), apesar de estar longe de possuir a atmosfera de aventura do seu romance mais famoso, Defoe também recorre à premissa de descrição de um indivíduo solitário, mas dessa vez rodeado por elementos sociais da Inglaterra e de diversas cidades do Reino Unido e República da Irlanda (na época da publicação, a Irlanda era unificada e ainda não era membro do Reino Unido). Narrado em primeira pessoa pela personagem-título, trata-se, numa síntese parca e direta, de um relato de uma vida turbulenta, que passou por praticamente todos os níveis sociais do contexto histórico da época (o que é uma marca da narrativa, que acaba ilustrando bem o funcionamento da sociedade britânica do início do século XVII, já que ela se passa inteiramente nesse século).

Moll Flanders (a narrativa não esclarece se era este mesmo o nome dela) descreve a sua história desde seu nascimento, na prisão de Newgate, em Londres. Como é um livro totalmente autobiográfico e escrito em primeira pessoa, não é factível com o compromisso de não se revelarem pontos importantes da obra que se mencione os pormenores de toda a sua trajetória de vida (o que o autor faz sem cerimônias antes da obra iniciar, por meio de uma introdução que precisa ser ignorada num primeiro momento). O que pode ser dito é que se trata de um livro que está em constante ebulição: sempre há alguma coisa ocorrendo com a protagonista, seja viajando, se envolvendo com estranhos, conhecendo detalhes da sua origem, etc. Tudo isso acaba por demonstrar o caráter de descrição social da narrativa, citado anteriormente. Por meio de Moll, o leitor acaba por conhecer o funcionamento de toda a sociedade britânica da época, que já estava se desprendendo de costumes medievais e assumindo ares mais contemporâneos (aqui precisa ser destacado o caráter de vanguarda do Império Britânico em várias questões, exercendo o papel de principal nação do globo até, pelo menos, o início do século XX). Dois elementos provam isso: o judiciário, até que desenvolvido para a época, com juízes e côrtes que se envolviam diretamente em qualquer delito, independente da natureza; e o capitalismo, ainda rudimentar, mas com nuances bem presentes e determinantes aos rumos da protagonista, como contratos, propriedades e outras riquezas.

Muitas sinopses e análises resumidas colocam Moll Flanders como uma obra do gênero picaresco, que usa normalmente de sátiras (o que não ocorre aqui, pelo menos de forma direta) para descrever a existência de um indivíduo, normalmente desprovido de riquezas, mas com muita astúcia e desejo de ascender socialmente. Tal literatura ainda era influenciada especialmente pelo épico Dom Quixote (de 1605), do espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616). A intenção da narrativa, neste caso, é montar uma história cíclica, onde o pícaro (que é o protagonista), passa por inúmeras situações que vão conduzindo-o a outras, muitas destas já vividas pelo personagem. É uma estrutura ampla de narração, que sempre acabará por deixar pontas soltas ao seu fim.

Mas a constante sensação de dinamismo que a leitura causa paga um preço elevado na definição da qualidade geral da obra. A velocidade com que os fatos vão se desenrolando é feita de maneira não convencional; a quase totalidade dos personagens não é nomeada, por exemplo, o que não traz ao leitor uma identificação imediata desses personagens pelo simples uso de substantivos. Além disso, a protagonista-narradora não consegue cativar, mesmo com seus sofrimentos e inúmeras situações cômicas, que perdem muito dessa comicidade justamente pela empatia que Moll é incapaz de despertar em inúmeros momentos. Isso tudo, em sincronia com outros fatos que não podem ser aqui revelados, acabam por fazer da narrativa, por incrível que pareça, amarrada em vários capítulos, o que provavelmente é uma prática relacionada ao teor cíclico do picaresco, definido no parágrafo anterior. A prostituição e incesto, que aparecem na história, se são desprezíveis, também são capazes de fornecer uma ideia do impacto que tais temas causaram quando foram publicados, há quase 300 anos, o que, de certo modo, acaba por engrandecer um pouco o livro dentro da literatura universal pelo caráter de coragem ao tratar desses tópicos mais escamosos.

Moll Flanders é um livro "apenas" válido como opção de entretenimento, com uma capacidade considerável de frustrar quem espera um excepcional clássico histórico. É válido, no entanto, por retratar uma série de lições morais envolvendo materialidade, matrimônio e envolvimento íntimo. Ora divertido, ora amarrado, vale ser lido para que se conheçam nuances da burguesia britânica da época e de um capitalismo ainda engatinhando como estrutura social e, dentro disso, serão percebidos pontos que persistem até hoje (apego demasiado a riquezas, por exemplo). Como é uma obra que resiste ao tempo, é também um monumento a uma época que ficou (muito) para trás, e precisa ser louvado por essa capacidade de ilustração social, mesmo que seja incapaz de emocionar, ensinar ou inábil em trazer reflexões mais profundas.
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Cristhian Couto 04/05/2021

Um romance a ser lido e degustado
É extremamente interessante a forma como Daniel Defoe desenvolve o enredo a partir da visão da personagem principal, dando a impressão que realmente aquela mulher viveu e que está contando toda a sua trajetória de vida. E durante os relatos percebe-se como a mulher era vista na época para a sociedade, toda a repreensão que o sexo feminino sofrerá, o que se batalha ainda hoje contra conceitos pré-definidos. A personagem Moll Flanders era uma mulher à frente do seu tempo, almejava a sua independência, era questionadora.
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Luísa Coquemala 10/04/2017

Moll Flanders é um bom livro. Não é o meu tipo preferido de livro (por isso a nota 4), pois tendo a preferir livros mais filosóficos - quanto mais fritar os miolos, melhor rs. E Moll Flanders é um daqueles livros bem rápidos de ler, com uma escrita agradável e uma enorme quantidade de acontecimentos. Partindo disso, mesmo que não seja meu tipo preferido, é um livro que faz muito bem aquilo a que se presta.

Defoe não tinha como objetivo escrever um livro filosófico ou com a grandiosidade de uma epopeia. Não. Defoe escrevia com pressa para publicar no jornal, sua vida foi cheia de aventuras e, claro, precisava do dinheiro para se manter. Por isso, acredito eu, o ritmo tão rápido (inclusive com alguns erros de enredo mesmo).

Além disso, acredito que o mundo de Moll Flanders seja parecido com o do próprio Defoe. Estamos falando do começo do século XVIII onde, na Inglaterra, temos um capitalismo latente e a ascensão de uma classe burguesa - onde tudo gira em torno do dinheiro. Assim, não apenas Defoe estaria preocupado com seus lucros e a velocidade da publicação, mas também o próprio enredo do livro acaba encarnando essa necessidade e onipresença do dinheiro. Moll Flanders, a personagem principal, faz tudo por dinheiro. As pessoas e acontecimentos de sua vida também passam rapidamente, com um valor quase que material - muitas vezes permanecendo apenas enquanto dura o interesse financeiro. E, acredito, esse pensamento quase obsessivo em sobreviver, sendo mulher, em uma sociedade extremamente injusta, faz com que a própria Moll não tenha grande tempo para refletir, pensar seriamente em suas atitudes. Por mais que fale em redenção, continua cometendo os mesmos erros e, muitas vezes, pensando da mesma maneira materialista (no fim do livro, por exemplo, vemos ela, de certa forma, comemorar a morte de uma personagem porque isso faria com que seus próprios lucros aumentassem. Isso depois de se dizer diferente e de acreditar que está sempre vendo o outro lado, rs). E também acho que isso traz um tom irônico e extremamente interessante ao livro. Em livros dessa época, que dizem estar aí para instruir e divertir, vemos uma contradição em Moll Flanders: a personagem narra a história para contar como sofreu por suas ações erradas. Mas, por outro lado, quando estamos no fim do livro, o que vemos é que a personagem leva uma vida extremamente boa - muito mais do que deveria, tendo em vista as leis da época, das quais se safa muito bem. Aí, por outro lado, acredito ser mais uma ironia sutil do próprio Defoe do que uma falha de enredo - e torna tudo mais interessante para mim.

Também vale a pena lembrar que Defoe escreveu esse livro depois de Robinson Crusoé, em um momento onde as definições de romance (novel) ainda estavam sendo construídas, debatidas e pensadas. Defoe, um dos primeiros romancistas dos tempos modernos, encontra sua saída por meio de auto-biografias repletas de aventuras - o que traz para o romance um tom aventuresco demais para uma vida e, consequentemente, no frenesi de narrar as aventuras, acaba se esquecendo de atentar para um realismo mais voltado para o cotidiano, para as coisas pequenas. Desse modo, por mais que a classe das personagens de Defoe seja uma classe considerada comum, isso não se dá com a vida dessas personagens - que parecem, muitas vezes, verdadeiros filmes de ação.

De qualquer maneira, acho que vale a pena ler Moll Flanders. Seja pelo valor literário, pela diversão, para mergulhar um pouco mais dentro do século XVIII, tão esquecido por nós.
Mirian Luiz 13/12/2017minha estante
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Lorena Carneiro 18/05/2023

Um clássico é um clássico
Demorei quase um mês na leitura desse livro, degustando e meditando em muitas páginas.

Defoe como sempre vem recheado de ensinamentos na sua escrita, o que nos instiga a pensarmos e refletirmos sobre a vida e a fé.

Moll Flanders sofreu, foi feliz, sofreu, foi feliz sofreu... e assim continuou até sua velhice. No seu sofrimento se desesperou em busca do pão de cada dia e depois se permitiu cair em tentação por puro prazer e ambição.

Um livro que se lido atentamente e com sabedoria, nos mostra muito das fraquezas humanas e tentações mundanas em que a vida nos coloca.

Temos liberdade e junto com ela a responsabilidade de nossas escolhas. Moll Flanders em cada guinada da vida teve a responsabilidade de assumir suas escolhas e lidar com elas sabendo o que lhe esperava, grande foi a sorte que sempre a abraçou e fez moradia.

Obrigada ao Daniel Defoe por tanto ensinamento e lições.
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Lia Trajano 23/06/2021

23 de junho de 2021
Ótimo livro, realmente faz parecer que existiu uma Moll Flanders.
O mundo é dos espertos ( se bem que algumas vezes ela nem foi tão esperta assim).
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Lima.Silva 13/02/2022

Uma excelente história de determinação, fibra e vontade de conseguir vencer. Uma realidade que até os dias de hoje ronda o universo feminino. Excelente leitura.
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Briipaiva 03/01/2022

Moll
O livro nos passa a vida de uma mulher persistente no que queria ser mesmo não tendo nascido com nenhuma chance disso.
Não há um final feliz então não me agradou muito apesar de ser um clássico. Eu amo clichês então definitivamente não é meu tipo de literatura favorita.
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alekele_ 20/09/2021

Vidinha intensa dessa mocinha
A história é bem contada, quase que um diário, porém sem datas e muito muito menos horários. É um relato da vida de Moll Flanders, uma mulher que por diversas vezes teve que se virar sozinha. E, muitas vezes, teve que recorrer às práticas ilícitas.
A leitura é bem tranquila e edição impecável da Cosac Naify só ajuda.
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isa.dantas 24/06/2016

Narrativa deliciosa que nos faz querer continuar lendo. Uma história incrível, contada de forma brilhante em primeira pessoa.
Ivan.Cabral 24/11/2016minha estante
li algumas cronicas de edgar alan poe, e o único livro de emily bronte, o inesquecível, o morro dos ventos uivantes......gostaria de ler este.




@bookss505 19/07/2021

"Uma mulher jamais fica completamente arruinada sem poder vingar-se do homem que a leva a ruina" Gostei bastante dessa leitura, me fez fazer varias reflexões sobre a vida das mulheres nos séculos passados. O desespero em que ela se encontrava toda vez que ficava sem marido, o medo da pobreza, da injúria, da humilhação. Eu vejo Moll Flanders como uma mulher que fez o que pode para garantir uma boa vida para si propria. Em muitos momentos o medo de estar sozinha, sem amigos nos mostra como a vida dessas mulheres era menosprezada sem a figura de um homem ao seu lado. Um livro muito bom.
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