Moll Flanders

Moll Flanders Daniel Defoe




Resenhas - Moll Flanders


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IGuittis 28/09/2023

A primeira coisa que nos chama atenção nesse livro é o seu subtítulo “As Aventuras e Desventuras da Famosa Moll Flanders & Cia.: Que nasceu na prisão de Newgate, e ao longo de uma vida de contínuas peripécias, que durou três vintenas de anos, sem considerarmos sua infância, foi por doze anos prostituta, por doze anos ladra, casou-se cinco vezes (uma das quais com o próprio irmão), foi deportada por oito anos para a Virgínia e, enfim, enriqueceu, viveu honestamente e morreu como penitente.”, querendo ou não é um subtítulo que desperta a curiosidade de entender o que aconteceu na vida dessa mulher.
Porém quando comecei a ler percebi, principalmente por conta do ano em que ele foi escrito, que alguns fatos onde eu havia colocado uma expectativa baseada em uma visão mais contemporânea minha não seriam atendidas, ou seja, os anos como “prostituta” não é bem como veríamos hoje, o casamento com o irmão e coisas assim. Mas isso não tira o fato de que o livro é bem escrito demais, e por mais que a história seja, muitas vezes, nem um pouco empolgante, você se mantem ali grudado no livro querendo saber onde vai dar.
A história é contada pela própria Moll Flanders, basicamente tudo que ocorreu na vida dela a partir dos 12 anos. O que eu achei muito engraçado é que ela passou praticamente a vida dela inteira caçando casamentos (o que para a época era de se esperar já que uma mulher sozinha não tinha direito a muita coisa), ela abandona os filhos pelo caminho com uma facilidade extrema, porém ela é muito religiosa, o que não casa com abandonar todos os filhos que ela teve. O período da vida dela que ela não caça mais um casamento, principalmente por conta da idade, é quando ela começa a roubar, o que é a parte mais legal. Ela é uma mentirosa e manipuladora, muito boa nisso por sinal, ela fica na beira do desespero diversas vezes, mas sempre encontra um jeito de sair. É muito interessante, e mesmo no final de sua vida como “penitente”, na verdade ela ainda está mentindo para um monte de gente.
O livro é muito bom, só não vá esperando desgraças de uma vida como encontraríamos em livros mais contemporâneos.
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isa.dantas 24/06/2016

Narrativa deliciosa que nos faz querer continuar lendo. Uma história incrível, contada de forma brilhante em primeira pessoa.
Ivan.Cabral 24/11/2016minha estante
li algumas cronicas de edgar alan poe, e o único livro de emily bronte, o inesquecível, o morro dos ventos uivantes......gostaria de ler este.




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ritita 16/06/2016

Clássico inesquecível.
Essa obra, que foi escrita nos idos de 1722, conta a história de Moll Flanders. A personagem, que dá nome ao livro, narra sua própria história. Tendo nascido na pior prisão da Inglaterra, Moll faz jus ao local de onde nunca deveria ter saído.
Ladra, falsa, prostituta, oportunista, irresponsável, enganadora, interesseira - o único crime que a peste da mulher não comete é assassinato; não livra ninguém de sua sanha, de crianças a velhos e ex marido prisioneiro.
A fidaputa tem a desfaçatez de contar sua história sempre desculpando-se e arranjando um motivo para seus delitos, com um todavia, mormente, conquanto contudo; muitas vezes colocando-se como vítima.
A bandida narra com riqueza de detalhes o planejamento, a execução, as associações e os ganhos com os crimes praticados e os filhos que foi abandonando por aí.
Apesar de, é um livro de fácil leitura e a leitora aqui passou o livro todo torcendo para que alguém prendesse a víbora.
Para Moll Flanders os criminosos se dividem em duas categorias: a maioria são depravados que merecem o próprio destino, mas ela e alguns de seus amigos são pessoas essencialmente virtuosas e dignas que não tiveram sorte. Ah! E o fim? Que final foi este? O escritor foi muito, muito feliz.

Tradução perfeita.

Vale a pena ler o prólogo, escrito por ensaios de Cesare Pavese, Marcel Schwob e Virginia Woolf.

ESPETACULAR, MARAVILHOSO, IMPERDIVEL. Estante de diamante.
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GH 20/02/2019

Moll Flanders, Daniel Defoe

Primeiramente, gostaria de entender o motivo pelo qual alguns dos leitores avaliaram está obra de maneira negativa ou mediana. Me espanta e muito a média deste livro ser de 3.9, 4.0 estrelas.

Uma personagem simples por complexa. Uma heroína real com uma capacidade inacreditável de estar, assim como Defoe, 3 décadas a frente do seu tempo.
Afinal, nutre uma independência e um desconforto de estar submissa à uma classe inferior na qual as mulheres tinham como lugar pré-definido. Fadadas a esperar um homem rico pedir-lhes a mão, isso se possuir dinheiro. Caso contrário, casaria com alguém de posição parecida.
Uma sobrevivente que coleciona histórias, fracassos, infortúnios e uma aptidão para se reinventar assustadora.
Uma personagem contraditória, pois ao mesmo tempo que mostra virtudes, se vê tirando proveito de inúmeras situações, onde raramente demonstra arrependimento e, ao mesmo tempo, se arrepende a todo momento.

Gostaria de explicitar com mais eficácia a genialidade dessa obra magnífica. Gostaria de falar coisas tão boas como foram meus sentimentos ao ler e finalizar cada página, até a última. Gostaria de recomendar seriamente essa leitura a qualquer pessoa que tenha a oportunidade de ter contato com o autor, que eu almejo ler tudo que eu puder do mesmo.

"[...] só poderia ter de mim um quadro segundo o qual eu era uma mulher rica, modesta e recatada - verdadeiro ou não no essencial, eis a comprovação de que todas as mulheres que almejam alguma coisa no mundo devem preservar a fama da própria virtude, mesmo quando talvez já a tenham sacrificado." (pág. 198)
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@ALeituradeHoje 06/12/2018

Moll Flanders
Quando peguei Moll Flanders pensei tratar-se de um belo drama acerca das agruras da vida da mulher. Trata-se sim das agruras e como é (já há muito tempo) difícil esse papel, mas longe de ser um drama, Moll Flanders conta a história de: se a vida lhe der limões, faça uma limonada.
O livro conta sobre o círculo vicioso que é a vida do ser humano. Moll Flanders (que não é seu verdadeiro nome como a própria protagonista já avisa) conta sua história partindo do nascimento em uma cadeia, filha de mãe condenada e transcorre apresentando a luta da personagem para encontrar um marido rico e alcançar a tão sonhada estabilidade.
De vítima de uma mãe omissa e irresponsável, Moll segue os passos da progenitora e passa a vilã. Ladra, trapaceira, prostituta, largadora de filho a cada parada que fazia. Para mim, apesar do toque “suave” foi pesado imaginar a personagem fazendo filho e esquecendo de cuidar (mundo velho, mundo novo... tantas assim hoje). Entretanto é inegável o carisma da personagem. Dafoe conseguiu me fazer torcer por ela. Ela fez vítimas porque antes de tudo foi uma. O círculo vicioso do qual falei.
Considerando o ano em que foi escrito (1722), eu diria ser moderno. E apesar de um toque machista (meio que obrigatório pela época), o escritor apresentou uma personagem “independente” que fez o que fez porque o mundo não era fácil. Menos ainda para uma mulher.
Não é livro que corre fácil, tipo diversão pura. É leitura as vezes arrastada. Mas porque te tira da caixa e te faz pensar: Que %&rd@ de mundo é esse que não vence a melhor pessoa, e sim o mais esperto?
Por fim, uma constatação final: foi uma mulher azarada... Senhor...
Vale pena.
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Franco 16/02/2013

Gostosa leitura, envolvente como deve ser uma narrativa confessional em primeira pessoa.

São quase que vários contos, com a mesma personagem, indo da juventude à velhice. Não segue uma trama ou um enredo em torno dum ponto crucial; é como que segmentado, mas ainda assim muito interessante e em nada monótono.

Dinheiro, moral, bons costumes, casamento, classes sociais, diversas questões que permeiam o painel de fundo da obra e a fazem ser um ótimo romance de época.

Vale a leitura ao longo de suas trezentas e tantas páginas.
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Arodahnos 03/03/2018

Moll - mote propositivo e estilo cansativo
Como Ian Watt pondera em "A ascensão do romance", a maior felicidade para os personagens dessa narrativa é a prosperidade financeira. Moll expurga todos os seus crimes e pecados no fim da vida, sendo recompensada com terras férteis na Virgínia (colônia britânica, hoje EUA); com a reconciliação com o filho que tivera naquelas terras, fruto de um incesto; e a união harmônica com o marido de Lancashire, que fora ladrão como ela, e, semelhantemente a ela, tinha se casado por interesse. Sendo que ambos perceberam a ilusão mútua muito tarde.
O romance é produto de uma época mercantilista. Percebe-se que a preocupação motriz não é somente o sustento, como também a obtenção dos maiores lucros possíveis. O senso moral da protagonista varia conforme lhe convém, e ao mesmo tempo que ela é uma narradora penitente, que pretende dar instruções e conselhos aos leitores de acordo com sua experiência e arrependimentos, também demonstra ocasionalmente a intenção de diverti-los com suas aventuras. Mesmo que seus atos fossem reprováveis de acordo com a moral imperante. Há aí uma duplicidade, algo hipócrita, ou, ao menos, condescendente.
O mote da história desperta interesse e é curioso para a época em que foi escrita - como explicarei a seguir - entretanto, trata-se de uma narrativa de muitos episódios parecidos entremeados por reflexões da protagonista, que ora relembra seu raciocínio dos momentos narrados, ora repensa-os a partir de sua condição no momento em que narra, ja com idade mais avançada, olhando para o passado, e extraindo dali exortações aos leitores. Achei essa estratégia muito repetitiva e prolixa (o que Watt também explica), e não gostei do estilo seco e moralista. Não é o tipo de narrativa que aprecio. Gosto de romances que explorem mais as sensações e o psicológico dos personagens.
Concordo (como apontado por Virgínia Woolf - Watt o diz) que um aspecto elogiável do ponto de vista feminino seja a firme convicção de Moll de não se submeter a um estilo de vida que ela detestava, bem como a maneira engenhosa com que conseguiu prover o próprio sustento, contornando os obstáculos que se colocavam para as mulheres de sua época (século XVIII), enquanto buscava viver da maneira que lhe aprazia.
Apesar de empregar, por vezes, meios criminosos, Moll viveu por si mesma. Pode-se, portanto, atribuir-lhe o mérito da rebeldia e inconformismo. Uma mulher decidida a viver da forma que lhe aprouvesse.
Enfim, o mote da história é promissor e a personagem provoca reflexões, mas o estilo da escrita e a maneira de narrar não me cativaram.
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Lilian 07/12/2017

Moll Flanders
Surpreendentemente um livro que retrata a condição da mulher na Inglaterra do século XVIII de forma irônica e atraente. Como um livro de memórias, a narradora conta suas desventuras com uma cara de pau que nos atrai até a última página. Pobre e sozinha, Moll Flanders se nega a dar-se por derrotada e segue seu caminho buscando inicialmente a sobrevivência e mais tarde o triunfo, mesmo afundando cada vez mais na contravenção. Bipolar, é autocrítica, mas também autojustificada. Enfim, a pilantra mais adorável que conheci.
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Carol 17/01/2010

Gostei
Conta a história de uma mulher que teve de superar inumeras dificuldades, com uma força feminina invejável. Já faz tempo que li, mas ainda me lembro. Uma história legal, um pouco parada no começo, mais depois ganha um bom ritmo. Engraçada, surpreendente e uma tocante busca pela felicidade.
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SilviaLucia 04/04/2017

Reflexão sobre a virtude e sua relatividade
Finalizei a leitura de Moll Flanders e fiquei com a seguinte reflexão proposta: "Quanto a virtude é afetada pelas necessidades humanas ligadas ao mundo material?"
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Lúcia.Baudelaire 17/01/2017

https://youtu.be/BRjoxrQxLwU
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