O Rei do Inverno

O Rei do Inverno Bernard Cornwell...




Resenhas - O Rei do Inverno


761 encontrados | exibindo 301 a 316
21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 |


D.J. Alves 20/07/2021

Levei 24 dias para finalizar a leitura. Nota 3.8 de 5. Relativamente grande 588 páginas na minha versão.

O livro é muito bem trabalhado pelo Bernard Cornwell, e trás uma nova ideia do que pode ter sido o mito arturiano. Muito bem trabalhado. No entanto algumas partes são bem chatas para quem já leu muitos livros de batalhas, e fica cansado dessa narrativa de sangue e morte o tempo todo. Para quem nunca leu vai ser muito interessante essa narrativa. Fora isso muito bom, recomendo. Lerei os outros livros da saga também

Trechos interessantes do livro:

Eu queria acreditar nela. Como queria acreditar que nossas vidas curtas, assoladas por doenças e espreitadas pela morte pudessem ter novas esperanças graças à boa vontade de criaturas sobrenaturais de poder glorioso.

Um homem não era feito de querer, e sim de fazer.

Mais tarde, muito mais tarde, aprendi que a alegria e o medo são exatamente a mesma coisa, uma apenas se transformava na outra pela ação

Eu queria fazer a paz, e raramente a paz vem da vingança

Os impostos, como eu aprenderia, eram a melhor fonte de riqueza para homens que não queriam trabalhar

O destino, como Merlin sempre nos ensinava, é inexorável.

A vida é uma brincadeira dos Deuses, costumava dizer Merlin, e não existe justiça. Você precisa aprender a rir, disse-me ele uma vez, ou então vai simplesmente chorar até morrer.

A vontade jovem costuma jorrar, enquanto a dos sábios flui constantemente.

O que você acha que é o serviço de um soldado, Derfel? ? perguntou-me daquele modo íntimo que faz a gente sentir que ele estava mais interessado na gente do que em qualquer outra pessoa do mundo. ? Lutar em batalhas, senhor. Ele balançou a cabeça. ? Lutar batalhas em nome de pessoas que não podem lutar por si mesmas.

Se parecermos fracos nossos inimigos virão como falcões.

Um homem que vai para a batalha, Derfel ? disse Artur cautelosamente ? deve saber que sua causa é a certa.

Artur acredita. Como um homem pode não acreditar em Deus ou nos Deuses? Você acha que Artur acredita que nós nos fizemos? Ou que o mundo simplesmente apareceu por acaso? Artur não é idiota, Derfel Cadarn. Artur acredita, mas mantém em silêncio suas crenças. Desse modo os cristãos acham que ele é um dos seus, ou que pode ser, e os pagãos acreditam o mesmo, de modo que ambos o servem de boa vontade.

Mas o que estava feito não podia ser desfeito.

Querem cultuar um carpinteiro, então por que ele se importa com o que nós cultuamos? Quanto mais Deuses, melhor, é o que eu digo. Por que ofender alguns Deuses para exaltar o seu? Não faz sentido.

Cristo foi nossa última chance ? falou finalmente.? Ele disse para nos amarmos uns aos outros, fazer o bem, dar esmolas aos pobres, comida aos famintos, roupas aos que estão nus. Então os homens O mataram.

Uma das coisas que não suporto nos cristãos é sua admiração pela humildade. Imagine transformar a humildade numa virtude! Humildade! Você consegue imaginar um céu cheio somente de humildes? Que ideia pavorosa! A comida ficaria fria enquanto todo mundo ia passando os pratos uns para os outros. A humildade não é boa, Derfel. A raiva e o egoísmo são as qualidades que fazem o mundo marchar.

Assim que você escreve alguma coisa ela se torna fixa. Vira dogma. As pessoas passam a discutir a respeito, ficam autoritárias, referem-se aos textos, produzem manuscritos, discutem mais e logo estão matando umas às outras. Se você nunca escreve nada, ninguém sabe exatamente o que disse, de modo que sempre pode mudar.

Ela é uma garota inteligente, muito inteligente, e bonita também. O rei Brochvael é tolo se tiver uma amante, além da rainha, mas os homens sempre foram tolos com relação às mulheres.

Um inimigo perdoado é um inimigo contra o qual teremos de lutar repetidamente.

Entendo que é possível olhar nos olhos de alguém ? ouvi-me dizendo ? e de súbito saber que a vida será impossível sem eles. Saber que a voz da pessoa pode fazer seu coração falhar, e que a companhia dessa pessoa é tudo que sua felicidade pode desejar, e que a ausência dela deixará sua alma solitária, desolada e perdida.

Envelhecemos e os jovens nos olham e não conseguem ver que um dia fizemos um reino ressoar de tanto amor.
comentários(0)comente



Juzu 28/12/2022

Demorou mas acabou
O livro é bom, mas realmente demorou para me engatar na leitura, gostei muito do Merlin ele sem duvida é o meu personagem favorito do livro, uma pena que ele aparece umas três ou quatro vezes no livro todo mas são sempre de arrasar.
Gosto da maneira mais realista que o autor escreve sempre tentando puxar para uma história mais realista, a "magia" se é que para chamar assim é muito sutil no sentido que ela é usada para causar medo, não necessariamente funcione, mas também não sabemos se nao funciona, bom é isso vale a pena sim, vou ler os próximos não sei, mas não estão na minha lista de leituras para o ano que vem.
comentários(0)comente



Leila.Cavalcante 05/05/2013

Not a King - Just Artur
Esse foi um dos livros que eu mais ansiei por ler; desde que ouvi falar a primeira vez nas Crônicas de Artur, fiquei muito curiosa, e Bernard Cornwell não me decepcionou. O Rei do Inverno é simplesmente incrível. A lendária história do rei Artur contada de uma maneira totalmente diferente da qual eu estava acostumada, de uma forma bastante realista e factível. Como eu também li As Brumas de Avalon, tinha uma expectativa de encontrar no texto de Cornwell muita alusão à magia, druidas, rituais pagãos e todas essas coisas que envolvem as lendas arturianas, entretanto, O rei do inverno nos apresenta a um Artur diferente. Filho bastardo do rei Uther que se tornou um grande guerreiro. Essa foi de longe a melhor "versão" de Artur que eu já conheci, um guerreiro justo e honrado, cuja maior ambição é devolver a paz aos reinos britânicos. Infelizmente, sua fraqueza ainda continua sendo a bela Guinevere e é realmente angustiante ver o nobre Artur arriscar tanto por causa dela, mas enfim, os heróis também tem sentimentos.
Mas o que torna O rei do inverno um livro tão espetacular é a maneira majestosa como Bernard Cornwell nos conta sua história; numa narrativa envolvente, Derfel - que outrora foi um dos guerreiros do exército de Artur - nos apresenta a vida de Artur e nos leva por um passeio por uma Britânia tomada por guerras.
Xlr 16/05/2013minha estante
Foi exatamente a mesma coisa comigo, tinha lido as Brumas de Avalon antes e tive muita expectativa com a trilogia, porém foi totalmente diferente (e mais excelente) do que eu esperava, na minha opinião é a melhor versão da história do Athur que existe.




Fabrício Luna 10/06/2013

A narrativa de Derfel ou... como os herois são forjados.
Artur. O bastardo filho de ninguém; o protetor do reino; o senhor da guerra; o homem que sonhava com a paz.

Conhecer a história de Artur pela ótica de Derfel nos dá uma nova perspectiva sobre a mitologia Artuniana. Cornwell nos presenteia com uma obra fluida, escrita com maestria e mostrando os fatos de forma realista.

A narrativa começa com o velho saxão Derfel, cristão e com uma deficiência anatômica, escrevendo a história de Artur tal qual como ele a conheceu e viveu, à rainha Igraine. Com a desculpa de converter a Bíblia para os saxões, a jovem e bela rainha consegue esconder a verdade dos textos, que seriam considerados pagãos, do Bispo Sansum.

Derfel começa sua narrativa em uma noite fria de inverno, onde um futuro rei está nascendo e o jovem Derfel, uma criança criada por Merlin e de anatomia perfeita, assiste o Pedragon Uther.

Essa introdução deixa claro que o objetivo de Cornwell não é necessariamente causar o impacto na descoberta dos fatos e sim deixar a curiosidade guiar o leitor pelas estradas da Britânia.

Em várias partes do livro, Derfel nos informa o que aconteceu logo no início dos seus textos, mas rapidamente muda a narrativa e deixa na imaginação do leitor a pergunta de como tal fato ocorreu. Aos poucos, vamos descobrindo o "como" e entendendo o "o quê" dos fatos levantados.

Assim, com sutilezas e, muitas vezes, bastante explícito, Bernard larga as pontas da história e as deixa solta por um longo tempo, fazendo o suspense causado pela informação crescer no leitor que busca, sedento, a resposta de como as coisas aconteceram.

Como Derfel ganhou seu problema anatômico? Como resolver o problema da invasão dos Saxões? Como sobreviveram a determinada batalha?

Mas a maestria da narrativa está em mesclar com perfeição o nível de informação ao leitor. Quando necessário, Bernard deixa os fatos serem revelados no tempo correto, tal como a descoberta na biblioteca de um reino em decadência.

A violência é grande, apesar de ser exibida de forma sutil. Derfel é direto quando apenas cita que os soldados estupravam as escravas enquanto matavam os filhos das mesmas. Aliás, medo e estupro eram moedas constantes. Existe uma história de uma mulher que passou tanto tempo em cativeiro sendo brinquedo dos homens, que passou a dormir com qualquer homem que se aproximasse apenas pelo medo de não fazê-lo e das consequências do que poderia ocorrer. Esse fato faz o leitor imaginar como deve ter sido a vida dessa mulher durante o inverno nas mãos de seus raptores. A cena já é forte por si só, e Bernard deixa que o leitor preencha as lacunas com sua própria imaginação.

Por outro lado, as batalhas são narradas de forma real. Sentimo-nos fazendo parte da parede de escudos, empurrando e golpeando com nossas lanças. Os detalhes são precisos sem serem maçantes. Os movimentos são narrados de forma natural, onde ataques de lanças são desviados por escudos e contra-atacados por espadas ensanguentadas. Sentimos o chão tremer quando os cavaleiros de Artur passam com suas lanças em riste.

As batalhas são um atrativo a parte, e elas são muitas. E com elas, vamos acompanhando o desenvolvimento do jovem pagão Derfel. Desde sua primeira luta pela vida e proteção de seu povo à batalha no vale de Lugg, onde Cornwell deixa claro o porquê das fortes relações de amizade entre os soldados. Vencer ou morrer depende do sucesso da parede de escudos, e tal parede só sobrevive se confiarmos plenamente nos nossos companheiros. O que nos leva a uma rica gama de personagens.

Somos apresentados aos lanceiros com caudas de lobo nos elmos, defensores do distante palácio de Ynys Trebes, em Benoic; a bela Guinevere e suas ambições; Ceinwyn, a estrela de powys; Gorfyddyd, Rei no norte; Tristan, Edling de Kernow; O rei Gundleus e seu drúida Tanaburs, da Silúria; aos cavalos de guerra e seus cavaleiros com lanças pesadas; ao excêntrico Merlin; a jovem e selvagem Nimue; a misteriosa Morgana; ao Rei Aelle e sua horda de saxões; Lancelot com seus poetas e bardos; Galahad e sua espada voraz.

Os personagens são ricos em detalhes e características, que, apesar da quantidade e dos nomes complicados em um primeiro instante, torna-se fácil reconhecê-los quando estes reaparecem e são reapresentados com o uso de adjetivos e descrições rápidas.

Um exercício interessante ao ler o livro é associar os personagens das lendas como normalmente são apresentadas com as suas versões interpretadas por Cornwell.

Descobrimos a magia e como ela funciona; o poço da morte; As barreiras-fantasmas; a briga dos deuses antigos com o deus novo; a eterna luta entre os pagãos com os cristãos; acompanhamos o culto de Mitra; e conhecemos Artur, o que nunca foi rei.

Inicialmente temos o olhar de um jovem sobre os feitos de um herói de guerra. O velho Derfel nos narra a história de Artur a partir do que o jovem Derfel ouvia de outros guerreiros, e é impossível não admirar o herói Bretão.

Com o tempo, vamos entendendo e acompanhando o conceito de moral e justiça de Artur. Seus impulsos e as consequências de suas escolhas. A influência de Merlin, através do poder de Caledfwlch, nas Pedras, na formação do homem e líder pacificador da Britânia.

Em uma passagem do livro, entendemos o dilema do Artur:

"Aprendi que um rei só é tão bom quanto o homem mais pobre sob o seu governo" - Artur.
"Não foi uma lição que o próprio rei aprendeu" - Derfel.
"Alguns homens são melhores em saber do que em fazer, Derfel. Eu preciso ser as duas coisas" - Artur.

Essa cobrança pessoal em busca do saber e fazer nos leva às estratégias e acordos, assim como os fardos e culpas, do líder Bretão.

No final, descobrimos que heróis são feitos por caráter e bravura, sangue e suor e, principalmente, pelas canções dos bardos.

Um livro de leitura fácil e que nos apresenta um bom vocabulário sem ser cansativo.

Ao terminá-lo, principalmente com alguns "comos" ainda não esclarecidos, ficamos com aquele gostinho de querer mais.
Pelo menos ainda temos mais dois volumes pela frente.

Boa leitura.
comentários(0)comente



Guilherme.Ferraz 30/08/2022

Um típico livro de Bernard Cornwell
O rei do inverno é um prato cheio para quem adora estudar a idade das trevas. Aqui é apresentada a história de Arthur, as tramas políticas da Inglaterra e seus reinos divididos, invasões, paredes de escudos, rituais cristãos e pagãos.
O enredo gira em torno da unificação dos povos ingleses e acaba sendo simples. O destaque é o incrível nível de detalhes que Cornwell consegue dar as suas obras.
comentários(0)comente



Ancalak 04/05/2021

Dez vezes a espada preta
Ao contrário do que me acostumei com Bernard em Crônicas Saxônicas, esse livro ao meu ver é bem mais corrido mas não de modo ruim, embora o foco nas batalhas não tenha tantos detalhes com exceção da última, este livro é muito mais místico, não que seus feitiços sejam reais, mas ainda assim há as vezes suas dúvidas, eu mesmo quero que Merlin seja realmente um mago. Derfel consegue me cativar igual a Uhtred mesmo sendo diferente, a história por traz dos mitos começou me desanimando, mas ao ler página por página fui me cativando e por mim aceito este livro como uma história fidedigna do real Arthur (embora sua existência não seja confirmada)
comentários(0)comente



Dhiego Morais 22/11/2016

O Destino é Inexorável
Muitos leitores de Cornwell começaram ou sugerem que se comece por sua obra mais aclamada: a trilogia As Crônicas de Artur. Eu conheci o autor pelas Crônicas Saxônicas, com O Último Reino. E, depois de ler O Rei do Inverno, posso dizer que valeu a pena a espera. Existe uma beleza e delicadeza na escrita desse livro que não existe nos livros de Uhtred. Essa ausência é perfeitamente explicável: nas Crônicas Saxônicas não existe Derfel Cadarn.



Eu já conhecia a história de Artur, ou Arthur, ou Artorius. E tenha certeza que a maioria dos leitores também conhece, seja pelos filmes, As Brumas de Avalon, Rei Arthur, Lancelot, o primeiro cavaleiro; pelas animações A Espada era Lei e A Espada Mágica - A Lenda de Camelot ou pela série britânica exibida pela BBC One, Merlin. No entanto, a história que Bernard Cornwell entrega ao público e a forma como ele faz isso torna tudo muito mais fantástico do que aparenta.

Cornwell conta a história de Artur pelas perspectivas e memórias de Derfel Cadarn, filho de uma escrava saxã. Agora como um sacerdote em Dinnewrac (que Deus abençoe Sansum), Derfel escreve a história de sua vida, suas lembranças, seu passado, seus sentimentos, saudades e impressões sobre o tempo em que era menino, até o momento que compartilhou ao lado de seu amigo, Artur. Enquanto escreve, narra tudo a Igraine, rainha de Powys e sua patrona. É essa ferramenta, a de narrar uma história pelos olhos de outrem, ainda que fictício, que torna a trama de Bernard Cornwell fantástica e agradável.

Derfel é um dos vários pupilos de Merlin, o poderoso druida e Senhor de Avalon. Quando pequeno foi jogado ao poço por um druida do exército inimigo, enquanto sua mãe saxã era estuprada. Foi graças à ajuda de Merlin que Derfel sobreviveu.

“— Você acha que todos deveríamos correr loucamente pelos caminhos do destino?

— Acho, senhor, que quando o destino nos agarra, fazemos bem em pôr a razão à parte”.

A trama gira em torno da busca de Artur em manter a Britânia unida. Entre os séculos V e VI a Grã-Bretanha atravessava um momento conturbado, com a saída dos romanos, quando os diversos feudos guerreavam entre si para garantir a sua própria soberania. Reis cobiçavam as terras vizinhas e o título de Grande Rei, enquanto druidas aspiravam restituir a glória dos deuses ancestrais, que lutavam por espaço com o avanço do cristianismo.

Artur é um personagem praticamente mitológico. Mesmo com as descobertas arqueológicas recentes, há pouco para se por à prova, e esse pouco gera dúvidas para alguns especialistas. Cornwell trabalhou extremamente bem com o que possuía, e, certamente, foi capaz de criar uma das histórias mais fiéis narradas até hoje. O Artur de Bernard Cornwell é poderoso, humilde e apaixonado; venerado por seus guerreiros e respeitado por seus inimigos; um estrategista de primeira e lutador exímio; bom ouvinte, inflexível quando necessário. Artur era um homem que ansiava ser amado. Há uma aura quase mágica no que se refere a Artur.



Merlin e Nimue são duas personagens extremamente interessantes e complexas. Merlin é sagaz, meticuloso, muito influente e está preso somente aos seus interesses, que se reflete em restaurar a glória da Britânia. Nimue é sua amante, uma sacerdotisa intimidadora que demonstra um crescimento e uma história própria fenomenal.

Por outro lado temos Morgana, Lancelot e Guinevere. Menos trabalhados que as demais personagens, porém igualmente parte do elenco conhecido pelo público comum. Apenas Guinevere apresenta um maior desenvolvimento entre as três figuras citadas, e o caminho escolhido por Cornwell para todas elas aguçam ainda mais a vontade em ler o próximo livro.

Em contrapartida, Derfel consegue roubar a cena em diversos momentos. Suas cenas de ação prendem o leitor e os seus momentos de reflexão, seus diálogos com Igraine e consigo mesmo são sempre cheios de emoção. Há certa reverência ao próprio passado e ao amigo, Artur.

Com a instabilidade política inerente ao momento histórico britânico, e com uma série de eventos que desencadeia o seu apogeu, o leitor pode esperar por batalhas incríveis, por paredes de escudos de tirar o fôlego e subtramas estonteantes. É claro, há partes em que o ritmo se quebra e se movimenta mais lentamente, mas nada que torne maçante ou desestimulante. Cornwell equilibra bem esses trechos com diálogos que enchem os olhos de qualquer um.

“Reinos precisam de reis, e sem eles não há nada além de terra vazia convidando as lanças de um conquistador”.

É um tanto quanto complicado falar de O Rei do Inverno, pois uma informação a mais pode ser um spoiler ou pode tirar o encanto lançado pelo autor.



O Destino é uma personagem importante na obra. São os seus toques delicados sobre a teia que nos carregam pelas memórias de Derfel, onde acompanhamos um passado difícil e uma jornada cheia de aventuras ao lado de companheiros leias e de traidores imprevisíveis.

“Mas o destino, como Merlin sempre nos ensinava, é inexorável. A vida é uma brincadeira dos Deuses, costumava dizer Merlin, e não existe justiça. Você precisa aprender a rir, disse-me ele uma vez, ou então vai simplesmente chorar até morrer”.

O final compensa toda a leitura, não somente pelas paredes de escudo, mas, principalmente, pelas cenas finais, protagonizadas por Derfel e Nimue. Que final! Que final!

site: http://www.intocados.com/index.php/literatura/resenhas/869-o-rei-do-inverno-bernard-cornwell
Matheus.Victor 10/04/2017minha estante




Daniela742 24/06/2022

Uma aventura épica
A lenda do Rei Artur ganha uma nova perspectiva pela escrita de Bernard Cornwell, e que incrível é conhecer essa história dessa forma!

O autor já é conhecido por diversas obras de ficção histórica, dentre elas, O rei do inverno, primeiro livro das Crônicas de Artur, já está entre as minhas favoritas.

Cornwell traz toda uma ambientação histórica, personagens marcantes e bem construídos e uma trama extremamente instigante. Tudo nessa história cativa e transporta para um universo de conflitos políticos, guerras, feitiços e crenças.

Os personagens são o ponto alto, Derfel, Artur, Nimue, Morgana, Merlin, Galahad, são tão reais, é como se após algum tempo realmente os conhecêssemos, e o desejo estar cada vez mais perto deles, acompanhando suas batalhas.

Minha felicidade é ter mais outros dois livros pela frente. Desde já, ansiosa pelo próximo livro.
comentários(0)comente



Gabriel 13/09/2022

Brabíssimo
Uma leitura monstruosa e visceral sobre a história de Arthur. Cornwell consegue fazer mágica a partir de documentos históricos, criando uma narrativa tão épica que dá tristeza pensar que as coisas não aconteceram assim.

A leitura é um pouco cansativa em alguns pontos, mas com certeza vale muito a pena, principalmente nas batalhas e suas paredes de escudos.
comentários(0)comente



mhcavalcante 09/08/2021

Artur e Merlin em sua melhor forma
O Rei do Inverno conta a história de Artur, narrada por Derfel, um de seus soldados. Nesse livro, somos apresentados a personagens maravilhosos e marcantes. Quando Artur está em cena é fantástico, você sente a felicidade daqueles que estão próximos e sente o respeito que todos tem por ele.

Merlin é um espetáculo a parte. Todas as vezes que aparece, assim como Artur, são esplêndidas. Nunca imaginava que o poderoso druida fosse narrado dessa forma.

A riqueza de detalhes com que Bernard Cornwell conta essa história é sublime. As batalhas e combates são brilhantes, bem diferente das guerras que a gente vê em filmes e séries. Aqui, todos que estão em guerra sentem medo e aflição, ninguém se joga em combate desesperadamente.

No geral, a ambientação é muito imersiva. É fácil imaginar os locais narrados, os campos vermelhos em sangue. É incrível ver a honra e o orgulho desses guerreiros lutando pelos seus reis. É mais impactante ainda ver as loucuras cometidas por amor.

A primeira experiência com as Crônicas de Artur foi fantástica, em breve continuarei com a saga e, com o final desse livro, acredito que o próximo ato será melhor ainda.
comentários(0)comente



Leandro.Quilles 12/07/2021

A história de um dia personagens mais icônicos de todos os tempos contada sob a visão de um soldado, personagens lendários descritos de uma forma que eu nunca tinha visto antes e cenas de lutas que te puxam pra dentro da história, isso é só um pouco da experiência de leitura que esse livro nos dá, eu ainda estou tentando digerir tudo que se passou nesse livro, eu mal acabei de ler e já se tornou um dos meus livros favoritos da vida, e são livros como esse que fazem da leitura algo tão mágico, é simplesmente brilhante.
comentários(0)comente



Fernando Lafaiete 05/11/2017

O Rei do Inverno: O livro que me decepcionou por diversos motivos!

Bernard Cornwell é o autor que os meus amigos mais me indicavam. Todos afirmaram que as descrições dele eram fantásticas, que as cenas de batalhas eram épicas e sanguinárias e que os livros eram viciantes ao ponto de uma vez começada a leitura, abandoná-la seria algo impossível de se fazer.

Sabe qual é o problema deste tipo de indicação? - A criação de uma expectativa absurda que dificilmente um autor consegue suprir.

O Rei do Inverno é um livro bem realista, onde através da narrativa de Derfel Cadarn, vamos conhecendo a história de Artur, o famoso rei Artur, que na verdade nunca foi rei, somente o filho bastardo do rei Uther, que ao falecer, designa a proteção do verdadeiro herdeiro do trono à Artur.

A narrativa é em primeira pessoa e logo no início, Derfel (o narrador e protagonista) deixa claro que ele poderá fazer algumas alterações na história que está contando a princesa Igraine. Derfel foi membro fiel da cavalaria de Artur e por isso, mesmo diante de contestações, ele afirma que tudo relatado de fato ocorreu. Gostei de Derfel, mas tê-lo de maneira solitária como narrador me fez ter uma visão bem limitada de tudo que ocorria. Óbvio que diante da estruturação narrativa escolhida por Cornwell, isso faz total sentido; mas ainda assim, me incomodou bastante. Sou muito mais a favor da polivalência narrativa do que da monopolização narrativa. Algumas cenas de batalhas quando não sofriam um corte abrupto por parte do narrador, eram descritas de maneira bacana, mas não o suficiente para se tornarem completamente imersivas pra mim. Não me senti em nenhum momento junto com os personagens vivendo aqueles momentos tensos.

Fiquei durante as viradas de páginas, o tempo inteiro querendo saber o que ocorria nos outros reinos citados pelo autor. A limitação do narrador me irritou e fez com que parar de ler a qualquer momento passasse longe de ser algo difícil de se fazer.

Artur é um bom personagem, carismático, bom caráter e leal ao Príncipe herdeiro. Mas confesso que ele é bom demais e um pouco inativo. Queria um Artur mais presente, mais decidido e mais real. Tanta bondade fez com que ele se tornasse irreal até demais. Para uma trilogia denominada de "As Crônicas de Artur", apresentá-lo como coadjuvante foi mais uma coisa que me incomodou. Faz sentido? Sim, faz. Mas em vários momentos me senti cansado durante a leitura devido a limitação do narrador e a ausência do famoso e lendário "Rei Artur".

Agora vamos falar das personagens femininas... Que decepção!!

Temos neste livro as seguintes personagens:

Morgana, a irmã "feiticeira" e deformada de Artur. Ela é uma personagem mal aproveitada, nula, apagada que me foi tão mal apresentada que eu tive dificuldade de visualizá-la. Nimue, a "feiticeira amante" do mago Merlin, tem um início sem sentido, onde o autor me apresenta alguns diálogos e situações com a intenção de explicar o apego emocional que tal personagem tem com um determinado local. Mas foi uma introdução tão rápida que quando ela toma uma decisão crucial de permanecer neste local, não senti pena da personagem, apenas a vi como uma idiota. Guinevere, a princesa decadente que se torna a esposa de Artur é preconceituosa, fútil, manipuladora e mal caráter. Ou seja, é uma pessoa horrorosa. Ceinwyn, princesa de Powys é outra personagem apagada, que acreditei durante muito tempo que ela fosse muda, já que não abre a boca pra nada. Essa minha teoria cai por terra, quando quase no final ela fala meia dúzia de palavras. Outra "muda" do livro é Elaine, mãe de Lancelot, outra inútil. Norwenna, mãe do herdeiro do trono é burra, teimosa e grossa. Outra personagem difícil de se gostar. Ladwys, amante do rei Gundleus de Silúria, é uma coitada que só sofre e é estuprada. Igraine a princesa que escuta a narração de Derfel não fede e nem cheira. E Aillean, amante de Artur até é uma personagem interessante, mas é descartada e nem chega a ter a chance de crescer na história. Não existe nenhuma personagem feminina deste livro que tenha de fato me agradado. A Nimue cresce ao longo do desenvolvimento, mas não o suficiente pra eu considerá-la uma boa personagem. Segundo alguns leitores do autor, ele escreve para homens e não para mulheres. Independente pra quem ele escreva, tratar personagens femininas com negligência é algo que nunca irei aceitar, seja quem for o autor. E cenas de estupro deslocadas é outra coisa que me irrita. Algumas eu relevei por questões históricas... Mas outras me soaram forçadas e injustificáveis.

Lancelot, o famoso e leal membro da Távola redonda, é descrito por Bernard Cornwell como covarde, manipulador e mentiroso. Outra figura retratada de maneira negativa.

E o que achei do tão amado Mago Merlin?

Todo mundo me dizendo que o Merlin de Cornwell é o melhor Merlin de todos. Gostaria de saber em que sentido. Ele quase não aparece. Vive sumindo, aparece em momentos oportunos e some de novo. Não tive tempo de gostar ou de não gostar deste personagem. Ele é muito ausente e ainda não entendi o amor que sentem por ele. Espero passar a entender quando ler os próximos livros. (E sim... Continuarei lendo esta trilogia).

A magia do livro é inexistente e é uma arte de charlatões. Foi essa a impressão que eu fiquei deste aspecto da história. Não me agradou e apesar de ser algo que contribui para o realismo do livro, eu achei que isso so fez com que os druidas e as sacerdotisas parecessem um bando de loucos que afirmam falar com os deuses.

O livro tem bons momentos, trata de amizade, fidelidade, amor e a busca quase impossível pela paz. Mas embarquei na leitura esperando uma escrita mais bruta, mais sanguinária e uma narrariva mais ampla. Encontrei uma escrita simples, uma história tranquila e personagens femininas péssimas! O bom é que agora iniciarei a leitura dos próximos volumes sem esperar nada. Infelizmente, devido as minhas expectativas, sinto em dizer que O Rei do Inverno se tornou mais uma decepção do ano!
Paulo 05/11/2017minha estante
Concordo com você em alguns pontos, ainda não terminei este livro. Mais o que você diz é bem notório, também senti falta de personagens femininas fortes, a ausência de Arthur em grandes momentos e da história e o Merlin ainda não apareceu. O rei do inverno é um livro de altos e baixos, temos que ter muito paciência.


Paulo 05/11/2017minha estante
É a primeira vez que leio um livro do Bernard Cornwell.


Esdras 05/11/2017minha estante
Passo! Obrigado! kkkkk


Fernando Lafaiete 05/11/2017minha estante
Complicado Esdras... Como todo mundo ama, talvez você fizesse parte deste grupo se lesse! Por isso é complicado dizer com veemência: NÃO LEIA!! Mas pra mim não funcionou.... apesar de eu não considerá-lo um livro terrível como acho Piano Vermelho, A Febre, O Canto mais Escuro da Floresta e A Química.


Esdras 05/11/2017minha estante
Ahhh, não, não. Chega de passar raivas literárias esse ano. haha


Fernando Lafaiete 05/11/2017minha estante
Verdade... Li tanta coisa ruim este ano. Li coisas excelentes também... mas bati o recorde de leituras desagradáveis. Rrsrs


Esdras 05/11/2017minha estante
Estamos juntos nessa.
Que 2018 seja diferente.rs


Fernando Lafaiete 11/11/2017minha estante
Não havia visto seus comentários Paulo. De fato, pra ler este livro eu precisei de MUITA paciência. Achei bem mediano e não vi nada de tão incrível!


Lorena 07/09/2018minha estante
Estou nas cem primeiras páginas, mas já compartilho da sua opinião. Nossa meus amigos falaram tão bem, ao ler não entendi o que me foi dito por eles. Mas irei terminar pra solidificar minha opinião.


Fernando Lafaiete 08/09/2018minha estante
Eu de fato não gostei Lorena e até hoje meus amigos reclamam disso. Não funcionou comigo, mas ainda assim vou terminar esta trilogia e ver se ela melhora.


DeiaMolder 17/05/2020minha estante
Que pena que não gostaste, vai ver vc gosta dessa história mais romantizada. :)


Fernando Lafaiete 18/05/2020minha estante
Então Deia... nem da narrativa eu gostei tanto assim. :/


DeiaMolder 18/05/2020minha estante
Gosto é gosto. ?


Fernando Lafaiete 18/05/2020minha estante
Pois é... Em breve início o segundo volume. Ainda mantenho o mínimo de expectativa.


DeiaMolder 21/05/2020minha estante
Irei começa lo tbm, nos encontraremos novamente. :)




Pedro B Meirelles 22/11/2017

Ótimo livro!
História contada na perspectiva de um guerreiro que lutou ao lado de Artur na época em que a Inglaterra era invadida por saxões (séculos V e VI). O autor conta uma história diferente da que normalmente se é conhecida do rei Artur, onde aqui ele nem se quer chega a ser rei. A trama deste primeiro livro que faz parte de uma trilogia é cheia de aventuras e reviravoltas. Um ótimo livro para quem gosta da temática medieval e contos fantásticos e as descrições das batalhas são sensacionais.
Carolina 22/11/2017minha estante
Esse você curtiu mesmo hein... leu rapidão!!!


Pedro B Meirelles 22/11/2017minha estante
Sim, escrita fluida. Não é tanto detalhista igual GOT, dai flui mais.




Márcio 03/10/2021

Gostei, mas...
Havia inciado algum tempo atrás a leitura, mas parei com dez por cento...não me empolguei muito, nas após terminar as crônicas Saxonicas resolvi dar mais uma chance e consegui terminar a leitura...não é um dos meus preferidos do autor, traz uma versão diferente do que sabemos da lenda do rei Arthur, mas ainda assim tem bons momentos, continuarei a leitura da saga.
comentários(0)comente



@solitude_e_books 08/01/2019

Nunca spoiler!!!
Tenho que confessar a vocês....se alguém tivesse me perguntando sobre esse livro enquanto estava lendo as primeiras 100 páginas diria que não estava gostando, diria que provavelmente esse seria o pior livro do Cornwell, pelo começo que achei muito arrastado ...E agora ao término desta obra só tenho que dizer que esse entra na minha lista de os 3 melhores livros do autor.

Um livro que tem um narrador protagonista chamado Derfel que através de sua ótica irá nos mostrar um novo Artur mais com o pé no chão, sem a mitologia que hoje em dia o cerca. Você irá encontrar também outros personagens conhecidos como Merlin, Guinevere, Lancelot e Morgana todos de uma forma muito diferente das que
conhecemos.

Que história fascinante!!!!



Por favor minhas amigas (os) leiam o Rei do inverno esse e magnético grandioso e com uma escrita super agradável, super leve.
Luana.Silva 08/01/2019minha estante
Eu comecei esse livro há uns 2 anos e parei antes da página 100... pensando em dar outra chance depois dessa resenha :)


@solitude_e_books 08/01/2019minha estante
As primeiras 100 páginas são duídas. Vai por mim sem dúvidas que vale apena dar uma segunda chance, vc vai se apaixonar S?


Cripta Da Leitura 09/01/2019minha estante
Que bom saber! Eu tenh, mas ainda não li, e apesar da fila de leituras ser longa, quero ler em breve!


Luana.Silva 09/01/2019minha estante
Darei :)


@solitude_e_books 10/01/2019minha estante
Tai... leitura super rápida mesmo o livro tendo mais de 500 pág. Escrita excelente do Sr Cornwell




761 encontrados | exibindo 301 a 316
21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR