Resenhas - O dono do morro

Lotus Fierce 17/08/2023

Não sabia que poderia gostar tanto desse tipo de livro
Gostei muito porque o autor não apenas nos conta a história do Nem e da sua prisão, mas também trás todo um contexto histórico da vida dele, da rocinha, do CV e etc. que muito provavelmente eu nunca saberia e gostei muito de ter conhecido essa história.
Geralmente eu tenho dificuldade pra engatar a leitura de livros desse gênero e provavelmente esse foi o primeiro que consegui ler até o fim. Me cativou.
Indico muito!

Natália 06/08/2023

Incrível
Esse livro traz muitas informações relevantes sobre como o tráfico de drogas encontrou terreno fértil nas comunidades abandonadas pelo Estado.
Além de contar a história do Nem conta também a história da rocinha, das facções do Rio e de como o tráfico influencia os vários setores políticos e sociais do Rio de Janeiro.
É uma leitura muito rica e é também imparcial, o autor fornece as informações e deixa para o leitor o juízo de valor.
Uma excelente leitura que na minha opinião todos deveriam fazer!

understars 02/08/2023

De chacinas extrajudiciais, ao mundo do tráfico.
"Não consigo me lembrar de nenhum policial bonzinho. Mas acho que dá para dizer que alguns eram menos ruins. Em todo caso, mesmo quando éramos meninos, eles nos perseguiam e, se nos pegavam, batiam na cabeça da gente.?

?Os moradores comuns da Rocinha ficam entre a cruz e a espada. A confiança na polícia é praticamente zero.?

?[...] enquanto o Estado não se comprometesse de maneira positiva com as favelas e seus moradores, atendendo aos problemas sociais e econômicos, jamais se venceria a batalha contra a violência. Os moradores das favelas, observou ele, sentiam apenas medo e desprezo pela polícia; enquanto isso não mudasse, o Rio estaria condenado.?

Aprendi tanto em tão poucas páginas.
Esse livro abriu um leque na minha cabeça, tive que parar diversas vezes de ler para poder refletir, é um monte de informações entregues de bandeja. Impossível ler sem se apegar.

mcaja 26/07/2023

Pra quem leu os livros de Drauzio, esse parece ser uma versão na mesma linha de raciocínio porém sobre o crime no RJ. A história de Nem é maluca e mais maluco ainda é pensar no tempo que ele foi dono do morro, dada a expectativa de vida dos homens que estiveram no mesmo cargo antes dele.

Ps: O livro da Fabiana Escobar, Bibi Perigosa, conta bastante sobre a Rocinha e narra até alguns eventos que tbm foram contados nesse livro.

y o o n e 13/07/2023

Absurdamente informativo
Esse é um dos livros de não ficção mais f**** que já li. Caramba. Aprendendo com um gringo parte da história e do funcionamento do meu próprio país.
Essa leitura deveria ser obrigatória principalmente em escolas.

gabriela nagel 11/04/2023

?Nem não é nenhum modelo de vir-tude, mas também não é nenhum demônio. É um homem vivo e inteligente, agora se aproximando dos quarenta anos. Tivesse recebido uma educação decente, não há a menor dúvida de que teria sido um empresário de sucesso sem nenhum registro policial.?

Ganhei esse livro de presente de um amigo jornalista, e, enquanto advogada criminalista, achei incrível a forma com que fora escrito. Sincero e real, o livro conta a história de Nem da Rocinha, um dos nomes mais conhecidos da história do narcotráfico brasileiro.

lid 20/03/2023

Rio de Janeiro e seu comércio mais lucrativo
Que condução impecável de pesquisa!! De tamanho profissionalismo, não deixa uma ponta solta e se aprofunda nos detalhes, desde o início da ocupação da Rocinha, passando pelo tráfico e rota da cocaína ligados às atividades ilegais na Amazônia, até o papel do estado no meio disso tudo.
Fascinante conhecer a fundo as entranhas desse sistema de negócios que é o tráfico, e mais ainda percorrer pela história da Rocinha, em todos os sentidos, até conhecermos essa peça chave que é o Nem.

judeaquino - @juentreestantes 20/03/2023

Bem escrito e sem romantização do tráfico
Um dos melhores livros que já li. Li não, devorei.

• "Os moradores estavam contentes com a estabilidade quem Nem trouxera (...), e a favela inteira prosperava dia após dia"

• "Nem não é nenhum modelo de virtude, mas também não é nenhum demônio. É um homem vivo e inteligente, agora se aproximando dos quarenta anos. Tivesse recebido uma educação decente, não há a menor dúvida de que teria sido um empresário de sucesso sem nenhum registro policial."
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RESUMÃO SOBRE O LIVRO:
Conta a história de um dos líderes do tráfico da Rocinha. Ou melhor, conta como Antônio Francisco Bonfim Lopes, um cidadão comum, se tornou o Nem da Rocinha sem nunca ter tido relação com o tráfico.

O QUE EU ACHEI:
Para começar, o que eu achei mais bacana é que ele narra a história do Nem junto com a do Rio e até do país. Desde os anos 1980, com a inundação do RJ pela cocaína até nossa situação política atual.
Acho que quem mora no RJ ou conhece a cidade vai curtir ainda mais, exatamente por ter maior noção dos lugares e pessoas citadas (bairros, políticos, shoppings etc)

o texto é super bem amarrado, é uma linha do tempo narrada de forma excepcional. O autor escreve extremamente bem e por isso a leitura é muito fluida (parágrafos pequenos, frases curtas, diálogos que surgem no momento certo).

É incrível como fica ainda mais claro como os políticos, o tráfico de armas, as polícias, os traficantes e a venda/compra de drogas estão completamente relacionados. Isso a gente sabe, mas com o livro acabamos descobrindo coisas que jamais imaginaríamos.

O livro não tenta romantizar a questão do tráfico, muito menos tornar o Nem ou outros traficantes heróis - ele literalmente mostra as coisas como elas são (e como aconteceram). O autor conta o que descobriu com suas pesquisas e entrevistas a moradores, traficantes etc (confesso que ao longo da leitura criei um "afeto" por ele por causa do jeito apaziguador afff rsrs)

Acima de tudo, é uma leitura que nos faz pensar sobre a complexidade dos seres humanos. Recomendo!

>>> Vem falar de livro comigo no Insta :) >> @juentreestantes

Romeu Felix 18/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro conta a história de Nem da Rocinha, líder do tráfico de drogas na maior favela do Rio de Janeiro, que no auge do seu poder chegou a comandar um império do crime com faturamento milionário. O autor, Misha Glenny, é um jornalista britânico e especialista em crime organizado, que durante quatro anos entrevistou Nem e diversos personagens ligados ao tráfico de drogas e à política carioca para compor uma narrativa sobre as relações entre o crime e o poder no Rio de Janeiro. O livro também faz um panorama sobre a história do tráfico de drogas no Brasil e sobre as políticas públicas para o combate à violência e à pobreza nas favelas.

Capítulos:

O Nascimento de Nem
A Firma
O Império do Pó
A Guerra
O Golpe de Estado
As Consequências
O Prisioneiro
O Político
A Investigação
O Julgamento
O Enigma
Comentários:

"O dono do morro" é uma obra instigante que permite ao leitor entender as complexas relações entre o crime organizado e a política no Rio de Janeiro. O autor apresenta um relato minucioso e detalhado sobre a ascensão e queda de Nem da Rocinha, retratando as tensões entre os diferentes grupos criminosos, a relação entre o tráfico e a polícia, e o envolvimento de políticos e autoridades públicas. Além disso, o livro também faz uma crítica contundente às políticas de segurança pública no Brasil e à falta de perspectivas para os moradores das favelas. A leitura é recomendada para quem busca compreender as dinâmicas da violência e do crime organizado no país.
Por: Romeu Felix Menin Junior.

Beatriz 29/01/2023

Bem fórmula, escrito e fluido
Uma coisa q eu sempre gosto em livros escritos por jornalistas é a forma, são simples, fluido e aguçam o interesse. O dono do morro não é diferente.
Ao escrever sobre história do Nem Misha Grenny entrelaça a história do Rio, das facções e dos problemas sociais e políticos do país. A contextualização traz mais entendimento da realidade nessas favelas, junto com a linguagem do local q ele utiliza muitas vezes choca e nos faz pensar e comparar com a nossa, tão distantes.
E quanto ao próprio Nem, a gente acaba tendo um sentimento conflitante. Ele é um personagem excepcional neste meio. que suscita ojeriza e respeito.
Enfim, esse livro é muito bem escrito e traz muito a se pensar e q não passa em branco.

visreading 20/11/2022

"Nem não é nenhum modelo de virtude, mas também não é nenhum demônio. É um homem vivo e inteligente, agora se aproximando dos quarenta anos. Tivesse recebido uma educação decente, não há a menor dúvida de que teria sido um empresário de sucesso sem nenhum registro policial."

Cá 04/09/2022

Meu livro preferido
Se tivesse que escolher um livro para ler sempre, com certeza seria esse! Leitura gostosa e viciante. A história do Nem e o porque ele entrou para o tráfico é muito interessante. Vale a pena cada página.

botaprapocar 23/07/2022

O Dono do Morro
A história de Nem talvez seja diferente dos outros traficantes, pela essência e inteligência dele. Se tudo relatado for verdade claro, estamos diante do clássico caso onde o protagonista poderia ser um homem de sucesso em qualquer área lícita.

É lógico que o livro romantizou um pouco o currículo do Nem, mas em compensação mostra bem a realidade da favela, confrontando todos pontos de vista possíveis. Apesar de todas as nossas referências, baseadas em filmes e notícias, o livro traz informações inéditas e curiosas.

A leitura é muito fluída, mesmo tendo sido escrita por um gringo. Seria legal se fosse transformado em documentário.

Fica a dica para quem tem vontade de conhecer mais sobre tema.

Carolina Corrêa 20/05/2022

O Dono do Morro
O livro narra a história de Nem, líder do tráfico de drogas na Rocinha.
Afora as impressões de um jornalista europeu, autor da obra, traz informações intrigantes sobre o submundo das drogas e dos marginalizados.
Escancara a falência dos órgãos policiais e administrativos brasileiros, sobretudo os do estado do Rio de Janeiro.

Luna 11/04/2022

O livro é super bem escrito e a leitura é orgânica, você não quer parar de ler.
É um livro muito interessante para entender o início das favelas no Rio de Janeiro, como o Estado pecou em negligencia-la e as formas que aquele povo encontrou para sobreviver.
É muito triste a maneira displicente que o Estado lida com as áreas sucateadas do Rio, transformando aqueles ambientes em um campo de guerra, não há como não ficar minimamente frustrado.
As partes mencionadas são figurões que infelizmente cederam ao narcotráfico para sustentar a família e ajudar seus conterrâneos, apesar de tudo eu senti compreensão e pena por tudo, afinal apesar de lidarem com ilicitudes são vítimas e consequências de uma má administração estatal.
Excelente leitura para reflexão.