O dono do morro

O dono do morro Misha Glenny




Resenhas - O dono do morro


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Musashi 28/07/2016

Parcialidade
Após a tomada do Complexo do Alemão e com os dois filmes Tropa de Elite o interesse pelas agruras do tráfico de drogas no Rio de Janeiro aumentou exponencialmente.
Comecei a ler o livro devido a forma que Nem, O Dono do Morro, havia sido preso e por saber que havia sido recentemente em matéria de história.
Entretanto o autor, igual a tantas outras obras sobre o tema, enveredou pelo caminho simples de separar os mocinhos dos bandidos.
De um lado a Polícia Militar sendo taxada como culpada de todas as mazelas nacionais e os bandidos maus, do outro Nem, apresentado como um Robin Hood moderno.
Não vou citar exemplos pois estaria dando spoilers. Espero chegar um dia que encontre uma obra sobre o assunto que não seja tão parcimoniosa.
Enry 06/03/2018minha estante
Em diversos momentos a polícia é taxada como criminosa. Em outros, donos de morros "não são demônios", apesar das torturas, dos micro-ondas e dos latrocínios; os rebeldes que apedrejaram instalações públicas e particulares nas manifestações de 2013 são "na verdade bons moços".
Pois é, Misha escorrega feio quando faz julgamento.


Fabio.Miranda 21/12/2018minha estante
Com todo respeito, mas se foi isso que você entendeu, não leu direito.


Nayeli 17/07/2019minha estante
Concordo com você Fábio Miranda, não existe parcialidade nesse livro, apenas a demonstração de fatos, nota-se claramente a ampla pesquisa histórica feita para descrever os detalhes da transformação das favelas cariocas no que hoje são. A polícia é colocada muito mais como uma vítima do péssimo controle do Estado, entende-se bem aqui que os policiais costumam enveredar para os crimes, subornos, entre outros, por serem mal pagos, por não terem estrutura para competir com o mercado de drogas (que gera lucros exorbitantes proporcionando a compra de armas de ponta e etc) o único vilão amplamente criticado nesse livro é o Estado, diversas passagens justificam os erros dos policiais assim como os erros dos traficantes. Quando ao papel de supervalorização dos donos do morro, é preciso enxergar o livro no seu contexto de criação, as fontes de pesquisa foram, em grande parte, os moradores do morro, essa imagem foi CONSTRUÍDA pelos traficantes e assim foi retratada, AINDA ASSIM o autor a todo momento pontua que apesar da forma de "justiça" aplicada pelos traficantes os regimes vividos nas favelas eram totalmente autoritários, francamente quem tem a coragem de criticar esse livro por parcialidade, na minha visão, só se justifica por ter tocado em uma ferida que a própria pessoa considere pessoal...
Livro excelente.




Lotus Fierce 17/08/2023

Não sabia que poderia gostar tanto desse tipo de livro
Gostei muito porque o autor não apenas nos conta a história do Nem e da sua prisão, mas também trás todo um contexto histórico da vida dele, da rocinha, do CV e etc. que muito provavelmente eu nunca saberia e gostei muito de ter conhecido essa história.
Geralmente eu tenho dificuldade pra engatar a leitura de livros desse gênero e provavelmente esse foi o primeiro que consegui ler até o fim. Me cativou.
Indico muito!
understars 08/01/2024minha estante
saudades vivi ?


Lotus Fierce 08/01/2024minha estante
Saudade amg ?




Eduardo1127 27/09/2016

LIVRO INSTIGANTE
Esse livro foi um dos livros que li mais rápido em minha vida. Altamente intrigante, estimulou-me a procurar um pouco mais sobre a história e pesquisar sobre o debate da legalização das drogas.
Escrita envolvente que faz a leitura passar depressa. A história e sua abordagem feita pelo o autor é demais.
Entender como funciona o tráfico, sua relação com as polícias, com a cidade, política e com a própria comunidade, com questões históricas, são categorias importantes para fazer qualquer pessoa, independente de sua visão política, tentar olhar despido de um amor ideológico. A história de Nem da Rocinha é algo muito especial, pois é a história de um trabalhador, que por questões objetivas acaba se tornando o dono do morro.
Izabela.Felizardo 30/06/2017minha estante
Como faz pra baixar?


Eduardo1127 23/01/2018minha estante
Vc pode baixar no lelivros




Rodrigo 29/11/2023

Sobre como surgiu o Estado Paralelo
O Dono do Morro é uma ótima biografia do traficante conhecido como Nem da Rocinha, antes um cidadão comum e pai de família, até que, nos anos 2000, por força de circunstâncias difíceis, acaba entrando para o crime na mais famosa favela carioca. Como pano de fundo, temos o recente e trágico histórico político e social do Rio de Janeiro.

3 fatores fizeram Nem ascender até o cargo de chefe: a sabedoria para manter a paz no morro, num ambiente estável para o tráfico, o carisma dispensado às pessoas da comunidade e a perspicácia de não se expôr em redes sociais, virando um anônimo digital, e assim evitando inveja alheia e operações policiais.

Nesse cenário, o leitor também se depara com a história do surgimento das grandes organizações criminosas no Brasil, a partir do encontro de traficantes comuns com gente da esquerda presa no presídio da Ilha Grande/RJ, durante o regime militar, dando origem ao Comando Vermelho, e, posteriormente, ao PCC.

Ao longo do livro, percebe-se uma leve tendência de se retratar traficantes como "Robin Hoods", a polícia genericamente corrupta e o Estado (ou a falta dele) como o culpado de tudo, o que, em se tratando de Rio de Janeiro, fica difícil discordar.  Por isso, há de se ter sempre em mente que bandido é bandido, pra início de conversa.

O texto em si é muito fluido, e algumas partes são sufocantes, no estilo "Tropa de Elite", como quando ocorrem invasões do morro por facções rivais, e sim, o BOPE faz algumas participações especiais na matança. As primeiras vítimas são sempre pessoas comuns que nada tinham a ver com a guerra, apenas estavam passando no lugar errado, durante o fogo cruzado.

A dualidade entre o traficante amado na comunidade, que realiza ações sociais e até circula livremente em festas de famosos como Gilberto Gil e Ivete Sangalo, e, ao mesmo tempo, comete estupros e execuções por motivos banais, ilustra bem o "Estado Paralelo" imposto pelos imperadores do tráfico, à luz do dia.

Em suma, um livraço carregado de tensão, que mergulha fundo no abismo social das favelas pra mostrar que, na guerra entre polícia e traficante, dos chefões aos vassalos, os muitos inocentes não estão protegidos no Leblon. Cariocas entenderão.
Gi 05/12/2023minha estante
Amei sua resenha! Já queria ler, agora com certeza estará no top da minha lista.


Rodrigo 10/12/2023minha estante
Tenho certeza que irá gostar... E me avise quando for iniciar




totyy 18/01/2024

O livro nos conta a história de Nem, sobre como um jovem comum trabalhador, subiu o moro da rocinha e desceu como o homem mais procurado da Rocinha.

não focando apenas em Nem, o mas passando também um grande contexto histórico, assim vemos as quedas e glórias do Brasil e da cidade do Rio de Janeiro.


foi o primeiro livro que li desse estilo, não esperava ter gostado tanto.
totyy 18/01/2024minha estante
morro*




Luísa 19/08/2020

Simplesmente não rolou
Não vou desenvolver uma resenha extensa sobre esse livro porque confesso que tenho um pouco de preguiça de fazer resenhas negativas. O que posso dizer é que, talvez por um erro meu de expectativa, não achei que esse livro entregou o que ele prometia.

Eu esperava encontrar nesse livro a história de um homem que se viu profundamente envolvido com o tráfico de drogas e facções do Rio de Janeiro, em toda sua humanidade e sensibilidade. O que encontrei foi um extenso e detalhado relato sobre a história do tráfico de drogas no Brasil, com foco do Rio de Janeiro. Achei o livro simplesmente chato e frequentemente problemático, por fazer algumas idealizações à polícia e a outras instituições do Estado burguês que definitivamente não estão a serviço da população.

Terminei esse livro porque me comprometi a lê-lo para um projeto da faculdade e somente por isso fui até o final, se não certamente o teria abandonado. Apenas maçante.
eduardabuainain 30/01/2021minha estante
Engraçado. A imagem que o livro passou da polícia pra mim foi oposta.




Camila 20/01/2019

A história pela ótica dos vencidos é sempre outra
Sempre acreditei que a problemática do tráfico de drogas não era exatamente como pintava a mídia e o convívio mais conservador que sempre tive durante a vida. Esse livro serviu para comprovar essas suspeitas. Graças à narrativa envolvente de Glenny, pude enxergar melhor o complexo intrincamento do tráfico no Rio de Janeiro tendo como epicentro as vivências de Nem da Rocinha. Vai se tornar um daqueles de cabeceira, para reler e consultar sempre que precisar. Leitura essencial para qualquer um que deseja entender como realmente são os mecanismos que mantém o tráfico como um dos negócios mais lucrativos de todos os tempos no Rio de Janeiro - e na América Latina como um todo.
claudiolr 12/02/2019minha estante
Belíssima resenha!




cris.leal 02/03/2018

A história de um dos maiores traficantes do Rio de Janeiro...
Em “O Dono do Morro”, a história de Antônio Bonfim Lopes, o Nem, começa antes de sua relação com o tráfico de drogas. Na década de 90, ele era chefe de uma equipe encarregada da distribuição de uma publicação sobre programas de TV. Apesar do salário modesto, que o obrigava a morar no pequeno apartamento da mãe, na Rocinha, Nem conseguiu economizar o suficiente para se mudar, com a esposa Vanessa, para outro apartamento também na Rocinha, onde nasceu a filha deles: Eduarda.

Ainda bebê, a menina apresentou uma doença raríssima. Vanessa foi obrigada a parar de trabalhar, o que diminuiu a renda familiar. Os custos da doença da filha ficaram cada vez mais altos e as economias de Nem acabaram. Assim, no início dos anos 2000, ele encontrava-se totalmente endividado. A solução foi buscar ajuda financeira com Lulu, então chefe do tráfico da favela. Em troca do auxílio financeiro de vinte mil reais, Antônio disse a Lulu: “Eu venho trabalhar para você. É o único jeito de conseguir pagar a dívida.”

A partir deste momento Nem sabe que a filha tem uma chance de sobrevivência (e ela sobreviveu), mas reconhece que a sua vida vai mudar. E mudou mesmo! Na vida pessoal, pouco a pouco, ele passou a adotar os códigos e o comportamento do mundo da bandidagem.

Eficiente, com grande capacidade de organização e um talento natural para os negócios, Nem se tornou o braço direito de Lulu. Depois que o Bope, em 2004, matou Lulu, Nem surgiu como o sucessor natural. Atuando de maneira discreta nos bastidores para limpar a sujeira dos pretensos líderes inaptos, cuidando das contas e garantindo o funcionamento tranquilo dos negócios, Nem fez com que sua autoridade crescesse e fosse reconhecida. Ele se tornou o homem mais poderoso da Rocinha, o líder do tráfico de drogas na favela tida como a maior da América do Sul.

Durante sua liderança, Nem, muito mais preocupado em faturar do que guerrear, levou calma e estabilidade àquela comunidade aninhada entre as áreas mais ricas do Rio. O que, a princípio, era bom para todos... menos para as forças de segurança. Para se ter uma ideia, até novembro de 2011, quando foi preso, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, era o homem mais procurado do Rio de Janeiro, e possivelmente do Brasil inteiro.

Para escrever “O Dono do Morro”, o jornalista britânico Misha Glenny, entrevistou Nem na penitenciária de segurança máxima, em Campo Grande - Mato Grosso do Sul, onde ele cumpre pena. Embora seus depoimentos tenham papel central nesta narrativa, o autor não se baseou apenas neles. Ele conversou também com parentes, amigos, inimigos, os policiais que o investigaram, os políticos que negociaram com ele, os jornalistas que escreveram sobre ele e os advogados que o representavam. “O Dono do Morro” é mais do que um livro sobre a ascensão e queda de um dos maiores traficantes cariocas, é uma leitura obrigatória para entender a violência que há décadas vem tomando conta da Cidade Maravilhosa, e que culminou na recente intervenção federal na segurança do Estado do Rio de Janeiro. Recomendo!


site: http://www.newsdacris.com.br/2018/03/resenha-o-dono-do-morro-de-misha-glenny.html
Michele 14/03/2018minha estante
Gostei muito da resenha!




Kelli 06/12/2017

Real e Atual.
Em um momento de desespero o trabalhador Antonio Francisco Bonfim Lopes se transforma no traficante Nem. O tema do livro do jornalista Misha Glenny é super atual e ajuda a compreender a vida na comunidade da Rocinha e também sobre como funciona o tráfico de drogas no Rio . Baseado em depoimentos, pesquisas e documentos o jornalista relata a vida de um homem carismático e idolatrado por muitos, mas não isento de culpa. A "prisäo" de Nem continua envolta em uma nuvem de mistério, assim como sua verdadeira personalidade. É uma leitura intensa que nos faz refletir, também, sobre pessoas e comportamentos.
Fabio.Miranda 21/12/2018minha estante
E por qual motivo ganhou uma nota 3?




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Neto Marcel 16/02/2018minha estante
é sensacional isso! quando encontramos um livro que expande tanto o pensamento e a gente sente que mudou algo dentro de nós, para nunca mais voltar a ser o msmo de antes * - *. quero!




Portal JuLund 13/07/2016

O Dono do Morro, @cialetras
Olá pessoal hoje conversaremos sobre esse trabalho jornalístico de primeira em forma de livro, O Dono do Morro. O ruim de falar de livro não ficção é que não basta dar minha opinião, é preciso avaliar as circunstâncias e os fatos apresentados, principalmente por morar aqui no Rio.

O fato é que o autor, um jornalista inglês, veio ao Brasil para falar da ascensão de um criminoso. No primeiro momento pode parecer que ele está fazendo apologia ao crime organizado, mas não é o caso. Ele simplesmente relata de forma sucinta e desprovida de julgamento, como ele chegou até a posição de chefe do tráfico na maior favela do Rio de Janeiro.

Continue lendo no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/o-dono-do-morro-cialetras
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Flavio.Ferreira 21/09/2016

A história do tráfico de drogas no Rio de Janeiro (de novo)
O que se apresenta como a biografia do Nem, um dos notórios traficantes da Rocinha, revela-se um apanhado de histórias de outros criminosos, que servem para dar uma ideia de como ocorre o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. O ritmo do livro é o de uma grande reportagem, com ganchos que levam ao capítulo seguinte. Consegue ser bom, se o tema lhe interessar.
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Tatiana88 24/04/2024

Faltou pouco para completar as 5 ??
Poucos livros ganham as 5 estrelas comigo, e se você acompanha minhas leituras e notas por aqui, pode ter ficado surpreso por um assunto TÃO diferentes dos outros, ter ficado perto da 5ª estrela ?

A realidade é que o tema me gera MUITA curiosidade, e conhecer mais sobre a história de um dos maiores traficantes da Rocinha já foi o que me fez ler esse livro, mas, durante o desenrolar das páginas, fui muito surpreendida positivamente.

O autor (que é jornalista) fez um exímio trabalho de pesquisa, e foi muito além da história de Nem, trazendo um retrospecto sobre toda a história do Rio de Janeiro, a chegada da cocaína como fonte de poder e dinheiro às favelas, a criação das milícias (e o estabelecimento desse tipo de prática por lá), e como tudo isso delineou as ondas crescentes e decrescentes da criminalidade das maiores favelas de um dos estados mais violentos do Brasil.

Sendo muito honesta agora, a meia estrela foi perdida pois apesar da excelente pesquisa de background, achei o livro ligeiramente tendencioso, buscando motivação e justificativas por trás de tantas atrocidades que acontecem e que são descritas ao longo do livro.

Mas sem dúvidas alguma, recomendo muito o livro.
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day 09/06/2017

muito interessante
"Nem não é nenhum modelo de virtude, mas também não é nenhum demônio. É um homem vivo e inteligente, agora se aproximando dos quarenta anos. Tivesse recebido uma educação decente, não há a menor dúvida de que teria sido um empresário de sucesso sem nenhum registro policial." (from "O Dono do Morro: Um homem e a batalha pelo Rio" by Misha Glenny, Denise Bottmann)

Um livro muito interessante para quem se interessa pelo tema.
Uma grande reportagem,sobre como as quadrilhas do Rio agem e movimentam o negócio mais lucrativo do mundo,que é o tráfico de drogas.
Baseado ,na vida do Nem da Rocinha,que conta sua história de garoto pobre,pai trabalhador e depois o mergulho no mundo do crime.
O que mas é interessante é de como a personalidade de Nem ,era digamos "sensata " e organizada.
Nem ,caiu no mundo do tráfico pelo desespero de ajudar sua filha que sofria de uma doença rara.
Não venho aqui justificar a vida de um dos maiores traficantes do Brasil. Mas ver a história por outro ângulo nos ajuda a entender ,a vida de jovens favelados do Rio de janeiro.
O livro,também conta a história de outros traficantes do alemão,como lulu,saulo e bibi bandida.
Achei a leitura muito interessante,livro muito bem escrito e faz você entender muita coisa sobre as favelas cariocas e o serviço da polícia nessas comunidades.
Super recomendo esse livro.
"caminho que leva os garotos a entrar nessa carreira é bem conhecido. Os guias são indóceis: desemprego, testosterona, consumismo e carência — carência de figura paterna, de escola, de Estado e de um futuro. Na era da globalização, vivem cercados por imagens de glamour e bens materiais. Nas favelas, para muitos só há um caminho para chegar a tais coisas: o dinheiro do tráfico." (from "O Dono do Morro: Um homem e a batalha pelo Rio" by Misha Glenny, Denise Bottmann)

site: http://escreverdayse.blogspot.com.br/
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