Michelle 22/10/2012
A eterna luta entre bem e o mal dentro de cada um de nós
O título em si já é polêmico,e a capa desta edição,especificamente,bastante sombria,não deixando claro se é o anoitecer ou ou o amanhecer de um novo dia;Com a luz que emana de uma janela e se destaca na escuridão,nos remete à ideia da luz do bem,que ainda brilha,em meio às trevas.Ou Quem sabe,as trevas,que pouco a pouco,devoram toda a luz ,até restar apenas uma..
Dei esse livro de presente para um familiar que nunca o leu.Então ocorreu-me que eu mesma,depois de tanto tempo,pouco sabia do livro,com exceção do pouco descrito sobre a história na contracapa.
Esse romance, se dá no período mágico de uma semana,e faz parte da trilogia"Verônica decide morrer" e "Na margem do rio Pedra eu sentei e chorei".São livros que retratam mudanças importantes na vida de um indivíduo comum,e as reviravoltas que acontecimentos-aparentemente banais -provocam,verdadeiras encruzilhadas que mudam o rumo de nossa vidas.Chantal,a protagonista,e o "estrangeiro"( de nome fictício e vida obscura até quase o fim do livro)que é o anti herói dessa história pode ser qualquer um de nós.Comentou-se que o final poderia ter sido mais ousado,mais espetacular para uma história assim tão densa...Concordo;Porém,a vida não é feita de finais espetaculares e mal termina uma fase,iniciamos outra,e nem sempre nos damos conta...Imagino que Chantal e o peregrino ainda estejam por aí,talvez habitando o coração de cada um de nós e vivendo nossas pequenas grandes histórias pessoais.