Onde os velhos não têm vez

Onde os velhos não têm vez Cormac McCarthy




Resenhas - Onde os Velhos Não Têm Vez


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Fabrício 05/05/2024

Ótima estória
É uma obra sombria que mergulha nas profundezas da violência e da moralidade humana. A narrativa é intensa, porém, alguns podem encontrar a falta de desenvolvimento dos personagens e o final abrupto como obstáculos à plena apreciação da história.
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Andre.28 03/04/2024

Um thriler brutal no Velho Oeste
Logo de cara dá pra perceber que o livro é um thriller extremamente violento, com violência bem explícita. A História se passa no Velho Oeste americano, que ultimamanete vem sido marcado pela atuação violenta do psicopata Anton Chigurh, um homem que não deixa testemunhas de seus crimes, um assassino cruel que tem suas próprias leis em uma caçada humana em que ele próprio vai matando pessoas aleatoriamente. O destino cruza esse psicopata com o do ex-combatente e atirador do exército Llewelyn Moss, agora um homem comum em fuga com uma mala cheia de dinheiro do tráfico de drogas. Nesse tempo vemos o investigador e xerife da polícia do Texas Ed Tom Bell, um homem à moda antiga que sempre está um passo atrás do assassino e segue o rastro desses homicídios e a brutal caçada humana na fronteira com o México.

O livro em si tem um início um tanto lento, mas a partir dos 25-30% o ritmo se torna frenético. Chigurh é um assassino profissional imprevisível, sem escrúpulos ao se sentir um semi deus que decide quem vive e quem morre aleatoriamente, ele é um ser asqueroso que contrapõe o relato do velho xerife Bell, em uma onda de violência gratuita. Aos poucos dá pra entender o sentido do título, muito pelo ponto de vista do xerife e seu código moral saudosista em meio a brutalidade humana e a sua maldade escancarada dos tempos modernos. O final é perturbador e aberto, brutal, cruel e sanguinário. O ritmo em si é mais aproximado do suspense e do thriller psicológico do que uma obra de ação. O livro é muito bom, fluído na maior parte do tempo, e sabe prende o leitor com passagens frenéticas que misturam adrenalina, raiva em um tom angustiante e coeso.
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Paulo1376 02/04/2024

Muito boa leitura, em um mundo onde o tráfico de drogas e a violência dominam uma cidade no deserto. As experiências e as vozes dos mais velhos não tem mais vez.
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Gabriel Leoni 26/02/2024

Não me prendeu
A história é boa. Bem construída e tem personagens interessantes, mas não consegui me sentir preso à leitura. A forma da escrita também é estranha eu diria, não custava nada ter identificado os diálogos com travessão ou aspas que fosse.
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Bruno 03/02/2024

Já assisti diversas vezes o filme, sendo ele um dos meus favoritos da vida. Mas nunca havia lido o livro, até por estar meio sumido das prateleiras brasileiras. Quando vi o anúncio desta nova edição da Alfaguara não hesitei.
Me surpreendi em constatar o quão fiel a adaptação cinematográfica foi ao livro. As cenas, cortes e diálogos muito similares.
Minha segunda experiência com o autor e garanto que virá mais por aí. Que escrita gostosa de ler. Que diálogos leves e profundos ao mesmo tempo.

Pena ser tão curtinho. Gostei demais!
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Flávia Menezes 03/02/2024

NADA NA VIDA É MAIS CRUEL QUE UM COVARDE.
?Onde os velhos não têm vez? é um romance western e policial de um dos maiores escritores norte-americano contemporâneos, Cormac McCarthy, que ficou conhecido ?por suas representações gráficas de violência e seu estilo de escrita único, reconhecível por um uso esparso de pontuação e atribuição?.

Publicado em 19 de setembro de 2006, o romance tem como cenário o impiedoso deserto da fronteira do Texas com o México nos anos 1980. A trama inicia quando Llewelyn Moss, um jovem veterano da guerra do Vietnã, está à caça de antílopes próximo ao Rio Grande, e se depara com uma cena violenta de corpos cravejados de balas, um carregamento de heroína e mais de 2 milhões de dólares.

Quando decide pegar o dinheiro, Llewelyn sabe que aquele é o exato instante em que sua vida mudará para sempre, tendo ali iniciado uma verdadeira caça de homens.

No encalço de Llewelyn está o psicopata Anton Chigurh, contratado por um cartel para reaver o dinheiro, que por sua vez será perseguido por um ex-agente das forças especiais americanas. E atrás de todos eles, está o Xerife Bell, um homem atormentado por um segredo do passado, que segue sua vida tendo por base seus mais fortes valores morais.

Nesta caçada sanguinária, o destino de cada um deles dependerá do quanto estarão dispostos a sacrificar tudo em suas vidas.

A narrativa de Cormac muito embora seja econômica, possui uma agilidade e fôlego tão impressionantes que nos sentimos apreensivos em várias partes da leitura. E toda essa angústia e apreensão serão os elementos fundamentais para abrir caminho ao impacto que sofreremos com cada uma das tragédias que acompanham essa história do seu começo até o fim.

Apesar de toda a violência, acompanhar a cada início de capítulo os pensamentos, divagações e confidências pessoais do Xerife Bell, nos faz refletir sobre importantes temas, tais como os laços de amor, de sangue e os deveres que assumimos com cada pessoa que cruza o nosso caminho, cujas escolhas que tomamos serão responsáveis por moldar a nossa vida, tanto quanto poderão ser aquelas capazes de mudar completamente o nosso destino.

A cada livro que leio do McCarthy, eu confesso que me apaixono ainda mais pela sua escrita e por esse irresistível universo de faroeste que ele nos apresenta.

E muito embora, neste romance específico, eu preciso dizer que seu final foi tão abrupto, a ponto de dar aquela sensação de que algo ficou faltando, não há como encerrar essa resenha sem dizer que McCarthy é um verdadeiro mago das palavras, que ao descrever seus cenários e nos fazer mergulhar na vida dos seus personagens, ele é capaz de nos transportar para esse universo árido e brutal, que mesmo sendo repleto de tragédia, também é repleto por essa moral que rege a nossa humanidade.

?Meu pai sempre me disse para apenas fazer o melhor que puder e dizer a verdade. Dizia que não havia nada capaz de deixar um homem com a mente mais tranquila do que acordar pela manhã e não ter que tentar decidir quem você é. E se você fez alguma coisa errada apenas se levante e diga que fez e que sente muito e siga em frente. Não arraste as coisas junto com você.?
Henrique Sanches 03/02/2024minha estante
Wow, que resenha... parabéns. Eu assisti o filme que fizeram deste livro e gostei. Vou colocá-lo na lista de leituras futuras...


Flávia Menezes 03/02/2024minha estante
Henrique, muito obrigada!!! Então! Agora preciso assistir o filme, porque o livro? Realmente foi incrível! Coloca na lista sim. Mesmo tendo assistido ao filme, McCarthy sempre vale a pena! ?


Leo Moura 03/02/2024minha estante
Estava na expectativa dessa resenha! Que delícia ler um texto tão completo! Concordo contigo sobre o desfecho, mas o todo compensa com a qualidade da escrita, diálogos,enfim. Você me lembrou um detalhe: os pensamentos do xerife a cada início de capítulo! O tom de conversa deles é bom demais.


Flávia Menezes 03/02/2024minha estante
Leo, muito obrigada! Depois das suas colocações sobre esse livro na sua resenha, também resolvi rever a minha nota! rsrs Mas eu também penso como você: o todo compensa as partes que ficaram estranhas. E sobre isso do Xerife... confesso que eu aguardava ansiosa pelos inícios de capítulo só para acompanhar esses pensamentos deles. E a confissão... algo tão simples... mas que nos faz pensar em como em um momento como aquele era tudo o que ele tinha que fazer. Que livro, e me deixou mais curiosa ainda para ir para "Meridiano de Sangue".


Cleber 04/02/2024minha estante
Ainda não li nenhum livro do Cormac, adorei sua resenha e vou ter que colocar na minha lista??????


Flávia Menezes 04/02/2024minha estante
Cleber, muito obrigada! E coloca na sua lista sim! Vale a pena conferir esse autor. Agora, uma dica que sempre gosto de deixar sobre ele é começar com ?Todos os Belos Cavalos?. Mas esse também é fantástico. Espero que goste quando for ler. Ficarei de olho nas suas impressões.


Vênus_Alice 04/02/2024minha estante
que resenha espetacular!
me cativou a ler ?


Flávia Menezes 04/02/2024minha estante
Alice, minha querida, muito obrigada! Leia sim. E se me permite uma sugestão sobre McCarthy?leia ?Todos os Belos Cavalos?. ?


Vênus_Alice 04/02/2024minha estante
obrigada pela sugestão, lerei!


Cleber 04/02/2024minha estante
Obrigado pela dica, Flávia!?


Regis 12/02/2024minha estante
Adorei a resenha, Flávia! ???
Sou fã tanto do livro quanto da maravilhosa adaptação dos Irmãos Coen. Javier Bardem como Anton Chigurh dá vida, com extrema perfeição, a esse icônico psicopata.


Flávia Menezes 12/02/2024minha estante
Regis, muito obrigada!!! ?
Agora você me deixou bem curiosa pra ver a adaptação. Javíer fazendo o Chigurh? Nossa! Deve ter mesmo sido icônico! Agora estou doida pra ver!!!


Regis 12/02/2024minha estante
É a excelência da interpretação de um personagem tão magistralmente criado. Você vai adorar, Flávia. ?




Caio 01/02/2024

Escrita confusa, história muito boa
Não sei muito o que dizer a respeito do livro. Poucas vezes isso acontece comigo. Sei que gostei, porém a escrita do autor ainda confunde um pouco. Penso que não custaria pular uma linha para a pessoa entender que mudou o cenário, o personagem e a cena. Sei que é o estilo do cara e talvez isto torne a leitura um ato mais complexo. Ele sabe descrever os eventos com perfeição. Não tem vergonha de repetir a mesma frase num curto espaço de tempo: "Parou e ficou escutando."
Gostei muito de tudo que li, embora não saiba descrever o porquê com exatidão.
Recomendo com a ressalva que a escrita é um pouco confusa, entretanto a história é muito boa e os personagens são bem reais.
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ChristeF 28/01/2024

Meu primeiro livro de McCarthy e paixão à primeira vista pela maneira única que ele escreve. Um grande livro sempre proporciona um ótimo filme para as telonas.
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spoiler visualizar
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Isadora1250 22/01/2024

Bom, essa história não foi inédita pra mim por motivos de: é uma das favoritas do meu namorado.
mesmo assim, aproveitei muito a leitura e me sentia apreensiva com o passar das páginas, ansiosa para o que aconteceria em seguida. achei uma leitura mais ?suave? que a de blood meridian mas tão fluida quanto.
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Racestari 18/01/2024

Tem que se acostumar...
A história envolve mas a escrita revolve a cabeça da gente. Me perdia às vezes não sabendo quem falava...
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Dudu Menezes 12/01/2024

Livro de ação, mas com grandes reflexões sobre a vida
Meu primeiro contato com Cormac McCarthy foi lendo "A Estrada". A história de um pai e um filho tentando sobreviver, em um cenário pós-apocalíptico, havia sido uma experiência imersiva; menos pelo cenário em si e mais pelas reflexões sucitadas, muitas delas através dos diálogos.

Em "Onde os velhos não têm vez" lembrei o que havia me agradado na escrita de McCarthy e o que não havia gostado tanto. Minha ressalva fica por conta de alguns trechos que se tornam confusos pela forma como os diálogos se estruturam, já que isso se repetiu nos dois livros.

Mas este, aqui, é demais! Um enredo que prende do início ao fim. Precisamos saber o que vai acontecer com o jovem veterano da Guerra do Vietnã, Llewelyn Moss, depois que ele se mete numa baita confusão.

Imagina você estar caçando antílopes, na fronteira do Texas com o México, quando se depara com uma cena de negociação frustrada do narcotráfico. Estão todos mortos. O grupo que vendia heroína e os compradores. A droga ainda está lá, mas isso não interessa para Moss. O que o interessa é aquilo que despertaria interesse de qualquer um: 2 milhões de dólares! Ali, em uma valise, à sua disposição. Claro que existem questões éticas e morais a serem consideradas. E é óbvio que alguém vai querer reaver esse dinheiro, mas Moss é tomado pelo impulso e pelo desejo de resolver sua vida com uma grana que, certamente, ele não quer devolver aos seus donos. Ele os despreza e quer mais é que tenham prejuízos. E é aí que tudo começa.

Moss passa a ser perseguido pelo psicopata Anton Chigurh, um matador de aluguel, que quer reaver todo o valor e devolver ao seu verdadeiro dono. Enquanto o xerife Bell acaba tendo a incumbência de resolver o caso e ir atrás destes dois homens para tentar evitar que mais mortes aconteçam. Obviamente a mulher de Moss acaba implicada em tudo isso. E essa história ganha muito em nos deixar sem conseguir respirar até que as coisas se resolvam.

Aliás, as reflexões do xerife Bell, intercalando as cenas de fuga e perseguição, tornam-se convites para se pensar os "tempos modernos" em contraste com os "tempos antigos"; normas de comportamento, sobretudo, além dos segredos que nos acompanham por toda a vida.

Vou falar mais do livro no canal do Sujeito Literário no YouTube
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Helison.Fortunato 30/11/2023

Chato
Arrisco muito nas leituras e essa foi uma das, livro chato a história não me pegou, a escrita do autor me irritou por diversos momentos. A profundidade reflexiva que vi ressaltarem não consegui vislumbrar.
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Vitor Hugo 20/11/2023

O INEVITÁVEL, NAS IMENSIDÕES DO TEXAS.

Texas. 1980. Frustra-se uma negociação envolvendo heroína mexicana. Tiros. Sangue. Mortos por todos os lados. Um homem comum, Moss, então, encontra uma valise contendo mais de dois milhões de dólares. Dinheiro que seria usado para a aquisição da droga. A partir daí sua vida nunca mais seria a mesma. O mal, encarnado em um homem chamado Anton Chigurh, vai tornar seus dias um verdadeiro pesadelo.

Esta poderosa história, indissociável do filme dos irmãos Coen (2007), mostra toda a áspera realidade do narcotráfico na fronteira do México com os Estados Unidos. Sim. Há a implacável perseguição daquele que se tornaria um dos mais icônicos vilões do cinema ao cara comum, que apenas achou o dinheiro. Mas também há um terceiro elemento. O mais importante, aliás. O xerife local, Ed Tom Bell, fio condutor de toda a trama, responsável pelas meditações e divagações sobre tudo o que vai ocorrendo.

O xerife, já muito experiente, não consegue conceber toda a violência que toma conta de seu condado e das cidades vizinhas. Ele é o verdadeiro "velho que não tem vez", tal como consta no título do livro (e no título original do filme também).

Para o xerife, de uma geração que está sendo ultrapassada pelos fatos, a sociedade está doente e decadente. Não há mais respeito e consideração pelos mais velhos. Os costumes se deterioraram. As pessoas se drogam. Os traficantes reinam e ignoram a autoridade local, como se não existisse. E ele, apesar de fazer o possível para proteger Moss do mal absoluto, que é Chigurh, não quer olhar aquilo tudo de frente. É como ele diz já no início da obra: "acho que se trata mais daquilo que você está disposto a se tornar. E acho que um homem teria que colocar sua alma a prêmio. E eu não vou fazer isso".

Uma obra intensa. Direto ao ponto. Com diálogos rápidos e pontilhados de uma fina ironia. Uma imersão nas imensidões do Texas, com seus desertos e motéis baratos de beira de estrada. Uma obra que vai muito além da simples violência derivada do narcotráfico. Da disputa pela posse de um dinheiro marcado pelo sangue. Uma obra que te faz pensar sobre a vida, sobre o que importa. E sobre o inevitável que sempre vem, no caso, no livro, ele, Anton Chigurh e sua assustadora arma de ar comprimido.
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Igor.Banin 09/11/2023

Perfeito
Já havia visto o filme, mas obra original é ainda melhor. Baita história e meu livro favorito do McCarthy.
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