O Menino no Alto da Montanha

O Menino no Alto da Montanha John Boyne




Resenhas - O Menino No Alto Da Montanha


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PorEssasPáginas 05/10/2016

Resenha: O menino no alto da montanha - Por Essas Páginas
Sabe aquele momento que você está bloqueado? Nada está bom, nenhuma leitura progride, por mais que o livro não seja ruim, o problema é você. Bem, eu estava assim. E o que melhor para sair de uma vibe ruim dessas do que um dos seus autores favoritos? John Boyne nunca desaponta. Esse homem tem o dom de deixar cada história que toca perfeita. E em O menino no alto da montanha, ele conseguiu criar uma obra-prima tão marcante quanto seu livro mais conhecido, O menino do pijama listrado. Perturbador e inesquecível, é impossível não devorar esse livro, mesmo na pior ressaca literária.

A primeira coisa que pensei ao ler a sinopse foi “nada de bom pode resultar disso”. Como, se um garotinho vai parar na mesma que ninguém menos que Adolf Hitler? Você já começa o livro pensando que sim, ele vai doer. E dói.

A maestria do livro, além da narrativa, é claro, reside no fato de que Boyne envolve o leitor com o personagem principal de tal maneira que é impossível não amá-lo. Pierrot é apenas um garotinho órfão, que perdeu o pai muito cedo, um homem martirizado pelas cicatrizes da Primeira Guerra Mundial e que machucou demais a família. A mãe vai logo em seguida, alguns anos depois, vítima de uma doença fatal. Pierrot fica sozinho no mundo. Ele até tinha um melhor amigo, judeu, mas ele era criado apenas pela mãe, que não tinha condições de sustentar duas crianças. Pierrot perde até mesmo seu cachorro, que não tem condições de cuidar, e acaba indo para um orfanato. Um destino ruim, certo? Depois você até lamenta que ele não tenha ficado por lá.

O menino é adotado pela tia, irmã do pai, uma parente sobre a qual a família nunca incluía nas conversas. O motivo? Tia Beatrix é governanta na casa de ninguém menos que Adolf Hitler. Logo de início, Pierrot precisa abdicar do próprio nome, porque era “francês demais” e se torna Pieter. “Um pouco menos francês, um pouco mais alemão”. Não só o nome lhe é roubado, mas, aos poucos, sua identidade. É terrível e penoso assistir àquele menino doce crescer e, influenciado por Hitler, pela Juventude Hitlerista e pela Guerra, tornar-se outra pessoa completamente diferente. E apesar de odiar isso, de odiar suas ações, é impossível para o leitor odiar o personagem. Tudo o que a gente sente é um enorme pesar, uma imensa dor no peito que não passa, nem mesmo quando o livro termina.

Você até pode pensar “essa é mais uma história sobre a Segunda Guerra Mundial”, mas no fundo, não é. É uma história contemporânea, e nossa sociedade quebrada pode muito bem se identificar. É um livro para refletir: uma criança nasce ruim? Difícil acreditar nisso, não? Que um bebê, uma criança, nasça destinada a ser uma pessoa cruel, um bandido, um assassino. Aquele bebê de colo que só faz dormir e chorar? Aquela criança que brinca de pega-pega e pique-esconde? Como um ser como esse pode se tornar um adulto horrível? Um dia todos os tiranos, grandes ou pequenos, foram crianças. Foram inocentes.

Como sempre, John Boyne traz uma obra brilhante, com uma narrativa impecável e envolvente, personagens inesquecíveis e um final inteligente e surpreendente. A edição da Seguinte está muitíssimo confortável, como sempre, com uma ótima revisão e diagramação. A capa segue o padrão dos livros de Boyne que saem pela Companhia das Letras, mas dessa vez ela realmente faz sentido e não é apenas mais uma cópia da famosa capa de O menino do pijama listrado. É um livro curto, com uma linguagem simples e considerada jovem, mas não o subestime; é também um livro duro e cruel, e nenhum leitor sairá ileso dessa leitura.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha
Helder 24/10/2016minha estante
Estou adorando a leitura. Não consigo imaginar Pierrot sendo ruim.


Daia 28/03/2017minha estante
Amei a sua resenha, estou em um momento bem assim, já é o terceiro livro que leio e não consigo me conectar. Depois do que você disse fiquei interessada na história. Espero que consiga me tirar da ressaca literária hahaha Obrigada!




Mila F. @delivroemlivro_ 27/09/2016

Fantástico! Perfeito!
Para início de "conversa", O Menino no Alto da Montanha tem como contexto histórico a época da Segunda Guerra Mundial e a história é dividida em três partes. Durante as três partes vamos acompanhar a história de Pierrot.
Na primeira parte acompanhamos Pierrot, uma criança de sete anos vivendo com sua família na França e tem como melhor amigo um judeu. Pierrot em sua imensa inocência e ingenuidade não consegue compreender as constantes brigas de seus pais: um alemão (que lutou na guerra) casado com uma francesa. Há muitas coisas que Pierrot não consegue entender, inclusive a questão do preconceito contra os judeus, tanto que sua amizade com um judeu surdo é um dos exemplos de sua inocência e pureza. A amizade é retratada com demasiada delicadeza, é impossível não se encantar com essa parte.
No entanto, já na segunda parte do livro começam a acontecer muitas mudanças na vida de Pierrot, sobretudo quando fica órfão e vai parar num orfanato até que encontram sua tia Beatrix - a qual ele sempre ouviu falar, mas nunca tinha conhecido - e ela manda buscá-lo para morar com ela numa casa no alto da montanha chamada Berghof em que ela trabalhava como governanta. Essa parte do livro é bem complexa, pois Pierrot vai conviver com os alemães e aprender coisas nunca imaginadas, terá que perder um pouco sua identidade e suas memórias e isso começa a partir do nome, quando sua tia Beatrix o troca por Pieter, para que soe mais alemão. Pierrot não entende muitas coisas, no entanto, aos poucos vai se transformando e mudando seu comportamento, sobretudo quando conhece o dono da casa que aceitou sua presença nela: Adolf Hitler. Pierrot está numa fase de crescimento e se vê exposto a uma série de ideologias que contradiziam seu passado, mas que Pieter aceita e passa a seguir de maneira achar que a crueldade é o que há de normal e certo.
Já na terceira e última parte vemos Pierrot - agora totalmente Pieter - completamente seguidor das ideias de Hitler e completamente diferente de quem era quando chegou no alto da montanha, Pieter não é puro e inocente, fazendo coisas inimagináveis para sua tão tenra idade. Confesso que precisei de força para ler esse livro, porque é cruel e tão real... ver uma criança ingenua e pura se tornar algo tão monstruoso por pura influência de Hitler. É doloroso ver como se desenvolve essa parte do livro, inclusive depois da derrota da Alemanha na guerra, a morte de Hitler e a invasão de Berghof.
Sim, há um epílogo onde podemos conhecer ainda mais que fim levou Pierrot e como anda seus sentimentos em relação a culpa, arrependimentos ou não, como ele está lidando com a consciência. Essa parte é fabulosa, sim, mas ao mesmo tempo dolorosa, ver um personagem que aprendemos a amar (na primeira parte) e a depois odiar (na segunda e terceira partes) dizer seus sentimentos e responsabilidades diante das escolhas que fez. Pierrot perdeu tanto de sua inocência e caráter que ao final da obra só conseguimos ver um lastimável, solitário e desolado Pieter independente do que tenha ou venha a construir.
Como sempre, acho incrível como John Boyne constrói suas histórias em contextos tão trágicos e ao mesmo tempo faz com que o leitor além de se emocionar possa refletir sobre o que está lendo, sobre a pior "face" do homem.
Ao terminar a leitura de O Menino no Alto da Montanha fiquei inquieta, uma parte eufórica por ler algo tão bem escrito e outra parte triste, porque é uma história triste - não há nada de feliz em uma guerra - e é extremamente angustiante acompanharmos a transformação de uma criança com sua mente fraca/pura/inocente sendo corrompida por ideologias devastadoras e cruéis, transformando um bom coração em algo tão cheio de maldade a ponto de considerar aquele caminho aquela forma de ver a vida a correta, já que foi o que lhe ensinaram - um caminho trilhado por outros o qual foi "forçado" a percorrer.
Em suma, meu coração se despedaçou com essa leitura, novamente, Boyne, foi um escritor destruidor e ao mesmo tempo magnifico. Sem dúvida, Boyne, nasceu para escrever e continua no topo dos melhores escritores que já li. Sem dúvida alguma você, leitor, deveria dar uma chance a esse livro, certamente não haverá arrependimentos, no entanto, caso não o leia, está perdendo a oportunidade de ler algo bem escrito, com uma história fabulosa e envolvente.

site: www.delivroemlivro.com.br
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Fabiana 27/09/2016

Sensível
Embora tenha uma "pegada" juvenil e seja uma leitura bastante simples (por vezes rasa), mostra o quanto um jovem pode se envolver com uma ideologia.
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Vanessa França 23/09/2016

Me surpreendeu
É 1936 em sete anos de idade Pierrot Fischer está vivendo em Paris com sua mãe francesa e pai alemão de Pierrot, que foi atingida pelo serviço da Grande Guerra, deixando a família logo após o quarto aniversário de Pierrot. Embora ele sinta falta do pai profundamente, Pierrot está contente com sua vida em Paris com sua mãe, em particular ele tem seu melhor amigo, Anshel, para lhe fazer companhia.

Um dia, a mãe de Pierrot tosse sangue e em poucas semanas, ela está morta. Pierrot é agora um órfão, sozinho no mundo. Ele permanece com Anshel e sua mãe por um tempo, mas a mãe solteira não ganha dinheiro suficiente para sustentar dois filhos, e Pierrot é finalmente enviado para um orfanato.

A vida é difícil para Pierrot no orfanato. No entanto, a sua estadia é de curta duração, logo ele vai morar com sua tia de Beatrix, que ele nunca conheceu. Ela vive na Áustria e é uma empregada doméstica no Berghof, que está localizado nos Alpes da Baviera. A vida de Pierrot está prestes a mudar irrevogavelmente, como é a trajetória do mundo.

Em preparação para o primeiro encontro de Pierrot com o dono da casa, Beatrix veste Pierrot de acordo com o vestuário alemão tradicional, informando que ele agora será chamado Pieter e o instrui a não mencionar sua vida em Paris, especialmente seu amigo Anshel. Assim percebe que Berghof é a casa de campo de Adolf Hitler.

De primeira, Pieter não sabe o que fazer com o Fuhrer, e Fuhhrer, que tem muito pouca experiência com crianças, não sabe o que fazer com Pieter. No entanto, não demora para que os dois se tornam companheiros e confidentes.

O menino no alto da montanha conta a estada de Pieter em Berghof até 1945. Durante os nove anos em que Pieter está familiarizado com Hitler, a influência do Fuhrer sobre ele cresce. Esta influência altera os pensamentos de Pieter, molda suas crenças e, em última instância, determina suas escolhas e ações.

Assim como Boyne faz em O Menino do Pijama Listrado, ele examina os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto através dos olhos da criança ou um inocente. No entanto, ao contrário de O Menino do Pijama Listrado, este livro assume uma postura muito mais crítica sobre o que significa ser inocente e quem é culpado pelas atrocidades cometidas durante este período de tempo. De muitas maneiras, Pierrot / Pieter representam todos aqueles que tomou conhecimento das ações de Hitler ao longo do tempo, mas não fez nada para detê-los. Pierrot entra no Berghof uma criança inocente desconhecendo as diferenças entre as pessoas, mas Pieter nove anos mais tarde está bem ciente das supostas diferenças entre "povo" e os passos que o Fuhrer levou para purificar seu povo e eliminar essas diferenças.

O menino no alto da montanha, assim como Boyne faz em O menino do Pijama Listrado, acrescenta um ponto de vista novo e importante sobre a Segunda Guerra Mundial e do Holocausto para leitores de todas as idades. Mas, como todos a grande literatura, as perguntas surgem de acordo com o transcorrer da história. E são, em muitos aspectos, tão relevante, se não mais relevante, aos dias de hoje do que na época em que ocorre a história desse livro.


site: https://geeklivroseresenhas.blogspot.com.br/2016/09/o-menino-no-alto-da-montanha-de-john.html
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Raffafust 14/09/2016

Pierrot é um menino de apenas 6 para 7 anos quando perde sua mãe. Francês, ele já havia perdido o pai que era alemão e após lutar na guerra ficou traumatizado e entregue às bebidas, até que faleceu, e agora se viu sendo enviado para uma orfanato já que a família que morava com ele e para qual sua mãe trabalhava afirma que não poderá ficar com ele. Triste, ele aceita sua realidade, e já´sente falta de seu melhor amigo, Anrshel, um menino surdo que se comunica por sinais e é judeu.
Quando chega no orfanato ele acaba ficando pouco tempo, já que a irmã de seu pai o leva para morar com ela em uma casa na Alemanha no alto de uma montanha onde ela é governanta.
John Boyne não seria o autor desse livro se brilhantemente ele não tivesse colocado o menino na casa de ninguém menos que Adolf Hitler, sim, é para ele que sua tia trabalha e o menino terá que mudar seu nome para Pieter, um nome mais alemão para que o temido fuhrer goste dele. Mas como um homem tão odioso pode gostar de alguém? Com o tempo Pierrot vai se encantando até mesmo com as maldades do patrão de sua tia e se filia a juventude Hitlerista, impressiona ver como o menino bondoso vira um monstro e foca nas ideias de Hitler para cumprir seu papel de dedo duro, papel que desempenha muito bem, fazendo até mesmo com que outras pessoas sejam fuziladas mas nunca traindo o fuhrer.
Incrível perceber em um livro no como o protagonista se transforma em algo que não terá volta, com isso ele ignora o melhor amigo, ele abusa de uma moça - ele cresce, boa parte da história ele já terá 16 anos - e ainda tem " a cena" que chega a dar nervoso quando narrada e essa sementinha do mal nada faz para salvar as pessoas.
Cria-se uma relação de amor e ódio com o protagonista, se por um lado entendemos que ele é fruto do ambiente que cresceu, por outro nota-se que ele tem prazer em ver a dor alheia, em sentir que pode fazer tudo que bem entende porque é protegido de Hitler, o leitor passa então a torcer contra Pierrot, que à essa altura já se transformou em Pieter.
Tal qual a vida real, Boyne sabe que o ser humano é capaz a atrocidades, de ir para o lado das maldades, é como um ímã que os atrai...e o autor nos reserva um final digno de fechar o livro e ficar pensando no como somos, no como as pessoas que nos rodeiam são...mais uma obra prima de John Boyne.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2016/09/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
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Shirley Fernandes 07/09/2016

O Menino no Alto da Montanha
Uma leitura que prende a nossa atenção do início ao fim. Um garoto que experimenta o poder e por ter tido algumas injustiças vê naquele momento uma oportunidade de ter o poder. Mas infelizmente ele está perto de um louco que procura exterminar uma raça humana. Ele usufrui o poder mas em determinado momento ve o quanto fez errado. Se vê perdido diante de estar novamente na mesma condição de solidão que um dia já havia passado. Volta atrás afim de procurar encontrar se haverá um novo começo.
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Leitora Viciada 03/08/2016

Resenha para o blog Leitora Viciada www.leitoraviciada.com
John Boyne ficou conhecido após a publicação de O Menino do Pijama Listrado (The Boy in the Striped Pyjamas, 2006), adaptado para o cinema em 2008. Nascido na Irlanda, se tornou best-seller, já foi traduzido em mais de quarenta idiomas e escreve para todas as faixas etárias. A Companhia das Letras é a editora responsável por trazer as publicações do autor ao Brasil.
Desta vez a novidade foi lançada pela Editora Seguinte: O Menino no Alto da Montanha (The Boy at the Top of the Montain, 2015), literatura juvenil onde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) volta a ser o foco do autor. Portanto, é um romance histórico juvenil em volume único.
A capa original foi mantida em lançamento de julho de 2016, com orelhas e marcador de páginas recortável, miolo em papel amarelado e revisão e diagramação impecáveis. Agradeço também ao tradutor por seu trabalho. Já que Boyne retorna ao tema de sua obra mais conhecida, a imagem da capa tem design semelhante a encontrada em O Menino do Pijama Listrado, mas trocando as cores, as mesmas da bandeira do Nazismo. Nesta história brilhante e cativante acompanhamos os conflitos de um menino que perde tudo e é obrigado a crescer e morar sob a sombra constante de Adolf Hitler, ditador alemão.

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada. -> leitoraviciada.com
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2016/08/o-menino-no-alto-da-montanha.html
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