O Menino no Alto da Montanha

O Menino no Alto da Montanha John Boyne




Resenhas - O Menino No Alto Da Montanha


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Marcos Pinto 03/01/2017

Tocante
A guerra tem facetas cruéis e terríveis. Contudo, quando corrompe a inocência de crianças, tudo se torna ainda pior. Nessa obra, John Boyne retrata exatamente isso: o corromper de uma alma inocente; mais precisamente, a alma de Pierrot.

O garoto ainda era novo quando sua mãe falece e ele acaba ficando sem ter para onde ir. Até havia a possibilidade de ficar com amigos da família, mas eles eram judeus e os tempos eram difíceis. Após uma breve passagem por um orfanato, Pierrot consegue um novo lar. Ele vai morar com a sua tia Beatrix, em uma casa onde ela era governanta.

Contudo, o casarão no topo da montanha onde ele vai morar era uma das residências de Adolf Hitler. A princípio havia o temor do tirano detestar a criança. Porém, tudo fica ainda pior quando o líder nazista se torna próximo do garoto e começa a lhe ensinar os preceitos de seu regime totalitário. Cada vez mais o jovem Pierrot se afasta da sua inocência e flerta com a dor, o ódio e o preconceito. Haverá perdão para um discípulo de Hitler? Haverá como se recuperar de uma lavagem cerebral?

“Ele é um menino completamente diferente daquele que veio morar aqui. Você também deve ter reparado” (p. 151).

Partindo dessa premissa, Boyne cria uma obra bela, profunda e com forte apelo psicológico. Isso acontece principalmente devido ao excelente desenvolvimento do protagonista, o que nos permite entender como as influências podem moldar a alma de uma criança. Acompanhar a passagem da infância para a adolescência de Pierrot é algo doloroso, mas altamente verossimilhante, o que dá ao livro um aspecto único.

Outro fator que torna a leitura mais interessante é o bom aprofundamento histórico da trama. Para quem gosta de conferir enredos que se passem no período da Segunda Guerra Mundial, esse livro é uma excelente oportunidade. Apesar do foco ser a relação entre Hitler e o garoto, o fundo histórico está sempre presente, alterando, inclusive, a ação dos personagens.

É também possível tirar da referida obra um detalhe que deixará o leitor pensando por dias: a força que o poder tem sobre a mente das pessoas. Em diversos momentos do livro, o leitor é levado a pensar sobre a estrutura do poder e como ele corrompe e destrói, chegando ao ponto de não nos preocuparmos em passar sobre outras pessoas se isso for trazer benefícios reconfortantes.

“Se não for impedido, o Führer vai destruir o país todo. A Europa toda. Ele diz que está iluminando a mente do povo alemão, mas é mentira. Hitler é a própria escuridão” (p. 151).

Além do bom enredo e da trama que convence, o livro também merece destaque pela ótima parte física que possui. A capa é bela e dá uma boa ideia do que vamos encontrar na obra. Além disso, a diagramação, apesar de simples, aliada à boa revisão e tradução, proporciona uma excelente leitura. Ou seja, mais um trabalho com padrão de qualidade da Seguinte.

Em suma, O Menino no Alto da Montanha é uma obra que toca e mexe com o leitor, tanto na parte sentimental quanto no sentido de colocá-lo para pensar. Além disso, possui um excelente embasamento histórico. Sem dúvidas, uma excelente opção para adolescentes e adultos.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2017/01/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
Vivi de Freitas 03/01/2017minha estante
Excelente resenha! Gosto de livros que tenham pano de fundo histórico, principalmente quando envolve Adolf Hitler e suas tiranias, mas a resenha essa resenha é um belo convite.


Marcos Pinto 04/01/2017minha estante
Obrigado, Vivi. Espero que você tenha a oportunidade de conferir a obra e gostar.




Dress@ 01/01/2017

Incrivel...
Leitura que nos prende do inicio ao fim!
Uma criança pura, inocente com todo amor, após ficar órfão e sofrer algumas injustiça ele é adotado por um doido que ama o poder e quer acabar com uma raça humana.
Com os anos ele vai gostando do poder e vai usando em pessoas que realmente o amavam de verdade e no fim percebe que tudo não era bem daquele jeito! O amor ainda é o melhor de todos,
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@APassional 20/12/2016

* Resenha por: Samantha Culceag * Arquivo Passional
“O Menino No Alto da Montanha” é um livro que fala sobre inocência e transformação, como uma criança pode ser moldada a partir da criação que recebe e das coisas que ouve, como um jovem rapaz pode fazer coisas ruins sem se dar conta disso... É um livro triste, porém reflexivo, que te faz desaprovar algumas ações dos personagens, mas entender o porquê delas. No geral, tive uma ótima experiência com este livro e pretendo ler mais obras de John Boyne.

Confira a resenha completa no blog Arquivo Passional.

site: http://www.arquivopassional.com/2016/08/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
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Tatinha 13/12/2016

O medo que dá quando o mal corrompe uma alma inocente!
Depois que terminei o livro fiquei pensando ainda por um tempo como é assustador e fácil corromper uma alma inocente. No inicio essa alma é doce e pura demais para saber o que está acontecendo, e quando é tomada pela escuridão, a luz se sente sufocada demais para aparecer e então todo mal é carregado sobre essa alma... se é fraca e se não lhe é dado a oportunidade de redenção ela quebra, mas...se ela pode ser perdoada está quebrada demais para ter a pureza de outrora... então ela já se perdeu!
O mais assustador de uma guerra, e dessa guerra em particular é ver como tantas pessoas , pessoas normais como você e eu, deixaram ou se omitiram ou se convenceram e fizeram parte de algo tão monstruoso como o que aconteceu naquela Alemanha de Hitler. Se eu tivesse um chapéu no momento eu tiraria para John Boyne, porque ele conseguiu mostrar nesse livro com uma beleza de mestre e de uma forma tocante e triste e assustadora a facilidade que é corromper uma alma. Não qualquer alma, uma alma inocente e pura. Percebemos o quanto é assustador, pois qualquer pessoa pode ser corrompida. Como que o mal pode vir de qualquer pessoa, como o homem comum, apenas por não pensar por si próprio, pode causar uma destruição sem precedentes, como aconteceu na Alemanha, quando milhares de pessoas se esqueceram do principio básico da convivência humana, como não é preciso uma pessoa má para fazer o mal, apenas uma pessoa ignorante pode queimar o mundo. O pior, como uma alma e uma mente em formação pode ser distorcida e levada ao vazio, como é perigosa manipular mentes jovens. O perigo que é não se esforçar para ter pensamento próprio, a ameaça que é se deixar levar por uma ideia ou se deixar seduzir por um sonho podre!
Creio que esse livro deveria ser leitura obrigatório é de uma beleza sem precedentes e também muito assustador!
Helder 18/12/2016minha estante
Linda resenha.


Tatinha 18/12/2016minha estante
Obrigada!




Maria1691 22/11/2016

O Menino no Alto da Montanha, por John Boyne
Neste livro vamos conhecer Pierrot Fischer e acompanhá-lo de sua infância até sua vida adulta; ele sempre viveu em Paris junto com sua mãe e seu pai, que serviu na primeira Grande Guerra e acabou com sequelas psicológicas irreversíveis; um dia, quando Pierrot tinha apenas quatro anos, seu pai saiu de casa e não voltou, alguns dias depois chegou a noticia de sua morte.
Mesmo sentindo muita falta de seu pai, Pierrot seguiu sua vida ao lado de sua mãe e de seu melhor amigo Anshel; até que chega um momento muito delicado em sua vida: sua mãe começa a tossir muito e a expelir sangue e, após apenas algumas semanas, acaba falecendo.

Pierrot, agora sozinho no mundo, fica alguns dias com a mãe de seu amigo, mas acaba tendo que ir para um orfanato, já que ela é mãe solteira e não tem condições para criar mais uma criança. A vida do garoto no orfanato não é nada fácil, ele é constantemente maltratado pelos demais órfãos.

Mas, para seu alivio, ele fica pouco tempo no lugar, pois recebe uma carta de sua tia Beatrix dizendo que ficaria muito feliz se ele fosse morar com ela numa casa onde é governanta, e essa mudança vai mexer drástica e definitivamente com a vida do garoto, pois o patrão de sua tia é nada mais nada menos que Adolf Hitler.

Resenha Completa Em:

site: http://palavrasradioativas.com/o-menino-no-alto-da-montanha-por-john-boyne/
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Dressa Oficial 11/11/2016

Resenha - O Menino no Alto da Montanha
Olá, tudo bem com você?

Adoro John Boyne, ele sempre consegue me surpreender com seus livros, e sempre fico de coração partido quando leio seus livros.

Com esse não foi diferente, mas com toda certeza foi um dos melhores livros que já li dele, se você nunca ouviu falar ou não lembra dele, ele é o famoso autor do livro "O Menino do Pijama Listrado" que virou filme e muitos se emocionaram com essa linda história.

O Menino no Alto da Montanha me cativou logo nas primeiras páginas, contando a vida de Pierrot um garoto francês mas com um pai Alemão que enfrentou a primeira guerra mundial e leva consigo os todos os traumas causados pela guerra guardados em sua mente.

O pai começa a beber e a tratar mal a mãe para esquecer os problemas da guerra, e a mãe acaba ficando doente, quando Pierrot tem apenas 7 anos ele perde os pais e fica órfão.

Ele é amigo de Anshel tem a mesma idade que ele, porém a família de Anshel são todos Judeus e não podem abrigar Pierrot em suas casas tendo que fugir a qualquer momento.

Então Pierrot vai parar em um abrigo para crianças órfãs e vamos percebendo como ele é inocente, medroso e não gosta de brigas, porém os meninos mais velhos se aproveitam dessa situação e sempre acabam tirando sarro ou batendo em Pierrot.

Pierrot acaba indo morar com uma tia que ele nunca teve contanto, mas por ser irmã do seu pai ele vai para casa dela com receios e muitos medos.

Essa casa que ele vai é nada mais nada menos que de Hitler, uma casa de férias que fica no Alto das Montanhas, sua tia Beatrix trabalha e mora na casa como governanta.

Pierrot agora tem que se chamar Pieter pois o nome francês pode causar muitas confusões dentro da casa.

Ele continua tendo a inocência que crianças de 7 anos costumam ter, porém ele vai se aproximando mais de Hitler, ele se afeiçoa a imagem de poder que ele tem e ao medo que todos os funcionários da casa tem dele, e decide seguir a mesma linha.

O livro é dividido em três partes, antes durante e depois da segunda guerra mundial, e vemos dois personagens diferentes.

Pierrot era uma boa criança, inocente, gentil e amoroso, quando ele convive com Hitler e muda de nome para Pieter se torna um adolescente prepotente, mesquinho e invejoso.

É uma pena você ver como o Poder pode mudar a vida das pessoas, e quanto é doloroso ver a infância se perdendo por causa de Poder.

O livro passa uma mensagem muito interessante e é daqueles que a gente quer que todo mundo leia pelo menos uma vez na vida, para sentir as mesmas emoções de quem já leu.

Então meu amigo disse que tinha uma história para contar; a história de um menino com o coração cheio de amor e decência, mas que acabou corrompido pelo poder. A história de um menino que cometeu crimes que carregaria para sempre; um menino que magoou aqueles que o amaram e que causou a morte de pessoas que não lhe demonstraram nada além de generosidade; que sacrificou seu direito ao próprio nome e que passou o resto da vida tentando reconquistá-lo. A história de um homem que procurou por alguma maneira de reparar as próprias ações e que jamais esqueceu as palavras de uma criada chamada Herta, que lhe dissera para nunca fingir que não sabia o que estava acontecendo; que essa mentira seria o pior crime de todos.


Eu adoro John Boyne e depois de ler este livro adoro mais ainda, já falei bem de outro livro dele aqui no blog "Fique Onde Está e Então Corra" que também é maravilhoso e é impossível não se surpreender com sua escrita que toca no fundo do coração.

Beijos

Até mais!

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2016/11/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
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Virgílio César 08/11/2016

Primeiro livro que leio do autor e achei sensacional. Emocionante do início ao fim. Com certeza irei ler outros da obra dele que apenas conhecia pelo filme O Menino do Pijama Listrado.
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Helder 27/10/2016

Uma criança "criada" por Hitler
Como é bom quando lemos um livro assim. Simples, criativo, inteligente e muito bonito. Da vontade de convencer o mundo a lê-lo também.
O Menino no Alto da Montanha é um presente escrito por John Boyne e me conquistou logo pela sinopse.
Pierrot, é um bom menino nascido na França após a primeira guerra mundial. Sua vida de criança é tranquila, junto com seu amigo surdo judeu que adora escrever. Porém, ao ficar órfão de seu pai alemão e de sua mãe francesa ele é encontrado por uma tia alemã, que o leva para morar com ela em seu local de trabalho. Só existe um problema em seu trabalho: Ela é governanta. Onde? Na casa de campo de Hitler, conhecida como Ninho da Águia que realmente existe até hoje na Áustria. E assim, de repente, com 7 anos, Pierrot encontra-se morando na casa do Fuhrer. E ali existem perigos difíceis de perceber para uma criança nessa idade.
Logo ao chegar, a tia lhe explica que muitos cuidados devem ser tomados, O primeiro deles é ele mudar de nome. Pieter é uma versão mais alemã de seu nome. Outro ponto problemático que precisa ser cortado são as cartas trocadas com o amigo judeu, que passa a descrever cada vez mais a invasão nazista e perseguição a judeus em Paris.
Ao chegar à casa, Pierrot é um menino que está sempre apto a ajudar e se sente importante sendo útil. Porém, com o tempo nossos olhos começam a perceber um processo de transformação. Em sua ingenuidade, Pierrot vai se transformando em Pieter e passando a ver o Senhor da casa como um exemplo a ser seguido. Tudo em nome da pátria! E aí tudo é valido, e o conceito de certo ou errado passa a ser outro. Vale a pena machucar pessoas em nome de seu país.
John Boyne tem um talento incrível para mostrar o mundo cruel girando ao redor da inocência, mas aqui, diferente de seu livro de maior sucesso, esta inocência vai se deteriorando e sentimos a dor de acompanhar esta triste mutação. Sempre baseado em seu “exemplo de pessoa correta, Hitler”, Pieter vai se tornando um menino egoísta e egocêntrico, achando-se o braço direto de Hitler e acreditando ter direitos diferentes de todos os outros moradores da casa. O menino sempre apto a ajudar passa a acreditar que deve servir somente a Hitler, e deve ser servido por todos, mesmo que para isso precise humilhar pessoas que lhe estenderam a mão.
Neste ponto o autor nos faz pensar em como uma criança pode ser moldada por um adulto. É possível que uma criança tenha princípios ou consiga agir completamente diferente daqueles que as educam? Ok, Boyne pega pesado e coloca Hitler como este “educador”, mas é possível trazer para nossa realidade e nos fazer pensar o cuidado que devemos ter para educar nossos filhos, pois o que fazemos com certeza servirá de exemplo e em muitos casos, até de objetivo de vida destes pequenos. Dia a dia estamos moldando o caráter destas crianças
Outro ponto que deixa a leitura muito interessante é que esta transformação vai acontecendo em paralelo a fatos históricos. Boyne mistura diversos fatos reais com sua estória romanceada e torna tudo extremamente crível. E viajamos junto com ele na imaginação. Como seria ganhar um uniforme do próprio Hitler? Ou presenciar conversas políticas com grandes líderes como o Duque de Windsor, que contrário a seu país, resolveu conhecer Hitler, por quem foi assediado? Ou participar de uma reunião onde se discute a arquitetura dos primeiros campos de concentração?
Para Pieter estes são fatos corriqueiros, e participar de tudo isso, nem que seja só como ouvinte, o tornam um menino extremamente orgulhoso e arrogante. Por mais que nunca tenha ido ao front, ele se sente participando da guerra em uma posição especial, já que está “ao lado” de Hitler.
E ai vem a dúvida: O mal nasce com a gente ou pode ser gerado? É fácil destruir a ética de uma pessoa? Se Hitler conseguiu mexer com a cabeça de um país, o que não seria capaz de fazer com um garoto órfão com necessidade de aprovação.
De acordo com Boyne, algumas pessoas, um dia percebem seus erros e precisam lidar com este peso, e nem sempre existe redenção. E os erros cometidos por Pierrot são enormes e com certeza o marcarão para toda a vida. Que vontade que temos de evitar que ele siga estes caminhos, pois sabemos que não terão volta e que as marcas serão enormes.
Acho ainda, que outros autores teriam escrito um livro mais pesado, mas Boyne consegue nos mostrar a crueldade em pequenos detalhes. Uma mão leve, mas extremamente eficaz.
O final do livro é muito especial e nos traz um pequeno alivio. A história foi contada como devia ser.
Lindo! Para ficar pensando após terminar a leitura.
Recomendo!
Eli Coelho 19/01/2017minha estante
Depois dessa vai entrar na minha booklist




Lina DC 27/10/2016

A história é narrada em terceira pessoa e dividida em três partes. Pierrot é um garotinho muito amado pelos pais e que apesar de uma vida simples, era feliz. Nem tudo era fácil, mas era suportável. O pai às vezes fugia para o mundo criado em sua mente, pois lembrar-se do que passou na Guerra era doloroso demais. Mesmo assim, tentava ser um bom pai. A vida toma um novo rumo quando o pai vem a falecer e alguns anos depois, sua Maman também.

"- Eu também te amo, Papa - Disse Pierrot. - Mas amo mais quando está me carregando nos ombros. Não gosto quando senta na poltrona e não fala comigo e com Maman.
- Também não gosto - disse Papa, baixinho. - Mas, às vezes, é como se uma nuvem escura me cobrisse, e não consigo fazê-la ir embora. É por isso que bebo. Ajuda a esquecer.
- A esquecer o quê?
-A guerra. As coisas que vi . - Ele fechou os olhos e sussurrou. - As coisas que fiz". (p. 14)

Pierrot não tem opções e é enviado para um orfanato. Seria lógico presumir que sua vida em tal local é a situação mais difícil pela qual ele passa, mas não. Mesmo sendo jogado em um novo mundo, sem nada de sua antiga vida e tendo que lidar com as dificuldades em se viver com tantos outros órfãos em uma situação nada ideal, ainda assim era melhor do que o futuro lhe guardava.

A irmão de seu pai aparece aparece no orfanato e o adota. A grande questão é que ela é a governanta de Adolf Hitler e ao levá-lo para a residência desse homem tenebroso, a inocência de Pierrot é violada. O livro é uma grande reflexão não apenas dos aspectos da guerra, mas sim do comportamento humano. A índole de um garotinho, que era tão amado e bondoso, vai sendo moldada através de uma visão corrupta e deturpada e o meio em que ele se encontra começa a influenciar sua mente.

Essa é a grande questão da obra que John Boyne criou com tanta maestria. É um livro denso, cheio de complexidade sobre a moral humana e muito doloroso de se ler. Doloroso porque somos meros expectadores da vida de Pierrot, uma vida com tanto potencial, mas que teve influências tão terríveis.

Não há nada mais do que elogios a se dizer sobre a escrita de John Boyne. É uma escrita fluida, coesa e impactante. A criação de seus personagens também é algo a se elogiar, pois eles contêm a dualidade, todos tem potencial para ser malvado ou bondoso, o que causa grande reflexão durante a leitura. Ficamos nos questionando "E se?" tal situação não acontecesse ou fosse diferente, faria diferença na índole dele?

Quanto ao trabalho editorial, a Seguinte realizou um ótimo trabalho. Revisão, diagramação e layout muito bem feitos e uma capa simples que chama a atenção.

"Foi Pierrot quem se levantou da cama naquela manhã, mas foi Pieter quem se deitou à noite, caindo no sono logo em seguida". (p. 166)

site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Analu 22/10/2016

“O menino no alto da montanha”, John Boyne
O livro de John Boyne (mesmo autor de O Menino do pijama listrado) conta a história de Pierrot, um menino que mora em Paris e tem mãe francesa e pai alemão. Tendo seu pai, um soldado já falecido que lutou a primeira guerra, como um grande ídolo, o menino almejava constantemente se tornar um homem poderoso quando crescesse, e isso é a chave de toda a narrativa, que fala principalmente sobre o desejo de reconhecimento e poder e sobre como as pessoas podem acreditar piamente em alguma coisa sem nem saber exatamente o que elas significam. [...] Continua no link!

site: http://revistapolen.com/o-menino-no-alto-da-montanha-john-boyne/
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Jair 12/10/2016

Bom livro
A leitura é excelente, mas acho que falta algum tipo de consciência, mesmo Pierrot sendo uma criança, praticamente, do início ao fim do livro. Ele não possui uma autorreflexão do que é certo ou errado e a historia muda repentinamente. O que antes era ruim passa a ser bom/aceitável em minutos.
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PorEssasPáginas 05/10/2016

Resenha: O menino no alto da montanha - Por Essas Páginas
Sabe aquele momento que você está bloqueado? Nada está bom, nenhuma leitura progride, por mais que o livro não seja ruim, o problema é você. Bem, eu estava assim. E o que melhor para sair de uma vibe ruim dessas do que um dos seus autores favoritos? John Boyne nunca desaponta. Esse homem tem o dom de deixar cada história que toca perfeita. E em O menino no alto da montanha, ele conseguiu criar uma obra-prima tão marcante quanto seu livro mais conhecido, O menino do pijama listrado. Perturbador e inesquecível, é impossível não devorar esse livro, mesmo na pior ressaca literária.

A primeira coisa que pensei ao ler a sinopse foi “nada de bom pode resultar disso”. Como, se um garotinho vai parar na mesma que ninguém menos que Adolf Hitler? Você já começa o livro pensando que sim, ele vai doer. E dói.

A maestria do livro, além da narrativa, é claro, reside no fato de que Boyne envolve o leitor com o personagem principal de tal maneira que é impossível não amá-lo. Pierrot é apenas um garotinho órfão, que perdeu o pai muito cedo, um homem martirizado pelas cicatrizes da Primeira Guerra Mundial e que machucou demais a família. A mãe vai logo em seguida, alguns anos depois, vítima de uma doença fatal. Pierrot fica sozinho no mundo. Ele até tinha um melhor amigo, judeu, mas ele era criado apenas pela mãe, que não tinha condições de sustentar duas crianças. Pierrot perde até mesmo seu cachorro, que não tem condições de cuidar, e acaba indo para um orfanato. Um destino ruim, certo? Depois você até lamenta que ele não tenha ficado por lá.

O menino é adotado pela tia, irmã do pai, uma parente sobre a qual a família nunca incluía nas conversas. O motivo? Tia Beatrix é governanta na casa de ninguém menos que Adolf Hitler. Logo de início, Pierrot precisa abdicar do próprio nome, porque era “francês demais” e se torna Pieter. “Um pouco menos francês, um pouco mais alemão”. Não só o nome lhe é roubado, mas, aos poucos, sua identidade. É terrível e penoso assistir àquele menino doce crescer e, influenciado por Hitler, pela Juventude Hitlerista e pela Guerra, tornar-se outra pessoa completamente diferente. E apesar de odiar isso, de odiar suas ações, é impossível para o leitor odiar o personagem. Tudo o que a gente sente é um enorme pesar, uma imensa dor no peito que não passa, nem mesmo quando o livro termina.

Você até pode pensar “essa é mais uma história sobre a Segunda Guerra Mundial”, mas no fundo, não é. É uma história contemporânea, e nossa sociedade quebrada pode muito bem se identificar. É um livro para refletir: uma criança nasce ruim? Difícil acreditar nisso, não? Que um bebê, uma criança, nasça destinada a ser uma pessoa cruel, um bandido, um assassino. Aquele bebê de colo que só faz dormir e chorar? Aquela criança que brinca de pega-pega e pique-esconde? Como um ser como esse pode se tornar um adulto horrível? Um dia todos os tiranos, grandes ou pequenos, foram crianças. Foram inocentes.

Como sempre, John Boyne traz uma obra brilhante, com uma narrativa impecável e envolvente, personagens inesquecíveis e um final inteligente e surpreendente. A edição da Seguinte está muitíssimo confortável, como sempre, com uma ótima revisão e diagramação. A capa segue o padrão dos livros de Boyne que saem pela Companhia das Letras, mas dessa vez ela realmente faz sentido e não é apenas mais uma cópia da famosa capa de O menino do pijama listrado. É um livro curto, com uma linguagem simples e considerada jovem, mas não o subestime; é também um livro duro e cruel, e nenhum leitor sairá ileso dessa leitura.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha
Helder 24/10/2016minha estante
Estou adorando a leitura. Não consigo imaginar Pierrot sendo ruim.


Daia 28/03/2017minha estante
Amei a sua resenha, estou em um momento bem assim, já é o terceiro livro que leio e não consigo me conectar. Depois do que você disse fiquei interessada na história. Espero que consiga me tirar da ressaca literária hahaha Obrigada!




Mila F. @delivroemlivro_ 27/09/2016

Fantástico! Perfeito!
Para início de "conversa", O Menino no Alto da Montanha tem como contexto histórico a época da Segunda Guerra Mundial e a história é dividida em três partes. Durante as três partes vamos acompanhar a história de Pierrot.
Na primeira parte acompanhamos Pierrot, uma criança de sete anos vivendo com sua família na França e tem como melhor amigo um judeu. Pierrot em sua imensa inocência e ingenuidade não consegue compreender as constantes brigas de seus pais: um alemão (que lutou na guerra) casado com uma francesa. Há muitas coisas que Pierrot não consegue entender, inclusive a questão do preconceito contra os judeus, tanto que sua amizade com um judeu surdo é um dos exemplos de sua inocência e pureza. A amizade é retratada com demasiada delicadeza, é impossível não se encantar com essa parte.
No entanto, já na segunda parte do livro começam a acontecer muitas mudanças na vida de Pierrot, sobretudo quando fica órfão e vai parar num orfanato até que encontram sua tia Beatrix - a qual ele sempre ouviu falar, mas nunca tinha conhecido - e ela manda buscá-lo para morar com ela numa casa no alto da montanha chamada Berghof em que ela trabalhava como governanta. Essa parte do livro é bem complexa, pois Pierrot vai conviver com os alemães e aprender coisas nunca imaginadas, terá que perder um pouco sua identidade e suas memórias e isso começa a partir do nome, quando sua tia Beatrix o troca por Pieter, para que soe mais alemão. Pierrot não entende muitas coisas, no entanto, aos poucos vai se transformando e mudando seu comportamento, sobretudo quando conhece o dono da casa que aceitou sua presença nela: Adolf Hitler. Pierrot está numa fase de crescimento e se vê exposto a uma série de ideologias que contradiziam seu passado, mas que Pieter aceita e passa a seguir de maneira achar que a crueldade é o que há de normal e certo.
Já na terceira e última parte vemos Pierrot - agora totalmente Pieter - completamente seguidor das ideias de Hitler e completamente diferente de quem era quando chegou no alto da montanha, Pieter não é puro e inocente, fazendo coisas inimagináveis para sua tão tenra idade. Confesso que precisei de força para ler esse livro, porque é cruel e tão real... ver uma criança ingenua e pura se tornar algo tão monstruoso por pura influência de Hitler. É doloroso ver como se desenvolve essa parte do livro, inclusive depois da derrota da Alemanha na guerra, a morte de Hitler e a invasão de Berghof.
Sim, há um epílogo onde podemos conhecer ainda mais que fim levou Pierrot e como anda seus sentimentos em relação a culpa, arrependimentos ou não, como ele está lidando com a consciência. Essa parte é fabulosa, sim, mas ao mesmo tempo dolorosa, ver um personagem que aprendemos a amar (na primeira parte) e a depois odiar (na segunda e terceira partes) dizer seus sentimentos e responsabilidades diante das escolhas que fez. Pierrot perdeu tanto de sua inocência e caráter que ao final da obra só conseguimos ver um lastimável, solitário e desolado Pieter independente do que tenha ou venha a construir.
Como sempre, acho incrível como John Boyne constrói suas histórias em contextos tão trágicos e ao mesmo tempo faz com que o leitor além de se emocionar possa refletir sobre o que está lendo, sobre a pior "face" do homem.
Ao terminar a leitura de O Menino no Alto da Montanha fiquei inquieta, uma parte eufórica por ler algo tão bem escrito e outra parte triste, porque é uma história triste - não há nada de feliz em uma guerra - e é extremamente angustiante acompanharmos a transformação de uma criança com sua mente fraca/pura/inocente sendo corrompida por ideologias devastadoras e cruéis, transformando um bom coração em algo tão cheio de maldade a ponto de considerar aquele caminho aquela forma de ver a vida a correta, já que foi o que lhe ensinaram - um caminho trilhado por outros o qual foi "forçado" a percorrer.
Em suma, meu coração se despedaçou com essa leitura, novamente, Boyne, foi um escritor destruidor e ao mesmo tempo magnifico. Sem dúvida, Boyne, nasceu para escrever e continua no topo dos melhores escritores que já li. Sem dúvida alguma você, leitor, deveria dar uma chance a esse livro, certamente não haverá arrependimentos, no entanto, caso não o leia, está perdendo a oportunidade de ler algo bem escrito, com uma história fabulosa e envolvente.

site: www.delivroemlivro.com.br
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