O Menino no Alto da Montanha

O Menino no Alto da Montanha John Boyne




Resenhas - O Menino No Alto Da Montanha


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Isabela.Lopes 27/11/2017

Um pouco de história combinada uma escrita espetacular
Esta foi a minha primeira experiência com os livros do John Boyne e tenho que dizer que comecei muito bem. John Boyne nos mostra neste livro como o ser humano é influenciado pelo ambiente em que vive e pelas pessoas que o rodeiam. Na história fica clara a transformação do nosso protagonista Pierrot, em meio a Segunda Guerra Mundial e o convívio com Adolf Hitler.
Além do enredo fluido e envolvente, aprendi muitas coisas a respeito deste momento histórico tão importante. Recomendadíssimo!
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Thalita Branco 21/11/2017

Resenha ~ O Menino no Alto da Montanha - John Boyne
Em O Menino no Alto da Montanha conhecemos Pierrot, um garoto pequeno para a idade que vive na França junto de seus pais e de seu cão chamado D’Artagnan. Seu pai sofre com as sequelas psicológicas da Primeira Guerra Mundial e é encontrado morto, enquanto sua mãe pouco depois fica doente e também morre. O menino deixa o cachorro aos cuidados de seu melhor amigo, um judeu surdo chamado Arshel, enquanto é enviado para um orfanato. Não tarda para ser resgatado pela tia Beatrix e ir viver em um casarão no alto da montanha.

O casarão é residência de ninguém mais ninguém menos que Adolf Hitler. Não tarda para o menino se tornar um queridinho do ditador e criar ares de grandeza, pois finalmente não sofre com bullying e pode almejar se tornar um homem poderoso como aqueles que entram e saem da casa. Mas a que custo?

John Boyne mais uma vez brilha ao envolver crianças em grandes conflitos históricos. Pierrot nos dá uma bela ideia de como alguns jovens alemães devem ter se sentido ao participar da Juventude Hitlerista. É um livro que deixa o leitor com sentimentos conflitantes. Ao mesmo passo que tentava entender as motivações de Pierrot como um jovem iludido pelo discurso dos nazistas, me revoltava com suas atitudes e queria lhe dar um belo chacoalhão.

O livro é curto e a leitura flui muito bem. Eu até gostaria que ele fosse mais longo. Estou um pouco cansada de títulos do tipo “O menino que, a menina que”, mas a editora manteve o título original, então tudo bem. Eu coleciono marcadores e embutido na orelha da contracapa temos um marcador recortável. Adorei!

O Menino no Alto da Montanha é excelente para quem gosta de histórias na Segunda Guerra Mundial e um bom retrato de como se sentiria um menino nazista na Juventude Hitlerista. Não gostei de todo de alguns poucos pontos mais por implicância minha tentando decifrar se certas situações poderiam ter acontecido que por desvios da narrativa. Achei o final um pouco corrido, mas o livro cumpre o seu papel e se mostrou uma boa leitura.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Rosana - @tudoquemotiva 05/09/2017

Melhor do que eu esperava
Mais um John Boyne lido, porém o primeiro resenhado no blog. Quando li "O menino do pijama listrado", no ano passado, lembro de não ter gostado tanto assim e o livro não me emocionou tanto quanto eu esperava. Porém, ao ouvir falar de " O Menino No Alto Da Montanha" fiquei com um pé atrás, mas quis ler mesmo assim. Gostei muito dessa leitura e recomendo que vocês também leiam, quando tiverem a oportunidade.

Pierrot é uma criança de sete anos que mora com os pais na França. O pai sofre com fantasmas do passado enquanto a mãe tenta apenas viver de acordo com as situações e proteger o filho de qualquer coisa que possa acontecer. Arshel é seu melhor amigo e é judeu, coisa que até então não faz diferença nenhuma para Pierrot. Arshel quer ser um grande escritor quando crescer, até chegar esse momento, o único que ouve suas histórias é Pierrot. Os dois são inseparáveis até o momento que Pierrot fica órfão e tem que se mudar para um orfanato.

Com a aproximação iminente da guerra, sua tia Beatrix acaba por encontrar Pierrot e chama-o para morar com ela na casa em que trabalha. Beatrix é governanta na casa de uma pessoa muito importante e imponente, porém Pierrot não faz ideia de quem é e só fica imaginando situações quando conhecê-lo. Pierrot sempre foi um garoto doce, amável e inocente, porém com a guerra aproximando-se ele pode se tornar alguém muito vulnerável e influenciável. E é o que acontece, logo, sua longa e querida amizade com Arshel não existe mais e Pierrot torna-se Pieter e uma pessoa extremamente amarga e cruel.

Eu gostei muito dessa leitura, John Boyne vai te fazer sentir todas as emoções dos personagem e vai te fazer questionar o que é ou não realidade. É um livro muito tocante sim e que vai fazer repensar os momentos da vida e o qual vulnerável, manipulável e insensível as pessoas podem ser. A cada capítulo é possível identificar facetas do Pierrot e vê-lo transforma-se em uma pessoa completamente diferente do que ele já foi um dia.

Pierrot enterra seu passado e com isso, sua identidade. Ele nunca de fato, deixou de ser um garoto solitário, só que agora, ele além de ser solitário, estava sempre em busca de poder. Talvez essa busca incessante, tenha sido para preencher o vazio que sempre sentiu. John Boyne mistura a realidade com um toque de ficção, mas no fundo sabemos que, provavelmente, existiram milhões de Pierrot durante a guerra.

O livro vai trazer a valiosa lição de como redimir-se e perdoar é importante, que qualquer pessoa pode ser corrompida. Porém, é importante estar disposto a mudar quando necessário e perceber os erros que cometeu. É basicamente isso que o livro vai apresentar. As páginas finais são muito tocantes e vão mostrar bem o que eu estou falando. Recomendo muito a leitura ♥


site: http://www.tudoquemotiva.com/2017/08/o-menino-no-alto-da-montanha-john-boyne.html
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Andrea Ramires 23/08/2017

Procurei um romance histórico para o Desafio Literário Diminuindo a Pilha, e me deparei com este do autor John Boyne - não tive qualquer dúvida de que seria bom! Pierrot é um menino de 7 anos, filho de mãe francesa e pai alemão, nascido na França, e que fica órfão, primeiro de pai, depois de mãe, e, tendo sido entregue a um orfanato, é entregue à sua tia por parte paterna, que trabalhava como governanta para ninguém menos que Hitler, e passa a morar num refúgio do Fuhrer. O autor mostra a inocência de uma criança de 07 anos sendo deixada para trás após a convivência com um homem que o cativou (creio que por ele enxergar um pouco do pai nele), que bagunçou seus sentimentos num misto de medo, de respeito, além do poderio de Hitler, até se tornar um adolescente um tanto prepotente, como os que ele conheceu e que faziam parte da Juventude Hitlerista. Ótimo livro!
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Giovanna.Pellissar 22/07/2017

O que uma guerra pode causar em uma criança?
Pierrot era um doce menino francês que vivia com seus pais em Paris, mas tudo mudou de repente para o garoto. Seu pai saíra de casa e morrera no trilho de um trem e meses depois sua mãe falecera de tuberculose. Era 1936, a guerra se aproximava, e o menino ficara sozinho. Seu melhor amigo judeu, Arshel, que morava no andar de baixo ficara cuidando de seu cachorro enquanto ele teria que ir para um orfanato. De lá, ele iria morar com sua tia Beatrix, que nunca conhecera antes. O novo lar de Pierrot seria nada menos que a casa de Adolf Hitler, onde sua tia era governanta.
Com o tempo, o simpático menino teve que mudar seu nome francês para um mais Alemão, Pieter. Mas não foi só isso que mudara, Pierrot virou o protegido de Hitler e foi ficando cada vez mais parecido com o atual líder da Alemanha. Ele parara de responder as cartas de Arshel, o considerando um judeu imundo. Sua doçura e inocência sumiram ao longo dos anos e da guerra.
A cada capítulo Pierrot surpreende mais o leitor. Ele muda de inocente a insensível durante os anos ao lado de Hitler e essa é a essência do livro. Há momentos que você sente raiva dele ou incredulidade ao ver como o garoto fora manipulado. O fato de realmente ter acontecido a Segunda Guerra e que Hitler realmente fez isso com as crianças da época te choca mais.
John Boyne consegue em poucas páginas te fazer sentir um turbilhão de emoções e a qualquer momento pode acontecer algo inesperado. O livro é incrível e retrata com perfeição o que foi a Segunda Guerra Mundial e o Nazismo.

site: https://piratasleitores.wixsite.com/piratasleitores/resenhas-e-autores/o-menino-no-alto-da-montanha-john-boyne
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Maria Carolina 09/07/2017

Vulnerável e influenciável
São essas as duas palavras que definem pra mim Pierrot.
O livro mistura ficção e realidade; o autor insere uma personagem fictícia no centro do nazismo, dentro da casa de casa de refúgio de Hitler.
A história se passa em três períodos para nosso personagem principal: antes da 2ª Guerra, em Paris; durante a 2º Guerra, na Alemanha; e após a 2ª Guerra, novamente em Paris.
Pierrot é uma criança de 7 anos que mora em Paris, filho de mãe francesa e pai alemão, que tem como melhor amigo um garoto judeu. Seu pai combateu a 1ª Grande Guerra e, apesar de não ter morrido nela, foi ela quem o matou - como a mãe de Pierrot sempre disse no livro.
Desde o início da história me deparei com uma criança dócil, bondosa - principalmente pela educação que tinha de seus pais -, mas muito influenciável. Em algumas conversas que tinha com seu pai, me pareceu que Pierrot já tinha dentro de si um sentimento de necessidade de poder, de ser o melhor. Apesar de ser muito imaturo, seus pensamentos alienados e as influências que teve moldaram seu caráter durante toda a história.
Após a morte de seus pais, Pierrot passou um tempo na casa de Anshel, seu amigo judeu que sonhava em ser escritor. O passatempo favorito dos meninos era Pierrot contar uma história e Anshel escrevê-la, sempre com a ressalva de que apesar de ter sido Anshel quem escrevera, o autor era na verdade Pierrot.
No curto período em que passou na casa de seu amigo, já podemos perceber alguns pensamentos de fúria que Pierrot tinha por ser deslocado e sozinho.
Depois de ir para o orfanato, tinha esses mesmos pensamentos, mas lá encontrou uma colega que era mais forte que ele. Ficou a seu lado por interesse, por saber que com ela poderia dizer o que queria.
Quando foi para a Alemanha, sua primeira impressão foi de espanto, um mundo totalmente diferente do que ele já havia visto em Paris e no orfanato, até mesmo porque ele foi morar na casa de refúgio de Hitler, a mente do nazismo.
Nessa parte da história me chamou muito atenção como Hitler se passava de bonzinho, como se fosse a melhor pessoa do mundo, amoroso e preocupado com o futuro dos seus. Poucas vezes vimos sua mente doentia como de fato era. Aqui, precisamente, a ficção de mistura com a realidade.
Pierrot se torna Pieter, nome típico alemão e é forçado a deixar todo seu passado para trás. Podemos perceber que nesse ponto o menino perde sua identidade, não sabe mais quem é e o que pode ser tornar, só sabe que quer ter poder, para não sucumbir nas mãos dos mais fortes. Moldado por Hitler, cometeu indiretamente vários crimes e muitas injustiças, mas sempre estava perdido.
Me peguei pensando: Será que realmente não existiram meninos como Pirreot, que foram totalmente influenciados e moldados pelo próprio Führer?
Com o fim da guerra, Pieter volta à Paris e volta a ser o menino órfão que não tem para onde ir.
Nas páginas finais do livro vemos seu reencontro com Anshel e novamente seu passatempo favorito: um conta a história e o outro escreve.
"Acha que podemos ser crianças de novo?" (p. 223)
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Biahhy 10/06/2017

John Boyne simplesmente nunca decepciona!
Eu com este livro já é o terceiro livro que leio do autor, o ano passado li um conto dele que em mais ou menos 40 paginas foi fabuloso, e este livro simplesmente não consigo expressar tudo que sinto por ele em palavras e principalmente em poucas palavras, ouso dizer que gostei ainda mais dele do que o menino do pijama listrado, ouso dizer isso, todos os livros do autor são nestes climas de guerra e segunda guerra principalmente e neste pegou no meu ponto forte colocar uma criança, como protagonista e que vai passar por tudo de ruim e de difícil querendo ou não na vida, para só quando tiver chegando na vida adulta, realmente crescer e aprender com seus erros que cometera ao se aproximar cada vez mais de Hitler durante sua estadia nesta casa no alto da montanha.
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Karli Souza 01/05/2017

Os seres humanos me assombram
Tenho medo de livros curtos, eu os vejo e tenho a ilusão de que vou ler rápido ou então que não vão ter muita história, mas são eles que mais adquirem o contrário, livros curtos não tem enrolação... são claros e objetivos... a narração é curta, entretanto, muito bem equilibrada, precisa e informativa, e foi o que aconteceu com esse livro.

Já foi comprovado que o John Boyne escreve perfeitamente personagens infantis que são testemunhas inocentes de guerras cruéis, porém dessa vez foi diferente, tivemos um protagonista que testemunhou uma guerra da infância até a fase adulta... conhecemos toda a sua vida em 225 páginas, é inacreditável!

Pierrot... Pierrot, eu o amei, o odiei, senti pena, senti empatia, tive raiva, o perdoei... E por fim não sei mais o que sinto em relação a ele. O que eu realmente sei, é que sofreu, e fez inúmeras pessoas sofrerem também, foi a representação real de pessoas ingratas, alienadas, que deixam o poder subir a cabeça, mas que também são ingênuas e como milhares de pessoas na história, realmente acreditou, realmente acreditou que estavam fazendo o certo. Cometeu inúmeros crimes; pode se sentir culpado, pode querer se perdoar, pode mentir, mas sabe que sempre teve consciência daquilo que estava fazendo...

Esse livro representa o sentimento daqueles que compactuaram com a ação mais cruel da humanidade, a forma como trataram os judeus, que eram simplesmente pessoas inocentes, a forma como trataram o preconceito quer vai muito além de todos os outros, é revoltante perceber que somos capazes de fazer isso, é como o Markus Zusak consagrou em seu best-seller: "Os seres humanos me assombram."

Comecei a leitura achando interessante, depois comecei a ver a semelhança do protagonista com os outros livros do autor, depois percebi sua ingratidão, depois sua perversidade, seu arrependimento, e por fim sua semelhança com o garotinho que era no início do livro, simplesmente um menino solitário que não tinha pra onde ir, um órfão, que amava sua nação e que depois voltou pra ela com uma bagagem de história e foi muito triste ler isso.

Me surpreendi com o final do livro de todas as maneiras... porque o autor conseguiu transformar em 20 páginas um livro favoritado, com olhos cheios de lágrimas sobre aquele que o ler, transformou a narrativa em algo que adoro ver, transformou um livro que eu não dava muita coisa em umas das histórias mais realistas que li na minha vida.

Não consigo entender a classificação, infanto-juvenil? Se eu lesse um livro assim na minha infância, teria medo dos adultos. E é pra ter mesmo, porque um adulto medonho conseguiu transformar uma nação e uma criança doce, em algo totalmente ao oposto disso, foi incrível ver o protagonista não sendo um herói, mas simplesmente um ser humano real, que peca, que maltrata e que tem pensamentos bons e ruins, foi uma leitura extremamente realista e estou maravilhada por isso.

Foi extremamente emocionante essa experiência, trouxe umas das maiores morais que um livro poderia passar, o ato de perdoar... a análise do tempo... precisamos sim, estudar e interpretar a história... a civilização cometeu erros tão cruéis, que atualmente estamos perto de cometer de novo, como isso pode acontecer? Já foi comprovado o quanto de destruição causamos, não aprendemos? Não evoluímos? Apenas vamos cometer novamente? Ou pior! Vamos fingir que não sabemos o que está acontecendo? Porque essa seria a pior mentira de todas, sabemos o que está acontecendo, temos plena consciência do que está errado no mundo: preconceitos, guerras, desigualdade, morte, pecado; somos todos iguais nisso, estamos mascarados, ou, colando uma máscara em nossas caras, e rindo todos os dias, acreditando que o mundo não é como é, ele é terrível, sim ele é bom em certa maneira, mas a parte ruim está dominando tudo por trás, e precisamos sair disso, precisamos acordar e conhecer a história, saber o que já fizemos pra não fazer de novo, e ter um mundo bem melhor.

São livros como esse que nos desperta a realidade e nos faz chorar e ficar revoltados, faz perceber que nossa pequena vida tem problemas sim, mas que não se comparam ao que os outros sofreram nesse período, não trago apenas tristezas da leitura, trago felicidades também, por ter tido acesso a uma história tão incrível... que vou lembrar pra sempre, que vou depositar no fundo do meu coração e levá-la pra minha vida, porque ela foi fundamental pra eu entender o que somos: seres humanos que fazem coisas incríveis e horrendas ao mesmo tempo, que amam e odeiam, que são altruístas e egoístas, somos falhos, na qual, obrigatoriamente precisamos melhorar.
Damares Honnef 27/05/2017minha estante
Muito interessante e inteligente tua resenha! Já fiquei com vontade de ler o livro.


Karli Souza 28/05/2017minha estante
Obrigada! fico feliz por ter gostado, leia sim, é muito bom, vale muito a pena.


Marie.Curie 21/08/2017minha estante
Me identifiquei totalmente, muito bem Karli, a melhor análise do livro, e da mensagem do mesmo! Já leu Hanna Arendt? É exatamente isso que ela reconhece no ser humano, a "banalidade do mal", não se nasce bom ou ruim, estamos sujeitos a agir mal como qualquer pessoa, por isso a importância de uma moralidade que nos regule e de tentarmos ser o mais fiel possivel a ela, não obstante, o ponto fraco do nosso protagonista foi em sua inocência infantil terem manipuladas convicções, sua noção de certo e errado, sua identidade. O quão perigoso pode ser esse processo de alienamento... Triste


Karli Souza 25/08/2017minha estante
Fico bastante feliz por terem gostado da resenha, não li Hanna Arendt, infelizmente.




Nathalia 30/04/2017

Intenso
Quando Pierrot fica órfão, precisa ir embora de sua casa em Paris para começar uma nova vida com sua tia Beatrix, governanta de um casarão no topo das montanhas alemãs. Mas essa não é uma época qualquer: estamos em 1935, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E esse não é um casarão qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Hitlerista. O novo mundo que se abre ao garoto é cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição. E pode ser que Pierrot nunca consiga escapar.
O Menino no alto da Montanha é um livro maravilhoso, que nos mostra que infelizmente qualquer um pode ser corrompido, até mesmo uma criança pura e inocente. Nesse livro vemos gradativamente Pierrot um menino orfão, doce e inocente se transformar em Pierre o protegido do Führer.
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@plataformadolivro 04/03/2017

Pierrot Fischer tinha 4 anos quando seu pai Wilhelm Fischer morreu atropelado por um trem à caminho de sua cidade Natal Penzberg. Ele trabalhava como garçom. O livro se passa em 1936 até 1945 e Pierrot vive com sua mãe Émilie e passa a maior parte do tempo com seu melhor amigo Anshel Bronstein que nascera surdo. Anshel usa o sinal do cachorro para se referir a Pierrot e Pierrot usa o da raposa para se referir a Anshel. Anshel é judeu.
Após sua mãe morrer de tuberculose, Pierrot vai morar no orfanato das irmãs Simone e Adèle Durant, tendo que deixar seu cachorro D'Artagnan com a senhora Bronstein quando tinha 7 anos. Passa mais tempo no orfanato com Josette, pois as outras crianças não o aceitaram tão bem. Ela tinha sido adotada duas vezes mas havia sido mandada de volta.
Pierrot dera o azar de escolher a cama ao lado da de Hugo. Um menino de 11 anos que era considerado como a criança mais intimidadora do orfanato.
Até que um dia foi mandado para a Alemanha para morar com sua tia Beatrix. A governanta da casa do Alto da montanha tinha 36 anos e disse que, a partir de então, ele se chamaria Pieter. Antes de Hitler, Berghof era conhecida como Haus Wachenfeld. Katarina era sua mais nova amiga em sua nova escola e Pierrot nutre sentimentos por ela não correspondidos.
Aos poucos foi esquecendo quem era esquecendo Anshel e se tornando espelho de Hitler. Cometeu muitos erros ao longo da vida e isso o marcou para sempre.
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Luis.Felipe 23/02/2017

O menino no Alto da Montanha

Terminei o livro há alguns minutos e não consigo parar de pensar na história. Como o John Boyne consegue ser tão arrebatador em pouco mais de 200 páginas?

O livro é divido em três partes, de 1936 até 1945, e conta a história de um pequeno menino chamado Pierrot Fischer. Filho de um pai alemão e de uma mãe francesa, Pierrot foi criado em Paris e desde cedo percebeu, pelo olhar inocente de uma criança, o quanto a guerra pode ser devastadora, pois seu pai, que lutou durante a primeira guerra ainda sofre com todas lembranças do passado.

Com uma escrita leve e uma narrativa própria do autor, John Boyne nos leva de maneira magistral a sentir todas as experiencias vividas pelo protagonista, desde inseguranças, medos, impotência, saudades e remorsos. Um fato interessante do livro é que ele faz uma pequena menção a outro personagem, do livro "Fique onde está e então corra", Alfie Summerfied. (Recomendo a leitura também, o foco principal é a primeira guerra)

O livro também faz uma conexão com fatos históricos e com personalidades reais. Quem gosta de literatura sobre a segunda guerra, esse livro é muito interessante, pois ele traz um lado obscuro da guerra, o lado do ódio coletivo, involuntário, dos perdedores que sobreviveram. Afinal de quem é a culpa?.

"Você ainda é jovem, tem só dezesseis anos. Tem muitos anos pela frente para ficar em paz com sua cumplicidade no que foi feito. Mas jamais convença a si mesmo de que não sabia. - Ela soltou o rosto dele. - Seria o pior crime de todos." p. 205

Enfim, recomendo o livro, ele é MUITO BOM, um dos melhores do Boyne.
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ELB 31/01/2017

Every Little Book
Em O Menino do Alto da Montanha temos mais uma história contada por John Boyne através de uma criança. A história se desenrola durante a Segunda Guerra Mundial e o holocausto, basicamente acompanhamos o crescimento de um garoto e os efeitos da guerra sobre sua personalidade e/ou história. A narrativa é sempre em terceira pessoa e os fatos nos sãos apresentados divididos em três partes: Os anos pré-Segunda Guerra Mundial, durante a Guerra e o pós-guerra.

Nosso personagem principal é pequeno Pierrot, uma criança de 7 anos, filho de mãe francesa e pai alemão, que vive em Paris, tem um melhor amigo metade judeu, metade francês que gosta de escrever histórias; na primeira parte o autor nos apresenta um retrato de uma criança feliz na medida do possível, pois seu pai tem problemas com álcool, por conta do que viveu nas batalhas da primeira guerra mundial, algo com estresse pós-traumático. Durante as primeiras páginas, acompanhamos os esforços da mãe de Pierrot em manter o casamento, porém, em algum momento, o mesmo se torna insuportável; a mãe, após apanhar vai viver só com o garoto, e o pai, atormentado com o que viveu na guerra e como trata a família, acaba cometendo suicídio. Pouco tempo depois, a mãe contrai tuberculose e Pierrot fica órfão [ isso não é spoiler rsrsr está na sinopse].

No segundo período de tempo, Pierrot, agora órfão, tem que deixar o amigo e as memórias para trás, e vai viver por um pequeno espaço de tempo num orfanato, até que é encontrado por sua tia Beatrix que o leva para morar em Berghof, no alto de uma montanha onde ela é a governanta; o dono dessa casa é ninguém mais, ninguém menos que Adolf Hitler, e é ai que as coisas começam a tomar outro rumo, agora Pierrot deverá responder por Pieter...

Por favor, confie em mim. Você pode continuar sendo Pierrot no coração, claro. Mas, no alto da montanha, quando houver outras pessoas por perto e, principalmente, quando o senhor ou a senhora estiverem lá, você será Pieter."

Tanto no pequeno espaço de tempo que passa no orfanato e durante o período de adaptação na casa do alto da montanha, Pierrot passa por situações onde o pré conceito contra os judeus segue numa escala crescente; em várias cenas o pequeno se questiona o porquê das diferenças, o porquê de alguns se acharem superiores e exalarem maldade.

Após alguns dias na casa do alto da montanha, as coisas começam a mudar e as situações começam "moldar" o desfecho. Boyne começa a mágica da sua escrita, transformando a criança ingênua e amedrontada que chega no alto da montanha, que foi instruída a nunca, jamais dirigir-se ao Fuhrer, a abandonar de vez as memorias de sua infância, a jamais pronunciar que seu melhor amigo é judeu (tudo para segurança de todos); em uma criança que, contrariando o esperado, fez com que o próprio Hitler desenvolva interesse pelo pequeno, tornando-o um protegido, demonstrando, por vezes, atos que poderiam até ser considerado como afeto; chega ser insano como Hitler transforma o garoto em um projeto do que ele gostaria que a juventude Hitlerista tivesse se tornado. Os fatos são apresentados como se todo o plano de uma raça superior fosse completamente aceitável e dentro dos padrões considerados como normal.

Pieter, que já passou por alguns momentos bem difíceis e adora a atenção que recebe do Fuhrer, teme desapontá-lo. Começa a perceber que é mais fácil estar do lado dos que oprimem do que do lado dos que são oprimidos. A mudança de valores do garoto é invertida sutil e gradativamente, sem que possamos nos dar conta de onde toda aquela aproximação pode dar.

Talvez seja da natureza humana que todos, enquanto crescemos, deixemos de ser ingênuos e passamos a desejar o controle sobre algumas coisas, mas fica claro que a sede pelo poder faz uma grande diferença quando passamos de omissos a cúmplices em situações que vão muito além de nós; Pieter vive situações e toma decisões nas quais gostaríamos de esbofeteá-lo, se isso não se tratasse de uma obra de ficção.

— Cada uma será construída para parecer uma sala de chuveiros — explicou Himmler. — Mas não sairá água do encanamento. Pieter levantou o rosto e franziu as sobrancelhas. — Com licença, meu Reichfuhrer — ele disse. — Peço desculpas mas devo ter ouvido errado, pensei ter ouvido o senhor dizer que não sairá água dos chuveiros. — Os quatro homens olharam para o menino e, por um momento ninguém respondeu.

No terceiro período de tempo, o menino, agora rapaz, deve lidar tanto com a derrota da Alemanha, quanto com o final que já conhecemos sobre Adolf e ainda com todas as consequências de seus atos e pensamentos nos anos vividos no alto da montanha. Com um texto enxuto e direto, o leitor tem o dedo enfiado na ferida sem medo. Qual seria a nossa posição vivendo aquelas situações?

Quando o livro acaba a pegunta que fica é: Quantos Pierrot/ Pieter não existiram de verdade? Qual é a culpabilidade dos que sabiam o que acontecia durante o governo Ariano e eram coniventes e porque não até simpatizantes? Diferente do livro O Menino do Pijama Listrado (outro sucesso de Boyne) onde eu torcia para que o fim fosse exatamente como foi, apesar dos desfechos trágicos, o fim de O Menino do Alto da Montanha termina e parece que o acerto de contas ainda não foi suficiente.Apesar de querer um final mais punitivo, continuo curtindo a maneira como John Boyne sabe fazer o livro, que mistura ficção com personagens reais, que nos emociona e nos revolta fazendo do livro um dos títulos mais impressionantes que já li do autor.


site: http://www.everylittlebook.com.br/2016/11/resenha-o-menino-do-alto-da-montanha.html
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Marcos Pinto 03/01/2017

Tocante
A guerra tem facetas cruéis e terríveis. Contudo, quando corrompe a inocência de crianças, tudo se torna ainda pior. Nessa obra, John Boyne retrata exatamente isso: o corromper de uma alma inocente; mais precisamente, a alma de Pierrot.

O garoto ainda era novo quando sua mãe falece e ele acaba ficando sem ter para onde ir. Até havia a possibilidade de ficar com amigos da família, mas eles eram judeus e os tempos eram difíceis. Após uma breve passagem por um orfanato, Pierrot consegue um novo lar. Ele vai morar com a sua tia Beatrix, em uma casa onde ela era governanta.

Contudo, o casarão no topo da montanha onde ele vai morar era uma das residências de Adolf Hitler. A princípio havia o temor do tirano detestar a criança. Porém, tudo fica ainda pior quando o líder nazista se torna próximo do garoto e começa a lhe ensinar os preceitos de seu regime totalitário. Cada vez mais o jovem Pierrot se afasta da sua inocência e flerta com a dor, o ódio e o preconceito. Haverá perdão para um discípulo de Hitler? Haverá como se recuperar de uma lavagem cerebral?

“Ele é um menino completamente diferente daquele que veio morar aqui. Você também deve ter reparado” (p. 151).

Partindo dessa premissa, Boyne cria uma obra bela, profunda e com forte apelo psicológico. Isso acontece principalmente devido ao excelente desenvolvimento do protagonista, o que nos permite entender como as influências podem moldar a alma de uma criança. Acompanhar a passagem da infância para a adolescência de Pierrot é algo doloroso, mas altamente verossimilhante, o que dá ao livro um aspecto único.

Outro fator que torna a leitura mais interessante é o bom aprofundamento histórico da trama. Para quem gosta de conferir enredos que se passem no período da Segunda Guerra Mundial, esse livro é uma excelente oportunidade. Apesar do foco ser a relação entre Hitler e o garoto, o fundo histórico está sempre presente, alterando, inclusive, a ação dos personagens.

É também possível tirar da referida obra um detalhe que deixará o leitor pensando por dias: a força que o poder tem sobre a mente das pessoas. Em diversos momentos do livro, o leitor é levado a pensar sobre a estrutura do poder e como ele corrompe e destrói, chegando ao ponto de não nos preocuparmos em passar sobre outras pessoas se isso for trazer benefícios reconfortantes.

“Se não for impedido, o Führer vai destruir o país todo. A Europa toda. Ele diz que está iluminando a mente do povo alemão, mas é mentira. Hitler é a própria escuridão” (p. 151).

Além do bom enredo e da trama que convence, o livro também merece destaque pela ótima parte física que possui. A capa é bela e dá uma boa ideia do que vamos encontrar na obra. Além disso, a diagramação, apesar de simples, aliada à boa revisão e tradução, proporciona uma excelente leitura. Ou seja, mais um trabalho com padrão de qualidade da Seguinte.

Em suma, O Menino no Alto da Montanha é uma obra que toca e mexe com o leitor, tanto na parte sentimental quanto no sentido de colocá-lo para pensar. Além disso, possui um excelente embasamento histórico. Sem dúvidas, uma excelente opção para adolescentes e adultos.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2017/01/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
Vivi de Freitas 03/01/2017minha estante
Excelente resenha! Gosto de livros que tenham pano de fundo histórico, principalmente quando envolve Adolf Hitler e suas tiranias, mas a resenha essa resenha é um belo convite.


Marcos Pinto 04/01/2017minha estante
Obrigado, Vivi. Espero que você tenha a oportunidade de conferir a obra e gostar.




Dress@ 01/01/2017

Incrivel...
Leitura que nos prende do inicio ao fim!
Uma criança pura, inocente com todo amor, após ficar órfão e sofrer algumas injustiça ele é adotado por um doido que ama o poder e quer acabar com uma raça humana.
Com os anos ele vai gostando do poder e vai usando em pessoas que realmente o amavam de verdade e no fim percebe que tudo não era bem daquele jeito! O amor ainda é o melhor de todos,
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