Fernanda 13/07/2021
Pierrot vive em Paris com os pais. Filho de uma francesa e um ex-soldado alemão, que vivem um casamento conturbado devido ao estresse pós traumático do pai, Pierrot tem como melhor amigo o Anshel, um garotinho judeu surdo, com o qual cria uma maneira única de se comunicar. Em sua inocência, as duas crianças não têm noção de que o movimento que culminou com a Segunda Guerra mundial ganha cada vez mais força.
As circunstâncias levam Pierrot a ficar sozinho no mundo e ele vai parar num orfanato até ser encontrado pela tia paterna, que ainda não conhecia. Ela o leva para o casarão onde trabalha e mora, que não é nada mais, nada menos que uma das casas de Adolph Hitler. O menino muda de nome e é orientado a não comentar sobre seu passado, inclusive a sua amizade com Anshel. O contato inicial com o fuhrer causa temor na criança, mas, com o passar do tempo, a convivência exerce mais influência sobre ele do que deveria.
Assim como em O menino do pijama listrado, o autor trata o tema com mais delicadeza do que a maioria dos livros similares, podendo ser lido por pré-adolescentes, desde que os responsáveis considerem que tenham maturidade para tal, já os elementos centrais do tema estão presentes: a crueldade, o separatismo e a violência. No entanto, refletem fatos sobre os quais todos deveriam conhecer, para que não se repitam.
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