O Menino no Alto da Montanha

O Menino no Alto da Montanha John Boyne




Resenhas - O Menino No Alto Da Montanha


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Lina DC 27/10/2016

A história é narrada em terceira pessoa e dividida em três partes. Pierrot é um garotinho muito amado pelos pais e que apesar de uma vida simples, era feliz. Nem tudo era fácil, mas era suportável. O pai às vezes fugia para o mundo criado em sua mente, pois lembrar-se do que passou na Guerra era doloroso demais. Mesmo assim, tentava ser um bom pai. A vida toma um novo rumo quando o pai vem a falecer e alguns anos depois, sua Maman também.

"- Eu também te amo, Papa - Disse Pierrot. - Mas amo mais quando está me carregando nos ombros. Não gosto quando senta na poltrona e não fala comigo e com Maman.
- Também não gosto - disse Papa, baixinho. - Mas, às vezes, é como se uma nuvem escura me cobrisse, e não consigo fazê-la ir embora. É por isso que bebo. Ajuda a esquecer.
- A esquecer o quê?
-A guerra. As coisas que vi . - Ele fechou os olhos e sussurrou. - As coisas que fiz". (p. 14)

Pierrot não tem opções e é enviado para um orfanato. Seria lógico presumir que sua vida em tal local é a situação mais difícil pela qual ele passa, mas não. Mesmo sendo jogado em um novo mundo, sem nada de sua antiga vida e tendo que lidar com as dificuldades em se viver com tantos outros órfãos em uma situação nada ideal, ainda assim era melhor do que o futuro lhe guardava.

A irmão de seu pai aparece aparece no orfanato e o adota. A grande questão é que ela é a governanta de Adolf Hitler e ao levá-lo para a residência desse homem tenebroso, a inocência de Pierrot é violada. O livro é uma grande reflexão não apenas dos aspectos da guerra, mas sim do comportamento humano. A índole de um garotinho, que era tão amado e bondoso, vai sendo moldada através de uma visão corrupta e deturpada e o meio em que ele se encontra começa a influenciar sua mente.

Essa é a grande questão da obra que John Boyne criou com tanta maestria. É um livro denso, cheio de complexidade sobre a moral humana e muito doloroso de se ler. Doloroso porque somos meros expectadores da vida de Pierrot, uma vida com tanto potencial, mas que teve influências tão terríveis.

Não há nada mais do que elogios a se dizer sobre a escrita de John Boyne. É uma escrita fluida, coesa e impactante. A criação de seus personagens também é algo a se elogiar, pois eles contêm a dualidade, todos tem potencial para ser malvado ou bondoso, o que causa grande reflexão durante a leitura. Ficamos nos questionando "E se?" tal situação não acontecesse ou fosse diferente, faria diferença na índole dele?

Quanto ao trabalho editorial, a Seguinte realizou um ótimo trabalho. Revisão, diagramação e layout muito bem feitos e uma capa simples que chama a atenção.

"Foi Pierrot quem se levantou da cama naquela manhã, mas foi Pieter quem se deitou à noite, caindo no sono logo em seguida". (p. 166)

site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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Virgílio César 08/11/2016

Primeiro livro que leio do autor e achei sensacional. Emocionante do início ao fim. Com certeza irei ler outros da obra dele que apenas conhecia pelo filme O Menino do Pijama Listrado.
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Dressa Oficial 11/11/2016

Resenha - O Menino no Alto da Montanha
Olá, tudo bem com você?

Adoro John Boyne, ele sempre consegue me surpreender com seus livros, e sempre fico de coração partido quando leio seus livros.

Com esse não foi diferente, mas com toda certeza foi um dos melhores livros que já li dele, se você nunca ouviu falar ou não lembra dele, ele é o famoso autor do livro "O Menino do Pijama Listrado" que virou filme e muitos se emocionaram com essa linda história.

O Menino no Alto da Montanha me cativou logo nas primeiras páginas, contando a vida de Pierrot um garoto francês mas com um pai Alemão que enfrentou a primeira guerra mundial e leva consigo os todos os traumas causados pela guerra guardados em sua mente.

O pai começa a beber e a tratar mal a mãe para esquecer os problemas da guerra, e a mãe acaba ficando doente, quando Pierrot tem apenas 7 anos ele perde os pais e fica órfão.

Ele é amigo de Anshel tem a mesma idade que ele, porém a família de Anshel são todos Judeus e não podem abrigar Pierrot em suas casas tendo que fugir a qualquer momento.

Então Pierrot vai parar em um abrigo para crianças órfãs e vamos percebendo como ele é inocente, medroso e não gosta de brigas, porém os meninos mais velhos se aproveitam dessa situação e sempre acabam tirando sarro ou batendo em Pierrot.

Pierrot acaba indo morar com uma tia que ele nunca teve contanto, mas por ser irmã do seu pai ele vai para casa dela com receios e muitos medos.

Essa casa que ele vai é nada mais nada menos que de Hitler, uma casa de férias que fica no Alto das Montanhas, sua tia Beatrix trabalha e mora na casa como governanta.

Pierrot agora tem que se chamar Pieter pois o nome francês pode causar muitas confusões dentro da casa.

Ele continua tendo a inocência que crianças de 7 anos costumam ter, porém ele vai se aproximando mais de Hitler, ele se afeiçoa a imagem de poder que ele tem e ao medo que todos os funcionários da casa tem dele, e decide seguir a mesma linha.

O livro é dividido em três partes, antes durante e depois da segunda guerra mundial, e vemos dois personagens diferentes.

Pierrot era uma boa criança, inocente, gentil e amoroso, quando ele convive com Hitler e muda de nome para Pieter se torna um adolescente prepotente, mesquinho e invejoso.

É uma pena você ver como o Poder pode mudar a vida das pessoas, e quanto é doloroso ver a infância se perdendo por causa de Poder.

O livro passa uma mensagem muito interessante e é daqueles que a gente quer que todo mundo leia pelo menos uma vez na vida, para sentir as mesmas emoções de quem já leu.

Então meu amigo disse que tinha uma história para contar; a história de um menino com o coração cheio de amor e decência, mas que acabou corrompido pelo poder. A história de um menino que cometeu crimes que carregaria para sempre; um menino que magoou aqueles que o amaram e que causou a morte de pessoas que não lhe demonstraram nada além de generosidade; que sacrificou seu direito ao próprio nome e que passou o resto da vida tentando reconquistá-lo. A história de um homem que procurou por alguma maneira de reparar as próprias ações e que jamais esqueceu as palavras de uma criada chamada Herta, que lhe dissera para nunca fingir que não sabia o que estava acontecendo; que essa mentira seria o pior crime de todos.


Eu adoro John Boyne e depois de ler este livro adoro mais ainda, já falei bem de outro livro dele aqui no blog "Fique Onde Está e Então Corra" que também é maravilhoso e é impossível não se surpreender com sua escrita que toca no fundo do coração.

Beijos

Até mais!

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2016/11/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
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@APassional 20/12/2016

* Resenha por: Samantha Culceag * Arquivo Passional
“O Menino No Alto da Montanha” é um livro que fala sobre inocência e transformação, como uma criança pode ser moldada a partir da criação que recebe e das coisas que ouve, como um jovem rapaz pode fazer coisas ruins sem se dar conta disso... É um livro triste, porém reflexivo, que te faz desaprovar algumas ações dos personagens, mas entender o porquê delas. No geral, tive uma ótima experiência com este livro e pretendo ler mais obras de John Boyne.

Confira a resenha completa no blog Arquivo Passional.

site: http://www.arquivopassional.com/2016/08/resenha-o-menino-no-alto-da-montanha.html
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Dress@ 01/01/2017

Incrivel...
Leitura que nos prende do inicio ao fim!
Uma criança pura, inocente com todo amor, após ficar órfão e sofrer algumas injustiça ele é adotado por um doido que ama o poder e quer acabar com uma raça humana.
Com os anos ele vai gostando do poder e vai usando em pessoas que realmente o amavam de verdade e no fim percebe que tudo não era bem daquele jeito! O amor ainda é o melhor de todos,
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ELB 31/01/2017

Every Little Book
Em O Menino do Alto da Montanha temos mais uma história contada por John Boyne através de uma criança. A história se desenrola durante a Segunda Guerra Mundial e o holocausto, basicamente acompanhamos o crescimento de um garoto e os efeitos da guerra sobre sua personalidade e/ou história. A narrativa é sempre em terceira pessoa e os fatos nos sãos apresentados divididos em três partes: Os anos pré-Segunda Guerra Mundial, durante a Guerra e o pós-guerra.

Nosso personagem principal é pequeno Pierrot, uma criança de 7 anos, filho de mãe francesa e pai alemão, que vive em Paris, tem um melhor amigo metade judeu, metade francês que gosta de escrever histórias; na primeira parte o autor nos apresenta um retrato de uma criança feliz na medida do possível, pois seu pai tem problemas com álcool, por conta do que viveu nas batalhas da primeira guerra mundial, algo com estresse pós-traumático. Durante as primeiras páginas, acompanhamos os esforços da mãe de Pierrot em manter o casamento, porém, em algum momento, o mesmo se torna insuportável; a mãe, após apanhar vai viver só com o garoto, e o pai, atormentado com o que viveu na guerra e como trata a família, acaba cometendo suicídio. Pouco tempo depois, a mãe contrai tuberculose e Pierrot fica órfão [ isso não é spoiler rsrsr está na sinopse].

No segundo período de tempo, Pierrot, agora órfão, tem que deixar o amigo e as memórias para trás, e vai viver por um pequeno espaço de tempo num orfanato, até que é encontrado por sua tia Beatrix que o leva para morar em Berghof, no alto de uma montanha onde ela é a governanta; o dono dessa casa é ninguém mais, ninguém menos que Adolf Hitler, e é ai que as coisas começam a tomar outro rumo, agora Pierrot deverá responder por Pieter...

Por favor, confie em mim. Você pode continuar sendo Pierrot no coração, claro. Mas, no alto da montanha, quando houver outras pessoas por perto e, principalmente, quando o senhor ou a senhora estiverem lá, você será Pieter."

Tanto no pequeno espaço de tempo que passa no orfanato e durante o período de adaptação na casa do alto da montanha, Pierrot passa por situações onde o pré conceito contra os judeus segue numa escala crescente; em várias cenas o pequeno se questiona o porquê das diferenças, o porquê de alguns se acharem superiores e exalarem maldade.

Após alguns dias na casa do alto da montanha, as coisas começam a mudar e as situações começam "moldar" o desfecho. Boyne começa a mágica da sua escrita, transformando a criança ingênua e amedrontada que chega no alto da montanha, que foi instruída a nunca, jamais dirigir-se ao Fuhrer, a abandonar de vez as memorias de sua infância, a jamais pronunciar que seu melhor amigo é judeu (tudo para segurança de todos); em uma criança que, contrariando o esperado, fez com que o próprio Hitler desenvolva interesse pelo pequeno, tornando-o um protegido, demonstrando, por vezes, atos que poderiam até ser considerado como afeto; chega ser insano como Hitler transforma o garoto em um projeto do que ele gostaria que a juventude Hitlerista tivesse se tornado. Os fatos são apresentados como se todo o plano de uma raça superior fosse completamente aceitável e dentro dos padrões considerados como normal.

Pieter, que já passou por alguns momentos bem difíceis e adora a atenção que recebe do Fuhrer, teme desapontá-lo. Começa a perceber que é mais fácil estar do lado dos que oprimem do que do lado dos que são oprimidos. A mudança de valores do garoto é invertida sutil e gradativamente, sem que possamos nos dar conta de onde toda aquela aproximação pode dar.

Talvez seja da natureza humana que todos, enquanto crescemos, deixemos de ser ingênuos e passamos a desejar o controle sobre algumas coisas, mas fica claro que a sede pelo poder faz uma grande diferença quando passamos de omissos a cúmplices em situações que vão muito além de nós; Pieter vive situações e toma decisões nas quais gostaríamos de esbofeteá-lo, se isso não se tratasse de uma obra de ficção.

— Cada uma será construída para parecer uma sala de chuveiros — explicou Himmler. — Mas não sairá água do encanamento. Pieter levantou o rosto e franziu as sobrancelhas. — Com licença, meu Reichfuhrer — ele disse. — Peço desculpas mas devo ter ouvido errado, pensei ter ouvido o senhor dizer que não sairá água dos chuveiros. — Os quatro homens olharam para o menino e, por um momento ninguém respondeu.

No terceiro período de tempo, o menino, agora rapaz, deve lidar tanto com a derrota da Alemanha, quanto com o final que já conhecemos sobre Adolf e ainda com todas as consequências de seus atos e pensamentos nos anos vividos no alto da montanha. Com um texto enxuto e direto, o leitor tem o dedo enfiado na ferida sem medo. Qual seria a nossa posição vivendo aquelas situações?

Quando o livro acaba a pegunta que fica é: Quantos Pierrot/ Pieter não existiram de verdade? Qual é a culpabilidade dos que sabiam o que acontecia durante o governo Ariano e eram coniventes e porque não até simpatizantes? Diferente do livro O Menino do Pijama Listrado (outro sucesso de Boyne) onde eu torcia para que o fim fosse exatamente como foi, apesar dos desfechos trágicos, o fim de O Menino do Alto da Montanha termina e parece que o acerto de contas ainda não foi suficiente.Apesar de querer um final mais punitivo, continuo curtindo a maneira como John Boyne sabe fazer o livro, que mistura ficção com personagens reais, que nos emociona e nos revolta fazendo do livro um dos títulos mais impressionantes que já li do autor.


site: http://www.everylittlebook.com.br/2016/11/resenha-o-menino-do-alto-da-montanha.html
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Luis.Felipe 23/02/2017

O menino no Alto da Montanha

Terminei o livro há alguns minutos e não consigo parar de pensar na história. Como o John Boyne consegue ser tão arrebatador em pouco mais de 200 páginas?

O livro é divido em três partes, de 1936 até 1945, e conta a história de um pequeno menino chamado Pierrot Fischer. Filho de um pai alemão e de uma mãe francesa, Pierrot foi criado em Paris e desde cedo percebeu, pelo olhar inocente de uma criança, o quanto a guerra pode ser devastadora, pois seu pai, que lutou durante a primeira guerra ainda sofre com todas lembranças do passado.

Com uma escrita leve e uma narrativa própria do autor, John Boyne nos leva de maneira magistral a sentir todas as experiencias vividas pelo protagonista, desde inseguranças, medos, impotência, saudades e remorsos. Um fato interessante do livro é que ele faz uma pequena menção a outro personagem, do livro "Fique onde está e então corra", Alfie Summerfied. (Recomendo a leitura também, o foco principal é a primeira guerra)

O livro também faz uma conexão com fatos históricos e com personalidades reais. Quem gosta de literatura sobre a segunda guerra, esse livro é muito interessante, pois ele traz um lado obscuro da guerra, o lado do ódio coletivo, involuntário, dos perdedores que sobreviveram. Afinal de quem é a culpa?.

"Você ainda é jovem, tem só dezesseis anos. Tem muitos anos pela frente para ficar em paz com sua cumplicidade no que foi feito. Mas jamais convença a si mesmo de que não sabia. - Ela soltou o rosto dele. - Seria o pior crime de todos." p. 205

Enfim, recomendo o livro, ele é MUITO BOM, um dos melhores do Boyne.
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@plataformadolivro 04/03/2017

Pierrot Fischer tinha 4 anos quando seu pai Wilhelm Fischer morreu atropelado por um trem à caminho de sua cidade Natal Penzberg. Ele trabalhava como garçom. O livro se passa em 1936 até 1945 e Pierrot vive com sua mãe Émilie e passa a maior parte do tempo com seu melhor amigo Anshel Bronstein que nascera surdo. Anshel usa o sinal do cachorro para se referir a Pierrot e Pierrot usa o da raposa para se referir a Anshel. Anshel é judeu.
Após sua mãe morrer de tuberculose, Pierrot vai morar no orfanato das irmãs Simone e Adèle Durant, tendo que deixar seu cachorro D'Artagnan com a senhora Bronstein quando tinha 7 anos. Passa mais tempo no orfanato com Josette, pois as outras crianças não o aceitaram tão bem. Ela tinha sido adotada duas vezes mas havia sido mandada de volta.
Pierrot dera o azar de escolher a cama ao lado da de Hugo. Um menino de 11 anos que era considerado como a criança mais intimidadora do orfanato.
Até que um dia foi mandado para a Alemanha para morar com sua tia Beatrix. A governanta da casa do Alto da montanha tinha 36 anos e disse que, a partir de então, ele se chamaria Pieter. Antes de Hitler, Berghof era conhecida como Haus Wachenfeld. Katarina era sua mais nova amiga em sua nova escola e Pierrot nutre sentimentos por ela não correspondidos.
Aos poucos foi esquecendo quem era esquecendo Anshel e se tornando espelho de Hitler. Cometeu muitos erros ao longo da vida e isso o marcou para sempre.
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Nathalia 30/04/2017

Intenso
Quando Pierrot fica órfão, precisa ir embora de sua casa em Paris para começar uma nova vida com sua tia Beatrix, governanta de um casarão no topo das montanhas alemãs. Mas essa não é uma época qualquer: estamos em 1935, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E esse não é um casarão qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Hitlerista. O novo mundo que se abre ao garoto é cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição. E pode ser que Pierrot nunca consiga escapar.
O Menino no alto da Montanha é um livro maravilhoso, que nos mostra que infelizmente qualquer um pode ser corrompido, até mesmo uma criança pura e inocente. Nesse livro vemos gradativamente Pierrot um menino orfão, doce e inocente se transformar em Pierre o protegido do Führer.
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Biahhy 10/06/2017

John Boyne simplesmente nunca decepciona!
Eu com este livro já é o terceiro livro que leio do autor, o ano passado li um conto dele que em mais ou menos 40 paginas foi fabuloso, e este livro simplesmente não consigo expressar tudo que sinto por ele em palavras e principalmente em poucas palavras, ouso dizer que gostei ainda mais dele do que o menino do pijama listrado, ouso dizer isso, todos os livros do autor são nestes climas de guerra e segunda guerra principalmente e neste pegou no meu ponto forte colocar uma criança, como protagonista e que vai passar por tudo de ruim e de difícil querendo ou não na vida, para só quando tiver chegando na vida adulta, realmente crescer e aprender com seus erros que cometera ao se aproximar cada vez mais de Hitler durante sua estadia nesta casa no alto da montanha.
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Maria Carolina 09/07/2017

Vulnerável e influenciável
São essas as duas palavras que definem pra mim Pierrot.
O livro mistura ficção e realidade; o autor insere uma personagem fictícia no centro do nazismo, dentro da casa de casa de refúgio de Hitler.
A história se passa em três períodos para nosso personagem principal: antes da 2ª Guerra, em Paris; durante a 2º Guerra, na Alemanha; e após a 2ª Guerra, novamente em Paris.
Pierrot é uma criança de 7 anos que mora em Paris, filho de mãe francesa e pai alemão, que tem como melhor amigo um garoto judeu. Seu pai combateu a 1ª Grande Guerra e, apesar de não ter morrido nela, foi ela quem o matou - como a mãe de Pierrot sempre disse no livro.
Desde o início da história me deparei com uma criança dócil, bondosa - principalmente pela educação que tinha de seus pais -, mas muito influenciável. Em algumas conversas que tinha com seu pai, me pareceu que Pierrot já tinha dentro de si um sentimento de necessidade de poder, de ser o melhor. Apesar de ser muito imaturo, seus pensamentos alienados e as influências que teve moldaram seu caráter durante toda a história.
Após a morte de seus pais, Pierrot passou um tempo na casa de Anshel, seu amigo judeu que sonhava em ser escritor. O passatempo favorito dos meninos era Pierrot contar uma história e Anshel escrevê-la, sempre com a ressalva de que apesar de ter sido Anshel quem escrevera, o autor era na verdade Pierrot.
No curto período em que passou na casa de seu amigo, já podemos perceber alguns pensamentos de fúria que Pierrot tinha por ser deslocado e sozinho.
Depois de ir para o orfanato, tinha esses mesmos pensamentos, mas lá encontrou uma colega que era mais forte que ele. Ficou a seu lado por interesse, por saber que com ela poderia dizer o que queria.
Quando foi para a Alemanha, sua primeira impressão foi de espanto, um mundo totalmente diferente do que ele já havia visto em Paris e no orfanato, até mesmo porque ele foi morar na casa de refúgio de Hitler, a mente do nazismo.
Nessa parte da história me chamou muito atenção como Hitler se passava de bonzinho, como se fosse a melhor pessoa do mundo, amoroso e preocupado com o futuro dos seus. Poucas vezes vimos sua mente doentia como de fato era. Aqui, precisamente, a ficção de mistura com a realidade.
Pierrot se torna Pieter, nome típico alemão e é forçado a deixar todo seu passado para trás. Podemos perceber que nesse ponto o menino perde sua identidade, não sabe mais quem é e o que pode ser tornar, só sabe que quer ter poder, para não sucumbir nas mãos dos mais fortes. Moldado por Hitler, cometeu indiretamente vários crimes e muitas injustiças, mas sempre estava perdido.
Me peguei pensando: Será que realmente não existiram meninos como Pirreot, que foram totalmente influenciados e moldados pelo próprio Führer?
Com o fim da guerra, Pieter volta à Paris e volta a ser o menino órfão que não tem para onde ir.
Nas páginas finais do livro vemos seu reencontro com Anshel e novamente seu passatempo favorito: um conta a história e o outro escreve.
"Acha que podemos ser crianças de novo?" (p. 223)
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Giovanna.Pellissar 22/07/2017

O que uma guerra pode causar em uma criança?
Pierrot era um doce menino francês que vivia com seus pais em Paris, mas tudo mudou de repente para o garoto. Seu pai saíra de casa e morrera no trilho de um trem e meses depois sua mãe falecera de tuberculose. Era 1936, a guerra se aproximava, e o menino ficara sozinho. Seu melhor amigo judeu, Arshel, que morava no andar de baixo ficara cuidando de seu cachorro enquanto ele teria que ir para um orfanato. De lá, ele iria morar com sua tia Beatrix, que nunca conhecera antes. O novo lar de Pierrot seria nada menos que a casa de Adolf Hitler, onde sua tia era governanta.
Com o tempo, o simpático menino teve que mudar seu nome francês para um mais Alemão, Pieter. Mas não foi só isso que mudara, Pierrot virou o protegido de Hitler e foi ficando cada vez mais parecido com o atual líder da Alemanha. Ele parara de responder as cartas de Arshel, o considerando um judeu imundo. Sua doçura e inocência sumiram ao longo dos anos e da guerra.
A cada capítulo Pierrot surpreende mais o leitor. Ele muda de inocente a insensível durante os anos ao lado de Hitler e essa é a essência do livro. Há momentos que você sente raiva dele ou incredulidade ao ver como o garoto fora manipulado. O fato de realmente ter acontecido a Segunda Guerra e que Hitler realmente fez isso com as crianças da época te choca mais.
John Boyne consegue em poucas páginas te fazer sentir um turbilhão de emoções e a qualquer momento pode acontecer algo inesperado. O livro é incrível e retrata com perfeição o que foi a Segunda Guerra Mundial e o Nazismo.

site: https://piratasleitores.wixsite.com/piratasleitores/resenhas-e-autores/o-menino-no-alto-da-montanha-john-boyne
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Thalita Branco 21/11/2017

Resenha ~ O Menino no Alto da Montanha - John Boyne
Em O Menino no Alto da Montanha conhecemos Pierrot, um garoto pequeno para a idade que vive na França junto de seus pais e de seu cão chamado D’Artagnan. Seu pai sofre com as sequelas psicológicas da Primeira Guerra Mundial e é encontrado morto, enquanto sua mãe pouco depois fica doente e também morre. O menino deixa o cachorro aos cuidados de seu melhor amigo, um judeu surdo chamado Arshel, enquanto é enviado para um orfanato. Não tarda para ser resgatado pela tia Beatrix e ir viver em um casarão no alto da montanha.

O casarão é residência de ninguém mais ninguém menos que Adolf Hitler. Não tarda para o menino se tornar um queridinho do ditador e criar ares de grandeza, pois finalmente não sofre com bullying e pode almejar se tornar um homem poderoso como aqueles que entram e saem da casa. Mas a que custo?

John Boyne mais uma vez brilha ao envolver crianças em grandes conflitos históricos. Pierrot nos dá uma bela ideia de como alguns jovens alemães devem ter se sentido ao participar da Juventude Hitlerista. É um livro que deixa o leitor com sentimentos conflitantes. Ao mesmo passo que tentava entender as motivações de Pierrot como um jovem iludido pelo discurso dos nazistas, me revoltava com suas atitudes e queria lhe dar um belo chacoalhão.

O livro é curto e a leitura flui muito bem. Eu até gostaria que ele fosse mais longo. Estou um pouco cansada de títulos do tipo “O menino que, a menina que”, mas a editora manteve o título original, então tudo bem. Eu coleciono marcadores e embutido na orelha da contracapa temos um marcador recortável. Adorei!

O Menino no Alto da Montanha é excelente para quem gosta de histórias na Segunda Guerra Mundial e um bom retrato de como se sentiria um menino nazista na Juventude Hitlerista. Não gostei de todo de alguns poucos pontos mais por implicância minha tentando decifrar se certas situações poderiam ter acontecido que por desvios da narrativa. Achei o final um pouco corrido, mas o livro cumpre o seu papel e se mostrou uma boa leitura.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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