Orlando: uma Biografia

Orlando: uma Biografia Virginia Woolf




Resenhas - Orlando


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ana vicenza 13/11/2022

A mudança era incessante, talvez fosse eterna.
"Pois tudo indica - e seu caso o comprovava - que escrevemos não com os dedos, mas com tudo que somos. O nervo que controla a pena está conectado a todas as fibras de nosso ser, atravessa o coração, perfura o fígado." O sentimento que eu tive lendo Orlando, minha segunda obra de Virgínia, é que essa é realmente a forma com que a autora escreve. Depois de ler Mrs. Dalloway, fui procurar mais sobre os livros de Woolf, e ao descobrir que ela tinha uma história sobre transição de gênero publicada no século passado, com a personagem principal baseada em uma mulher por quem ela era apaixonada, precisei ler imediatamente. Ao longo da leitura, Orlando se mostrou bem mais que isso - é sobre lutar por liberdade, é sobre processos de cura, e principalmente, é sobre o desafio que todos enfrentamos de conviver com milhares de versões de nós mesmos, que se transformam a cada dia que passamos vivos.
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Afonso 24/10/2022

A autobiografia mais intimista que já li
Wolf nos leva à vida de Orlando, um personagem fictício que representa a vida da autora. É tão intimista, tão sensível, que surpreende e não há como não se identificar com algo de Orlando em você. Sua trajetória difusa em descobrir o eu e suas transformações são comparáveis ao que qualquer pessoa passa ao longo da vida, tentando encontrar seu lugar no mundo. O que o torna especial mesmo é sentirmos, na escrita a história de Wolf e talvez alguns de seus pensamentos e sensações mais profundos.
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jhdep 12/10/2022

Aquele que nos rouba os sonhos rouba nossa vida
Orlando é um jovem belo e rico mas que não parece ser feliz apesar disso. Frustrado em seu sonho de se tornar um poeta, não consegue também ser realizado no amor e se torna uma pessoa um tanto quanto melancólica. Até que um acontecimento faz com que ele passe a enxergar a vida de outra forma: ele se torna uma mulher. É a partir desse acontecimento que Virginia passa a fazer uma critica em relação a desigualdade de gênero latente na sociedade. Orlando passa a se aproveitar das vantagens de se possuir um corpo feminino enquanto passa a sustentar uma personalidade conflitante: ainda carrega consigo pensamentos e atitudes considerados masculinos. É um livro a frente de seu tempo, que nos faz pensar sobre gênero e sobre nossa relação com o tempo. Principalmente ao final, algumas descrições e digressões excessivas podem ser um pouco entediantes, mas o fato do próprio narrador ironizar essa sua forma de se construir a narrativa acaba tornando esse aspecto mais aceitável.
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bi-a 10/10/2022

A vida de Orlando é uma apaixonante e amarga trama. Apesar de ter muito fluxo de consciência (o último capítulo que o diga, foi avassalador), deu pra entender a narrativa e as reflexões que Virginia - com sarcasmo e espirituosidade - colocou na obra. Um livro que pretendo reler novamente e que, com certeza, me instigou a ler mais livros de ficção escritos pela autora e colocou ela como uma das minhas favoritas. Bom, não é o foco principal da narrativa, mas a Virginia toca em pontos como: a visão da mulher na sociedade ao longo dos tempos , questões de gênero, questões de sexualidade, androginia, satirização de intelectuais, satiriza um pouco o gênero biográfico. Mas ela fala muito sobre os muitos eus que existem em nós, o tempo, se ater ao presente e a vida (e aqui acredito que esse último seja a temática principal do livro). A vida como ela é, sem adornos, sem retoques, sem idealizações, e o sentido dela. Essa questão da vida é algo que a autora gosta muito de trazer nas narrativas, assim como em Mrs. Dalloway.
Daqueles livros que se você reler daqui há uns dois/três anos, com mais experiência de vida, com certeza vai achar mais coisas na narrativa que passou despercebido.

Por fim, em seu diário, Virginia Woolf disse que Orlando é Vita (sua amiga, musa inspiradora e também amante). Foi uma grande carta de amor à Vita. Recomendo a leitura.
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Brenna.Lopes 20/09/2022

li por obrigação da faculdade kskskks
A leitura é muito maçante, os primeiros capítulos são extremamente CHATO MDSSSSS, mas a partir do 3° capítulo a leitura melhora bastante e começa a ficar interessante, é o momento em que Orlando dorme e acorda mulher, a partir daí ele vai trazer as suas perspectivas a partir das suas experiências vividas no dois gêneros. Acontece muitas questões no sentido social e pessoal do personagem. A maneira que Virgínia utiliza-se o fluxo de consciência em suas obras é muito incrível! Pude adentrar no pensamento de Orlando e pude me identificar com várias questões que o livro trás a partir do personagem. O livro é bom, mas a leitura inicialmente dificulta um pouco, mas super recomendo, pois está obra trás uma temática muito interessante e atemporal diante da época, que é a temática sobre gênero.
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Levi_Motta 05/09/2022

Ela é sempre maravilhosa
Mais uma excelente obra da Woolf, com sua excelente escrita poética, ela conta a história de um personagem único. Acho que o fato da obra ter se concentrando tanto em Orlando, dificultou um pouco o meu entendimento com alguns personagens, e o que eles faziam. Mas isso não prejudicou a alta qualidade da obra.
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Lily 05/09/2022

Vida, Legado e Virginia
Neste livro VW usa o personagem Orlando para percorrer uma vida inteira de acontecimentos em formato biográfico onde o tempo todo se pergunta o que realmente é importante para o ser mas ao ler mais de perto se vê uma tentativa da própria de tentar se entender; tentar entender se o que fez faz sentido se quem amou importou e quem ela era de fato Orlando em todo seu sarcasmo conta toda a tristeza por trás de Virginia e como ela merecia perceber o quão importante foi para a Literatura Moderna.
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Maria14065 24/08/2022

Virginia Woolf escreve de uma forma poética que nos insere na consciência de suas personagens. Admito que foi um leitura lenta e um tanto quando monótona pra mim, talvez eu devesse ter iniciado a leitura de seus romances com outro livro. De qualquer forma, a grandiosidade da autora é vista nas páginas e na narrativa da vida de Orlando, alocando para a ficção seus sentimentos reais.
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Nicolas388 19/08/2022

"Não temos escolha senão confessar: era mulher"
Há muito tempo que eu queria ler esse livro. A proposta de um livro que fala sobre gênero já é interessante, mas uma história assim escrita no século passado, ainda tendo como autora a maravilhosa Virginia Woolf, não tinha como não ser única. Mas não foi um livro que atingiu minhas expectativas; pelo contrário, ele ultrapassou e satisfez desejos que eu nem sabia que tinha!

Não esperava encontrar tanto humor, sarcasmo e metalinguagem no livro. A Virginia que eu descobri nele é muito diferente da que escreveu "Mrs. Dalloway", nem inferior ou superior, mas é incrível as diferenças que existem entre esses dois livros. Se não fosse o nome na capa, eu nunca imaginaria que os dois foram escritos pela mesma pessoa.

"Orlando" é divertidíssimo, e a maneira com que o gênero é tratado, com tanta naturalidade e fluidez (e uma pintadinha de ironia) é deslumbrante. Acho que encarar o texto mais como uma prática de escrita livre da autora, como se ela estivesse só escrevendo o que vem à mente ou até conversando com nós, contando a história pessoalmente, ajuda a encarar melhor a história, não tive tantas dificuldades para entender quanto imaginava.

E o fim! Ai, me deixou pensando uns diazinhos até que entendi. Enfim, só maravilhas. ^^
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Camila | @abismos.literarios 10/08/2022

"Pois tem razão o filósofo ao dizer que nada mais espesso do que a lâmina de uma faca separa a felicidade da melancolia."
(Resenha publicada no IG: @abismos.literarios)

Uma ficção em forma de biografia, Virgínia nos apresenta uma história repleta de fatos históricos acerca da vida de Orlando, que passou por uma situação um tanto inusitada: certo dia, ao acordar, percebe que agora é uma mulher. Com ênfase na discussão sobre ser a mesma pessoa, apenas num corpo diferente, Woolf vai trilhando caminhos de descobertas e reflexões.

Há também um toque de surrealismo, já que teremos aqui um enredo que se passa por mais de 300 anos, por diversos momentos históricos, em que a personagem vive ao longo de todos esses anos.

Orlando não foi um livro que funcionou para mim... comecei a leitura com certo interesse, mas conforme avancei fui me perdendo na história, assim como no foco do livro. Foi uma leitura arrastada, demorei muito para concluir a leitura, e terminei na força do ódio haha. Quiçá seja o meu próprio momento junto com as expectativas que eu estava para essa leitura... mas ao me deparar com uma escrita confusa e irregular, não consegui me manter conectada com os personagens e a história.

Compreendo a intenção do livro de possuir uma característica de fluxo da consciência, que realmente não é linear, mas juntando isso ao fato de ser extremamente descritivo em tudo – paisagens, pessoas, situações – e possuir capítulos enormes, com páginas de um parágrafo só sobre essas descrições, se tornou, para mim, maçante e desinteressante.

Contudo, ainda visualizo a importância de tal obra e sua característica atemporal, ao trazer as discussões de gênero, identidade sexual e papéis sociais ainda em 1928, sendo muito à frente de seu tempo com um impacto social gigantesco.


site: https://www.instagram.com/abismos.literarios/
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Jorge Armando 31/07/2022

Vá na fé
A obra é monumental, e, naturalmente, demanda um esforço igualmente monumental para ser percorrida do início ai fim. Vale a pena a experiência, embora o desenrolar da história e a maneira pela qual o narrador/ "biógrafo" escolhe descrever os acontecimentos coloque alguns obstáculos no caminho, dificultando a fluidez e compreensão da história. Em suma, é um livro de altos e baixos, intercalando uma leitura ora fluida, ora arrastada. O que importa mesmo é que, no fim das contas, as partes boas pagam por todo o sofrimento.
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Patty 25/07/2022

Muito bom!
Pode-se perceber muito da personalidade da autora no/a protagonista, vemos acontecimentos e pessoas do seu convívio retratados na obra, talvez por isso chamada de biografia.
Mais uma vez não me decepcionei com a autora e pretendo ler mais obras dela.
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Jess 24/07/2022

Redenção
Orlando me apareceu como uma terceira chance para Virginia Woolf, que nas duas primeiras não me agradou tanto assim. Sinceridade, honestidade, apenas. Fazendo uma pesquisa prévia percebi que este romance teve um toque especial. Aparentemente era Virginia sendo confortável na sua escrita, fazendo do jeito que mais gostava e da forma mais despretensiosa possível. E eu desejei que ela tivesse sido mais assim.

Orlando é um homem herdeiro de uma boa família no interior da Inglaterra, que ascende sua posição de forma até fácil por sua eloquência, sua aparência e sua pré disposição a atrair o gosto de qualquer um. Mesmo cometendo erros. É numa viagem à Turquia, quando se torna embaixador e logo depois Duque que, de súbito, acorda transmutado num corpo feminino, além de imortalidade. Tanto na jornada de volta à Inglaterra quanto sua vivência na sociedade, ele - agora ela - enfrenta as dificuldades e atribulações impostas às mulheres, tanto quanto a reflexão e indecisão sobre seus amantes e às vezes suas convicções.

O livro ainda não é um preferido, estaria num limbo apesar da discussão. Publicado por volta de 1920-30, eu adoraria ter vivido a publicação dessa obra para ver o rebuliço que deve ter causado. Entendo sua importância histórica, como era a frente do tempo e como já trazia uma discussão tão importante. Mas o estilo de escrita da Virginia ainda não me agrada, e os capítulos - lê-se enormes volumes - longos e corridos são um ponto bem negativo. Então eu daria uma nota média, pois foi o livro que salvou a concepção que eu tinha da autora.
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jota32 22/07/2022

?Foi uma mudança nela própria que ditou a escolha pelos trajes femininos e pelo sexo feminino. Apesar de diferentes, os sexos se misturam. Em cada ser humano ocorre uma vacilação entre um sexo e outro, e frequentemente são as roupas que sustentam a aparência masculina e feminina, enquanto que por baixo delas, o sexo é o oposto do que se vê na superfície?
Achei linda a forma como a Virgínia discute de maneira tão poética a questão de gênero. Para um livro escrito no início do século 20, é algo revolucionário.
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