Tess dos D

Tess dos D'Urbervilles Thomas Hardy




Resenhas - Tess dos D'Urbervilles


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arabella 20/09/2021

thomas hardy é um gênio. ao escrever sobre tess, uma pessoa boa e simples, ele faz com que os leitores inevitavelmente se vejam torcendo pelo final feliz da garota, que sofre muito ao longo do livro. tess nunca tem sorte em nada, e parece que tudo dá errado pra ela.

mesmo que tudo só fique pior ao passar das páginas, eu fiquei ansiando por alguma coisa que finalmente fizesse a menina feliz. além disso, ele constrói os personagens de uma forma que eu nunca sabia muito bem se odiava ou gostava de alguém... era como se fossem pessoas de verdade, errando e aprendendo com seus erros.

eu também gosto muito da característica pessimista do autor; ele escreve sobre um destino pré-definido, que não há como mudar. é importante falar que o tempo todo ele faz associações sobre a pureza de tess, e acaba criticando o que a sociedade da época considerava como pureza. para hardy, não existe a mulher perfeita.

é um clássico, e a linguagem é meio pesada, mas certamente vale a pena.
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Roberta.Rozin 05/07/2018

Espetacular
Um romance do século XIX com toda as tragédias e amores descritas da época. Essa edição da editora Pedra Azul está primorosa, com muitas notas de rodapé, contendo as explicações que o autor usava na época em que foi escrito.
Tess e Angel ficarão na minha memória pra sempre.
Recomendo para quem gosta de Romance Histórico, e esse é dos bons.
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Ana 29/08/2023

Hardy é intrínseco e agridoce, mas necessário.
?A ?justiça? fora feita e o Presidente dos Imortais, terminara seu jogo com Tess.?

Eu dei cinco estrelas e favoritei esse livro única e exclusivamente pela personagem principal, Tess Durbeyfield. Hardy traz nesse livro uma imprescindível e vital crítica a posição da mulher na sociedade em geral, crítica social da época e a hipocrisia religiosa(que até hoje se mantém), Hardy apesar de ser um homem do século 19, eu consigo afirmar que ele era um homem progressista, um homem a frente do seu tempo, como ele aborda e crítica os assuntos citados acima de uma forma crua mas necessária é extremamente agridoce especialmente para nós mulheres, não é um livro a ser romantizado de forma alguma, é um livro a ser passado a frente, a trazer à memória, como a diferença de classe social, como ser mulher, como viver embaixo de um religião vem matado milhares de nós mulheres ao longo dos anos e vindo de um homem nascido a 200 anos atrás me deixa com um sentimento extremante agridoce, mas feliz de saber que existem homens que pensam por si só ainda naquela época, eu terminei esse livro agora, então ainda estou a flor da pele com tudo que li e não sei se estou me fazendo entender, mas eu, eu não sei resumir, eu sei que é uma leitura importante apesar de ser dolorida, enfim eu quero pensar mais mas precisava dizer de imediato o que esse livro me causou e dizer que jamais esquecerei Tess Durbeyfield e Thomas Hardy que terão para sempre um espaço em meu coração.
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Gabi.Lorente 27/12/2023

Livro muito bem escrito e retrata muito bem a realidade e insignificância da mulher a época. Pra quem ama histórias de época, um prato cheio!

Agora sobre meus sentimentos sobre a história: é uma tristeza e frustração sem fim. Entendo que é uma tragédia mas nossaaaaaaaaaa! Precisava Hardy?

A retratação pura e simples de como a vida de uma mulher é vista como mercadoria pelos pais e depois como um objeto pelos homens.
Refletindo sobre a história depois que a raiva passa? estamos em 2023 e a realidade é que praticamente nada mudou. ?
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carvisc 02/02/2024

Tess dos D'Ubervilles
Tess dos D’Urbervilles, apesar de ser um romance, é uma obra de Thomas Hardy. Famoso pelo pessimismo presente em suas obras, isso se torna evidente ao longo da trajetória de Tess, uma mulher pura sem proteção em uma realidade onde a honra feminina poderia ser facilmente desacreditada. Tess, com um pai bêbado, uma mãe relapsa e vários irmãos para cuidar, carrega consigo uma enorme culpa em relação a tudo e a todos. Acaba grávida e sem um casamento, o que a coloca em uma vida de trabalho duro e julgamentos. Até conhecer Angel Clare, um aprendiz de fazendeiro que conquista facilmente o amor de Tess, desenvolvendo-o também em si mesmo.
O passado de Tess a assombra ao longo de toda a narrativa, e seu senso de honestidade a força a revelar a mancha em sua pureza a Angel. Isso destaca de maneira contundente a injustiça que as mulheres enfrentam ao sacrificar suas vidas em nome do amor. Dois momentos cruciais na trama envolvem Alec D’Urberville e Angel Clare, ambos falhando de maneira miserável com Tess. Esses eventos deixam Tess predominantemente sozinha, dedicando-se ao trabalho incessante na tentativa constante de auxiliar sua família.
Durante a leitura, é fácil se imergir em cada contexto, graças às descrições detalhadas dos lugares apresentados e às profundas reflexões sobre os conflitos vividos. Após inúmeras injustiças enfrentadas pela heroína desta história, chego à conclusão de que, se já existiu um homem determinado, este é Alec D’Urberville. A reviravolta final surge como o único evento capaz de deter Alec e proporcionar consolo ao leitor que, como eu, se envolveu profundamente nas agruras da querida Tess.

Obrigada, Anastásia Steele! Foi uma ótima indicação
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Luccal1 25/02/2024

Pra mim a própria existência desse livro é uma anomalia temporal. Um romance de 1800 sobre estupro que escancara a hipocrisia da sociedade vitoriana, recheado de referências, linguagem poética, te insere na vida campestre. A visão desse autor transpassa até entendimentos atuais, não consigo recomendar o suficiente e já coloquei todos os outros dele na lista. Incrível como uma história tão tragica conseguiu me dar uma certa paz. O medo do outro de si sempre foi e será o que nos paraliza, as vezes o viver na insanidade ganha de uma vida de medo.

CITAÇÕES

Sentindo-se antagonista, estava, na verdade, em harmonia. Fora forçada a quebrar uma lei social, mas nenhuma lei da natureza, em meio à qual imaginava-se tamanha anomalia

Alguns poderiam arriscar o estranho paradoxo de que, com mais animalismo, ele teria sido um homem mais nobre.

Ninguém culpou a Tess tanto quanto ela culpou a si mesma

era o toque de imperfeição sobre a quase perfeição que lhe conferia a doçura, pois era aquilo que lhe dava sua humanidade.

Os empregados da vacaria viviam confortavelmente, placidamente e alegremente. Sua posição era, talvez, a mais feliz de todas na escala social: acima da linha onde termina a pobreza, e acima da linha em que as conveniências sociais começam a restringir o sentimento natural, e o estresse das modas triviais fica muito aquém do suficiente.

?Não sei nada a respeito de fantasmas?, ela dizia; ?mas sei que nossas almas podem sair de nossos corpos enquanto ainda estamos vivos.?

Afastou- se de antigas associações e conheceu algo novo da vida e da humanidade.Ela não consistia em uma existência, uma experiência, uma paixão ou uma estrutura de sensações para ninguém além de si mesma. Para todo o restante da humanidade, Tess era apenas um pensamento passageiro.Contudo, essa limitação baseada em retalhos de convenção, habitada por fantasmas e vozes hostis, era um triste e equivocado produto da imaginação de Tess? uma nuvem de duendes morais pelos quais sentia- se aterrorizada sem razão. Eram eles que estavam em desarmonia com o mundo real, não ela.era o toque de imperfeição sobre a quase perfeição que lhe conferia a doçura, pois era aquilo que lhe dava sua humanidade.Enquanto caminhavam a seu lado, o antigo sentimento de Angel reviveu dentro dele? que quaisquer que fossem suas vantagens em comparação, nenhum dos dois via ou vivia a vida como realmente era. Talvez, como acontece com muitos homens, suas oportunidades de observação não fossem tão boas quanto suas oportunidades de expressão. Nenhum dos dois tinha uma concepção adequada das forças complicadas a ativas fora da corrente suave e gentil na qual eles e seus associados flutuavam. Nenhum dos dois via a diferença entre a verdade local e a verdade universal; que aquilo que o mundo interior dizia em sua audição clerical e acadêmica era bastante diferente daquilo que o mundo exterior pensava.no que diz respeito à acuidade intelectual, acho que você, como um dogmatista satisfeito, deveria deixar a minha em paz, e perguntar o que foi feito da sua.?embora o jovem não pudesse aceitar o rígido dogma do pai, reverenciava sua prática e reconhecia o herói por baixo do crente. Talvez reverenciasse a prática de seu pai mais do que nunca, haja vista que, na questão de tornar Tess sua esposa, o pai não pensara vez alguma em perguntar se tinha posses ou se era pobre. O mesmo desinteresse que tornara necessário a Angel buscar seu sustento como fazendeiro, e provavelmente manteria os irmãos na posição de pobres vigários até o fim de suas atividades; mas Angel o admirava mesmo assim. De fato, apesar de sua própria heterodoxia, Angel sentia com frequência que estava mais próximo de seu pai do lado humano que qualquer um de seus irmãos.?Oh! Meu amor, por que eu o amo tanto!?, ela sussurrava a sós; ?pois aquele que você ama não é meu verdadeiro eu, mas alguém à minha imagem; aquela que eu poderia ter sido!?Ela era um tipo de pessoa celestial, que devia seu ser à poesiaO moinho continuava funcionando, pois comida era uma necessidade perene. A abadia perecera, pois crenças são transitórias.?Penso com mais benevolência sobre as pessoas quando estou afastado delas?,Com toda sua buscada independência de discernimento, esse avançado e bem- intencionado jovem rapaz, uma amostra dos últimos vinte e cinco anos, ainda era o escravo dos costumes e das convenções quando surpreendido por seus antigos ensinamentos.Sentia- se envergonhada pela sua tristeza noturna, baseada em nada mais tangível que um senso de condenação sob uma lei arbitrária da sociedade sem bases na Natureza.Ao considerar aquilo que Tess não era, ignorava aquilo que era, e esquecia- se de que o imperfeito pode ser mais que o inteiro.Aquele que tecera sua perdição estava agora do lado do Espírito, enquanto ela permanecia degenerada.ela se apoiou. ?Não posso acreditar em mudanças tão repentinas! Sinto- me indignada ao ouvi- lo dirigir- se a mim dessa maneira quando sabe? quando sabe o mal que me fez! O senhor, e aqueles como o senhor, desfrutam de todo o prazer possível nessa terra tornando as vidas daqueles como eu amargas e sombrias de tanta dor. E, então, que ótimo, quando estão fartos, pensar em garantir o prazer no paraíso ao converter- se!Ah, se eu pudesse fazer seu querido coração doer- se um minutinho a cada dia, como o meu todos os dias, o dia inteiro sangra, poderia levá- lo a apiedar- se de sua pobre e solitária mulher.Tendo há muito desacreditado os antigos sistemas de misticismo, ele agora começava a desacreditar as velhas considerações da moralidade. Ele pensava que precisavam de ajustes. Quem era o homem moral? Ainda mais pertinentemente, quem era a mulher moral? A beleza ou feiura de um caráter não está apenas em seus feitos, mas em suas intenções e impulsos; sua verdadeira história não se encontra naquilo que realiza, mas naquilo que sonha.Quaisquer que fossem seus pecados, não eram pecados de intenção, mas de inadvertência, e por que deveria ser punida de forma tão persistente?sua Tess original havia cessado espiritualmente de reconhecer o corpo diante dele como dela? permitindo que flutuasse, como um cadáver na correnteza, em uma direção dissociada de sua vontade viva.?Não pense no passado!?, disse ela. ?Não pensarei em nada além do presente. Por que deveríamos?!? Quem sabe o que o amanhã nos reserva??
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jessyroux 06/03/2024

Perfeito
"Tess of the d'Urbervilles" é uma obra-prima de Thomas Hardy que oferece uma narrativa rica e emocionante sobre a vida de Tess Durbeyfield, uma jovem mulher cuja vida é marcada por tragédias e injustiças. Hardy habilmente explora temas como destino, moralidade e injustiça social através da jornada de Tess, cuja beleza e inocência são constantemente testadas pelo mundo cruel ao seu redor. A prosa de Hardy é densa e poética, mergulhando o leitor nas paisagens rurais da Inglaterra do século XIX e nas complexidades da condição humana. "Tess of the d'Urbervilles" é uma leitura profundamente comovente e reflexiva que continua a ressoar com os leitores até hoje.
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29/11/2022

Tess é uma camponesa cujo pai descobre que seu sobrenome, Durbeyfield, é uma variação do que fora um dia D’Urbervilles, uma família nobre do passado. O pai, que já não gostava muito de trabalhar, se vale dessa condição para trabalhar menos ainda.
A família então descobre que há uma Senhora D’Urberville que vive não muito longe dali e acreditam que possam ser seus parentes, mandam Tess para trabalhar lá na esperança de que ela caia nas graças da velha senhora e seja reconhecida como parente, mas na verdade trata-se apenas de uma nova família que se apropriou do nome. O filho da senhora que recebe Tess, nem se dá ao trabalho de dizer à mãe quem é Tess mas a contrata para trabalhar na casa pois fica encantado pela beleza dela. Alec é seu nome, é pode ser considerado o tipo de rapaz que seria um playboy nos nossos dias e acaba sendo a ruína de Tess.
Ela volta para a casa dos pais e a partir daí seu sofrimento na vida toda só aumenta, conhece Angel Clare com quem se casa, mas isso não alivia em nada sua vida de sofrimentos. Passa por vários tipos de empregos que até para uma camponesa do século XIX são muito pesados.
Não me lembro de ter lido um livro que um personagem sofre tanto injustamente quanto Tess. Nunca tive uma ressaca literária na vida, mas esse quase me deixou.
Este é o livro mais famoso de Thomas Hardy, considerado um autor realista.
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Lene 15/05/2022

Intenso
Uma das minhas metas esse ano de 2022 é ler mais dos clássicos ingleses. Colando-a em pratica escolhi Tess dos Durbervilles de Thomas Hardy como primeiro da lista. Lembro que o livro sempre estava na minha lista de 'quero ler', porém já tendo estudado um pouco sobre a literatura Hardyana (marcada pelo pessimismo) e tendo consciência que não estava preparada para conhecer Tess e seu infortúnio de vida, posterguei o máximo que pude a leitura. Hoje após virar a última página do livro penso como Anastasia Steele: "Droga, aquela mulher estava no lugar errado, na hora errada e no século errado".
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Brunakelle 31/01/2021

Fiquei surpreendida com a narrativa fluída e simples de Thomas Hardy, fui apresentada a uma outra faceta da Inglaterra, especificamente a vida rural do século XIX. Tess é um protagonista forte que passou por lutas difíceis ao longo de todo o livro e é impossível não torcer por sua felicidade. Mas sinto dizer que fiquei decepcionadíssima os últimos acontecimentos descritos pelo autor.
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Dri 27/02/2022

Magnífico
No grupo da leitura coletiva e no curso de literatura que estou fazendo peguei vários spoilers, que empobreceram minha experiência de leitura, infelizmente. Mesmo assim, o impacto ao finalizar o livro foi grande. É uma obra impecável e irretocável no que se propõe. Acho interessante denominarem Hardy de pessimista. Para mim, não se trata de pessimismo e sim de realismo. Um realismo corajoso, que expôs na hipócrita sociedade vitoriana todo o desprezo, preconceito, violência e injustiça com que as mulheres eram tratadas. Desnecessário dizer que isso não é uma condição totalmente extinta no presente. Tess é uma jovem amaldiçoada por sua beleza, pela negligência dos pais, pela falta de proteção às mulheres da época. Tudo isso é escancarado no livro todo e só posso imaginar a cara dos pseudo pudicos, moralistas e devotos vitorianos lendo tamanho realismo. Sofri e me revoltei com todas as injustiças sofridas por Tess, uma mulher pura, como sabiamente diz o subtítulo da obra. Uma mulher pura de sentimentos, de intenções, de ações, mas que nunca teve suas vontades respeitadas. Escrita de enorme qualidade, não dá vontade de parar a leitura, até mesmo nos momentos mais tristes. Feliz por ter lido essa obra espetacular de Thomas Hardy.
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