Confissões de uma máscara

Confissões de uma máscara Yukio Mishima
Yukio Mishima




Resenhas - Confissões de uma Máscara


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cyberenjeru 28/12/2023

Apesar de gostar da escrita do Yukio este livro é um pouco cansativo, isso que é curto, pelas extensas e repetitivas descrições de rapazes e as punhetas do protagonista. Fica mais interessante quando ele se torna adulto e descreve seus sentimentos em relação a guerra e seus medos quanto ao futuro.
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Matheus945 17/12/2023

Uma agradável surpresa no fim do ano. Um belíssimo livro de Mishima, o segundo que leio do autor e primeiro que favorito, que enreda ramos dentro de pessoas que passaram por experiências parecidas com a do protagonista do livro. O livro mostra como as pressões sociais criam essa necessidade de se usar uma máscara, principalmente de pessoas que estão num momento de exploração ou descobrimento sexual, e de como elas nos afetam com recalques psicológicos. No caso do protagonista do livro, a repressão dos sentimentos sexuais que nutria por outros homens resultava no desejo de ver mortes gloriosas e honradas, como no caso de São Sebastião, e também no desejo de homens com certo ar de brutalidade e coragem, o completo oposto do protagonista frágil, franzino e arredio.

A narrativa depois se envereda na vontade que o protagonista nutre, sem resultados, de se apaixonar e viver uma vida "normal" ao lado de uma mulher. O resultado disso não poderia ser diferente: o dano emocional que ele se auto-infringe para se adequar o torna depressivo e suicida. Além disso, a história se passa durante a 2a Guerra Mundial, isso para o personagem surge de forma quase que a solucionar os problemas que sentia, e contempla por longos momentos a possiblidade de morrer durante algum ataque ao Japão.

Uma leitura espetacular, que esmiuça toda a natureza dos sentimentos humanos, de que forma eles surgem, dos questionamentos que eles trazem, de como nos desdobramos para entendê-los, do dito e do não-dito, do amor e sua falta de simplicidade. Além disso, me identifiquei muito com o protagonista durante esses momentos da descoberta da sexualidade, a cena em que ele chegava fantasiado de uma atriz de teatro para a família pensando que os divertiria e sendo repudiado por isso é uma cena simbólica para nós que fomos crianças viadas. Durante muito tempo na minha vida me percebi como o protagonista, de que o que eu sentia era errado, que eu seria rejeitado pela minha família se seguisse o que eu queria, de que eu deveria fingir ser o que não era para agradar, e isso causa uma marca permanente na alma.

Recomendo muito! Livraço curtinho.

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duca nascente 12/12/2023

Simplesmente encantador o que este livro traz, por pouco eu não coloco ele entre os meus favoritos, aqui é de uma voracidade sem tamanho, cada capítulo vemos uma evolução diferente no Koo-chan e seu gosto sádico.

Com certeza quero relê-lo em alguma oportunidade.
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Caio738 17/11/2023

Breve e brutal
Texto bastante enxuto, que consegue potencializar o efeito doloroso que permeia a história. As cenas e metáforas são cuidadosamente selecionadas e conseguem causar grande impressão sobre o tema principal da obra: a homossexualidade e o sofrimento de um jovem na sociedade japonesa.
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Luiz Souza 25/10/2023

Máscara
O livro conta a história de Koo-chan , a narrativa conta desde seu nascimento depois vai morar com a avó por lá adquirir gosto por leitura e história de amor principalmente.

Aos 13 anos se apaixona por Omi um colega da escola.

Na vida adulta ele tenta se apaixonar por Sanoko mas vive um conflito interior em que acaba reprimindo o desejo carnal por pessoas do mesmo sexo.

A escrita do autor é lírica e poética , bem profunda por sinal mas não é cansativa em nenhuma parte.

Ótima leitura.
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Daniel Andrade 23/10/2023

Melancólico
Primeiro contato com Yukio Mishima. Gostei bastante, apesar de terminar com um gosto de "quero mais". É uma leitura bem triste, não me causou felicidade ou ~satisfação~ em nenhum momento.
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Leonardo Bezerra 22/10/2023

A escrita é tão linda que parece uma escultura feita toda em ouro. Me identifiquei muito com o protagonista em vários aspectos e adorei o tom melancólico do livro.
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Neilson.Medeiros 22/10/2023

Segunda leitura que faço de Mishima. Gostei mais desse do que O marinheiro que perdeu as graças do mar. Aqui se vê um personagem que se vale de uma máscara para esconder sua verdadeira face. Acho interessante como o personagem vai criando consciência desse aparato e joga com essa dualidade entre interior e exterior. As nuances, os raios de sol sempre evocados em algumas partes do livro, parecem dar o tom desse jovem complexo: amor platônico, desejo sádico, vontade de viver, vontade de morrer. Guerra e uma ?normalidade? que o assusta mais do que os tempos de bombardeio. Muito bom!
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Rosie 24/09/2023

Confissões de uma máscara foi meu 2°livro lido do Yukio Mishima. Após a leitura de “Mar Inquieto” decidi ler mais algumas obras do autor e conhecê-lo um pouco mais, entretanto, fiquei um pouco surpresa com o que me deparei.

Este é o seu primeiro livro escrito, publicado em 1940. Um livro com fundo autobiográfico e que nos trás um lado um tanto quanto obscuro do autor.

Mishima foi para a literatura japonesa foi um homem excepcional. O que me fez quer conhecer suas obras foi a forma como ele demonstra a sexualidade e a sensualidade de um modo sutil e lírico. Mas neste livro, além de nos entregar essa sensação calorosa do amor ele também nos entrega dor e sofrimento na mesma medida – se não uma dose a mais que necessária.

Nesse seu livro de estreia somos apresentados a vida do autor desde novo entre seus 05 anos, sua adolescência entre seus 13-15 anos e o início da sua vida adulta com seus 21-22. Ao mesmo tempo que a história acaba abruptamente – que acredito que o autor já esteja entre seus 23-24 anos o que seja antes de sua vinda ao Brasil com seus 27 anos.

No primeiro capítulo da história, temos o autor entre seus 05-10 anos onde começa seus pensamentos homossexuais (não reconhecidos pelo próprio) e pelo seu desejo e prazer pela dor e morte. Segue uma passagem das descobertas descritas pelo autor com aquela idade: "na minha infância eu lia todo tipo de conto de fadas que me caísse nas mãos, mas não gostava das princesas. Só gostava dos príncipes. E sobretudo daqueles que eram assassinados, ou aos quais o destino reservava a morte. Amava todos os jovens que eram mortos."

Já no segundo capítulo, temos o autor entre seus 13-15 anos e onde ele finalmente tem consciência de seus desejos homo afetivos, mas o interessante é que Mishima nos conta que os desejos homo afetivos era voltado para o desejo carnal, o desejo do toque, o desejo da relação sexual com outro homem. Esse era o sentimento, vulgo um sentimento que o deixaria insaciável e que o deixava desconfortável por todo o tempo. Também continua sendo bem interessante as referências e as comparações que ele usa para ajudar a descrever seus sentimentos e sensações nas ocasiões.

Devo dizer que o terceiro capítulo – e o mais longo da história –, foi um misto de emoções para mim. Mishima estava terminando o colegial, se preparando para faculdade, ao mesmo tempo que a 2° guerra mundial acontecia, ao mesmo tempo que conheceria Sonoko – talvez a primeira e única mulher que ele de fato amou. Tivemos Mishima depressivo, espontâneo, recluso e com vontade de viver. Tivemos muitos autos e baixos, mais baixos que autos, que foi muito difícil continuar com a leitura nesse capítulo.
Em um dos seus momentos depressivos e sádicos, ele escreve “"... estava convencido de que, num futuro não muito distante, também eu seria convocado pelo Exército e morreria em combate, e toda a minha família pereceria nos ataques aéreos, sem que o restasse um único sobrevivente."
A escrita fica com um clima tão pesado entre as páginas 120-130 que pensei que eu não fosse conseguir sair daquele limbo do autor estar em uma fase depressiva; ao mesmo tempo que está ansioso com a guerra acontecendo; ao mesmo tempo que enfiou na cabeça que quer viver um "amor normal".
Entretanto, apesar de toda essa situação dele tentando usar uma máscara para esconder quem ele de fato é, gosto muito das reflexões internas que ele nos conta; como por exemplo: quando ele fala: "...o futuro era um pesado fardo para mim..." Em um outro momento, enquanto ele está se preparando para ir servir o exército ele comenta sobre como seria para ele morrer na guerra "...o que eu buscava era uma espécie de suicídio espontâneo, natural..." Tem também os momentos dele com a Sonoko, irmã de um amigo dele que foi servir na guerra, onde ele acredita que ela seja a pessoa mais bonita que ele já viu na vida dele e como ele quer fazer dela a mulher que o ajudará a se esconder em mais uma de suas máscaras.

No quarto e último capítulo, o menor que temos. Mishima devaneia entre o passado e o futuro; entre seus arrependimentos com Sonoko e o que está por vir pós-guerra.

É um livro bem interessante e o mais interessante – e o que acaba sendo uma incógnita para mim – é pelo qual motivo o autor decidiu iniciar sua estreia na literatura com um livro autobiográfico onde se tinha apenas 20 e poucos anos? Li em alguma matéria mais ou menos assim: “Yukio Mishima era um homem que desejava a morte, mas também deseja a vida”.


“...Esperava que algo fizesse o favor de me matar. O que, em outras palavras, era o mesmo que esperar que algo fizesse o favor de me manter vivo.”

obrigada por ler tudoo isso haha
se cuide, bjinhos!

:)
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Oscaraujo 16/09/2023

O homi escreve bem demaisssssdsddd. Cada frase escrita aqui se desenha perfeitamente uma obra de arte, um quadro em minha cabeça, e pra isso Mishima não precisa de 2 páginas de descrição, precisa talvez de duas linhas. Além disso, o tempo inteiro a gente é sugado por essa história tão real e orgânica que eu pensei (e até agora acho) que é um livro autobiográfico. A mistura do tesao e do terror na primeira parte do livro é pecaminosamente deliciosa, e a mistura do sentimento e da culpa na segunda parte é de um prazer maltratante que nem consigo explicar. Um dos livros (talvez O) mais bem escritos que já li.
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okin 05/09/2023

Literatura japonesa é muito boa ?
Uma coisa interessante neste livro , é como o escritor trabalha as relações interpessoais do personagem. A família , amigos e interesses amorosos. Com o tempo percebemos como ele se desenvolve , como os pensamentos sadomasoquistas diminuem com o tempo e como a angústia por ser diferente cresce num nível depreciativo. É uma boa leitura , me fez pensar muito sobre como ele se sentia e acredito que ainda vou demorar para compreender o vazio dele.
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Noblejie 25/08/2023

Esse livro é um pedido de socorro.
Confesso que eu não esperava que ele fosse abordar as coisas de um jeito tão cru, assim, 100% honesto. Até agora acho esse livro meio bizarro, meio alienígena à mim, é uma perspectiva que eu achei que eu conseguiria entender mais. Ao mesmo tempo que tiveram partes que eu também senti.
Esse livro é um pedido de socorro muito pessoal, a si mesmo, é um ato de coragem (ou talvez loucura, levando em conta a história do Mishima kakakaka)
Leitura surpreendente, de beleza(?) honesta e bruta
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Sarah 23/08/2023

Dissimulado e masoquista
Uma vida de farsas.
Me interessei em ler ao ver que Singularity foi inspirado nesse conceito do livro. Não me decepcionei, uma praticamente escancarada autobiografia bem conduzida e sentida, chegando a ser agoniante os momentos em que o protagonista se via num beco sem saída de fingir sobre sua sexualidade. É a prova escrita que uma vida renegando a si mesmo é rodeada de miséria. A abordagem do livro é muito à frente de seu tempo...
SPOILER
Pode-se pensar que ele ficaria mais feliz se finalmente se aceitasse, mas seu masoquismo o destruiria, e que ele possa ter tido uma vida com Sonoko e feito dela feliz, porém seria extremamente infeliz para sua a pessoa e mais se assemelharia a uma prisão.
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Juliana 08/08/2023

Confissões de uma máscara
Esse é o segundo livro que leio do Mishima. É genial, obviamente. Sua escrita é impecável.
Esse livro, porém, é bastante agoniante. Ao entrarmos na mente do personagem que conta os conflitos do próprio autor, nos deparamos com os mais bizarros fetiches.
O título diz muito sobre a obra, já que a todo momento, o protagonista parece usar uma máscara social e até para si mesmo, negando a sua sexualidade e a sua personalidade.
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