Confissões de uma máscara

Confissões de uma máscara Yukio Mishima
Yukio Mishima




Resenhas - Confissões de uma Máscara


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Ana Paula 12/06/2021

Confissões de uma máscara é um relato muito pessoal da vivência do autor a respeito de sua sexualidade em um Japão entreguerras. Tem esse título porque ele encobriu suas inclinações sob a máscara da heterossexualidade. Em 1970 cometeu o suicídio ritual dos samurais, rasgando seu ventre com um espada.
Não foi uma leitura fácil.
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Lucas1752 04/06/2021

Primeiro livro que leio do autor, e é excelente! Não esperava tamanha identificação com os temas apresentados, mas não apenas isso, a escrita é maravilhosa
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Marcos 12/05/2021

Experiência Comprometida
Minha experiência de leitura certamente foi comprometida por uma ressaca literária e não consegui absorver a essência do livro como um todo.
Porém, nas entrelinhas vi uma escrita firme e bem elaborada, com uma história sincera, um verdadeiro livro aberto repleto de confissões que navegam em uma autodescoberta.
Espero encontrar esse livro em um momento melhor e devora-lo (porém sei bem que isso não vai acontecer).
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Jean 09/05/2021

A leitura não me prendeu nenhum pouco, a narrativa é cansativa, muitos detalhes de cena que são desnecessários.
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Yas 07/05/2021

estamos todos sob uma máscara
a experiência de ler esse livro foi, no mínimo, marcante ao seu próprio modo. ao conhecer a história do autor, se percebe que a narrativa tem como foco uma autobiografia dramatizada. para o bem ou para o mal, a descrição impecável das paisagens da antiga Tóquio e também sobre os pensamentos do narrador personagem é a característica mais marcante do livro, somada ao modo oriental de construção da narrativa. mesmo tendo algumas críticas bem pontuais a momentos específicos do livro, é impossível não se identificar em pelo menos algum aspecto com o narrador.
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Rebecca.Valenca 07/04/2021

Imagino o rebuliço causado por esse livro Japão pós guerra. Sua consciência em relação a descoberta de sua sexualidade me impressionam e desconsertam.
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Dio 30/03/2021

Mishima, um artista pleno
A vida do autor foi em si uma obra de arte. Ok, ele era um radical de extrema direita, mas desconsiderando seu viés político, é notório o quanto a arte e a vida do autor se misturam, vemos os traços iniciais e juvenis de um homem qua quase ganhou um prêmio Nobel, perdendo para kawabata, uma escrita melancólica e profundamente lírica e niilista.
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Renata Almeida 04/03/2021

"Máscaras."
O menino que lembra de seu nascimento, conta a história de sua vida, sem entender por que certos sentimentos afloram em seu coração, um comportamento que não entende, uma vontade inexplicável do diferente, que carrega como um fardo essas incógnitas para a vida adulta.
Tenta de todas as maneiras agir de maneira "natural e normal", mas com o tempo desiste, por entender que o seu eu é único, e que suas atitudes fazem parte de sua essência e plenitude, e o errado em uma sociedade tradicional, muitas vezes é questionável.
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Gabriel.Tesser 28/01/2021

Sensacional
Uma das melhores coisas que já li. Pura arte. Mishima traz uma beleza singular. Há uma sensibilidade exagerada e verdadeira na formulação das orações, em como ele conta a história e como ele tenta compreender o que sente. Imagino que por ser autobiográfico, houve um esforço maior em descrever as sensações. Poucos autores espelham essas emoções em arte. Incrível mesmo.
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Ana Bellot 20/01/2021

A natureza não usa máscara.
Esse livro trás um relato profundo sobre o ser humano, seus anseios e medos principalmente a respeito da própria sexualidade. É tão denso, que ouso dizer, transcende décadas. Em vários momentos, estava lendo com o olhar de 2021, tendo que relembrar-me que se passava nos anos 40. De fato, a natureza humana nunca muda.
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Val Alves 17/01/2021

Confissões de um escritor profundo e sensível
Romance de formação com traços autobiográficos do controverso e intenso Yukio Mishima, narra a vida de um garoto que descobre a sexualidade de forma prematura ao perceber sua atração por outros garotos na escola. Por sentir-se anormal, ele passa a viver uma vida "de máscaras" , interpretando o que ele considera uma pessoa normal.

"Foi a partir dessa época que comecei a compreender vagamente o mecanismo segundo o qual o que parecia ser uma representação aos olhos das pessoas, era para mim expressão da necessidade de retornar a minha própria essência, ao passo que o que parecia a todos o meu jeito natural de ser era, na realidade, uma encenação."

A escrita de Mishima é linda e profunda, os registros imagéticos do jovem personagem são ricos e impressionantes, uma vez que todos objetos e lembranças por ele resgatados possuem uma carga simbólica essencial para uma tentativa de interpretação de suas representações mentais, seja na descrição das luvas brancas usadas na escola ou mesmo na admiração pela imagem de Joana D'Arc no livro didático (até descobrir que se trata de uma mulher); na fixação pelo jovem que trabalha nas fossas ou a obsessão apaixonada pela imagem de São Sebastião cheio de flechas preso a um tronco. Em seus devaneios vê jovens mutilados e isso lhe causa incontrolável prazer erótico e, ao falar da infância,  jura lembrar-se do momento do nascimento.  Todas essas imagens parecem mostrar uma coexistência conflitante entre o puro e o profano, o desejo e o senso moral,
e ao representar o amor ele se vê confuso e parece perder-se às vezes com seus sentimentos.

Se por fora ele presencia a guerra entre as nações, por dentro ele vive uma guerra subjetiva por sentir-se uma grande farsa, o que lhe suscitaria também desejos de isolamento e aniquilação.

"E nessa minha vertigem, duas forças disputavam o controle sobre mim. Uma era de autopreservação, a outra era mais profunda, uma força que desejava com maior intensidade ver o colapso de meu equilíbrio interior. Essa última era a compulsão pelo suicídio, um impulso sutil e secreto ao qual as pessoas se rendem com frequência, inconscientemente."

Livro lindíssimo e, como não poderia deixar de ser,  entrou para a lista de favoritos.
Diego Ramos 17/01/2021minha estante
Ótima resenha! Já vi a Tatiana Feltrin falar desse livro em seu canal no YouTube ??


Val Alves 17/01/2021minha estante
Obrigada, Diego! Estou realmente encantada pelo Mishima! ?


MatheusA 01/02/2021minha estante
Que resenha maravilhosa! Parabéns!


Val Alves 01/02/2021minha estante
Obrigada, Matheus! ?




Flávia 16/01/2021

Qual máscara você utiliza para se enquadrar na sociedade?
So-Chan vive todos os conflitos da descoberta da sexualidade em meio a segunda guerra mundial. Atravessa a puberdade e entra na vida adulta em um período no qual questões desse tema eram tabus e isso o torna uma pessoa soturna que sofre sem entender e sem poder expressar seus próprios sentimentos.

Trazida para a atualidade, essa alegoria continua condizente a uma sociedade de aparências na qual as pessoas se anulam a cada dia para se encaixarem no padrão.

Não conseguimos mais reconhecer a face de ninguém, pois todos usam máscaras!

Existe felicidade sob a máscara?
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Isis.Borges 15/01/2021

Mascarar para ser aceito
Memórias autobiográficas sobre a infância, adolescência e juventude no Japão do entreguerras. As confissões são principalmente referentes ao fato dele ser gay. Ele expõem suas lembranças mais intimas, de descobertas, experiências e aflições. A máscara do título é sobre como ele tinha de encenar e fingir ser o que não era, mascarando seus desejos para ser considerado "normal". Seguia o Bushido (código de ética dos samurais) e sonhava com uma morte honrosa. Por revelar tantas intimidades num país e período bastante conservadores, ele optou por usar o pseudônimo de Yukio Mishima, mas seu verdadeiro nome é Kimitake Hiraoka. Ele morreu executando o ritual samurai - haraquiri em 1970.

trecho:
" “Representar” tornara-se parte constitutiva de meu ser. Ou
melhor, já não era uma encenação. A consciência de que me
fazia passar por uma pessoa normal corroera até mesmo a
normalidade que porventura ainda possuísse, fazendo-me repetir
a mim mesmo, sem cessar, que até esta não passava de
simulacro."
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Felipe 09/01/2021

O personagem, do qual não sabemos o nome, remete às lembranças que tem de sua infância, adolescência e vai até meados de seus 25 anos, contando sobre suas experiências pessoais, e como se descobriu homossexual. Fato esse, que desencadeia o constante uso de "máscaras" para tentar se proteger dos julgamentos da sociedade da época (estamos no Japão entre os anos 1930-50). Sobretudo é um livro permeado de sofrimento, já que o personagem é muito confuso sobre o seu verdadeiro eu, e quando o descobre, tenta mentir para si mesmo, de modo a "facilitar" sua inserção nas convenções sociais.

São interessantes as referências que Mishima faz à cultura tradicional japonesa, como nos casos do teatro, e de quadros, onde ele ressalta que os casais têm um perfil de beleza muito parecidos entre si. Também são marcantes as descrições de destruição do Japão durante a Segunda Guerra, e a constante presença da morte no imaginário da população, descrições de paisagens, como as tradicionais cerejeiras (eu amo muito). Ademais, ele nos mostra sobre a já presente ocidentalização do país, que passou a ter intervenções estrangeiras constantes no período.

Gostei bastante do livro, senti vontade de poder ajudar o personagem principal (que era o próprio Mishima). Talvez o livro tenha servido como uma forma de terapia também, já que são confissões, e às vezes funciona "desabafar" por escrito.
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Andre.28 17/12/2020

Yukio Mishima: uma narrativa proustiana provocadora
Existe um tipo de magia minuciosa na literatura japonesa, que une descrições simples e simbólicas, mas que construída na medida certa, encantam, fascinam. Quando você compreende a trajetória que une tradição milenar e problemas modernos, articulados de forma simples, numa analise que beira a psicologia da vida diária, você se surpreende com o poder dessa literatura. O autor japonês Yukio Mishima carregou consigo estas características tão marcantes de um relato quase “proustiano”, preocupado com o simbolismo das palavras, e que aborda dilemas humanos.

Publicado em 1949, “Confissões de Uma Máscara” aborda a tumultuada vida de um jovem japonês através suas experiências mais pessoais mais íntimas. Esse protagonista, que não é nomeado ao longo da história, cresce cercado de incompreensão sobre si e sobre a sua sexualidade, num período em que o Japão se militarizava para a guerra (Segunda Guerra Mundial). Quando o narrador descobre suas inclinações homossexuais, passa a se esconder por detrás de máscara com que encobre sua verdadeira natureza. Incompreendido e com uma natureza “não convencional” em meio a uma sociedade tradicional e arraigada em costumes e condutas delimitadas, o narrador passará pelo grande desafio de afirmar a sua identidade.

Narrado em primeira pessoa, este livro aborda temas “polêmicos”, pelo menos para aquela época. Mishima sabe provocar em sua escrita, que estabelece um padrão próprio de descrição. As descrições tem a minúcia necessária para despertar a curiosidade, e a preocupação com cada palavra é perceptível. Em determinado momento da narrativa temos uma compreensão da máscara da vida real, onde cumprindo determinado papel social, fingimos ser o que não somos. Esse é o tipo de livro que provoca reflexões profundas que vão além dos temas abordados pelo narrador. Mishima também estabelece as características principais de sua literatura, o fascínio pelo belo, pela contradição, pelo sensual, pela provocação. Yukio Mishima passeia pela vida, expondo as feridas do mundo moderno através de uma literatura simbólica.
Gabi 17/12/2020minha estante
Excelente resenha. Deu vontade de ler.


Andre.28 18/12/2020minha estante
Muito obrigado Gabi! ?


Juliana 31/03/2021minha estante
cirúrgico


Luiz.Barbieri 17/09/2021minha estante
Legal. Comecei esse agora e tá sendo meu primeiro do país. Pelo comentário tu parece conhecer alguma coisa de literatura japonesa. Tem mais alguma recomendação de livros de lá para quem gostar desse romance (além dos outros do Mishima e do Murakami)?


Juliana 17/09/2021minha estante
moço, le jun?ichiro tanizaki




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