Confissões de uma máscara

Confissões de uma máscara Yukio Mishima
Yukio Mishima




Resenhas - Confissões de uma Máscara


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joao 29/07/2021

"A partir de então, essa foi a atitude com qual passei a enfrentar a vida. Nada posso fazer diante das coisas aguardadas com muita ansiedade, daquelas adornadas em demasia pelos devaneios da expectativa, senão fugir."
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Ygor Gouvêa 23/07/2021

É impressionante toda a complexidade sentimental que o livro nos entrega: dúvidas, contradições, autoenganos, autosabotamentos, culpas, angústias... tudo a nível consciente e inconsciente. Uma coisa é viver, outra é colocar tudo tão bem, tão crível no papel. Retrata mto bem toda construção de gênero que em diversos níveis nos é imposta socialmente. Seus conflitos me fizeram pensar mto em Bataille, seja no seu conceito sobre erotismo, em suas pulsões de morte, seus desejos transgressores, mas também pelo próprio prazer do texto, no conceito de "Literatura e o mal". Essa obra extrapola qualquer oposição simplista de um conflito entre o profano e o sagrado, tudo se confunde, se imiscui. É dolorido, mas tão prazeroso de se ler por suas imagens, pela capacidade analítica, pelo que deixa de dizer diretamente, pela opacidade do texto, pela forma que costura tão bem cada uma das quatro partes do livro, dando aquela sensação de completude ao fim de cada uma.
Paulo 23/07/2021minha estante
Ótima resenha!!! Eu li este livro há alguns meses e amei... falou tanto comigo!!


Bruno.Pereira 23/07/2021minha estante
Fui obrigado a colocar na lista, que já não é pequena ?.


Susana.Costa 18/01/2022minha estante
Obrigada pelo feedback


Fernando Falcão 10/04/2022minha estante
Ygor, muito bom ler a sua resenha. Tbm saltou para mim essa questão da pulsão de morte diante à impossibilidade social de viver plenamente de acordo com os próprios desejos e afetos. Isso leva a construções de performances de gênero violentas e aniquiladoras...




Monique 26/06/2021

Errante máscara ferina
Que livro tenso, um dos que me deixou mais melancólica, é impressionante constatar o quanto de neuroses um ser humano pode encerrar.
Um corpo humano abriga todo universo, foi isso que senti com a leitura nesse livro, pode ter felicidade também, mas nesse livro não há e quando surge alguma alegria é uma pontada que logo é colocada em dúvida.

Enfim...
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Ana Paula 12/06/2021

Confissões de uma máscara é um relato muito pessoal da vivência do autor a respeito de sua sexualidade em um Japão entreguerras. Tem esse título porque ele encobriu suas inclinações sob a máscara da heterossexualidade. Em 1970 cometeu o suicídio ritual dos samurais, rasgando seu ventre com um espada.
Não foi uma leitura fácil.
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Lucas1752 04/06/2021

Primeiro livro que leio do autor, e é excelente! Não esperava tamanha identificação com os temas apresentados, mas não apenas isso, a escrita é maravilhosa
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Marcos 12/05/2021

Experiência Comprometida
Minha experiência de leitura certamente foi comprometida por uma ressaca literária e não consegui absorver a essência do livro como um todo.
Porém, nas entrelinhas vi uma escrita firme e bem elaborada, com uma história sincera, um verdadeiro livro aberto repleto de confissões que navegam em uma autodescoberta.
Espero encontrar esse livro em um momento melhor e devora-lo (porém sei bem que isso não vai acontecer).
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Jean 09/05/2021

A leitura não me prendeu nenhum pouco, a narrativa é cansativa, muitos detalhes de cena que são desnecessários.
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Yas 07/05/2021

estamos todos sob uma máscara
a experiência de ler esse livro foi, no mínimo, marcante ao seu próprio modo. ao conhecer a história do autor, se percebe que a narrativa tem como foco uma autobiografia dramatizada. para o bem ou para o mal, a descrição impecável das paisagens da antiga Tóquio e também sobre os pensamentos do narrador personagem é a característica mais marcante do livro, somada ao modo oriental de construção da narrativa. mesmo tendo algumas críticas bem pontuais a momentos específicos do livro, é impossível não se identificar em pelo menos algum aspecto com o narrador.
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Rebecca.Valenca 07/04/2021

Imagino o rebuliço causado por esse livro Japão pós guerra. Sua consciência em relação a descoberta de sua sexualidade me impressionam e desconsertam.
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Dio 30/03/2021

Mishima, um artista pleno
A vida do autor foi em si uma obra de arte. Ok, ele era um radical de extrema direita, mas desconsiderando seu viés político, é notório o quanto a arte e a vida do autor se misturam, vemos os traços iniciais e juvenis de um homem qua quase ganhou um prêmio Nobel, perdendo para kawabata, uma escrita melancólica e profundamente lírica e niilista.
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Renata Almeida 04/03/2021

"Máscaras."
O menino que lembra de seu nascimento, conta a história de sua vida, sem entender por que certos sentimentos afloram em seu coração, um comportamento que não entende, uma vontade inexplicável do diferente, que carrega como um fardo essas incógnitas para a vida adulta.
Tenta de todas as maneiras agir de maneira "natural e normal", mas com o tempo desiste, por entender que o seu eu é único, e que suas atitudes fazem parte de sua essência e plenitude, e o errado em uma sociedade tradicional, muitas vezes é questionável.
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Gabriel.Tesser 28/01/2021

Sensacional
Uma das melhores coisas que já li. Pura arte. Mishima traz uma beleza singular. Há uma sensibilidade exagerada e verdadeira na formulação das orações, em como ele conta a história e como ele tenta compreender o que sente. Imagino que por ser autobiográfico, houve um esforço maior em descrever as sensações. Poucos autores espelham essas emoções em arte. Incrível mesmo.
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Ana Bellot 20/01/2021

A natureza não usa máscara.
Esse livro trás um relato profundo sobre o ser humano, seus anseios e medos principalmente a respeito da própria sexualidade. É tão denso, que ouso dizer, transcende décadas. Em vários momentos, estava lendo com o olhar de 2021, tendo que relembrar-me que se passava nos anos 40. De fato, a natureza humana nunca muda.
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Val Alves 17/01/2021

Confissões de um escritor profundo e sensível
Romance de formação com traços autobiográficos do controverso e intenso Yukio Mishima, narra a vida de um garoto que descobre a sexualidade de forma prematura ao perceber sua atração por outros garotos na escola. Por sentir-se anormal, ele passa a viver uma vida "de máscaras" , interpretando o que ele considera uma pessoa normal.

"Foi a partir dessa época que comecei a compreender vagamente o mecanismo segundo o qual o que parecia ser uma representação aos olhos das pessoas, era para mim expressão da necessidade de retornar a minha própria essência, ao passo que o que parecia a todos o meu jeito natural de ser era, na realidade, uma encenação."

A escrita de Mishima é linda e profunda, os registros imagéticos do jovem personagem são ricos e impressionantes, uma vez que todos objetos e lembranças por ele resgatados possuem uma carga simbólica essencial para uma tentativa de interpretação de suas representações mentais, seja na descrição das luvas brancas usadas na escola ou mesmo na admiração pela imagem de Joana D'Arc no livro didático (até descobrir que se trata de uma mulher); na fixação pelo jovem que trabalha nas fossas ou a obsessão apaixonada pela imagem de São Sebastião cheio de flechas preso a um tronco. Em seus devaneios vê jovens mutilados e isso lhe causa incontrolável prazer erótico e, ao falar da infância,  jura lembrar-se do momento do nascimento.  Todas essas imagens parecem mostrar uma coexistência conflitante entre o puro e o profano, o desejo e o senso moral,
e ao representar o amor ele se vê confuso e parece perder-se às vezes com seus sentimentos.

Se por fora ele presencia a guerra entre as nações, por dentro ele vive uma guerra subjetiva por sentir-se uma grande farsa, o que lhe suscitaria também desejos de isolamento e aniquilação.

"E nessa minha vertigem, duas forças disputavam o controle sobre mim. Uma era de autopreservação, a outra era mais profunda, uma força que desejava com maior intensidade ver o colapso de meu equilíbrio interior. Essa última era a compulsão pelo suicídio, um impulso sutil e secreto ao qual as pessoas se rendem com frequência, inconscientemente."

Livro lindíssimo e, como não poderia deixar de ser,  entrou para a lista de favoritos.
Diego Ramos 17/01/2021minha estante
Ótima resenha! Já vi a Tatiana Feltrin falar desse livro em seu canal no YouTube ??


Val Alves 17/01/2021minha estante
Obrigada, Diego! Estou realmente encantada pelo Mishima! ?


MatheusA 01/02/2021minha estante
Que resenha maravilhosa! Parabéns!


Val Alves 01/02/2021minha estante
Obrigada, Matheus! ?




Flávia 16/01/2021

Qual máscara você utiliza para se enquadrar na sociedade?
So-Chan vive todos os conflitos da descoberta da sexualidade em meio a segunda guerra mundial. Atravessa a puberdade e entra na vida adulta em um período no qual questões desse tema eram tabus e isso o torna uma pessoa soturna que sofre sem entender e sem poder expressar seus próprios sentimentos.

Trazida para a atualidade, essa alegoria continua condizente a uma sociedade de aparências na qual as pessoas se anulam a cada dia para se encaixarem no padrão.

Não conseguimos mais reconhecer a face de ninguém, pois todos usam máscaras!

Existe felicidade sob a máscara?
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