Cinco esquinas

Cinco esquinas Mario Vargas Llosa




Resenhas - Cinco Esquinas


46 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


José 16/09/2017

Muito bom
Cinco esquinas, de Mario Vargas Llosa. Muito bom, como tudo que ele escreve. Este é sobre segredos e sobre liberdade de imprensa. Também sobre as relações promíscuas entre imprensa e poder. O majs lascivo dos livros de Llosa (dentre os que li). A reflexão sobre o uso da mídia para destruir reputações e para dar suporte a governos ilegítimos é atualíssima (muito além do fujimorismo que Llosa sempre denunciou). Não chega aos pés de Os cadernos de Dom Rigoberto ou de A festa do Bode. Mas, ainda assim, é uma obra especial. Vale a pena.
comentários(0)comente



Patresio.Camilo 23/06/2017

Vargas Llosa sendo Vargas Llosa
Talvez com uma pitada de vingança por ter perdido uma eleição presidencial, o Vargas Llosa volta no melhor estilo, com uma estória bem envolvendo, um pouco simplista, mas que se envolve, mostrando o que ele melhor saber fazer: Contar Histórias.
Não vou ficar aqui dando faniquitos e elogios exagerados, mas digo que sim, vale a leitura.
comentários(0)comente



Thiago Barbosa Santos 26/03/2017

Por que não li Llosa antes?
Tenho uns quatro livros famosos de Mario Vargas Llosa guardados há algum tempo, na fila de leitura. Mas por um motivo ou outro sempre fui deixando para depois. Ano passado, vi o Cinco Esquinas, mais recente publicação do escritor peruano, e comprei na hora. Acabei o colocando na meta de leitura para 2017 e foi uma grata escolha.

Ao terminar a leitura, não me veio outra pergunta. Por que não li Llosa antes? O enredo e a escrita cativam desde o primeiro parágrafo. Cinco Esquinas começa com uma cena se sexo muito bem descrita entre duas amigas, Chabela e Marisa. A primeira é casada com um advogado bem sucedido, a segunda com um engenheiro, proprietário de uma mineradora e um dos homens mais poderosos do Peru. Os maridos também são muito amigos, desde a infância.

Cinco Esquinas retrata um dos períodos mais difíceis da história do Peru, quando o ditador Alberto Fujimori estava no poder e o país vivia constantes conflitos, havia toque de recolher e pessoas que ousavam contrariar o regime sofriam atentados. O livro tem como ingredientes traições, chantagens, jogo de poder e boa dose de erotismo. Llosa mostra também como a imprensa era usada pelo regime ditatorial para exercer o poder, amedrontar e destruir reputações.

Li muitas críticas a este novo livro de Mario Vargas Llosa, gente dizendo que Cinco Esquinas é bem inferior aos outros livros do autor. Eu, particularmente, não gosto muito desse tipo de comparação. De qualquer forma, se me impressionei positivamente com o livro mais fraco dele, segundo opinião de quem já leu outros, o que direi do restante da obra?
comentários(0)comente



Kamila 11/02/2017

Logo de cara, Cinco Esquinas começa com uma cena de sexo entre Chabela e Marisa, que se conhecem graças a seus esposos, respectivamente o advogado Luciano Casasbellas e o engenheiro Enrique "Quique" Cárdenas. Porém, Marisa não sabe se a noite de amor com a amiga foi sonho ou não. Ela passa o dia seguinte pensando nisso.

Estamos no Peru dos anos 1990, sofrendo com a ditadura de Alberto Fujimori (que continua vivo, preso e ativo na política local) e, por trás das câmeras, sendo governado pelo Doutor (cujo nome não é revelado, mas pesquisei e descobri que ele existiu também). A população tem medo: roubos, sequestros, os grupos paramilitares Sendero Luminoso, MRTA (só pra citar os mais famosos) estão tocando o terror na sociedade - como em qualquer ditadura. Todos os veículos de comunicação, como sempre, estão entre a cruz e a espada. Exceto um, o semanário Revelações.

Quem dirige o Revelações é o jornalista Rolando Garro, a personificação do que é chamado de Jornalismo Marrom - aquele que denigre a pessoa, popularmente conhecido como jornalismo sensacionalista. Pois bem, sendo um instrumento do governo, o Revelações tem como objetivo publicar os podres de diversas figuras públicas do "mundo do espetáculo" - artistas, cantores, dançarinos, etc.

Rolando possui umas fotos comprometedoras de Quique, feitas dois anos antes. Ele chantageia o engenheiro, que, obviamente, recua. As fotos, claro, são publicadas e, a partir daí, o terror toma conta de Cárdenas, homem importante dentro e fora do Peru. O semanário, dessa vez, deixou de lado os artistas para jogar na lama uma reputação até então ilibada. E como se fosse pouco, deixou o Doutor em fúria. E agora, o que será de Cárdenas, cujo sobrinho foi sequestrado dois meses atrás e não se tem notícia? Como recuperará sua dignidade? E a transa de Chabela e Marisa, foi real ou só sonho?

Na literatura latino-americana, que tanto amo (e muitos torcem o nariz sem conhecer), Mario Vargas Llosa é o meu segundo autor favorito (em primeiro, Isabel Allende, sem pestanejar). Ele consegue, como poucos, prender a atenção do leitor a ponto de fazê-lo driblar o sono para poder terminar a história.

Todas as histórias escritas por MVL se passam em bairros reais de Lima. Em boa parte das obras, ele fala do bairro de Miraflores, onde passou parte de sua infância. Mas aqui, quem protagoniza é Cinco Esquinas, conhecido nos anos 90 pela alta taxa de assassinatos, portanto, um bairro pobre. A história é ficcional, mas, ao se misturar com personagens reais - Fujimori, Sendero Luminoso, MRTA - dá a impressão de que tudo é verdade. Ainda por cima, a gente aprende um pouco da História do Peru.

Outro ponto levantado pelo autor é o jornalismo. O Revelações é um instrumento do governo para manter os rivais acuados, um exemplo de jornalismo marrom, mas, aqui, o jornalismo também exercerá sua função original, de denunciar e servir à sociedade. E isso, ao longo da trama, torna-se muito interessante - ainda mais para mim, que sou jornalista e consigo me ver em alguns personagens.

A edição da Alfaguara, selo de títulos latino-americanos da Cia. das Letras, está muito bonita, capa condizente com a trama, só uma coisa que me incomodou foi a fonte do título, muito grande - em relação às capas de outros títulos desse selo, que seguem um padrão, está muito diferente. Mas tudo bem, é apenas um detalhe que não apaga o brilho da história.

Cinco Esquinas é mais do que um livro que fala sobre jornalismo, ou política, ou amizade, é um livro que fala de um pouco de tudo. Sem contar na alfinetada que MVL dá em Fujimori, seu eterno rival - lembrando que o autor e o ditador concorreram às eleições em 1990 e o nipo-peruano levou a melhor, em apuração polêmica, já que não se tem certeza se Fujimori é peruano ou japonês. A ditadura acabou em 2000, quando ele fugiu para o Japão, depois para Santiago do Chile, onde foi preso, tentou renunciar por fax e depois deportado para o Peru, onde cumpre pena e segue em atividade política, através de sua filha/testa de ferro, Keiko. Mais do que recomendado.

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/02/resenha-cinco-esquinas.html
comentários(0)comente



Achados e Lidos 22/01/2017

Um thriller peruano
A primeira sensação que temos ao ler Cinco Esquinas, o novo livro do peruano Mario Vargas Llosa, lançado em meados do ano passado pela Alfaguara, é de estranhamento. Os personagens são repulsivos e caricaturais, o enredo parece um pouco batido, as descrições do ambiente são pedantes e repetitivas. Mas, apesar desses defeitos, não foram necessárias mais do que 50 páginas para que eu estivesse bastante envolvida neste thriller, que se passa no período anterior à queda do ditador Alberto Fujimori, que governou o Peru entre 1990 e 2000.

O romance começa com uma cena de sexo entre duas amigas que acabam passando a noite juntas por causa do toque de recolher imposto pelo governo no período, como forma de combate às ameaças de grupos terroristas, como o Sendero Luminoso. Em entrevistas, Llosa afirmou que o romance entre Marisa e Chabela só poderia acontecer em um período marcado pelo terror e pelo medo, no qual era comum que as pessoas passassem a noite em casa de amigos por causa do toque de recolher.


Mas há, também, um componente sensual que faz parte da “química” necessária para que a obra mais recente do peruano funcione. Sem essa relação inesperada e bastante ardente que se desenvolve em paralelo à trama central do livro, Marisa e Charbela não passam de duas esposas da alta sociedade, com maridos ricos e com a tendência bastante irritante de usar o diminutivo em suas frases. São truques tão antigos quanto a literatura, e dos quais Llosa abusa para prender a atenção do leitor em Cinco Esquinas.

Em meio a esse relacionamento, o marido de Marisa passa a receber ameaças. Enrique Cárdenas, o Quique, um engenheiro extremamente bem sucedido, é chantageado por Rolando Garro, dono de uma revista de notícias sensacionalistas e fofocas sobre celebridades, a Revelações. As fotos comprometedoras de Quique em uma orgia são usadas para tentar subornar o empresário.

A partir daí, a narrativa acaba ganhando ares de suspense, ao misturar assassinato, chantagens e injustiças (mais um truque!) com a prática de poder durante o período em que Fujimori governou. Vargas Llosa procura fazer uma crítica feroz ao poder de destruição de biografias do jornalismo “marrom”, sensacionalista, especialmente quando estava a mando de poderosos como o poderoso braço direito de Fujimori, o chefe do serviço de inteligência Vladimiro Montesinos, descrito no livro apenas como o Doutor.

No entanto, a crítica acaba parecendo caricatural, especialmente porque falta aos personagens profundidade, facetas e traços um pouco mais reais que permitam que os leitores criem empatia com a história.

Quique, por exemplo, tem tanta personalidade quanto seu escritório, decorado com livros de couro que nunca foram abertos e gravuras sem vida, sugeridas por sua renomada arquiteta. Ingênuo, Quique é sucessivamente manipulado pelas pessoas no seu entorno.

Na outra ponta do espectro social, os personagens não são menos condenáveis. Garro é um jornalista fuleiro, com péssima aparência e hábitos condenáveis. Na redação da revista se destaca sua principal redatora, a Baixinha. Supostamente a mulher forte do romance, criada apenas pelo pai em um bairro pobre, ela acaba depositária de todos os estereótipos que os escritores costumam atribuir a esse tipo de mulher, da solidão na vida pessoal à dureza no enfrentamento das situações adversas.

O único personagem digno de alguma empatia em Cinco Esquinas é um senhor abandonado, com início de demência senil, que perdeu o emprego do qual já não gostava muito por causa das críticas de Rolando Garro, na mesma época em que sua esposa faleceu. Ele é também um dos únicos personagens que habita o bairro que dá nome ao romance, um lugar abandonado e marcado pela violência, mas que já foi ponto de encontro da boêmia limenha.

O surpreendente neste livro é, que, mesmo com personagens insossos, Vargas Llosa é capaz de sustentar uma trama com um fim inesperado, ainda que pouco plausível. Cinco Esquinas é uma obra menor de Vargas Llosa, ganhador do prêmio Nobel em 2010, que tem se afastado cada vez mais do experimentalismo de obras como Conversas na Catedral – um livro polifônico, em que o narrador muda a todo o tempo, às vezes até no mesmo parágrafo – para escrever romances de costumes que exigem pouco esforço por parte do leitor e, ao mesmo tempo, entregam uma carga elevada de adrenalina e emoção com a leitura.

Travessuras da Menina Má, com sua viagem pelos movimentos culturais que marcaram o fim do século XX, é um exemplo perfeito desse tipo de romance. Já Cinco Esquinas não tem trechos marcantes ou reflexões inesquecíveis, embora também tenha a capacidade de nos prender até a última página. O arrebatamento digno dos grandes clássicos da literatura passa longe, mas Vargas Llosa ainda é capaz de contar uma boa história.

site: http://www.achadoselidos.com.br/2017/01/18/resenha-cinco-esquinasmariovargasllosa/
comentários(0)comente



Higor 22/01/2017

'Lendo Nobel': sobre a ponta de um iceberg
A mais recente história de Llosa, ‘Cinco Esquinas’, recebeu enxurradas de críticas por ser considerado um livro vazio e algo que não estava à altura da vasta e honrosa obra do autor, com romances inesquecíveis e ensaios de clássicos consagrados. Verdade seja dita: quando o leitor gosta de um autor, sempre espera que ele escreva algo tão bom ou melhor que sua obra-prima, não sendo 'permitido' pelos fãs que ele escreva livros menos elaborados.

Desde ‘Travessuras da menina má’, (obra-prima de Llosa, que impulsionou, inclusive, o retorno dos livros do autor no Brasil, antes do Nobel), o descontentamento é grande. Três livros foram lançados depois, e com pouco entusiasmo por leitores que o acompanham, onde dizem que seus livros não são ‘grandes’, como antigamente.

‘Cinco esquinas’ funcionou, ao menos para mim, mais como um livro para pesquisa posterior sobre o contexto histórico do país que um suspense propriamente dito, daqueles que eu não conseguiria largar, apesar da leitura rápida. A vida dos casais de amigos, empresários em Lima, é sim interessante, assim como a catástrofe que os assola. Um jornalista sensacionalista tem fotos comprometedoras de Henrique, o que pode levar a ruína seu império. Tudo pincelado com um contexto histórico real.

O Peru dos anos 80 sofria na mão de Alberto Fujimori, reconhecido ditador que, sobretudo, violou de maneira impiedosa os direitos humanos, principalmente de mulheres. O que temos em ‘Cinco esquinas’, no caso, é a ponta do iceberg. Llosa aborda a sujeira de Fujimori através da mídia sensacionalista, a imprensa marrom. O Estado calando homens fortes e aparentemente indestrutíveis de maneira vergonhosa.

Henrique, chantageado, se vê obrigado a sustentar uma empresa pertencente ao presidente, pois, caso, contrário, o pior acontece. E daí uma sucessão de fatos impressionantes, mas esperadas, acontece. Fatos corriqueiros não somente no Peru, mas em qualquer lugar do mundo, sem citar o próprio sensacionalismo injetado na programação televisiva brasileira.

O que causou a frustração dos leitores é justamente essa, o aparente plot incrível, mas que foi pouco aproveitado; um iceberg inteiro disponível, mas que foi utilidade quase nada de sua massa. Sim, convenhamos que há, sim, cenas demais de sexo, e elas não acrescentam em nada a história, mas a grande impressão que ficou foi a de que, quando estão lendo um livro, os leitores se esquecem de quem o está redigindo. Esquecem o contexto histórico, as motivações e inspirações para que tal história pudesse ter saído da mente e colocada no papel.

Esquecem-se, ou talvez nem saibam, que Llosa foi candidato a Presidência da República do Peru, sendo derrotado pelo próprio Fujimori. Eventos importantes e desconfortáveis para o nosso autor, não? Como já dito, ‘Cinco Esquinas’ é apenas a ponta de um imenso iceberg. Conhecido pelos mais atentos; ignorado pelos leigos, mas que Llosa talvez não queira mexer tanto, quem sabe para evitar danos maiores, e irreparáveis. Logo, ‘Cinco Esquinas’, tal como está, basta; para ele, não para os leitores.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
comentários(0)comente



Priscila (@priafonsinha) 20/01/2017

A primeira coisa que pensei quando li a sinopse deste livro foi que ele seria uma espécie de "vingança" contra Fujimori, pois Llosa perdeu as eleições contra este em 1990... Mas nada melhor do que ele para escrever essa história.
Com dois assuntos do qual Llosa gosta muito (política e sexo), é narrada a história desse período de ditadura do Peru, como o poder político manda e desmanda num país.
Li várias críticas negativas a respeito desse livro, concordo que a genialidade nos diálogos não se encontra presente, mas é o Varguitas, e a história nos prende do começo ao fim e podemos conhecer um pouquinho do que se passou no Peru.
Varguitas, não ligues para o que dizem, continue a escrever e a nos encantar com suas histórias.
comentários(0)comente



Raffafust 08/01/2017

Em Lima, no Peru, duas melhores amigas descobrem que sentem tesão uma pela outra em uma noite quente. Casadas com homens poderosos, as duas se entregam aos desejos em uma noite quente onde Marisa e Chabela selarão serem amantes uma da outra em Miami, sem que seus maridos Enrique ( chamado de Quique) e Luciano possam imaginar que as duas tenham esse envolvimento.
Ao mesmo tempo Quique tem preocupações maiores, quando resolve finalmente atender o jornalista Garro, dono da revista Revelações que lhe entrega fotos comprometedoras tiradas há 2 anos atrás.
Com uma genialidade já comum a Llosa, o autor nos envolve em uma Lima no início da década de 90 onde o braço direito do entao presidente Fujimori ama chantagear os ricos e manda em tudo e todos. Visado por causa de seu dinheiro, Quique se vê desesperado sem saber se cede ao pedido de Garro, ou se deixa as fotos serem publicadas.
Há ainda outros personagens que vão fechando o quebra-cabeça e muitas dúvidas que ficaram no ar vão sendo respondidas, como Baixinha, uma moça que teve a vida dificil e trabalha na revista, e outros personagens que não são peruanos mas que estão envolvidos no que aconteceu naquela noite.
O que impressiona é a forma sensacional que o autor tem que misturar um romance entre amigas com diáologos importantes com outros personagens sem que precise dividir as histórias em parágrafos, há de se prestar muita atenção e se deixar entregar por esquemas de corrupção e terrorismo, no fundo não há como não comparar com o país que vivemos, a fala de um dos personagens citando que no Peru ter grana é um crime, se parece muito com o que vemos nos comentários de sites quando algo ruim acontece com alguém que tenha dinheiro, como se despejássemos as frustrações por não termos os mesmos bens em pragas para quem nasceu em família rica ou ganhou dinheiro trabalhando.
A imprensa marrom, como chamamos no Brasil é lindamente representada por Garro e seu Revelações que na falta de publicidade pede propina para pessoas que tem algo a esconder, o ódio que ele e outros personagens destilam é assustador, mas mais uma vez facilmente reconhecido em terras brasileiras. Somos incrivelmente parecidos com os peruanos pelo que descreve Llosa.
Com cenas de sexo, chantagem e intrigas além de um assassinato que tempera o livro na medida certa, Llosa nos ganha mais uma vez, com um final inesperado e extremamente sórdido, mas que nada mais é do que a cópia da vida real. Leiam, é maravilhoso.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2017/01/resenha-cinco-esquinas-alfaguarabr.html
comentários(0)comente



Mauricio.Barutti 27/12/2016

Interessante mas superficial
Não é um livro exatamente ruim, mas como Vargas Llosa é um dos meus autores preferidos, fiquei um pouco decepcionado. Apesar da leitura simples e agradável, personagens meio superficiais e história não muito instigante.
comentários(0)comente



Mauro.Costa 22/12/2016

Os diversos dramas de todos
Sou tão acostumado com o Vargas Llosa que ele está naquela categoria de escritores de quem compro os livros sem precisar ler a orelha. Gosto naturalmente. E apesar dessa obra não ser das suas melhores, o peruano continua craque como poucos na arte de explorar os dramas e os desejos pessoais e uni-los de uma maneira muito visceral com aspectos do poder e da política. As pitadas de erotismo com estilo de especiarias também são outra marca registrada.
Agradeço à minha querida Rafaela Britto por ter me chamado a atenção de que eu estava lendo poucos romances e ficções esse ano....é verdade, Rafa!! Depois desse vou voltar à ativa.
comentários(0)comente



Perna 07/12/2016

Esperava mais...
Gostei bastante de "Sociedade do Espetáculo" e de "Travessuras da Menina Má", porém este livro têm alguns problemas de continuidade. Fique "pulando" a leitura buscando algo que fizesse sentido com o desenrolar da história até chegar a um final previsível e sem graça. Uma pena que alguns autores apelem para o erotismo para substituir uma boa carga de drama em suas narrações. Decepcionante!
comentários(0)comente



condadodeyork 04/12/2016

Já li coisas melhores do Llosa
Se não fosse de um prêmio Nobel, dificilmente teria lido e teria dado crédito. O livro é um thriller sobre o jornalismo sensacionalista, misturado com toques eróticos e um panorama mais ou menos político da era Fujimori.
Acho que o Llosa leu o Ano Zero do Umberto Eco e tentou a versão dele. Errou feio.
comentários(0)comente



Tiago 24/10/2016

Sexo, Política e Imprensa
É de certa forma compreensível o racha de opiniões a respeito do novo Vargas Llosa. Apesar da trama ágil e interessante, inegavelmente há algumas falhas no meio do caminho.

De cara já discordo das pessoas que dizem a escrita do livro é simplória demais para um ganhador do Nobel. Não sei onde está escrito que o ganhador deve usar palavras rebuscadas e abordar grandes temas universais.

Sendo assim, Cinco Esquinas é uma leitura inegavelmente para lá de agradável. O escopo político do Peru da década de 90, a questão do jornalismo e da imprensa marrom e o uso que se pode fazer de notícias aparentemente fúteis rendem ótimas passagens. Neste contexto Vargas Llosa brilha e cria seus melhores personagens (Baixinha, Rolando Garro e o velho declamador de poemas). Já quando envereda pela questão dos costumes e a vida sexual de dois casais da elite peruana que se vêem envolvidos em um escândalo, aí é que o livro deixa um pouco a desejar.

Logo nas primeiras páginas o autor vai fundo em uma cena de sexo entre as duas mulheres do casal (Chabela e Marisa), amigas que em um momento de intimidade resolvem se libertar e se entregam a um tórrido jogo sexual. Em tese esta questão da libertação sexual seria interessante se de fato as personagens tivessem profundidade, o que de forma alguma é o caso aqui. Ambas pouco ou nada acrescentam a trama além destes escapes sexuais, o que torna tudo um pouco gratuito. A forma como o caso vai avançando também peca pela falta de um contexto mais realista e aprofundado.

No geral Cinco Esquinas propicia uma leitura muito fluida e permeada por doses interessantes de humor e vívido interesse por sua trama de contexto político e cultural. Vargas Llosa também utiliza alguns recursos interessantes na construção de alguns capítulos. Apesar das falhas, uma leitura ainda assim muito saborosa.
comentários(0)comente



Our Brave New Blog 14/10/2016

RESENHA CINCO ESQUINAS - OUR BRAVE NEW BLOG
Eu estou numa hype absurda de ler latino-americanos. Conheci vários dos meus escritores preferidos nessa brincadeira, como Bolaño, Borges e Cortázar. Na minha biblioteca pessoal já havia dois livros do senhor Vargas Llosa e nenhum lido. Porém o primeiro livro escolhido por mim na parceria com a Companhia foi mais um dele, e dessa vez não teria jeito, era ler ou ler.
Para quem não conhece, Vargas Llosa é um peruano ganhador do Nobel de literatura (um dos seis que há na América Latina), escritor extremamente respeitado pela sua capacidade de contar grandes histórias e um dos principais participantes do boom literário da América Latina na década de 60, junto com Gabriel García Márquez, Carlos Fuentes, José Donoso, entre tantos outros maravilhosos que há nessa nossa terra. Então sabendo dessa importância toda eu esperava algo muito melhor do que li.
Antes de críticas, porém, vamos de sinopse: Uma noite em que duas amigas ficam presas na mesma casa sozinhas por culpa do toque de recolher criado no governo Fujimori, elas descobrem uma nova faceta de suas sexualidades. Já os maridos não desconfiam de nada e nem têm tempo para isso, pois um deles está em fotos comprometedoras que estão nas mãos de um jornalista saído do TV Fama pronto para armar qualquer coisa por audiência.
O primeiro capítulo é sensacional. Extremamente excitante mesmo com tão pouco, Llosa faz um retrato bem interessante da mulher em conflito por sempre ter achado o sexo lésbico errado, contudo o corpo colado de sua amiga no dela não deixa dúvida do que ela sente. Acontece que a partir daí o livro cai de qualidade, não bruscamente, mas é sentido, seja na construção dos personagens meio caricatos e inocentes, seja nas falas com pouca veracidade (ele teve a pachorra de usar o recurso idiota de um personagem explicar para o outro uma coisa que ele já sabe, como eu odeio quando isso acontece), aliás, isso é de longe o que mais me incomodou no livro: a escrita do Vargas Llosa é muito medíocre para um ganhador do Nobel, é tudo simplista demais, algo que não me incomodaria tanto, se não tivesse o fator expectativa mais o fator errinhos extras.


CONTINUE LENDO NO BLOG: http://ourbravenewblog.weebly.com/home/cinco-esquinas-por-mario-vargas-llosa

site: http://ourbravenewblog.weebly.com/home/cinco-esquinas-por-mario-vargas-llosa
comentários(0)comente



Nilson 05/10/2016

Bom
Interessante do comeco ao fim. O primeiro capitulo simplesmente excitante. Demais capitulos embora nao goste de parar uma historia para comecar outra justamente quando mais esta interessante. Ficcao realidade...acho 70 % para o real e 30 % ficcao. Muito bom o livro.
comentários(0)comente



46 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR