Bela Lima 11/09/2016Ai vem o que mais me revoltou e me fez desistir na metade.Depois de tudo que lhe aconteceu, da aventura sobrenatural que vivenciou, do amor que nem teve de se desenvolver direito antes que ele fosse retirado dela, Lily não é mais a mesma. (E, ao mesmo tempo, continua como sempre.)
“A gente não supera. De verdade, não supera. (...) Não me entenda mal. Com o tempo o sofrimento muda. A gente se ocupa. Às vezes a mente até esquece a dor durante um tempinho. Mas, quando morre alguém que amamos, vamos sempre sentir uma dor por dentro, como uma farpa, e, quando pensamos naquela pessoa, a dor volta.”
De posse do coração de Amon, sua amada múmia, ela tem pesadelos frequentes dele sofrendo e não pode fazer nada para ajudá-lo, pois Lily sabe que aquilo não é apenas um sonho, está realmente acontecendo em algum canto. Ao menos é o que ela pensa, até receber a visita do deus Anúbis.
No primeiro dia na fazenda da sua avó, Anúbis aparece e diz que Amon recusou a pesar seu coração (até porque o coração está com Lily), sendo mandado para o mundo dos mortos como punição. Lá, Amon está em perigo; longe do poder dos deuses, mas próximo de Seth e de outras criaturas malignas.
“Como você vai entender 'acima' se não houver 'abaixo'? Ou compreender o amor sem o ódio?”
Amon é um dos Filhos do Egito e é vital para o ritual que prende Seth, o deus do mal, a cada mil anos, só que ele não sabe disso e não quer ser salvo. Ele não quer mais ser um capacho dos deuses. Ele quer se esconder dos deuses nos mundos dos mortos até Lily morrer e eles serem capaz de se reencontrarem novamente e ficarem juntos.
Agora, Lily é a única que pode encontrar Amon nos mundos dos mortos, por causa da ligação entre eles, mas, por ser uma mortal, ela não aguentaria a viagem. A única forma dela conseguir entrar no mundo dos mortos é se tornando uma esfinge.
“Às vezes são necessários sacrifícios e precisamos abrir mão da coisa que mais desejamos no mundo para que outros possam viver contentes e felizes.”
Não gostei desse livro, sério. Para começo de história, Lily tornou-se irritante, com aquela velha desculpa de “eu quero salvar o meu amor e **** as consequências”. Eu esperava mais de Lily do que uma garotinha que só quer ser amada e não se preocupa com mais nada. E foi tão irracional o comportamento dela. Ela tem medo dos pais e diz o que quer na frente de deuses antigos e poderosos? Faça-me o favor.
O começo do livro estava chato, depois que Tia apareceu melhorou um pouquinho, depois caiu para os clichês que eu odeio. Ou seja, triângulos amorosos... Nem triangulo amorosos foi. Lily se oferecia para qualquer um. Qualquer um a abalava e a fazia ter sentimento. Quase parecia que ela estava no cio!
“Às vezes a única saída é seguir em frente. O caminho nem sempre é claro, mas seu instinto vai guiar você.”
Ai vem o que mais me revoltou e me fez desistir na metade: Amon estava sofrendo no inferno (não realmente no inferno) por ela e ela aproveitando a vida. E ainda tem a cara de dizer (não lembro se ela disse realmente isso, mas suas ações fez parecer que sim) que só está experimentando seus sentimentos. Foi o fim para mim. E eu larguei o livro.
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