Pudim.Frango 23/01/2022
"A ironia do destino é realmente uma Divina comédia..."
Minha história com este livro é engraçada. Tudo começou com um personagem de uma série de RPG, e passou a um dos livros mais marcantes da minha vida.
Bom, tive interesse justamente por cont deste personagem, e depois de um pouco de pesquisa, fiquei mais interessado, e ainda no mesmo dia, entrei no YouTube e um vídeo: 9 motivos para ler Divina Comédia. Foi o que me deu a certeza que deveria ler
Alguns dias depois, fui com uma amiga até uma livraria, perguntei sobre o livro, mas não tinha nenhum exemplar à venda.
Ficamos mais um pouco vendo outros livros, e logo quando saíamos uma vendedora aparece correndo com um livrinho na mão: "Acabou de chegar, o moço mal desembalou. Eu, bobo nem nada, fui ver quanto custava o bendito, e por fim, tinha dinheiro para pagar. Mas nossa, como eu não esperava a dificuldade desse livro.
Inferno: Abandonai a esperança vós que entrais.
Para muitos, a melhor parte da Comédia, mas por estar me adaptando ao ritmo da leitura, sinto que perdi muito da mensagem que estava presente alí. Que é incrível, certamente, e conseguia imaginar tudo o que se passava com cores e sentimentos, era fascinante e aterrorizante ao mesmo tempo. E claro, Virgílio. Grande personagem que trouxe o melhor personagem para essa obra. Talvez até pelo fato de me apegar tanto a ele que não gostei do papel da Beatriz no livro.
Purgatório: Por que te distrais assim a ponto de afrouxares teus passos? E que te importa o que murmura essa gente?
Como me encantaram essas páginas tão vívidas, e mais sobre a amizade tão rápida criada entre Dante e Virgílio. Ver todo o sofrimento em busca de perdoar os próprios erros era um tanto quanto admirável, mesmo sabendo que não tinham outra opção. "Ver" tantas almas era uma sensação estranha, e me fez refletir, e assim se tornou minha parte favorita.
Paraíso: Não acreditais, portanto, dona Maria e seu José, que o juízo divino já está decretado ao verdes alguém roubando e outro dando esmolas, pois pode suceder que o primeiro se reerga e o segundo caia.
Talvez simplesmente não tenha palavras para descrever. Não sei se era muita expectativa ou falta de Virgílio (apesar de Beatriz se mostrar incrível), mas foi... Diferente, talvez estranho.
Digo de passagem que eu dou 4.5 agora, pois afirmo que não entendi mais de metade da obra, talvez daqui um tempo, quando estiver relendo, perceba coisas que deixei passar e volte para comentar, e claro, melhor avaliar essa perfeição em forma de livro.