spoiler visualizarNivia.Oliveira 24/05/2020
Duas crianças: Nya e Salva.
Nya em 2008 está com sua família e tem a tarefa de buscar água muito longe de casa. São eternos nômades em busca de água.
Salva em 1985 está percorrendo o Sul do Sudão até a Etiópia em busca de sua família. Passa por vários apuros, como disputas entre aldeias, fome e sede no deserto, mosquitos, leões, crocodilos, guerrilheiros e tristezas: a morte do amigo Mariale do Tio Jewiir.
Em 1996, Salva está morando dos Estados Unidos.
Em 2008 está de volta ao Sul do Sudão.
Além do final do livro, uma cena de Salva com o Tio Jewiir me emocionou.
Para motivar a criança a andar, o tio o chamava pelo nome completo e pedia a ele que chegasse ao arbusto x, depois à arvore y, depois ao monte z... Desta forma criou uma espécie de jogo, cuja meta era a família (sobrenome - pertencimento) e os arbustos, as fases/níveis que ele ia passando sem perceber.
Acredito piamente que não estamos neste mundo apenas para viver e ler... rss Há algum tempo, antes mesmo da aparição do Covid-19, venho pensando nisso, isto é, numa forma de fazer a diferença aqui e agora. Então criei um projeto solidário que está em vias de sair da gaveta.
E a história real de Salva, é inspiradora. Afinal nem todos têm as mesmas oportunidades e por que não, em gratidão aos dons que temos e as chances que tivemos, ajudar os outros? Basta vontade e atitude.
O objetivo de Salva era quase impossível, mas o desejo de levar uma condição de vida melhor para seu povo, inclusive aos clãs rivais, o moveu a conclusão de seu projeto.
A caminhada é longa, o saco fura, o furo precisa de remendo, o remendo fura e o remendo precisa de remendo. ?Um passo de cada vez, um problema de cada vez?. Resiliência e adaptações nos fazem chegar à água, à meta final: levar alento a quem precisa.