Tay 02/06/2021Resenha: O Evangelho de Loki
@joannechocolatSão 336 páginas divididas em 4 livros assim dispostos:
Livro 1. Luz, Livro 2. Sombra, Livro 3. Pôr do sol e Livro 4. Crepúsculo.
Cada livro é composto de diversas lições que podemos tomar como regras. Os capítulos são pequenos o que torna a leitura fluida e mesmo instigante, porque sempre se fica com a impressão de que se leu pouco ou que ?próximo vai ser rapidinho?.
A estruturação da história está bem colocada e não foge da cronologia daquilo que vemos relatado nas diversas histórias sobre a Mitologia Nórdica. A autora fez acréscimos, sim, mas ela optou por fazê-los como pensamentos e sentimentos do Loki, afinal a proposta do livro é mostrar a versão do Loki para sua própria história. Como ele mesmo conta sua história há diálogos diretos com o leitor o que torna a leitura muito interessante. Joanne também se utilizou de diversas referenciais históricas haja visto sua formação como historiadora, ela também ?usou e abusou? no sentido bom da expressão das Runas Antigas e sua simbologia. Capa do livro veem também cheia delas o que a torna quase uma relíquia.
Ao longo de todo o livro Loki destrincha a Profecia de Mímir estrofe a estrofe, dando sentido a ela e demonstrando como suas ações a certo ponto foram por ela orientada. Contudo, no livro 1. Dito Luz ele explica como surgiu em sua forma física, como conheceu Odin e como começou teoricamente a fazer parte do círculo dos deuses, mas o que marca mais essa parte é o fato de ele ter tirado algumas regras a partir de experiências nesse novo círculo de supostas amizades.
O episódio com os presentes aos deuses o marcado muito iniciando aí um forte desejo de vingança e com isso as maquinações subsequentes. No livro 2. Sombra, Loki tem altos e baixos em suas relações com os demais deuses, mas sempre marcado por pequenas e ínfimas traições deles para com ele, o que gradativamente vai criando chagas em Loki. Vemos como Loki se sente com relação aos filhos legítimos e os bastardos, como ele vivencia o casamento e o amor, e também a paternidade. Nesta última, Loki começa a identificar um lugar próprio onde ele sente pertencer o que por sua vez cala o sentimento de raiva e desejo de revidar. Mas nada disso dura.
Resolvendo os problemas e ora os causando Loki é sempre culpado exceto em um evento em específico que o torna querido por todos. Nos livros 3 e 4 vemos como o monstro é criado e alimentado pela humilhação, indiferença e pela segregação que Loki sofre. Ele é passado para trás, manipulado, confundido e rechaçado, e claro, nada disso poderia criar boa coisa.
Ao final vemos como ele ACREDITAVA na amizade com Odin e como se decepcionou, mas mesmo assim ainda teve esperança.
A marca dessa leitura para mim é o fato de Loki ter sido mostrado como uma criatura nefasta, uma vez, vindo do Caos, mas ao mesmo tempo inocente e ingênua as vezes até ignorante para a verdadeira maldade que existe no oportunismo das relações entre as pessoas (Deus). Ele não é de todo inocente das coisas que fez, mas também não consigo culpa-lo.
Fica, então, a super dica de leitura para você que é fã de Mitologia e /ou do Loki. Vale muito a pena essa aquisição.
E aí já leu essa história? Ficou com vontade de ler?
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