Como matar a borboleta-azul

Como matar a borboleta-azul Monica de Bolle




Resenhas - Como Matar a Borboleta-Azul


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Luan Sperandio 22/02/2017

Economia é coisa séria, mas pode ser retratada com humor e leveza
A escrita é dinâmica e mesmo leigos em economia conseguem compreender a partir da excelente didática de Monica de Bolle. Talvez em alguns momentos a narrativa econômica possa ter ficado um pouco mais difícil daquilo que ela propunha inicialmente, mas é uma tarefa bastante árdua, reconheço.

Quem gosta de literatura, pesquisa e cultura certamente se delicia com as digressões que são feitas referenciando figuras literárias e as amarrando com os episódios que, ano após ano, destruíram os rumos da economia brasileira e colocaram a perder a estabilidade política conquistada após Itamar, a estabilidade econômica conquistada nos anos FHC e a ascensão social vivida na Era Lula.

A obra mostra os descalabros da cartilha do Lulo-petismo, seguidas a rigor por Dilma. E a leitura transmite uma sensação quase que nostálgica ao lhe fazer rememorar onde você estava e o que estava fazendo e com quem enquanto a receita para matar a borboleta azul era feita.

Lembrar onde eu estava, por exemplo, quando Dilma anunciou que abaixaria a taxa de juros a marra; ou rasgaria contratos da energia elétrica; ou ainda sua esdrúxula proposta de constituinte após as manifestações de junho de 2013; sua narrativa em descompasso com a realidade para vencer as eleições do fatídico 26 de outubro de 2014; a descoberta por metade do país, aquela que inacreditavelmente confiou em Dilma, de que tudo não passara de uma peça de marketing, o estelionato eleitoral; o mundo próprio em que Dilma vivia e anunciou em 8 de março de 2015, inflando as maiores manifestações do país que viriam a partir do dia 15 daquele mês; o que você fazia nesses momentos? Eu me recordei exatamente onde eu estava.

Não sei se morcegos ressuscitam borboletas, mas o fim da Era Dilma é como sair de uma caverna escura, onde mesmo quem tinha uma lanterna se recusava a ligá-la e enxergar o desastre que estava perante nós.

site: https://twitter.com/LuanSperandio
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Rui Alencar 04/02/2017

Apesar do mote ser um livro para não economistas, ainda é muito revestido do linguajar destes profissionais; porém as metáforas utilizadas pela autora são geniais...
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Paulo Henrique 01/01/2017

Um estudo sobre a estupidez!
Monica de Bolle foi a responsável da tradução do polêmico e famoso livro “O Capital no século XXI” de Tomas Piketty, que basicamente tratava da distribuição de renda no mundo, um assunto muito comentado no Brasil na era PT, afinal milhões ascenderam socialmente com o crescimento brasileiro e amparado no bolsa família. “Como matar a borboleta azul” é sua obra própria para explicar o fenômeno da destruição da economia brasileira por Lula e Dilma, mas especificamente por essa última e como eles se “esforçaram” para devolver os que ascenderam de volta a posição social anterior.
Como se trata de um livro de economia o objetivo da autora foi escrever sobre o assunto utilizando-se de fábulas para explicar melhor seus pontos de vista. No livro é possível entender que a desconstrução da economia brasileira se inicia com segundo mandato de Lula e com um forte empenho de Dilma e seu "Sancho Pança” Guido Mantega, que quando tratava de economia parecia lutar com moinhos de vento.
O que impressiona é como ela consegue explicar conceitos complexos utilizando-se de fábulas que parecem terem sido criadas para descrever esse período do Brasil. Umas das partes que mais me chamou a atenção é quando ela trata das cinco leis da estupidez do historiador econômico Cipolla (ex-professor da Universidade da Califórnia falecido em 2000), a saber: "a que prega que, sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos em circulação; a que diz que a probabilidade de certa pessoa ser estúpida é independente de qualquer outra característica dela própria; a que defende que uma pessoa estúpida é aquela que causa um dano a outra ou a um grupo sem retirar qualquer proveito para si, podendo até sofrer prejuízo com isso; as pessoas nãos estúpidas desvalorizam sempre o potencial nocivo das pessoas estúpidas; e, por último, a que advoga que o estúpido e o tipo de pessoa mais perigoso que existe.” Perfeito, parece que Cipolla previu o Brasil dessa era.
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