A Trégua

A Trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


342 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Daiane316 17/05/2023

"... como lágrimas na chuva."
"Todos esses momentos ficarão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva." Por alguma razão, essa passagem de Blade Runner, resumiu o que essa obra quis passar.
A trégua (1960), de Mario Benedetti, é o diário do sr. Martín Santomé, viúvo, escriturário, com a vida pacata. Em vias de se aposentar, ele conhece a jovem Laura Avellaneda, a mais nova funcionária de sua repartição. É inevitável, e até previsível, que surja daí uma história de amor. Santomé vive um dilema sobre o que fazer, sobre contar aos seus filhos todos adultos; e o desenlace desse enredo é bem comovente. Confesso que só fui me apegar à história, a partir do momento em que Santomé se apaixona; a evolução do personagem que antes enxergava a vida de forma opaca, e após vê a mesma ganhando cores é muito bonito de acompanhar. E seu desfecho é arrasador, doloroso.
Benedetti nos faz refletir sobre cada momento de felicidade que a vida nos apresenta; também nos lembra que a vida não dá tréguas: que seus momentos de felicidade são tão efêmeros quanto uma chuva de verão.
comentários(0)comente



RenMMP 28/04/2023

O que queremos da vida e o que fazemos da vida no dia-a-dia
Desafio América do Sul - Uruguai

Em formato de diário, o livro acompanha as divagações e a vida sem graça e rotineira de Martín Santomé. Um homem de Montevidéu, prestes a completar 50 anos e dar entrada em sua aposentadoria, conhece Laura Avellaneda, e se apaixona. E os pensamentos sobre a aposentadoria ficam em segundo plano, e o amor e o medo da diferença de idade tomam lugar.

Por ser um diário, tudo e todos ganham as cores que Santomé dá: desde de sua primeira mulher e seus filhos aos colegas de trabalho e o garçom do bar. Confesso que a quantidade de preconceito e arrogância de Martin Santomé me deu momentos de raiva que não me deixaram ver a crítica por trás da personagem. É tanto machismo, homofobia que eu precisei de um tempinho a mais para refletir sobre o livro.

Esse livro traz muito a sensação de deixar a vida passar, e como é fácil cair na monotonia e sufocar a vida.

A escrita de Mario Benedetti é envolvente e cria mais nuances quanto mais reflito sobre o texto. Imerso na atmosfera Rioplatense, é um livro que te leva a pensar sobre o que queremos da vida e o que fazemos da vida no dia-a-dia.

site: https://www.imsouthamerican.com/pt/post/a-trégua-uruguai
comentários(0)comente



Karolline.Campos 07/04/2023

Concluído em 07/04
Uma história incrível sobre escolhas, sobre conformismo e sobre sede de vida. A vida que se relaciona diretamente com o prazer, com o amor e com o que se considera felicidade.

Nunca tinha lido nada do Benedetti, mas essa obra me surpreendeu. São tantas passagens que nos faz pensar...

Não cabe resenhar sobre esse livro. Acho que a ideia geral é realmente tentar sentir e buscar Ser!!
comentários(0)comente



DeaGomes 07/04/2023

Um livro incômodo
O protagonista é um senhor de classe média, homofóbico e machista. Deu pra perceber o quanto esse livro é uma pedra no sapato, né?! Que cara chato!

O que gostei:
1) é em forma de diário, amo!
2) a mensagem dos problemas que a resignação da cotidianidade pode acarretar e,
3) as mudanças que o amor podem produzir no ser humano.
comentários(0)comente



Stela Marçal 07/04/2023

A trégua
Foi minha primeira experiência com um autor uruguaio, só aí já valeu a leitura.
Outro ponto que para mim foi uma leitura prazerosa é minha formação em contábeis, fazia total sentido as referências a esta área de atuação, e depois vi que o autor também tinha a mesma formação.
E por fim, sempre dar uma chance ao amor, que piegas não?!
comentários(0)comente



Juliana1818 26/03/2023

Arrastado
O livro é bem escrito, porém é uma história arrastada, o protagonista é machista, homofóbico e insuportável. Talvez por ter sido escrito em 1959 tenha essas características, mas não me agradou.
comentários(0)comente



Robscv 23/03/2023

Um romance simples, calmo, tocante e intimista. Escrito em forma de diário, o autor Mario Benedetti, apresenta a simplicidade da vida cotidiana e suas particularidades de maneira envolvente e emocionante. Boa leitura.

P. S.: É bom frisar que o livro foi escrito em 1960, logo, o contexto era outro. Falo isso, porque tem certas passagens que, hoje, são reprováveis, então, talvez isso possa gerar algum incômodo no leitor.
comentários(0)comente



Robscv 23/03/2023

Um romance simples, calmo, tocante e intimista. Escrito em forma de diário, o autor Mario Benedetti, apresenta a simplicidade da vida cotidiana e suas particularidades de maneira envolvente e emocionante. Boa leitura.

P. S.: É bom frisar que o livro foi escrito em 1960, logo, o contexto era outro. Falo isso, porque tem certas passagens que, hoje, são reprováveis, então, talvez isso possa gerar algum incômodo no leitor.
comentários(0)comente



Juliana.Santos 02/03/2023

Breve trégua
Um homem de meia-idade narra sua rotina em um diário, nos meses que antecedem sua aposentadoria.
Viúvo, pai de três filhos já adultos, atuante na área contábil, percebe-se que sua vida nada tem de extraordinária, tanto é que em seu diário constam apenas observações do trabalho, breves reflexões sobre a relação distante com os filhos e empregados, além de autoavaliações, até que ele se depara com algo que dá cor a seus dias e traz de volta o sentimento de felicidade, pelo menos por um período.

É uma leitura rápida, que se torna mais fluída a medida em que acompanhamos as mudanças na vida do narrador - e até chegamos a torcer para que essa felicidade não seja apenas uma trégua.
comentários(0)comente



tal 27/02/2023

Um livro intrigante
É difícil falar sobre esse livro, principalmente dado que ele foi escrito em outros tempos, por isso lidar com o machismo e a homofobia nele é desafiador.

Achei um tanto arrastado, porém com uma escrita impecável! E o final, o final mores, de cortar o coração ?
comentários(0)comente



Rodrigo1001 06/02/2023

Airbag não incluído (Sem spoilers)
Título: A Trégua
Título original: La Tregua
Autor: Mario Benedetti
Editora: Alfaguará
Número de páginas: 184

Talvez você tenha chegado aqui com referências e talvez eu nem precisasse fazer alguma introdução sobre o livro, mas isso escaparia ao que o bom senso chama de resenha. Logo, pra ser muitíssimo econômico, tenho pra te dizer que A Trégua foi escrito pelo autor e poeta uruguaio Mario Benedetti em 1959 e publicado em 1960. Estruturado em forma de diário, Benedetti conta a história de Martín Santomé, um senhor de meia idade que está prestes a se aposentar.

(Engraçado como essa descrição me causa coceira e não cobre sequer 0,001% do verdadeiro conteúdo, do pulo do gato da obra, mas, paciência... é o preço do spoiler quase zero)

Agora que você já está ambientado, posso te dizer que tomei 1 dia inteiro antes de escrever essa resenha. Eu precisava respirar, basicamente. Foi um ato deliberado: não há airbag no mundo que nos prepare para o impacto dessa leitura.
Pequeno em tamanho e grande em conteúdo, A Trégua me fez passear por vários territórios. Me levou do riso contido à gargalhada sonora, da introspecção velada ao mais puro humor ácido, do sarcasmo à reserva e da esperança à incredulidade.

A jornada do narrador-protagonista começa com uma rotina monótona, taciturna e opaca, mas avança gradualmente para uma alteração desse status quo. Acompanhamos essa evolução e vamos, nós todos, evoluindo com o narrador. As entradas no seu diário poderiam muito bem ter sido escritas por mim mesmo, e isso me levou a uma identificação imediata com o que eu lia. Eis o primeiro gancho do autor: te relacionar com o protagonista.

A propósito, gosto muito de livros escritos em forma de diário. Não consigo conter o rubor na face quando creio estar invadindo a privacidade de alguém, mas, ao mesmo tempo e protegido pela ficção, me alegro com a pessoalidade, a individualidade de tal artimanha. Quando falamos ou escrevemos pra nós mesmos, tendemos a ser mais justos com os nossos sentimentos. Sem as amarras do julgamento alheio, um diário se transforma em um terapeuta, para o qual não se deve ter vergonha ou melindre de contar os mais íntimos segredos.

Voltando ao livro, Santomé começa a sair do casulo quando conhece o amor. É o amor que o transforma, é a sua trégua. No meio deste amor estão as convenções e as dificuldades de se juntar as escovas de dente, mas o protagonista avança. E enquanto ele progride, seus pensamentos ficam ainda mais límpidos, mais atraentes. Ele floresce, prospera e se abre. O livro, então, finca seu segundo gancho: nós queremos saber onde tudo isso vai dar.

E sabe onde vai dar? Bom, infelizmente não posso te dizer. Você terá que ler o livro. Não obstante, posso te segredar que é um livro excelente, bem estruturado, gostoso de ler e equilibrado. E em minha própria defesa, digo que não dei 5 estrelas porque algumas partes me pegaram fundo na alma e tive que bloquear meus próprios pensamentos. Tive que ligar meu airbag. Isso não é demérito, mas é inegável que o momento em que se vive reflete muito no que estamos lendo atualmente. E eu não estava totalmente preparado para o que li.

Ganha 4,5 estrelas de 5.

Passagem interessante:

“Como é ruim nos dizerem a verdade, sobretudo quando se trata de uma dessas verdades que evitamos dizer a nós mesmos.” (pg 105)
edu basílio 06/02/2023minha estante
sabia que você apreciaria ^^


Rodrigo1001 06/02/2023minha estante
Edu! Fiquei sem fôlego no fim. Que baque!


edu basílio 06/02/2023minha estante
... sem trégua :-(




Luci 20/01/2023

Esse não é o primeiro livro de Mario Benedetti que leio e, justamente por isso, dei uma chance à leitura após as primeiras páginas, que me pareceram pouco atrativas, apesar de tantos bons motivos que me chamaram a atenção. Porém, pela minha interpretação, esse é um livro que exige um cuidado maior ao ser lido, pois creio que se trata de uma crítica ao homem de classe média hetero, branco, de meia idade.

O próprio formato do livro propicia isso: trata-se de uma narração feita em formato de diário, o que nos traz apenas a visão de mundo e versão dos fatos desse homem limitado, medíocre e cheio de preconceitos que acredita ter encontrado um momento de trégua em sua vida tediosa após ter esbarrado no Amor (assim com letra maiúscula mesmo). Vários eventos no livro empurram o protagonista, de um lado para o outro, forçando-no a expor suas opiniões em seu diário, conflitos que acredito terem sido inserido de propósito para fazer uma caricatura desse personagem.

Fiquei desconfortável em vários momentos da leitura e até mesmo com raiva dele. Não queria torcer pela sua felicidade, achei seu ideal de amor deturpado, mas também não me agradei de seu destino. Contudo a vida é assim, inesperada, e mais solitária ainda só pode ser a vida de alguém que se recusa a abrir seus horizontes.

Um ponto muito lindo desse romance é a presença viva de Montevidéu. Como em muitos livros latino-americanos, a cidade se coloca como protagonista, ela respira, é o ponto de referência e abstração dos personagens. Quase me senti atravessando as ruas do Uruguai.

Não sei se esse é um livro que eu leria por vontade própria, mas a experiência valeu.
comentários(0)comente



skuser02844 27/12/2022

É um romance tão bem mais tão bem construído que assim vc fica surpresa, esse livro me causou tantas emoções eu não consegui parar de ler, e o jeito que é escrito tb é perfeito
comentários(0)comente



22/12/2022

Muitas resenhas negativas a respeito desse livro se deram pelo fato de que ele foi escrito em uma época em que o machismo e a homofobia ainda eram uma constante, ainda mais no sul do continente latino americano, mais precisamente no Uruguai e em todos os seus vizinhos. Tem partes que chocam, sim, mas não mais que muitos comentários que vemos nos dias de hoje. Achei uma leitura maravilhosa porque muitos dos discursos do personagem principal encontramos em nosso dia a dia ainda. É importante pra que saibamos que nesse sentido nossa civilização evolui a passo de tartaruga.
comentários(0)comente



JAssica.L.S.P 30/11/2022

Depois desse livro, acredito que vou saber apreciar muito mais as "tréguas" da minha vida.

Gosto muito de livros escritos em forma de diário, é sempre muito instigante saber o que vem no outro dia. E nessa leitura, não foi diferente.

Claro que, como mulher jovem em pleno 2022, me senti incomodada ao ler vários trechos me deparando com a personalidade do protagonista: homem, quarentão dos anos 60, que tinha a "cabeça pro seu tempo".

Mas sempre que adentro na atmosfera de um livro, procuro ter em mente que:

1) os personagens estão inseridos num contexto diferente do meu;
2) eles são e consequentemente pensam diferentemente de mim;
3) é uma obra a qual eu posso finalizar ou não, e depois criticar ou elogiar o quanto quiser.

Portanto, ao me sentir mais livre, certas atitudes do Santomé me incomodaram na hora, mas passou.

É um excelente livro, bem real, bem "vida" mesmo. Nota 5!
comentários(0)comente



342 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR