As memórias do livro

As memórias do livro Geraldine Brooks




Resenhas - As Memórias do Livro


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Gabi 21/05/2009

A autora encontrou uma forma bem original para escrever esse romance.

O manuscrito de sarajevo vai sobrevivendo através dos séculos e o leitor vai tendo contato com diversas épocas que fizeram parte de sua história. Vive o drama das pessoas que fizeram de tudo para preservar e salvar da inquisição o precioso documento.

Como pano de fundo, ela toca nos conflitos religiosos, mostrando o quanto é prejudicial para a humanidade e para todas as culturas a rivalidade entre as religiões.

Sabe aqueles livros que te deixam a impressão de tê-lo deixado mais culto? "As Memórias do Livro" me fez sentir assim.















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kassya 12/05/2009

Sofri um pouco com a criança.. sofri muito com a historia... mas não chorei...
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Demas 07/04/2009

A história da Hagadá é boa mas a edição do livro deixa a desajar
Segue abaixo uma matéria publicada na Revista Morashá sobre a 'Hagadá de Sarajevo", com informações oficiais sobre a trajetória desse livro sagrado dos judeus. A partir de dados como os apresentados na matéria, a escritora Geraldine Brooks escreveu seu romance "As memórias do livro", tentando adivinhar onde, por quem e que circunstâncias a Hagadá foi ganhando suas marcas (vinho, sal, sangue, asa de inseto, pelo de animal, etc), construindo uma história curiosa, que prende a atenção do leitor até o final.
O que deixa muito a desejar é a edição brasileira, com uma revisão precária que deixa passar erros toscos, como a troca de gênero de pronomes pessoais e outros relacionados a tempos verbais. E o pior é que isso acontece ao longo de todas as suas 384 páginas. Uma pena! Tomara que corrijam isso para a próxima impressão. (Se a editora estive precisando de um revisor, é só entrar em contato comigo).
Finalmente, o texto da revista Morashá:

HAGADÁ DE SARAVEJO

Depois de séculos, a odisséia da chamada “Hagadá de Sarajevo” chegou ao fim. O mais conhecido dos manuscritos judaicos, obra-prima das mais belas do judaísmo medieval, está sendo finalmente exibido ao público no Museu Nacional de Sarajevo, na Bósnia.

Edição 40 - Março de 2003

Encomendado para ser um presente de casamento, o manuscrito é de um requinte extraordinário, tendo sido confeccionado para caber na palma da mão. É composto por 109 páginas de pergaminho branco, cuidadosamente manuscritas e decoradas com iluminuras em ouro e bronze e cores vivas, como vermelho e azul. Produzida de acordo com as tradições sefaraditas, em estilo gótico-italiano predominante à época, na Catalunha, a Hagadá contém o brasão do Reino de Aragão.

O documento, cujo texto foi inserido em painéis com iniciais decoradas, além de piyutim decorados, possui 34 miniaturas de página inteira. Estas representam uma variedade de assuntos, incluindo a Criação, Moisés no Monte Sinai com as Tábuas da Lei, além de ilustrações estilizadas do Grande Templo e de uma sinagoga espanhola. Marcas de seu uso em sedarim passados podem ser vistas em alguma de suas páginas. São manchas de vinho, anotações de adultos e rabiscos de crianças.

História

Em 1492, com a expulsão dos judeus da Espanha, iniciou-se a odisséia dos judeus sefaraditas em busca de um novo lar. A Hagadá também compartilhou este destino. Esteve na Itália, em Dubrovnik e, finalmente, no início do séc. XVI chegou a Sarajevo, na atual Bósnia, onde permaneceu até a atualidade, apesar de todos os percalços. Naquela época Sarajevo fazia parte do Império Otomano e seus governantes concordaram em acolher os judeus vindo da Espanha. Em 1566, o paxá Sijavus permitiu a construção de uma sinagoga, considerada até hoje uma das mais importantes construções históricas de Sarajevo.

O manuscrito ficou esquecido durante séculos, longe dos holofotes, fazendo parte da vida de uma família judia da cidade - os Cohens. Séculos mais tarde, devido a uma série de problemas financeiros enfrentados pela família, o documento reapareceu no cenário histórico. Em 1894, um de seus descendentes o vendeu por uma ninharia e o manuscrito medieval passou a fazer parte do acervo do recém-fundado Museu Nacional da Bósnia.

No final do século XIX, a Bósnia fazia parte do Império Austro-húngaro. Por isso, após ter adquirido a Hagadá, o Museu a enviou a Viena para ser analisada por peritos, lá permanecendo por mais de uma década. Por causa da morte do especialista que deveria avaliá-la, a Hagadá ficou praticamente esquecida em seu estúdio. Só retornou ao Museu de Sarajevo após o término da Primeira Guerra Mundial, depois de inúmeras solicitações da instituição. Desde então, passou a ser conhecida como a “Hagadá de Sarajevo”, famosa entre os colecionadores de manuscritos raros.

Mas as aventuras da Hagadá de Sarajevo estavam longe de terminar. O século XX foi o mais conturbado na história do manuscrito. Em abril de 1941, quando os nazistas entraram em Sarajevo, um general alemão foi ao Museu para “confiscar” a obra. Exigiu do curador croata Jozo Petricevic que a entregasse imediatamente. Conta-se que Petricevic teria respondido: “O senhor me desculpe, general, mas um de seus coronéis veio ontem e levou o manuscrito”. “Qual era o nome do coronel?”, perguntou o general. Ao que Petricevic respondeu: “Não nos foi permitido perguntar o nome dele”. O general alemão ordenou uma busca imediata no Museu, mas nada foi encontrado.

A Hagadá, no entanto, já estava bem longe. Petricevic – arriscando sua própria vida e a dos que o ajudaram – entregou-a a um professor muçulmano que a escondeu em um lugar seguro, num vilarejo nas montanhas da Bósnia.

O oficial da Gestapo, porém, confiscou outros documentos valiosos, retirando-os dos Arquivos da Comunidade Judaica de Sarajevo, entre os quais os chamados “Pinkes”, ou seja, anais, como por exemplo os da comunidade sefaradita de Dubrovnik, datados a partir de 1600. Esta foi uma perda irreparável para a cultura judaica e croata.

Enquanto a fúria nazista matava milhões de judeus, a Hagadá estava a salvo. Há quem diga que estava escondida sob o pavimento de uma mesquita; outros, debaixo do assoalho de uma casa.

Durante a guerra civil de 1992 a 1995, na Bósnia-Herzegovina, o manuscrito novamente desapareceu. Mais uma vez, teve que ser salvo da destruição. As forças sérvias da Bósnia mantiveram Sarajevo sob acirrado cerco e pesado bombardeio durante três anos. O museu estava na linha de fogo e foi várias vezes atingido. Nesse conflito, o manuscrito foi salvo por um funcio-nário muçulmano que o escondeu até o final da guerra.

Na época, vários rumores circularam em Sarajevo a respeito do destino da preciosa Hagadá. Alguns afirmavam que o governo a teria vendido para comprar armas; outros acreditavam estivesse em um estado tão lastimável que o governo tinha vergonha de exibi-la. Em Pessach de 1995, finalmente o manuscrito foi exibido para a comunidade judaica de Sarajevo pelo então presidente Alija Izetbegovic e pelo ministro da cultura. No entanto, ambos se negaram a revelar o local onde estivera guardado.

Durante todo o século XX, a Hagadá só foi exposta em três ocasiões: em 1965, 1988 e 1995.

É considerada por especia-listas como um dos mais valiosos objetos sacros judaicos. Há alguns anos, a comunidade judaica da Bósnia fez um apelo às Nações Unidas para que ajudasse na restauração e preservação do manuscrito. O pedido foi feito durante uma visita de uma missão da ONU ao país, encabeçada pelo diplomata norte-americano Jacques Paul Klein, que respondeu prontamente implantando um amplo programa de restauro, encerrado no ano passado. A Hagadá está em exibição em uma sala especialmente construída com doações internacionais e locais. O custo total deste projeto foi de aproximadamente US$ 120 mil. O manuscrito foi restaurado na Academia Estadual de Belas Artes de Stuttgart, sob a coordenação do perito Andrea Pataki, com ampla experiência em documentos raros em Israel e nos Estados Unidos.

A comunidade judaica da Bósnia-Herzegovina possui atualmente cerca de mil membros. Segundo Jakob Finci, presidente da comunidade, a construção de um lugar especial para a Hagadá possui um significado muito grande para todo o país. Na noite de inauguração da exibição, ele afirmou que “a odisséia da Hagadá de Sarajevo chegou ao fim. O manuscrito está em casa. Testemunhou a coragem, a determinação e o triunfo da humanidade sobre o espírito do mal, permanecendo como um símbolo de esperança e tolerância”.

Bibliografia:
• Hebrew Illuminated Manuscripts
• Washington Times, UN Report , 9 de dezembro de 2002
• Discurso de Jacques Paul Klein, chefe da delegação da ONU, na Inauguração da sala especial que guarda a Hagadá de Sarajevo, 2 de dezembro de 2002, Museu Nacional de Sarajevo.

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*Rô Bernas 04/01/2010minha estante
Abandonei este livro. Ler sua resenha foi muito mais interessante. O livro não fluiu, não consegui terminar a leitura por mais que tentasse. :(




musa 22/03/2009

E UM BOM LIVRO PARA UM BOM LEITOR!
este livro podemos ler a vontade sem preconceito é muito legal;
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Eliel Zulato 16/03/2009

A trajetoria de um livro, e como cada marca e resquicio da vida, uma história bem cativante e legal.
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CrisBauer 03/03/2009

Pegadas
É impressionante como um livro pode carregar tanta história, e não estou falando da história descrita, e sim da sua própria história. Tenho em minhas mãos um livro bem cuidado, mas com algum desgaste na capa começando a ser notado, um nome com endereço, algumas páginas marcadas pelo uso revelando que ele tem cumprido bem seu papel de difundir ou, eu poderia até arriscar a dizer, se difundir.

Fui uma leitora precoce – tanto na idade quanto nos títulos escolhidos. Me lembro de percorrer a enorme estante da sala com filas de livros, lembro de abri-los aleatoriamente para ver se gostaria da escrita – até hoje, minha maneira de escolher um livro. Lembro de livros de páginas amareladas – meus preferidos. Lembro dos carimbos com as iniciais dos meus pais nas lombadas, lembro de uma tinta verde com o nome de minha avó, de quem peguei emprestada a caligrafia do A que uso até hoje. Lembro de manchas que diziam que aquele livro acompanhou algum rápido lanche ou de orelhas mostrando o sono do leitor. Trechos grifados, insinuando o gosto de seu dono. A poeira em meu nariz, lembrando o abandono daquele exemplar.

Esse livro errante que roubou meu sono saiu do Rio, chegou a uma mineira erradicada em Sampa, vai percorrer um pedaço deste Brasil antes de voltar para casa. Junto com ele segue um postal como forma de agradecimento, a marca de uma lágrima que não segurei e todos os outros indícios de leitura que ainda serão deixados para sua dona, formando a própria memória daquele que segue contando a memória de um outro livro. E eu que nunca tinha pensado na história além da própria história.

´Então, por que um iluminador que trabalhava na Espanha, para um cliente judeu, à maneira de um cristão europeu, teria usado um pincel iraniano? ´ (As Memórias do Livro – Geraldine Brooks)

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Marcio Monteiro 26/02/2009

Viagem pelas memórias...
Os diferentes contextos históricos do livro é que fazem a diferença. Você se vê embarcar para diferentes épocas e povos, acompanhando a "vida" do livro sagrado, e acaba se envolvendo com os diferentes personagens. Muito bem costurado.
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Andrew 23/02/2009

Livro muito bom, apesar de ser cansativo em alguns pontos. É bem detalhista e volta no tempo para explicar a passagem da Hagadá ao longo da história. Como ficção, achei o final inesperado e sensacional. Recomendo!
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MARÍLIA FABIANE 17/02/2009

Um livro que impressiona pelo desenrolar da história, nada convencional. Uma narrativa inteligente que prende o litor do início ao fim. Recomendo!
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claudioschamis 11/02/2009

O livro foi inspirado na verdadeira história do códice hebraico conhecido como Hagadá de Sarajevo com alguns capítulos, fatos e personagens criados pela autora. A chamada do livro confesso que é atrativa, interessante e torna a expectativa da leitura grande. Na minha prática não foi bem isso que acoteceu. Quando um livro é maravilhoso eu simplesmente tenho muita dificuldade de dar aquela paradinha até para fazer outras coisas. Tem livros que leio em 2 dias. E não foi o caso desse. Tanto que comecei, dei uma parada, li outros dois livros e só depois retomei a leitura. Ainda assim fiquei tentado a parar em alguns momentos. O livro no geral tem altos e baixos. Um capítulo fica maravilhoso e você então acha que vai decolar na leitura e logo em seguida vem um capítulo que te faz pensar em desistir. A história é interessante. O livro não tem uma cronologia única. Ele avança e volta no tempo, mas consegue te dar uma idéia do que pode ter acontecido e nesse ponto fica interessante. É uma viagem no tempo, mas que talvez falte uma pitada de sal.
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Cyn 03/02/2009

Muito Sobre Tolerância
O livro é uma obra de ficção inspirada na verdadeira história da Hagadá de Sarajevo. Para quem não sabe, Hagadá é um livro de orações judaico.

No livro, Hanna Heath, uma conservadora de livros australiana, é chamada para restaurar e analisar a Hagadá que foi encontrada após anos de guerra civil na Bósnia. Durante o trabalho de conservação da Hagadá, Hanna acha evidências como um pedaço de asa de borboleta, um pouco de sal, uma mancha de vinho que lhe dão pistas da trajetória do livro ao longo dos séculos. É como se a cada fragmento identificado o livro relembrasse os caminhos que percorreu, dos mais recentes até sua confecção.

Além disso, ele também fala muito de tolerância (ou da falta dele) e como muito é perdido devido ao preconceito e ao medo do diferente. Pareceu bem apropriado para esses tempos de guerra que estamos presenciando, via satélite, na Faixa de Gaza. Muito bom!
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Karina 21/01/2009

Falta de cuidado com a ortografia
O enredo do livro é ótimo e o título não podia ser mais apropriado, eis que nos remete à época em que cada "pista" foi deixada nas páginas do "hagadá" (espécie de livro sagrado para os judeus). Não obstante, peca pela falta de cuidado, pois contém vários erros de ortografia que cansam a leitura. De qualquer forma, vale muito a pena!
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