Tamara 04/01/2017
Ao saber que a Editora Record iria lançar mais um livro de Danielle Steel, ainda em 2016, fiquei muito feliz, uma vez que a editora costuma lançar apenas um por ano, e sinto falta de mais obras da autora por aqui. Assim que saiu o e-book, corri para adquiri-lo e conferir o que a autora teria escrito dessa vez, mas não criei muitas expectativas, uma vez que as últimas histórias dela não me prenderam tanto. E eu estava certa em não criá-las. O livro é interessante, tanto que o li em uma noite de insônia, possui todos os elementos que consagram Danielle como uma autora muito boa, como a escrita ágil e que prende, os detalhes, a boa caracterização de personagens e lugares, além de abordar assuntos fortes; porém, não foi uma trama que trouxe aquele algo a mais que costumamos esperar dos livros, e, ao final, o que senti foi um sentimento de apenas "ok".
Um dos pontos que mais me prendeu foi podermos ver de perto o trabalho de Maxine com crianças com traumas, e muitos que até tentam o suicídio. Essa é uma situação que ocorre com frequência na realidade e, por meio desse romance, a autora nos apresentou um pouco dos bastidores desses consultórios médicos e o que se passa na mente dessas crianças. Também me cativou a relação de Maxine com os filhos, além de uma situação envolvendo adoção, que surgiu no decorrer do livro com personagens secundários.
Por outro lado, confesso que o enredo não me convenceu como um todo e, a partir da metade, o achei um tanto corrido, como se não fosse a autora escrevendo ali, e sim um autor diferente, apenas seguindo a mesma fórmula, pois eu não conseguia sentir todo o sentimento que a autora inseria tão bem nas suas obras mais antigas. Também o final, apesar de bastante bacana, não pareceu realista, o que acabou me deixando incomodada.
Os personagens principais foram bem construídos, mas não consegui me afeiçoar tanto a nenhum deles, sendo Maxine aquela que chegou mais perto de me cativar, por seu trabalho e seu papel como mãe, refletindo em uma personagem típica da autora: uma mulher forte, decidida e independente. Já Black, achei um playboy pouco responsável, e a mudança abrupta dele não pareceu verdadeira, ficou um tanto forçada. Ainda, o médico que entrou em um relacionamento com Maxine, desde o começo me pareceu uma pessoa inflexível e no final do livro não me convenceu. A personagem secundária, Zelda, empregada da família de Maxine, e os filhos de Maxine, foram os personagens de quem mais gostei e que conseguiram me prender com seus conflitos, dúvidas e problemas.
O livro é dividido em 24 capítulos curtos, escrito em terceira pessoa, e durante minha leitura em e-book não encontrei erros.
Recomendo essa obra para quem procura uma leitura leve e descontraída, sem grandes dramas e sem grandes expectativas. Posso dizer que ele é o típico livro sessão da tarde.
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